Ouvimos um não quando esperávamos um sim. Alguém chega até nós e comunica o falecimento de alguém muito próximo. Somos informados que nossos serviços não interessam mais à empresa em que trabalhávamos e estamos demitidos. A ideia do “soco” na boca do estomago não está de todo errada. Em interessante mensagem incluída no livro PENSAMENTO E VIDA (feb), o Espírito Emmanuel, através de Chico Xavier, explica: “- Sabe hoje a Medicina que quase toda tensão mental acarreta distúrbios de importância no corpo físico. Estabelecido o conflito espiritual, quase sempre as glândulas salivares paralisam as suas secreções, e o estômago, entrando em espasmo, nega-se à produção de ácido clorídrico, provocando perturbações digestivas a se expressarem na chamada colite mucosa. Atingido este fenômeno primário, muita vez, abre porta a temíveis calamidades orgânicas, os desajustamentos gastrintestinais repetidos acabam arruinando os processos de nutrição que interessam o estímulo nervoso, determinando variados sintomas, desde a mais leve irritação da membrana gástrica até a loucura de abordagem complexa”. Os conhecimentos disponibilizados pela Espiritualidade através do Espiritismo nos levam a enxergar o corpo físico como um veiculo de manifestação do Espírito imortal que se serve dele em múltiplas reencarnações para buscar seu aperfeiçoamento, evolução, iluminação interior. Ao adentramos a Dimensão em que nos encontramos, replicamos no embrião que se tornará feto, que se tornará corpo, os registros repassados pelo Espírito ao corpo espiritual, arquivados na memória profunda, trazidos não só das existências anteriores, mas muitas vezes trabalhados pelos técnicos que, a partir de determinado nível, nos supervisionam o preparo da experiência a ser iniciada. Cumprida a gestação, nos primeiros anos da vida chamada física, dotados de um implemento cerebral “zerado” - ou seja, com uma memória periférica limpa de informações, como uma “esponja” -, vamos absorvendo imagens, sons, exemplos, que irão construindo a personalidade, que efetivamente começará a se definir quando as leis biológicas ativarem nosso mecanismo reprodutor, acordando a sexualidade, o erotismo, a fonte de prazer que leva o Ser humano a êxtases até aquele ponto não vivenciados na encarnação iniciada anos antes. Lembranças das relações familiares – ou não – traumatizantes; os apelos da mídia que se apoia na fome de sensações para induzir a comportamentos desequilibrantes; a visão de uma realidade caótica e atemorizadora; os exemplos observados das atitudes de insegurança, agressividade, definem o adulto com dificuldade de inserção social em que, geralmente, todos acabam se transformando. As situações inevitáveis resultantes de nossa liberdade – ou não - de agir, reagem sobre nosso emocional, repercutindo no organismo de manifestação resultando nas enfermidades de trato difícil por nascerem na estrutura espiritual que cada um representa. Os recursos da Medicina tecnológica dos nossos dias, bem como a farmacopeia focam apenas efeitos, ignorando a causa determinante que está longe de ser acessada. Parte de uma sociedade imediatista, acomodados à ideia de soluções de fora para dentro, por vezes, superamos reações orgânicas violentas para alcançar a estabilização. Presos a um ritmo frenético de vida, desdenhamos a origem da maior parte dos nossos males. Emmanuel em outro momento da mensagem há pouco citada, diz: “ –O pensamento sombrio adoece o corpo são e agrava os males do corpo enfermo. Se não é aconselhável envenenar o aparelho fisiológico pela ingestão de substâncias que o aprisionem ao vício, é imperioso evitar os desregramentos da alma que lhe impõem desequilíbrios aviltantes, quais sejam aqueles hauridos nas decepções e nos dissabores que adotamos por flagelos constante do campo íntimo. Cultivar melindres e desgostos, irritação e mágoa é o mesmo que semear espinheiros magnéticos e adubá-los no solo emotivo de nossa existência, é intoxicar, por conta própria, a tessitura da vestimenta corpórea, estragando os centros de nossa vida profunda e arrasando, consequentemente, sangue e nervos, glândulas e vísceras do corpo que a Divina Providência nos concede entre os homens, com vistas ao desenvolvimento de nossas faculdades para a Vida Eterna”. Ressalta que “ninguém poderá dizer que toda enfermidade, a rigor, esteja vinculada aos processos de elaboração mental, mas podemos garantir que os processos de elaboração da vida mental guardam positiva influenciação sobre todas as doenças. Há moléstias que tem, sem dúvida, função preponderante nos serviços de purificação do Espírito, surgindo com a criatura no berço ou seguindo-a, por anos a fio, na direção do túmulo. Em outra mensagem, vaticina que “enquanto nos escasseie educação, nos domínios da mente, a enfermidade por mortificação involuntária, desempenhará expressivo papel em nossa vida espiritual. Na maioria das circunstâncias, somos nós quem lhe pede a presença e o concurso, antes da reencarnação, no campo da existência física, à maneira do viajor, encomendando recursos de segurança para a travessia do mar; e, em ocasiões outras, ela constitui auxílio de urgência, promovido pela bondade de amigos, que se erigem, nas esferas superiores, à condição de patronos da nossa libertação para a Vida Maior”. Lembra que “não somos as células orgânicas que se agrupam, a nosso serviço, quando necessitamos da experiência terrestre. Somos Espíritos imortais e esses microrganismos são naturalmente intoxicados, quando os viciamos ou aviltamos, em nossa condição de rebeldia ou de inferioridade. Os estados mórbidos são reflexos ou resultantes de nossas vibrações mais íntimas. Não trates as doenças com pavor e desequilíbrio das emoções. Cada uma tem sua linguagem silenciosa e se faz acompanhar de finalidades especiais. Adverte que “pela inconformação e indisciplina, desordenamos o fígado, estragamos os órgãos respiratórios, o estômago. Observamos, assim, que essas doenças-aviso se verificam por causas de ordem moral. Quando as advertências não prevalecem, surgem as úlceras, as nefrites, os reumatismos, as obstruções, as enxaquecas”. Ampliando-nos ainda mais nossa visão sobre as doenças, o Instrutor Espiritual pondera que, “quando não seja a advertência das células queixosas do tirânico senhor que as domina, é a mensageira amiga, convidando-nos a meditações necessárias”. Finalizando, aconselha: “-Desejas a cura é natural. Mas precisas tratar-te a ti mesmo, para que possas remediar o corpo. Nos pensamentos ansiosos, recorre ao exemplo de Jesus. Não nos consta que o Mestre estivesse algum dia de cama (...). Cumpre teus deveres, repara como te alimentas, busca prever antes de remediar e, pelas muitas experiências dolorosas que já vivi no mundo terrestre, recorda comigo aquelas sábias palavras do Senhor ao paralítico de Jerusalém: - Eis que já estás são; não peques mais ,para que não te suceda o pior”.
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