Nas cartas de mais de quinhentos autores recebidas mediúnicamente por Chico Xavier, preservadas em mais de 60 livros, são reveladas informações muito interessantes e curiosas sobre a vida no chamado Plano Espiritual. Várias delas dizem respeito aos veículos ali existentes. Na da senhora Laura Maria Machado Pinto, por exemplo, relatando o trágico acidente ocorrido em 22 de julho de 1982, em que ela, duas filhas, uma amiga e o pai desta foram vítimas, ela diz: “-Gritos e lamentações surgiram, próximo de nós, no entanto, as ambulâncias que não conhecíamos nos recolheram com pressa”, acrescentando mais adiante: “- Ambas as máquinas socorristas que nos amparavam se colocaram em movimento”. Em outra, escrita por Ari Ribeiro Valadão, filho do então Governador do Estado de Goiás, quatro meses depois de sua morte, em 1981, aos 30 anos, após quase um mês de hospitalização e sofrimentos inenarráveis atravessados em estado de coma pelas profundas queimaduras resultantes da queda, explosão e incêndio do avião de pequeno porte em que viajava com um amigo e o piloto na direção do, hoje, Estado de Tocantins, ele conta: “- Adentrou o quarto do Hospital em que estava internado um amigo que, sem que pudesse resistir o guiou até um local em que encontrou um avião, misto de Bonanza e helicóptero com feição de uma grande borboleta, onde um senhor e uma senhora que admitiu fossem seus novos enfermeiros, o aguardavam (...). O desconhecido tomou a direção e saímos, na vertical, à maneira de um helicóptero, para mim desconhecido. Respirava a longos haustos, o ar muito leve e puro de cima (...). A máquina pousou suavemente no solo e reconheci o relvado (...). O Sol aparecera”. Celso Maeda empresário também desencarnado em acidente de avião, tema da postagem RESPONDA VOCÊ, deste BLOG, na carta que escreveu aos familiares através de Chico Xavier, rememorando a pronto atendimento após a dramática queda da aeronave, conta: “Em seguida, conduzidos nos braços dos queridos avós, não sei ainda por quais processos, fomos transportados por outro avião mais complexo até um abrigo hospitalar que nos recebeu com espírito de inesperada beneficência, onde estamos até hoje em reajustamento”. Tais revelações não são propriamente novidade, pois o médico conhecido como André Luiz, autor da série de livros conhecida como NOSSO LAR, ao ser conduzido para o primeiro passeio pela cidade espiritual de que se tornara habitante após sua passagem pela região purgatorial por ele chamada Umbral, desloca-se num veículo de transporte coletivo, chamado aerobus que o filme produzido sobre a obra recriou nas telas. Segundo sua descrição, tratava-se de um carro aéreo, com formato funicular, parecido - segundo imaginamos com as atuais composições dos metrôs das grandes cidades brasileiras. Suspenso do solo a uma altura de 5 metros, mais ou menos, circulava repleto de passageiros, recolhidos ou liberados descendo até o solo, à maneira de um elevador terrestre. Constituído de material flexível, tinha enorme cumprimento, parecendo ligado a fios invisíveis, em virtude do grande número de antenas no exterior de seu teto (...). Recinto confortavel, deslocava-se em velocidade tão alta que não era possível fixar detalhes das construções escalonadas no extenso percurso”. N’ OS MENSAGEIROS, no capítulo 19, o personagem Alfredo diz: “ -Poderão utilizar meu carro até a zona que se torna possível. Fornecerei condutor adestrado e ganharão muito tempo com a medida”. Referindo-se ao veículo no capítulo 33, André comenta: “Ser-me-ia muito difícil descrever a pequena máquina que mais se assemelhava a pequeno automóvel de asas a deslocar-se impulsionado por fluidos elétricos acumulados”, acrescentando mais adiante que “o aparelho nos conduziu por enormes distâncias, sempre no ar, mas conservando-se a reduzida altura do solo”. Em AÇÃO E REAÇÃO, menciona no capítulo 4: “Viajavam com simplicidade, sem carros de estilo, apenas conduzindo o material indispensável à locomoção no pesado ambiente das sombras”. No último trabalho transmitido por ele através de Chico Xavier, E A VIDA CONTINUA, André Luiz, no capítulo 7, reproduz explicações sobre a Colônia em torno da qual giram os relatos da trama, situada, segundo o médium ao norte da cidade da Santos, litoral paulista. Diz o Instrutor Espiritual: “- Estamos rodeados por vida citadina, muito intensa. Residências, escolas, instituições, templos, indústrias, veículos, entretenimentos públicos (...). Isso aqui é uma cidade relativamente grande”. No capítulo 13: “- Pela primeira vez, enxergaram nos céus máquinas voadoras que se dirigiam da cidade para o território sombrio, semelhantes a grandes borboletas silenciosas, refletindo o Sol que lhes punha à mostra asas”. No capítulo 18: “- O veículo pousou rente à Via Anchieta, no ponto em que a estrada se bifurca, descerrando caminho para São Bernardo”. No capítulo 21: “- A aflição de ambos se viram atenuadas com a vinda do carro voador, que se transportara da Via Anchieta à praia do Mar Casado, no Guarujá, onde se achavam, a fim de conduzi-los a São Paulo” e, mais à frente, “no dia seguinte, em condução regular da cidade espiritual para o mundo físico, os dois amigos atingiram São Paulo” e, no capítulo 26, “à noite, pequena carruagem voadora, em forma de estrela irisada, depunha Fantini e a companheira na cidade que lhes servia de residência”. Como se vê, a morte não opera transformações miraculosas na existência de cada um de nós. Resume-se apenas à mudança de nível vibratório ou de dimensão.
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