Na extraordinária série de NOTÁVEIS REPORTAGENS COM CHICO XAVIER (ide), realizadas pelo
jornalista Clementino de Alencar para o jornal O GLOBO, o Espírito Emmanuel pronunciando-se
a respeito da Medicina, a certo ponto de suas considerações, disse: “- É
verdade que grande número de moléstias constitui enigmas dolorosos para a
ciência dos homens, não obstante o avanço dos compêndios. É que os micróbios
patogênicos se associam a elementos sutilíssimos de ordem espiritual”. Naturalmente, desapercebida pelos
representantes da Ciência, a informação foi aprofundada a partir de algumas das
observações feitas pelo Espírito que conhecemos como André Luiz nos livros que
transmitiu para nossa Dimensão pelo médium de Pedro Leopoldo. Uma delas na obra
OS MENSAGEIROS (feb,1944), no
capítulo quarenta onde descreve a chegada dele e Vicente acompanhando o
Instrutor Aniceto à cidade do Rio de Janeiro, praticamente na primeira missão
que desempenharia na Crosta depois de integrado aos servidores da Colônia Nosso
Lar. Revela que “suas possibilidades visuais
cresciam sensivelmente”, “reconhecendo de longe, o peso considerável do ar que
se agarrava à superfície, tendo a impressão de que nadavam em alta zona do mar
de oxigênio, vendo em baixo, em águas turvas, enorme quantidade de irmãos
nossos a se arrastarem pesadamente, metidos em escafandros muito densos, no
fundo lodoso do oceano”. Tendo a atenção despertada para certas manchas
escuras na via pública, ouviu Aniceto dizer: “- São nuvens de bactérias
variadas. Flutuam, quase sempre também em grupos compactos, obedecendo ao
princípio das afinidades. Reparem aqueles arabescos de sombra...-
indicando-nos certos edifícios e certas regiões da cidade -,...observem
os grandes núcleos pardacentos ou completamente obscuros!.. São zonas de
matéria mental inferior, matéria que é expelida incessantemente por certa
classe de pessoas. Se demorarmos em nossas investigações, veremos igualmente os
monstros que se arrastam nos passos das criaturas, atraídos por elas mesmas...
Tanto assalta o homem a nuvem de bactérias destruidoras da vida física, quanto
as formas caprichosas das sombras que ameaçam o equilíbrio mental”. Impressionado,
André Luiz indagou: “- Mas a matéria mental emitida pelo homem
inferior tem vida própria como o núcleo de corpúsculos microscópicos de que se
originam as enfermidades corporais?, obtendo como resposta: “- Como
não? Vocês, presentemente, não desconhecem que o homem terreno vive num
aparelho psicofísico. Não podemos considerar somente, no capítulo das
moléstias, a situação fisiológica propriamente dita, mas também o quadro
psíquico da personalidade encarnada. Ora, se temos a nuvem de bactérias
produzidas pelo corpo doente, temos a nuvem de larvas mentais produzidas
pela mente enferma, em identidade de circunstâncias. Desse modo, na esfera das
criaturas desprevenidas de recursos espirituais, tanto adoecem corpos, como
almas. No futuro, por esse mesmo motivo, a medicina da alma absorverá a
medicina do corpo”. No ano
seguinte, André descreve em MISSIONÁRIOS
DA LUZ (feb,1945) as experiências
acumuladas ao lado do Instrutor Alexandre no campo da mediunidade e da
reencarnação. Já no capítulo 3, conta que, numa reunião mediúnica, posta-se ao
lado de um rapaz que esperava de lápis em punho, mergulhado em fundo silêncio. Apoiado
pelo vigoroso auxílio magnético do Benfeitor, observa que no médium, os núcleos
glandulares emitiam pálidas irradiações, a epífise, principalmente,
semelhava-se a reduzida semente algo luminosa. Orientado pelo Instrutor,
atem-se ao aparelho genital, comentando: “- Fiquei estupefato. As glândulas geradoras
emitiam fraquíssima luminosidade, que parecia abafada por aluviões de corpúsculos
negros, a se caracterizarem por espantosa mobilidade. Começavam a
movimentação sob a bexiga urinária e vibravam ao longo de todo o cordão
espermático, formando colônias compactas, nas vesículas seminais, na próstata,
nas massas mucosas uretrais, invadiam os canais seminíferos e lutavam com as células
sexuais, aniquilando-as. As mais vigorosas daquelas feras microscópicas
situavam-se no epidídimo, onde absorviam, famélicas, os embriões delicados da
vida orgânica. Estava assombrado. Que significava aquele acervo de pequeninos
seres escuros? Pareciam imantados uns aos outros, na mesma faixa de destruição”.
