A obra A HISTÓRIA DO
ESPIRITISMO (edicel), organizada pelo médico Arthur Conan Doyle - o criador
de Sherlock Holmes -, avalia que um século antes do Dezenove, uma invasão organizada se
processava, descortinando paulatinamente as realidades do Mundo Espiritual,
sabe-se hoje, para onde nos deslocamos após a morte e de onde viemos antes de
aqui nos fazermos presentes. Allan Kardec na paginas da sua REVISTA ESPÍRITA, edição de agosto de
1865, confirma o acerto da observação, após analisar um opúsculo publicado setenta e nove anos antes d' O LIVRO DOS ESPÍRITOS e que lhe chegara
às mãos: O MANUAL DE XÉFOLIUS.
Atribuída a Félix de Wimpfen, guilhotinado em 1793, seus sessenta e seis
exemplares surgiram pela primeira vez em 1788, apenas para alguns amigos, sendo, portanto, bastante raro quando da avaliação do Codificador. No
prefácio, o autor confessa “a espécie de desconfiança experimentada, a
princípio, diante dos conceitos diante dos quais se via, sentimento superado,
posteriormente, por um respeito mais profundo pelo Autor de todas as coisas;
por um novo amor pelos semelhantes; pela compreensão dos “porquês” de tantos
murmúrios contra a Sabedoria Eterna; nascendo o desejo de “compartilhar
com seus irmãos, as encorajadoras esperanças, a pacífica resignação, os
impulsos para a perfeição de que se achava dominado”. Kardec explica
ter tido acesso ao livreto por um colega da Sociedade Espírita de Paris que, sem saber como, nem por quem, a
encontrou sobre sua mesa de trabalho. Em sua avaliação, destaca sete
pontos que tentaremos resumir a partir da essência de cada um: 1-) Partimos
do mesmo ponto, para chegar à mesma circunferência, seguindo raios diferentes;
e é da diversidade dos tipos que temos representado que provém a diversidade de
inclinações dos homens para o seu primeiro protótipo; 2-) O
homem não passa de um protótipo, disforme ou débil, somente quando abusou da
força e da beleza daquele que acaba de deixar, sendo privado das vantagens de
que abusou, afastando-se da felicidade e da salvação, recebendo o que novamente
delas nos pode aproximar. Se, pois, foi a beleza, renascerá feio, disforme; se
a saúde, fraco, doente; se as riquezas, pobre, desprezado; se as grandezas,
escravo, vilipendiado; 3-) Estaremos igualmente de acordo que os
castigos que de um mau sujeito fariam um bom cidadão são preferíveis à barbárie
de o supliciar eterna e inutilmente, para si e para os outro(...). Que, assim,
tudo quanto experimentamos não é senão para nos esclarecer e modificar;
4-) Quando
souberes que aquele tirano, assassinado na flor da idade, não cessou de viver;
que passou pelas mais abjetas condições; que foi punido pela Lei de Talião; que
sofreu sozinho tudo o que fez sofrerem os outros; quando souberes que instruído
pela desgraça, modificado pelos sofrimentos, desenganado, esclarecido sobre
tudo que o perturba; aquele coração no qual abundavam os erros e os vícios, e
que vomitava os crimes que as Leis Universais usaram para a modificação e
salvação de uma porção de nossos irmãos; quando souberes, que aquele coração é
hoje asilo da Verdade, das mais suaves e harmoniosas virtudes, quais serão teus
sentimentos por ele?; 5-) Deus, tão bom quanto justo, só exerce sua
justiça em medida igual à sua Bondade. Tendo nos criado para um destino feliz,
ELE ordenou justamente a natureza das coisas de maneira a 1- que
nenhum crime fique impune; 2- que a punição, mais cedo ou mais tarde, se torne
uma luz para o infrator e para vários outros; 3- que não possamos deslocar nem
infringir nossas leis sem cair num mal proporcional à nossa infração e à
luxação moral do grau atual de nossa modificação; 6-) Quanto
mais avançares mais encantos encontrarás na prece de amor, porque é pelo amor
que seremos felizes e porque, sendo o amor o elo dos seres, teu bom gênio
reagirá sobre ti; 7-) Quando uma injustiça ou uma maldade
despertar em ti o sentimento de indignação, antes de raciocinar sobre ela,
analisa teu sentimento, a fim de que não se transforme em cólera. Dize: é para
suportar isto que necessito de sabedoria. Não será velha dívida que pago? Se me
deixar perturbar, não tardarei a cair. Não estamos todos sob a mão do Grande
Obreiro e não sabe ele melhor que eu qual o utensílio de que deve servir-se?”.
Kardec comenta que “estas citações dizem bastante para dar a conhecer o espírito dessa
obra e tornar supérfluo qualquer comentário”. Interessado em evocar o
Espírito do autor, obtém a informação que ele já se manifestara em várias
ocasiões na Sociedade, obtendo da entidade, na sequência, esclarecimentos
adicionais interessantes. Uma delas que em comunicações ali obtidas, “os
Espíritos usam o nome tipo do grupo a que pertencem. Assim, tal Espírito
que assina Santo Agostinho não será o Espírito de Santo Agostinho, mas um Ser
da mesma ordem, chegado ao mesmo grau de evolução. Que ele, pessoalmente, foi em sua ultima
vida no corpo físico, um desses médiuns inconscientes que se revelam
frequentemente; que para cada aquisição do homem nas Ciências, físicas ou
morais, diversas balizas, a princípios desdenhadas, repelidas para a seguir
triunfar, tiveram que ser plantadas, a fim de imperceptivelmente preparar os
Espíritos para as conquistas futuras; que quando um homem, dotado de uma inteligência
capaz de propagar novas instituições com alguma chance de sucesso, aparece na
Terra ou alhures, foi escolhido pela hierarquia dos Seres Invisíveis,
encarregados pela Providência de velar pela manifestação da nova invenção, para
receber a inspiração dessa descoberta e trazer progressivamente os incidentes que
devem assegurar-lhe o êxito. Acrescenta saber agora ter sido instrumento, em parte
passivo, impelido a escrever O MANUAL DE XÉFÓLIUS pelo Espírito encarregado de
o dirigir para o ponto harmonioso, sobre o qual ele devia se modelar, para
adquirir a soma das perfeições que lhe era dado esperar na Terra”. CLIQUE NO LINK DO ÍCONE DOCUMENTÁRIOS DE CURTA DURAÇÃO E CONHEÇA DEPENDÊNCIAS QUÍMICAS ALÉM DA VIDA - TÓXICOS
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