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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Curiosidade Satisfeita


Todos gostariam de saber o que ocorre na outra dimensão durante a realização das reuniões públicas ou reservadas nos Centros Espíritas. André Luiz focou certos aspectos em alguns de seus livros; Irmão Jacob no clássico VOLTEI (feb), de forma genérica. Objetivamente, a segura mediunidade de Chico Xavier legou-nos precioso relato psicofônico do Dr. Efigênio S. Vitor, ativo trabalhador do movimento espírita de Belo Horizonte (MG), desencarnado em 1953 e que, meses depois, já no ano de 1954, contou em interessante manifestação, como satisfez a própria curiosidade sobre os ‘bastidores’ das atividades de um Centro Espírita, quanto à infra-estrutura e recursos humanos existentes do outro lado da vida.  Revela que “o Plano Superior mantém operosas e abnegadas equipes de assistência nos santuários de nossa fé orientados pelo devotamento ao Bem. Com a supervisão e cooperação de vasto corpo de colaboradores em que se integram médicos e religiosos, inclusive sacerdotes católicos, ministros evangélicos e médiuns espíritas já desencarnados, além de magnetizadores, enfermeiros, guardas e padioleiros, temos aqui diversificadas tarefas de natureza permanente. A segurança é mantida por três faixas magnéticas protetoras. A primeira, guarda a assembleia constituída e aqueles desencarnados que se lhes conjugam à tarefa da noite. A segunda faixa encerra um circulo maior, no qual se aglomeram algumas dezenas de companheiros daqui, ainda em posição de necessidade, à cata de socorro e esclarecimento. A terceira, mais vasta, circunda o edifício, com a vigilância de sentinelas eficientes, porque, além dela, temos uma turba compacta – a turba dos irmãos que ainda não podem partilhar, de maneira mais íntima, o nosso esforço no aprendizado evangélico. Essa multidão assemelha-se à que vemos, frequentemente, diante dos templos católicos, espíritas ou protestantes com incapacidade provisória de participação no culto da fé. Bem junto à direção de nossas atividades, está reunida grande parte da equipe de funcionários espirituais que nos preservam as linhas magnéticas defensivas. À frente da mesa orientadora, congregam-se os companheiros em luta a que nos referimos. E em contraposição com a porta de acesso ao recinto, dispomos em ação de dois gabinetes, com leitos de socorro, nos quais se alonga o serviço assistencial. Entre os dois, instala-se grande rede eletrônica de contenção, destinada ao amparo e controle dos desencarnados rebeldes ou recalcitrantes, rede essa que é um exemplar das muitas que, da vida espiritual, inspiraram a medicina moderna no tratamento pelo eletrochoque. E assim organiza-se nossa casa para desenvolver a obra fraterna em que empenha, a favor dos companheiros que não encontraram, depois da morte, senão as próprias perturbações”. Três meses depois, em nova manifestação e, outros interessantes detalhes. Conta: “-Em toda parte onde tenhamos uma agremiação de pessoas com fins determinados, existe na atmosfera ambiente um centro mental definido, para o qual convergem todos os pensamentos, não somente nossos, mas também daqueles que nos comungam as tarefas gerais. Esse centro abrange vasto reservatório de plasma sutilíssimo, de que se servem os trabalhadores, na extração dos recursos imprescindíveis à criação de formas-pensamento, constituindo entidades e paisagens, telas e coisas semi-inteligentes, com vistas à transformação dos companheiros dementados que intentamos socorrer”. Nos trabalhos de auxílio específico aos desencarnados doentes, explica que “para que se recuperem, é indispensável recebam o concurso de imagens vivas sobre as impressões vagas e descontínuas a que se recolhem. E para esse gênero de colaboração especializada são trazidos os arquitetos da Vida Espiritual, que operam com precedência em nosso programa de obrigações, consultando as reminiscências dos comunicantes que devam ser amparados, observando-lhes o pretérito e anotando-lhes os labirintos psicológicos(...). É assim que, aqui dentro, em nossos horários de ação, formam-se jardins, templos, fontes, hospitais, escolas, oficinas, lares e quadros outros em que os nossos companheiros desencarnados se sintam como que tornando à realidade pregressa(...). Espelhos ectoplásmicos e recursos diversos são também por eles improvisados, ajudando a mente dos amigos encarnados, que operam na fraseologia assistencial”. Efigênio prossegue minudenciando outros aspectos interessantes que nos permitem mentalmente perceber a intensidade das ações anteriormente apenas imaginadas.   


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