Todos gostariam de saber o que ocorre na outra dimensão
durante a realização das reuniões públicas ou reservadas nos Centros Espíritas.
André Luiz focou certos aspectos em alguns de seus livros; Irmão Jacob no
clássico VOLTEI (feb), de forma
genérica. Objetivamente, a segura mediunidade de Chico Xavier legou-nos
precioso relato psicofônico do Dr. Efigênio S. Vitor, ativo trabalhador do
movimento espírita de Belo Horizonte (MG), desencarnado em 1953 e que, meses
depois, já no ano de 1954, contou em interessante manifestação, como satisfez a
própria curiosidade sobre os ‘bastidores’
das atividades de um Centro Espírita, quanto à infra-estrutura e recursos
humanos existentes do outro lado da vida.
Revela que “o Plano Superior mantém operosas e abnegadas equipes de assistência nos
santuários de nossa fé orientados pelo devotamento ao Bem. Com a supervisão e
cooperação de vasto corpo de colaboradores em que se integram médicos e
religiosos, inclusive sacerdotes católicos, ministros evangélicos e médiuns
espíritas já desencarnados, além de magnetizadores, enfermeiros, guardas e
padioleiros, temos aqui diversificadas tarefas de natureza permanente. A
segurança é mantida por três faixas magnéticas protetoras. A primeira,
guarda a assembleia constituída e aqueles desencarnados que se lhes conjugam à
tarefa da noite. A segunda faixa encerra um circulo maior, no qual se
aglomeram algumas dezenas de companheiros daqui, ainda em posição de
necessidade, à cata de socorro e esclarecimento. A terceira, mais vasta,
circunda o edifício, com a vigilância de sentinelas eficientes, porque, além
dela, temos uma turba compacta – a turba dos irmãos que ainda não podem
partilhar, de maneira mais íntima, o nosso esforço no aprendizado evangélico.
Essa multidão assemelha-se à que vemos, frequentemente, diante dos templos
católicos, espíritas ou protestantes com incapacidade provisória de
participação no culto da fé. Bem junto à direção de nossas atividades, está
reunida grande parte da equipe de funcionários espirituais que nos preservam as
linhas magnéticas defensivas. À frente da mesa orientadora, congregam-se os
companheiros em luta a que nos referimos. E em contraposição com a porta de
acesso ao recinto, dispomos em ação de dois gabinetes, com leitos de socorro,
nos quais se alonga o serviço assistencial. Entre os dois, instala-se grande
rede eletrônica de contenção, destinada ao amparo e controle dos
desencarnados rebeldes ou recalcitrantes, rede essa que é um exemplar das
muitas que, da vida espiritual, inspiraram a medicina moderna no tratamento
pelo eletrochoque. E assim organiza-se nossa casa para desenvolver a obra
fraterna em que empenha, a favor dos companheiros que não encontraram, depois
da morte, senão as próprias perturbações”. Três meses depois, em nova
manifestação e, outros interessantes detalhes. Conta: “-Em toda parte onde tenhamos uma
agremiação de pessoas com fins determinados, existe na atmosfera ambiente um centro
mental definido, para o qual convergem todos os pensamentos, não somente
nossos, mas também daqueles que nos comungam as tarefas gerais. Esse centro
abrange vasto reservatório de plasma sutilíssimo, de que se servem os
trabalhadores, na extração dos recursos imprescindíveis à criação de
formas-pensamento, constituindo entidades e paisagens, telas e coisas
semi-inteligentes, com vistas à transformação dos companheiros dementados
que intentamos socorrer”. Nos trabalhos de auxílio específico aos
desencarnados doentes, explica que “para que se recuperem, é indispensável
recebam o concurso de imagens vivas sobre as impressões vagas e descontínuas a
que se recolhem. E para esse gênero de colaboração especializada são trazidos
os arquitetos da Vida Espiritual, que operam com precedência em nosso
programa de obrigações, consultando as reminiscências dos comunicantes que
devam ser amparados, observando-lhes o pretérito e anotando-lhes os labirintos
psicológicos(...). É assim que, aqui dentro, em nossos horários de ação,
formam-se jardins, templos, fontes, hospitais, escolas, oficinas, lares e
quadros outros em que os nossos companheiros desencarnados se sintam como que
tornando à realidade pregressa(...). Espelhos ectoplásmicos e recursos
diversos são também por eles improvisados, ajudando a mente dos amigos encarnados,
que operam na fraseologia assistencial”. Efigênio prossegue
minudenciando outros aspectos interessantes que nos permitem mentalmente
perceber a intensidade das ações anteriormente apenas imaginadas.
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