O avião de pequeno porte alçara voo no dia 7 de novembro de
1981, do aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia na direção de Alto Paraíso, norte
do Estado, com quatro passageiros, um dos quais o Ary Ribeiro Valadão, filho do
então Governador de Goiás. Minutos após ter iniciado a rota traçada, um pane no
aparelho fez com que seu experiente piloto tentasse um pouso de emergência, o
que se mostrou impossível visto que sobrevoavam área de mata fechada,
levando a aeronave a se chocar contra uma árvore antes de cair ao solo. O
piloto morreu na hora em consequência do impacto, enquanto os demais ocupantes
do aparelho, apesar das lesões graves, continuavam vivos. Um deles, justamente
Ary, atordoado, conseguiu sair das ferragens e, ao tentar socorrer os amigos
sobreviventes, foi, com eles, vitima de forte explosão seguida de incêndio,
resultante do vazamento de combustível existente no tanque situado nas asas do
veículo. Com queimaduras profundas, foram resgatados e removidos para hospital,
na tentativa de preservar-lhes a vida física, o que não foi possível, já que Mauro
e o companheiro salvo morreriam horas depois, e Ary, seis dias após o sinistro,
em 13 de novembro, impondo grande comoção no Estado que, com os familiares mais
próximos vivera momentos de grande angústia e expectativa. A dor dos entes
queridos ante tão inesperada mudança, levou exatamente quatro meses depois, sua
mãe e irmãs, à cidade de Uberaba (MG), na esperança de, através de Chico
Xavier, obter alguma informação sobre, não apenas o ocorrido, mas, também,
sobre o inesquecível Aryzinho, como era carinhosamente conhecido. O resultado
da esperançosa busca, foi a psicografia pelo médium de uma das mais longas
cartas recebidas por ele nas décadas de serviços prestados a milhares de
pessoas que o procuravam movidos pelo desespero derivado da sensação de perda
imposta pela morte. Na mensagem, revela – como inúmeros outros comunicantes –
manter-se ciente das lutas íntimas especialmente do pai com quem tinha profunda
ligação e da mãe; estar sendo auxiliado na escrita naquele momento pelo tio
Natalino, também desencarnado, visto “não ter experiência bastante para vestir a
mão de uma pessoa qual se usasse uma luva”. Na dúvida, sugere: “procurem-me por trás das letras e encontrarão meus sentimentos palpitando”. Apesar
da situação precária em que fisicamente se encontrava, manteve a lucidez
durante os dias restantes em nossa Dimensão, adivinhando no olhar dos que o
visitavam a gravidade da situação. Cita a importância das preces proferidas por
sua mãe e irmãs, descrevendo os derradeiros instantes no corpo, que como já
percebia, “não passava de uma vestimenta estragada”. Conta: “– Em preces,
no silêncio, esperava até que senti que mãos suaves me acariciavam a cabeça e
dormi. Um sono pesado, de cujas imagens de sonhos possíveis não me recordo.
Apenas dormi. Acordei, porém, acabrunhado, como se estivesse sob a presença
incômoda de muita gente, apesar do meu espírito de gratidão para quem estivesse
ali a visitar-me. Unicamente, estranhei achar-me fora do quarto e, sim, em
plena sala, achava-me na condição de uma pessoa semi-anestesiada sob a
incapacidade de me controlar, quanto a movimentação e direção. Falar não
conseguia. No entanto, emitia pedidos mentais de socorro. Um desconhecido de
rosto amigo me estendeu os braços e me convidou à retirada afirmando-me que se
achava incumbido de me conduzir a novo tratamento. Aceitei, sem hesitação, o
apoio que ele me estendia, porquanto, não me admitia com a possibilidade de
caminhar; ainda assim, embora aceitando o amparo dele, segurando-lhe um dos
ombros, senti-me aliviado, mais leve...Acreditei que me achava à frente de
melhoras positivas. Guiado pelo amigo, encontrei um avião misto de Bonanza e
helicóptero, com a feição de uma grande borboleta, onde um senhor e uma
senhora, que admiti fossem meus novos enfermeiros, me aguardavam”. Ary,
segue com minucias altamente surpreendentes confirmando que a vida continua
mesmo além da morte do corpo físico. ASSISTA OS PROGRAMAS DA SÉRIE INFORMAÇÃO ESPIRITA, CLICANDO OS LINKS ABAIXO
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