Sem que dirigisse a palavra falada, à simples enunciação íntima da dúvida,
Alexandre explicou: “-São bacilos psíquicos da tortura
sexual, produzidos pela sede febril de prazeres inferiores. O dicionário
médico do mundo não os conhece e, na ausência de terminologia adequada aos seus
conhecimentos, chamemos-lhes larvas, simplesmente. Tem sido cultivados
por este companheiro, não só pela incontinência no domínio das emoções
próprias, através de experiências variadas, senão também pelo contato com
entidades grosseiras, que se afinam com as predileções dele, entidades que o
visitam com frequência, à maneira de imperceptíveis vampiros. O pobrezinho
ainda não pode compreender que o corpo físico é apenas leve sombra do corpo
perispiritual, não se capacitou de que a prudência, em matéria de sexo, é
equilíbrio da vida e, recebendo as nossas advertências sobre a temperança,
acredita ouvir remotas lições de aspecto dogmático, exclusivo, no exame da fé
religiosa. A pretexto de aceitar o império da razão pura, na esfera da lógica,
admite que o sexo nada tenha a ver com a espiritualidade, como se esta não
fosse a existência em si. Esquece-se que tudo é Espírito, manifestação divina e
energia eterna. O erro de nosso amigo é o de todos os religiosos que supõem a
alma absolutamente separada do corpo físico, quando todas as manifestações
psicofísicas se derivam da influenciação espiritual”. Ampliando-lhe
mais ainda o entendimento, Alexandre diz que “as doenças psíquicas são
muito mais deploráveis. A patogênese da alma está dividida em quadros
dolorosos. A cólera, a intemperança, os desvarios do sexo, as viciações de
vários matizes, formam criações inferiores que afetam profundamente a vida
íntima. Quase sempre o corpo doente assinala a mente enfermiça”. Questionado
sobre a possibilidade do contágio, respondeu que “nas moléstias da alma, como nas
enfermidades do corpo físico, antes da afecção existe o ambiente. As ações
produzem efeitos, os sentimentos geram criações, os pensamentos dão origem às
formas e consequências de infinitas expressões(...). Cada viciação particular
da personalidade produz as formas sombrias que lhe são consequentes, e estas,
como as plantas inferiores que se alastram no solo, por relaxamento do
responsável, são extensivas às regiões próximas, onde não prevalece o espírito
de vigilância e defesa”. Em outro momento de suas elucidações,
acrescenta que a “promiscuidade entre os encarnados indiferentes à Lei Divina e os
desencarnados que a ela tem sido indiferentes, é muito grande na crosta da
Terra(...). Aos infelizes que caíram em semelhante condição de parasitismo, as
larvas que você observou servem de alimento habitual. Semelhantes larvas são
portadoras de vigoroso magnetismo animal”. Afinal, como diria a próprio
André Luiz no LIBERTAÇÃO(feb), “o
pensamento é, sem dúvida, força criadora de nossa própria alma e, por isto
mesmo, é a continuação de nós mesmos. Através dele, atuamos no meio em que
vivemos e agimos, estabelecendo o padrão de nossa influência, no bem ou no mal”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário