O avião de pequeno porte alçara voo no dia 7 de novembro de
1981, do aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia na direção de Alto Paraíso, norte
do Estado, com quatro passageiros, um dos quais o Ary Ribeiro Valadão, filho do
então Governador de Goiás. Minutos após ter iniciado a rota traçada, um pane no
aparelho fez com que seu experiente piloto tentasse um pouso de emergência, o
que se mostrou impossível visto que sobrevoavam área de mata fechada,
levando a aeronave a se chocar contra uma árvore antes de cair ao solo. O
piloto morreu na hora em consequência do impacto, enquanto os demais ocupantes
do aparelho, apesar das lesões graves, continuavam vivos. Um deles, justamente
Ary, atordoado, conseguiu sair das ferragens e, ao tentar socorrer os amigos
sobreviventes, foi, com eles, vitima de forte explosão seguida de incêndio,
resultante do vazamento de combustível existente no tanque situado nas asas do
veículo. Com queimaduras profundas, foram resgatados e removidos para hospital,
na tentativa de preservar-lhes a vida física, o que não foi possível, já que Mauro
e o companheiro salvo morreriam horas depois, e Ary, seis dias após o sinistro,
em 13 de novembro, impondo grande comoção no Estado que, com os familiares mais
próximos vivera momentos de grande angústia e expectativa. A dor dos entes
queridos ante tão inesperada mudança, levou exatamente quatro meses depois, sua
mãe e irmãs, à cidade de Uberaba (MG), na esperança de, através de Chico
Xavier, obter alguma informação sobre, não apenas o ocorrido, mas, também,
sobre o inesquecível Aryzinho, como era carinhosamente conhecido. O resultado
da esperançosa busca, foi a psicografia pelo médium de uma das mais longas
cartas recebidas por ele nas décadas de serviços prestados a milhares de
pessoas que o procuravam movidos pelo desespero derivado da sensação de perda
imposta pela morte. Na mensagem, revela – como inúmeros outros comunicantes –
manter-se ciente das lutas íntimas especialmente do pai com quem tinha profunda
ligação e da mãe; estar sendo auxiliado na escrita naquele momento pelo tio
Natalino, também desencarnado, visto “não ter experiência bastante para vestir a
mão de uma pessoa qual se usasse uma luva”. Na dúvida, sugere: “procurem-me por trás das letras e encontrarão meus sentimentos palpitando”. Apesar
da situação precária em que fisicamente se encontrava, manteve a lucidez
durante os dias restantes em nossa Dimensão, adivinhando no olhar dos que o
visitavam a gravidade da situação. Cita a importância das preces proferidas por
sua mãe e irmãs, descrevendo os derradeiros instantes no corpo, que como já
percebia, “não passava de uma vestimenta estragada”. Conta: “– Em preces,
no silêncio, esperava até que senti que mãos suaves me acariciavam a cabeça e
dormi. Um sono pesado, de cujas imagens de sonhos possíveis não me recordo.
Apenas dormi. Acordei, porém, acabrunhado, como se estivesse sob a presença
incômoda de muita gente, apesar do meu espírito de gratidão para quem estivesse
ali a visitar-me. Unicamente, estranhei achar-me fora do quarto e, sim, em
plena sala, achava-me na condição de uma pessoa semi-anestesiada sob a
incapacidade de me controlar, quanto a movimentação e direção. Falar não
conseguia. No entanto, emitia pedidos mentais de socorro. Um desconhecido de
rosto amigo me estendeu os braços e me convidou à retirada afirmando-me que se
achava incumbido de me conduzir a novo tratamento. Aceitei, sem hesitação, o
apoio que ele me estendia, porquanto, não me admitia com a possibilidade de
caminhar; ainda assim, embora aceitando o amparo dele, segurando-lhe um dos
ombros, senti-me aliviado, mais leve...Acreditei que me achava à frente de
melhoras positivas. Guiado pelo amigo, encontrei um avião misto de Bonanza e
helicóptero, com a feição de uma grande borboleta, onde um senhor e uma
senhora, que admiti fossem meus novos enfermeiros, me aguardavam”. Ary,
segue com minucias altamente surpreendentes confirmando que a vida continua
mesmo além da morte do corpo físico. ASSISTA OS PROGRAMAS DA SÉRIE INFORMAÇÃO ESPIRITA, CLICANDO OS LINKS ABAIXO
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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
QUEM FOI (10) - a primeira mensagem
“-Senhor Jesus! Pela bênção
/ De tua doutrina Santa /
Que nos apoia e levanta / Para o teu Reino de Amor,
/ Pela paz que nos ofertas, / Pela
esperança divina /
Que nos conforta e ilumina, / Bendito seja, Senhor! / Pela carícia do lar, /
- Doce templo de carinho - /
Que nos concedes por ninho,
/ Céu na Terra, campo em
flor.
/ Pelo aconchego suave / Da
afeição que nos aquece, /
Pelo consolo da prece, / Bendito sejas, Senhor!..
/ Pelo tesouro sublime / De
graças da natureza, / Do
mar, do jardim, da cor, / Pela fonte que entretece / Poemas de melodia, / Pelo
pão de cada dia, /
Bendito sejas Senhor! / Em tudo o que nos reserves / À luz de cada momento, / O
nosso agradecimento, /
Por tudo, seja o que for...
/ Vivemos, Jesus Querido,
/ Na alegria de
encontrar-te, / Cantando por toda parte,
/ Bendito sejas, Senhor!...”.
A belíssima PRECE DE GRATIDÃO foi
psicografada por João de Deus,
através de Francisco Cândido Xavier, na noite de 19 de janeiro de 1967, na
cidade de Atafona, litoral fluminense, para onde se deslocara o médium acatando
sugestão do grande amigo Clóvis Tavares, sensibilizado ante o abatimento em que
o encontrara pelos inesperados acontecimentos registrados em sua vida pessoal.
Numa reservada reunião de estudo do Evangelho, “após o encerramento, Chico
sugeriu alguns momentos de concentração aos presentes, pois alguns Amigos
Espirituais desejavam manifestar-se. Logo a seguir, o lápis correu celeríssimo
como sempre, sobre vinte e seis páginas de papel, sem uma emenda sequer, sem a
mínima rasura, resultando em duas mensagens”: a primeira assinada pelo irmão do
anfitrião; a outra, a sentida Prece com que abrimos esses comentários.
Nos 65 cinco anos que viveu em nossa Dimensão, o português João de Deus de
Nogueira Ramos acumulou uma série de experiências marcantes, deixando inscrito
seu nome na história de Portugal não apenas como poeta, mas, também como autor
de um método de alfabetização denominado CARTILHA
MATERNAL, adotado ainda hoje. Quarto de uma família de quatorze irmãos,
João de Deus, por compreensíveis dificuldades financeiras de seu pai, ingressou
no Seminário de Coimbra para avançar nos estudos, mudando aos 19 anos, para o
Direito, por não ter vocação eclesiástica. Não se identificando com essa
atividade, preferindo as artes, dedica-se à poesia, vivendo quase na indigência
por falta de recursos, até que aos 29 anos, muda-se para Lisboa, casa-se,
assume a redação de um periódico, lançando-se na cruzada pela alfabetização,
onde, usando a criatividade e aspectos do método de Pestalozzi, formula sua
proposta através da CARTILHA MATERNAL,
que, aos 37 anos foi aprovado e adotado pelo Governo português. Ingressa na
política por insistência de amigos, vindo a desencarnar em 1896, aos 65 anos
por complicações cardíacas, deixando nove obras publicadas com seus escritos.
Quando em 1927, aos 17 anos o médium Chico Xavier descobre e direciona sua
mediunidade no campo da psicografia, João
de Deus inclui-se entre os inúmeros poetas que o auxiliaram a aprimorar sua
percepção nessa área. Surgem inúmeros sonetos e poemas, parte dos quais
inseridos, a princípio no PARNASO DE
ALEM TÚMULO (feb,1932). Alguns, reformulando ideias que disseminara em seus
poemas. Dentre as transmitidas por Chico, destacamos ETERNA MENSAGEM, onde ele diz: “- Ainda e sempre o Evangelho do Senhor / É a mensagem eterna da Verdade, / Senda
de paz e de felicidade, / Na luz
das luzes do Consolador. / Nos caminhos da lágrima e da dor, / Ante os desfiladeiros da impiedade, / Não
sabe o coração da Humanidade / Beber dessa água límpida do Amor. /
Mas os túmulos falam pela estrada, / Em toda a parte fulge uma alvorada / Que
ao roteiro dos Céus nos reconduz;
/ O Evangelho, na luz do Espiritismo, / É a
escada de Jacob vencendo o abismo,
/ Trazendo ao mundo o verbo de
Jesus.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Atualíssimo
Abrindo a pauta da REVISTA
ESPÍRITA de novembro de 1859, Allan Kardec apresenta interessante matéria
intitulada “DEVEMOS PUBLICAR TUDO QUANTO
OS ESPÍRITOS DIZEM?” que se mostra atualíssima, especialmente diante da
profusão de títulos que disputam lugar nos expositores das livrarias ou
catálogos de editoras e distribuidoras, demonstrando acirrada disputa por qual
apresenta “revelações” ou “novidades” mais originais. Como livros
espíritas se tornaram até meio de vida, revisões doutrinárias ou fundamentadas
no bom senso, inexistem. O alvo é um público ávido por conteudos que chegam a
ser estapafúrdios. As ponderações de Kardec sugerem reflexões. Diz ele: “- Esta
pergunta nos foi dirigida por um dos nossos correspondentes. Respondemo-la da
maneira seguinte: Seria bom publicar tudo quanto dizem e pensam os homens? Quem
quer que possua uma noção do Espiritismo, por superficial que seja, sabe que o
mundo invisível é composto de todos aqueles que deixaram na Terra o envoltório
visível. Despojando-se, porém, do homem carnal, nem todos se revestiram, por
isso mesmo, da túnica dos anjos. Há Espíritos de todos os graus de conhecimento
e de ignorância, de moralidade e de imoralidade – eis o que não devemos perder
de vista. Não esqueçamos que entre os Espíritos, assim como na Terra, há seres
levianos, desatentos e brincalhões; falsos sábios, vãos e orgulhosos, de um
saber incompleto; hipócritas, malévolos e, o que nos parecia inexplicável, se
de algum modo não conhecêssemos a fisiologia desse mundo, há sensuais, vilões e
crapulosos que se arrastam na lama. Ao lado disto, sempre como na Terra, temos
seres bons, humanos, benevolentes, esclarecidos, de sublimes virtudes. Como,
entretanto, nosso mundo não está na primeira nem na última posição, embora mais
vizinho da última que da primeira, disso resulta que o mundo dos Espíritos
abrange seres mais avançados intelectual e moralmente que nossos homens mais
esclarecidos, e outros que ainda estão abaixo dos homens mais inferiores. Desde
que esses seres têm um meio patente de comunicar-se com os homens, de exprimir
seus pensamentos por sinais inteligíveis, suas comunicações devem ser um
reflexo de seus sentimentos, de suas qualidades ou de seus vícios. Serão
levianas, triviais, grosseiras, mesmo obscenas, sábias, científicas o sublimes,
conforme seus caráter e sua elevação. Revelam-se por sua própria linguagem. Daí
a necessidade de não aceitar cegamente tudo quanto vem do mundo oculto, e
submetê-lo a controle severo. Com as comunicações de certos Espíritos, do
mesmo modo que com os discursos de certos homens, poder-se-ia fazer uma
coletânea muito pouco edificante(...). Ao lado dessas comunicações francamente
más, e que chocam qualquer ouvido um pouco delicado, outras há que são
simplesmente triviais ou ridículas (...). O mal é dar como sérias, coisas que
chocam o bom senso, a razão e as conveniências. Nesse caso, o perigo é maior do
que se pensa. Para começar, tais publicações tem o inconveniente de induzir em
erro as pessoas que não estão em condições de examiná-las e discernir entre o
verdadeiro e o falso, principalmente numa questão tão nova como o Espiritismo.
Em segundo lugar, são armas fornecidas aos adversários que não perdem a
oportunidade para tirar deste fato argumentos contra a alta moralidade do
ensino espírita; porque, diga-se mais uma vez, o mal está em apresentar
seriamente coisas que são notórios absurdos (...). As pessoas que estudaram a
fundo a ciência espírita sabem qual a atitude que convêm a este respeito. Sabem
que os Espíritos zombeteiros não tem o menor escrúpulo de enfeitar-se com nomes
respeitáveis. Mas sabem também que esses Espíritos só abusam daqueles que
gostam de se deixar abusar, que não sabem ou não querem esclarecidas suas
astúcias pelos meios já conhecidos (...). Os Espíritos vão aonde acham
simpatia e onde sabem que serão ouvidos (...).Publicar sem exame, ou sem
correção, tudo quanto vem dessa fonte, seria, em nossa opinião, dar prova de
pouco discernimento”. VOCÊ SABIA QUE ALLAN KARDEC ANALISOU UMA CONSULTA SOBRE REGRESSÃO DE MEMÓRIA? clique no link indicado abaixo
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Curiosidade Satisfeita
Todos gostariam de saber o que ocorre na outra dimensão
durante a realização das reuniões públicas ou reservadas nos Centros Espíritas.
André Luiz focou certos aspectos em alguns de seus livros; Irmão Jacob no
clássico VOLTEI (feb), de forma
genérica. Objetivamente, a segura mediunidade de Chico Xavier legou-nos
precioso relato psicofônico do Dr. Efigênio S. Vitor, ativo trabalhador do
movimento espírita de Belo Horizonte (MG), desencarnado em 1953 e que, meses
depois, já no ano de 1954, contou em interessante manifestação, como satisfez a
própria curiosidade sobre os ‘bastidores’
das atividades de um Centro Espírita, quanto à infra-estrutura e recursos
humanos existentes do outro lado da vida.
Revela que “o Plano Superior mantém operosas e abnegadas equipes de assistência nos
santuários de nossa fé orientados pelo devotamento ao Bem. Com a supervisão e
cooperação de vasto corpo de colaboradores em que se integram médicos e
religiosos, inclusive sacerdotes católicos, ministros evangélicos e médiuns
espíritas já desencarnados, além de magnetizadores, enfermeiros, guardas e
padioleiros, temos aqui diversificadas tarefas de natureza permanente. A
segurança é mantida por três faixas magnéticas protetoras. A primeira,
guarda a assembleia constituída e aqueles desencarnados que se lhes conjugam à
tarefa da noite. A segunda faixa encerra um circulo maior, no qual se
aglomeram algumas dezenas de companheiros daqui, ainda em posição de
necessidade, à cata de socorro e esclarecimento. A terceira, mais vasta,
circunda o edifício, com a vigilância de sentinelas eficientes, porque, além
dela, temos uma turba compacta – a turba dos irmãos que ainda não podem
partilhar, de maneira mais íntima, o nosso esforço no aprendizado evangélico.
Essa multidão assemelha-se à que vemos, frequentemente, diante dos templos
católicos, espíritas ou protestantes com incapacidade provisória de
participação no culto da fé. Bem junto à direção de nossas atividades, está
reunida grande parte da equipe de funcionários espirituais que nos preservam as
linhas magnéticas defensivas. À frente da mesa orientadora, congregam-se os
companheiros em luta a que nos referimos. E em contraposição com a porta de
acesso ao recinto, dispomos em ação de dois gabinetes, com leitos de socorro,
nos quais se alonga o serviço assistencial. Entre os dois, instala-se grande
rede eletrônica de contenção, destinada ao amparo e controle dos
desencarnados rebeldes ou recalcitrantes, rede essa que é um exemplar das
muitas que, da vida espiritual, inspiraram a medicina moderna no tratamento
pelo eletrochoque. E assim organiza-se nossa casa para desenvolver a obra
fraterna em que empenha, a favor dos companheiros que não encontraram, depois
da morte, senão as próprias perturbações”. Três meses depois, em nova
manifestação e, outros interessantes detalhes. Conta: “-Em toda parte onde tenhamos uma
agremiação de pessoas com fins determinados, existe na atmosfera ambiente um centro
mental definido, para o qual convergem todos os pensamentos, não somente
nossos, mas também daqueles que nos comungam as tarefas gerais. Esse centro
abrange vasto reservatório de plasma sutilíssimo, de que se servem os
trabalhadores, na extração dos recursos imprescindíveis à criação de
formas-pensamento, constituindo entidades e paisagens, telas e coisas
semi-inteligentes, com vistas à transformação dos companheiros dementados
que intentamos socorrer”. Nos trabalhos de auxílio específico aos
desencarnados doentes, explica que “para que se recuperem, é indispensável
recebam o concurso de imagens vivas sobre as impressões vagas e descontínuas a
que se recolhem. E para esse gênero de colaboração especializada são trazidos
os arquitetos da Vida Espiritual, que operam com precedência em nosso
programa de obrigações, consultando as reminiscências dos comunicantes que
devam ser amparados, observando-lhes o pretérito e anotando-lhes os labirintos
psicológicos(...). É assim que, aqui dentro, em nossos horários de ação,
formam-se jardins, templos, fontes, hospitais, escolas, oficinas, lares e
quadros outros em que os nossos companheiros desencarnados se sintam como que
tornando à realidade pregressa(...). Espelhos ectoplásmicos e recursos
diversos são também por eles improvisados, ajudando a mente dos amigos encarnados,
que operam na fraseologia assistencial”. Efigênio prossegue
minudenciando outros aspectos interessantes que nos permitem mentalmente
perceber a intensidade das ações anteriormente apenas imaginadas.
domingo, 16 de dezembro de 2012
Atmosfera Espiritual
Sabe aquela sensação de mal estar que experimentamos quando
adentramos certos ambientes? Não são fruto de nossa imaginação como podemos
pensar. Allan Kardec abrindo a edição de maio de 1867 de sua REVISTA ESPÍRITA, apresenta um
interessante artigo com o título ATMOSFERA
ESPIRITUAL que nos ajuda a entender o “porque” da referida impressão.
Dentro daquela lógica que caracteriza todos seus escritos, diz ele: “Ensina
o Espiritismo que os Espíritos constituem a população invisível do Globo, estão
no espaço e entre nós, vendo-nos e nos acotovelando incessantemente, de tal
sorte que, quando nos julgamos sós, constantemente temos testemunhas secretas
de nossas ações e pensamentos. Isto pode parecer aborrecido para certas
pessoas, mas desde que assim é, não se pode impedir que assim seja. Cabe a cada
um fazer como o sábio que não teria medo que sua casa fosse de vidro(...). Além
disso sabemos que, numa reunião, além dos assistentes corporais, há sempre
auditores invisíveis; que sendo a permeabilidade uma das propriedades do
organismo dos Espíritos, estes podem achar-se em número ilimitado num dado
espaço. Muitas vezes nos foi dito que em certas sessões eram em quantidade
inumerável. Na explicação dada(...), foi dito que o número dos Espíritos
presentes era tão grande, que a atmosfera estava, por assim dizer, saturada de
seus fluídos. Isso não é novo para os Espíritas, mas talvez não tenham sido
deduzidas todas as consequências. Sabe-se que os fluidos que emanam dos
Espíritos são mais ou menos salutares, conforme seu grau de depuração.
Conhece-se seu poder curativo em certos casos e, também, seus efeitos mórbidos
de indivíduo a indivíduo. Ora, desde que o ar pode ser saturado desses fluidos,
não é evidente que, conforme a natureza
dos Espíritos que abundam em determinado lugar,
o ar ambiente se ache carregado de elementos salutares ou malsãos, que
devem exercer influências sobre a vida física, assim como sobre a saúde moral?
Quando se pensa na energia da ação que um Espírito pode exercer sobre um homem,
é de admirar-se de que deve resultar de uma aglomeração de centenas ou de
milhares de Espíritos? Esta ação boa ou
má conforme os Espíritos emanem num dado meio um fluido benéfico ou maléfico,
agindo à maneira das emanações fortificantes ou dos miasmas deletérios, que se
espalham no ar. Assim se pode explicar certos efeitos coletivos, produzidos
sobre massas de indivíduos, o sentimento de bem ou de mal- estar, que se
experimenta em certos meios, e que não tem nenhuma causa aparente conhecida, o entusiasmo
ou desencorajamento por vezes a espécie de vertigem que se apodera de toda uma
assembleia, de toda uma cidade, mesmo de todo um povo. Em razão do seu grau de sensibilidade, cada
indivíduo sofre a influência desta atmosfera viciada ou vivificante(...).
Podemos, então, subtrair-nos a essas influências que emanam de uma fonte
inacessível aos meios materiais? Sem nenhuma dúvida. Porque, assim como
saneamos os meios insalubres, destruindo a fonte dos miasmas, podemos sanear a
atmosfera moral que os cerca, subtraindo-nos às influências perniciosas dos
fluidos espirituais malsãos, e isto mais facilmente do que podemos escapar às
exalações pantanosas, pois depende unicamente de nossas vontade e aí não estará
um dos menores benefícios do Espiritismo, quando for universalmente
compreendido e, sobretudo, praticado. Um princípio perfeitamente constatado por
todo espírita, é que as qualidades do fluido perispiritual estão na razão
direta das qualidades do Espírito encarnado ou desencarnado; quanto mais elevados
forem seus sentimentos, e desprendidos das influências da matéria, mais
depurado será eu fluido. Conforme os pensamentos que o dominam, o encarnado
irradia fluidos impregnados desses mesmos pensamentos, que os viciam ou os
saneiam, fluidos realmente materiais, posto que impalpáveis, invisíveis aos
olhos do corpo, mas perceptíveis pelos sentidos perispirituais e visíveis pelos
olhos da alma, pois impressionam fisicamente e afetam aparências muito
diferentes para os que são dotados de visão espiritual. Pelo simples fato da
presença dos encarnados numa assembleia, os fluidos ambientes serão, pois,
salubres ou insalubres, conforme os pensamentos dominantes forem bons ou maus.
Quem quer que traga consigo pensamentos de ódio, inveja, ciúme, orgulho,
egoísmo, animosidade, cupidez, falsidade, hipocrisia, murmuração, malevolência,
numa palavra, pensamentos colhidos na fonte das más paixões, espalha em torno
de si eflúvios fluídicos malsãos, que reagem sobre os que o cercam. Ao
contrário, na mesma assembleia em que cada um só trouxesse sentimentos de
bondade, de caridade, de humildade, de devotamento desinteressado, de
benevolência e de amor ao próximo, o ar é impregnado de emanações positivas, em
meio às quais se sente viver mais à vontade. Agora se se considerar que os
pensamentos atraem pensamentos da mesma natureza, que os fluidos atraem fluidos
similares, compreende-se que cada indivíduo traga consigo um cortejo de
Espíritos simpáticos, bons ou maus, e que, assim, o ar seja saturado de fluidos
relacionados aos pensamentos que predominam. Se os maus pensamentos forem em
minoria, não impedirão que as boas influências se produzam, pois estas os
neutralizam”. A análise de Kardec, prossegue acrescentando reveladores
e surpreendentes revelações sobre a questão.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
O Alicerce da Saúde Humana
“O progresso do mentalismo abrirá, indubitavelmente, novos rumos à
Medicina para engrandecimento do futuro humano”, prognosticou o
Espírito Miguel Couto, em interessante e reveladora mensagem psicografada pelo
médium Chico Xavier, no início dos anos 50, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais.
Médico, cientista, professor da Faculdade Nacional de Medicina, membro da
Academia Nacional de Medicina e da Academia Brasileira de Letras, o Doutor
Miguel teve larga projeção no cenário científico do País em sua época, com
repercussão no estrangeiro, deixando trabalhos de real valor científico,
destacando-se como benfeitor estimado e respeitado pelo povo e pela classe
médica, até seu desencarne em 1934, aos 69 anos. A década e meia de permanência
no Plano Espiritual, ampliou seus vastos conhecimentos a respeito da saúde
humana, levando-o a considerar que o “corpo físico é máquina viva, constituída
pela congregação de miríades de corpúsculos ativos, sob o comando do Espírito
que manobra com a rede biológica dentro das mesmas normas que seguimos ao
utilizar a corrente elétrica”. De suas observações, concluiu que “avançando
pesadamente, da animalidade para a humanidade, aumentamos o poder da
consciência pela assimilação dos valores que a vida nos oferece, por intermédio
do tempo e do trabalho; e, com esse poder armazenado na economia do próprio
Ser, manejamos o equipamento celular, com antecipado conhecimento de suas ações
e reações, qualidades superiores ou idiossincrasias genéticas, para que nos ajustemos
ao laborioso esforço da encarnação, dela retirando os proventos necessários”.
Do seu privilegiado ponto de observação, entende que “o homem, na estruturação
fisiopsíquica, é uma grande bateria criando e acumulando cargas
elétricas, com que influencia e é influenciado. Todo sentimento é energia
estática. Todo pensamento é criação dinâmica. Toda ação é arremesso, com todos
os seus efeitos”. Explicando melhor, diz que “cada individualidade, assim,
conforme os sentimentos que nutre na estrutura espiritual e segundo os
pensamentos que entretem na mente, atrai ou repele, constrói ou destrói,
através das forças que emite nas obras, nas palavras, nas atitudes, com que se
evidencia pela instrumentação mental que lhe é própria”. Estabelecendo um paralelo com a saúde,
pondera que “a saúde é questão de equilíbrio vibracional, de conformação de
frequências. Naturalmente, enquanto na Terra, esse problema implica uma equação
de vários parâmetros, quais sejam a respiração e a atividade, o banho e o
alimento. Forçoso é, todavia, convir que as raízes morais são sempre os fatores
de maior importância, não somente na vida
normal, senão também, e em particular, nas horas conturbadas”.
Dessa forma, “cada alma vive carregada dos princípios eletromagnéticos gerados por
ela mesma, projetando ondas que, na essência, são os fluidos positivos ou
negativos com os quais jogamos no campo de atividades a que fomos chamados ou
conduzidos”. “Nossa mente’, prossegue, vive
cercada de forças complexas que procedem das constelações próximas e remotas,
do Sol, da Lua, da própria Terra, dos nossos semelhantes e dos seres superiores
e inferiores que partilham conosco a habitação coletiva. Achamo-nos,
no Planeta, como que presos a poderoso imã: desenvolvemos nossas virtudes
potenciais; apuramos tendências e recolhemos as vantagens da educação
espiritual; emitimos as radiações que nos são peculiares e graças às quais
somos aproveitados pelas Potências Superiores, no serviço da Humanidade;
entesouramos nossa riqueza futura, ou por ela nos castigamos a nós mesmos: são
os choques de retorno, em cuja manifestação somos sempre vítimas das descargas
asfixiantes que arremessamos, no espaço e no tempo, ferindo pessoas e coisas,
na tentativa de quebra da Harmonia Divina”. Sendo mais objetivo, afirma que “nossos sentimentos e pensamentos
criam linhas de força, e, destarte, conforme a nossa polaridade, ou se nos
facilita a ascensão, que é luz, ou sofremos retardamento em níveis mais baixos,
quais os apresenta o mundo terrestre, voluntário cárcere de sombra”.
Previne que “confiarmo-nos a paixões bastardas será estabelecer linhas de forças repulsivas,
que nos constrangem à demora na paisagem das sombras”. Salienta que “o
homem é o distribuidor de cargas eletromagnéticas, geradas por ele mesmo, em
toda parte. O equilíbrio, portanto, é questão de toda hora”. Afirma que
“a
missão de curar, deste modo, é muito mais a ciência de equilibrar os movimentos
oscilatórios que a de socorrer o veiculo somático; e, somos obrigados a
considerar que, ainda quando praticamos a clínica e a cirurgia, é
imprescindível ponderar a modificação do tônus vibratório de imensas colônias
de protozoários, através de cargas elétricas de produtos químicos ou de golpes
renovadores do bisturi, se desejamos alcançar a almejada restauração”.
Como “cada
alma vive e respira na atmosfera mental que estabelece para si mesma, em qualquer
distrito do Universo”, recomenda: “-Purifiquemos o pensamento,
encaminhando-o às zonas superiores do nosso idealismo, buscando,
simultaneamente, materializá-lo no terreno chão da luta diária, criando novos
motivos de felicidade, confiança, de luz e alegria, na esfera de nossas horas
vulgares, e a harmonia será a resposta divina aos nossos empreendimentos”.
Por fim, prognostica: “-A ciência mental, com base nos princípios
que presidem a prosperidade do Espírito, será, no grande futuro, o alicerce da
saúde humana”.
sábado, 8 de dezembro de 2012
"Missionários"
Conhecido pela afirmação “mais vale rejeitar dez verdades
do que admitir uma única mentira, uma única teoria falsa”, contida em
mensagem reproduzida por Allan Kardec no final do capítulo vinte d’ O LIVRO DOS MÉDIUNS, o Espírito Erasto é pseudônimo do médico, filósofo
e teólogo alemão Thomaz Liber, que viveu no século dezesseis, entre 1524 e
1583. Professor de Medicina em Heildelberg e de moral em Basileia, combateu as
teorias de Paracelso. Discípulo de São Paulo, em Teologia não admitia o poder
temporal da Igreja, só lhe concedendo o papel de persuasão, tendo legado somas
consideráveis aos estudantes pobres. Presença frequente nas reuniões da
Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, teve várias de suas mensagens
publicadas na REVISTA ESPÍRITA, a
partir de 1861. Na edição de dezembro de 1863, por exemplo, uma cujo conteúdo
precisaria ser objeto de reflexão por todos os espíritas, notadamente aqueles
que ignoram o fato de que Chico Xavier, permaneceu durante quatro anos
(1927/1931) treinando sua mediunidade - para sua surpresa -, até Emmanuel mandar jogar fora tudo o que havia produzido até então, para começar a
tarefa do livro. Grande quantidade de pessoas com a sensibilidade mediúnica
aflorada (“Nos últimos tempos, diz o Senhor,...vossos filhos e vossas filhas
profetizarão”. - Atos; cap.II; vv 17 a 18), empolgadas, embora iniciantes, são
responsáveis por uma profusão de livros mediúnicos veiculando informações e
“revelações” incríveis sobre a realidade espiritual de que fazemos parte. Do
texto de Erasto, destacamos alguns pontos para reflexão, exigindo estudo para
análises mais seguras sobre tantas “novidades”. Atentemos a eles: 1 – “-De
todos os lados surgem médiuns com supostas missões, chamados, ao que
dizem, a tomar em mãos a bandeira do Espiritismo e plantá-la sobre as ruínas do
Velho Mundo”; 2 – “-Não há individualidade, por medíocre que
seja,(..) que não se julgue designada a um apostolado muito especial”.
3 – “-Quase
todos os médiuns, em seu início, são submetidos a essa perigosa tentação. Alguns
resistem; mas muitos sucumbem, ao menos por algum tempo, até que cheques
sucessivos venham desiludí-los.(...) E que querem certos Espíritos da
erraticidade fomentando entre as mediocridades da encarnação essa exaltação do
amor-próprio e do orgulho, senão entravar o progresso?”. 4 – “-Daí
resulta que, conforme as palavras pronunciadas na Sociedade de Paris, por seu
dirigente espiritual São Luiz, uma verdadeira "Torre de Babel" está em vias de
construção entre vós. Aliás, fora preciso ser cego para não reconhecer que à
cruzada dirigida contra o Espiritismo pelos adversários-natos de toda doutrina
progressista e emancipadora, se junta uma cruzada espiritual - “-Levantar-se-ão
vários falsos profetas que seduzirão a muitas pessoas” e “se levantarão falsos
Cristos e falsos profetas que farão prodígios e coisas de espantar, até
seduzir, se possível, os próprios escolhidos”-, dirigida por todos os
Espíritos pseudo-sábios, falsos grandes homens, falsos religiosos e falsos
irmãos da erraticidade, fazendo causa comum, fazendo causa comum com os
inimigos terrestres, em meio a essa multidão de médiuns por eles fanatizados, e
aos quais ditam tantas elocubrações mentirosas”. 5 – “-É
urgente que vos ponhais em guarda contra todas as publicações de origem
suspeita, que parecem, ou vão parecer, contrárias a todas as que não
tivessem uma atitude franca e clara, e tende como certo que muitas são
elaboradas nos campos inimigos do mundo visível ou no invisível, visando a
lançar entre vós os fachos da discórdia. Cabe-vos não vos deixar apanhar.
Tendes todos os elementos necessários para as apreciar. Mas tende igualmente
como certo que todo Espírito que a si mesmo se anuncia como um Ser superior e,
sobretudo, como de uma infalibilidade a toda prova, ao contrário, é o oposto do
que se anuncia pomposamente”. 6 – “O número dos médiuns é hoje incalculável e
é desagradável ver que alguns se julgam os únicos chamados a distribuir a
Verdade ao mundo e se extasiam ante banalidades que consideram monumentos. Pobres
abusados, que se baixam passando pelos arcos do triunfo! Como se a Verdade
tivesse esperado a sua vinda para ser anunciada”. O perspicaz e
prudente Erasto, como vimos, fornece-nos os elementos apropriados para não nos
deixarmos emaranhar nos fios das teias de fantasias que excitam mentes
invigilantes e avessas ao estudo sério e continuado do Espiritismo
a partir de sua base.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
ESPECIAIS
Na noite de 20 de dezembro de 1985, Chico Xavier era o convidado
especial do último programa apresentado na TV Bandeirantes, por Hebe Camargo.
Ao lado de Nair Bello, realizaram elucidativa entrevista com o querido médium
que, expondo vários pontos de vista, ofertou-nos ensinamentos de muita
profundidade. Entre estes, um que tratava da criança especial outrora rotulada
de excepcional. Referindo-se às mães de portadores de qualquer deficiência,
Chico disse que “os filhos excepcionais são confiados tão somente às grandes mulheres,
aquelas que tem capacidade de amar até o Infinito”. Esclareceu ainda “que a
criança com restrições, sente e ouve, registra e sabe de que modo está sendo
tratada, sendo profundamente lúcida na intimidade de si mesma”.
Afinal é apenas o corpo ou veículo físico que carrega as inibições ou
limitações que as impede de desenvolver uma comunicação mais natural com o meio
em que vivem. Tais deficiências geralmente radicam-se nos desatinos cometidos
em existência passada, quase sempre através do suicídio que, como o Espiritismo
revela, impõem lesões e traumas registrados também no corpo espiritual – o períspirito
-, exigindo um período de rearmonização em encarnação posterior ao delito
cometido perante as Leis de Deus. Demonstrando isso, oito anos antes, Chico
psicografou em Uberaba, na reunião pública do Grupo Espírita da Prece de 23 de
setembro de 1977, belíssima carta de uma jovem desencarnada dois anos antes na
cidade de Santa Isabel, localidade situada na Grande São Paulo. A moça vivera
vinte e quatro anos, sendo irmã gêmea de um irmão, Homero. Ele normal, ela,
portadora de paralisia cerebral que a impossibilitava de se locomover, se
expressar verbalmente ou fazer uso das mãos, pela completa ausência de tato. De
família católica, sua morte impôs profunda dor aos entes queridos, sentimento
agravado um ano depois pela morte de uma irmã remanescente, Maria Helena,
vitimada por acidente de trânsito na auto-estrada Mogi-Dutra, quando retornava
das aulas da faculdade que frequentava na cidade de Mogi das Cruzes. Esse fato,
levou os pais, por fim, à Uberaba(MG), onde Chico Xavier psicografou numa mesma
noite cartas das duas filhas. Na verdade, duas surpresas: a primeira de Maria
Célia, cujas limitações foram superadas pela captação dos sentimentos e
pensamentos de Maria Célia; e, a segunda a psicografia da carta de Maria
Helena. Embora possa causar estranheza para alguns o fato de alguém que não
aprendeu a escrever na última existência se expressar com a clareza com que o
fez Maria Célia, o entendimento do mecanismo do processo mediúnico como explicado
pelo Espiritismo, pode esclarecer naturais duvidas. O outro detalhe, já citado,
é que o bloqueio é derivado dos limites do corpo, pois, o Espírito se mantém
lúcido, ouvindo e sentindo tudo que ocorre ao seu redor. Reportando-se às origens
do mal físico que a identificou, revelou: “-Em meados do século, peregrinava
no Plano Espiritual, com cinco irmãos junto dos quais era eu a irmã doente que
eles suportavam. Lutas enormes do passado recente me haviam retirado os
movimentos. Chorava com a minha inutilidade. Pedia em preces a Deus me
suprimisses a condição inferior. Um dos irmãos, o mais forte de todos, quase me
carregava, sozinho, tão grande o amor com que me desejava o reequilíbrio
espiritual. Percorremos longas extensões do Espaço, alimentando esperanças e
sonhos. Queríamos um pouso. Precisava encontrar um refugio em que me tratasse e
os companheiros me auxiliavam. Benfeitores e amigos generosos nos visitavam na
jornada em que as pausas periódicas para descanso se faziam precisas.
Prometiam-nos apoio e doavam-nos recursos sempre renovados para que avançássemos
algo mais”... A grupo mais próximo, o médium Chico Xavier dando mais
detalhes da origem da desventura de Maria Célia e Maria Helena, revelou que
durante a Segunda Guerra Mundial, ela e os atuais irmãos faziam parte de um
grupo de resistência de um dos países submetidos aos nazistas, sendo ela
especialista na produção de artefatos explosivos. Um dia, uma falha ocasionou a
detonação que causou a morte de todos ao mesmo tempo, sendo ela a mais
atingida. Prosseguindo sua narrativa Maria Célia conta que “houve um dia, em que chegamos a
um local de grande encantamento e encontramos um tronco de luminosa beleza.
Flores despontavam dele prometendo maravilhoso futuro. Sábio amigo da Vida
Superior veio a nós e disse que vagueávamos nas imensidões da Vida Maior à
maneira de pássaros fatigados e infelizes. E aconselhou-nos uma parada. Seria
aquele tronco robusto, a morada de Deus para nós. Faríamos um ninho para viver
e renovar-nos. Ficamos todos contentes. Entretanto, precisávamos de alguém que
viesse a fim de amparar-nos na construção. Esse mesmo sábio veio depois com uma
jovem tão generosa e tão linda que, mesmo sem ver-nos de todo, encontrou-nos em
sono e decidiu socorrer-nos. Foi assim que esse iluminado coração de menina e
moça começou a trabalhar, amparando-nos a todos. Primeiramente, recebeu a mim e
ao irmão que me oferecia ombros fortes na caminhada para que nos detivéssemos,
de modo a valorizar o tempo e a vida. Os outros igualmente foram acomodados por
ela em ninhos formados com imenso amor”. Mais a frente, ela acrescenta:
“-Os
sacrifícios dela foram heroicos. Dedicou-se inteiramente ao ninho em que me
achava. Sabendo que não me movia, era ela meus braços e minhas mãos. Porque eu
nada pudesse falar, pela enfermidade que trazia, ela própria me contava lindas
histórias, que eu ouvia em silêncio, dando a ela o sinal de que compreendia
quanto me comunicava em seu amor. Nunca mais essa jovem me abandonou, saiu das
festas, esqueceu as alegrias da juventude, nunca a vi irritar-se ou desanimar”.
Maria Célia, em sua longa carta, prossegue resumindo o que foram aqueles 24
anos de dedicação da mãe, pai, irmãos em favor de sua recuperação espiritual.
Uma linda carta integralmente reproduzida no livro FELIZ REGRESSO (ideal), confirmando que apenas o corpo ostentava limitações.
O Espírito a ele ligado, mantinha-se lúcido, percebendo, como já dissemos, tudo
que ocorria a seu redor. VOCÊ JÁ ASSISTIU DEPENDÊNCIAS QUÍMICAS ALÉM DA VIDA? Clique no link abaixo documentários de curta duração e descubra muito sobre a interação entre os dois planos no consumo do TÓXICO
domingo, 2 de dezembro de 2012
Quem Foi? (9) - a primeira mensagem
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