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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O Alicerce da Saúde Humana


O progresso do mentalismo abrirá, indubitavelmente, novos rumos à Medicina para engrandecimento do futuro humano”, prognosticou o Espírito Miguel Couto, em interessante e reveladora mensagem psicografada pelo médium Chico Xavier, no início dos anos 50, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais. Médico, cientista, professor da Faculdade Nacional de Medicina, membro da Academia Nacional de Medicina e da Academia Brasileira de Letras, o Doutor Miguel teve larga projeção no cenário científico do País em sua época, com repercussão no estrangeiro, deixando trabalhos de real valor científico, destacando-se como benfeitor estimado e respeitado pelo povo e pela classe médica, até seu desencarne em 1934, aos 69 anos. A década e meia de permanência no Plano Espiritual, ampliou seus vastos conhecimentos a respeito da saúde humana, levando-o a considerar que o “corpo físico é máquina viva, constituída pela congregação de miríades de corpúsculos ativos, sob o comando do Espírito que manobra com a rede biológica dentro das mesmas normas que seguimos ao utilizar a corrente elétrica”. De suas observações, concluiu que “avançando pesadamente, da animalidade para a humanidade, aumentamos o poder da consciência pela assimilação dos valores que a vida nos oferece, por intermédio do tempo e do trabalho; e, com esse poder armazenado na economia do próprio Ser, manejamos o equipamento celular, com antecipado conhecimento de suas ações e reações, qualidades superiores ou idiossincrasias genéticas, para que nos ajustemos ao laborioso esforço da encarnação, dela retirando os proventos necessários”. Do seu privilegiado ponto de observação, entende que “o homem, na estruturação fisiopsíquica, é uma grande bateria criando e acumulando cargas elétricas, com que influencia e é influenciado. Todo sentimento é energia estática. Todo pensamento é criação dinâmica. Toda ação é arremesso, com todos os seus efeitos”. Explicando melhor, diz que “cada individualidade, assim, conforme os sentimentos que nutre na estrutura espiritual e segundo os pensamentos que entretem na mente, atrai ou repele, constrói ou destrói, através das forças que emite nas obras, nas palavras, nas atitudes, com que se evidencia pela instrumentação mental que lhe é própria”.  Estabelecendo um paralelo com a saúde, pondera que “a saúde é questão de equilíbrio vibracional, de conformação de frequências. Naturalmente, enquanto na Terra, esse problema implica uma equação de vários parâmetros, quais sejam a respiração e a atividade, o banho e o alimento. Forçoso é, todavia, convir que as raízes morais são sempre os fatores de maior importância, não somente na vida  normal, senão também, e em particular, nas horas conturbadas”. Dessa forma, “cada alma vive carregada dos princípios eletromagnéticos gerados por ela mesma, projetando ondas que, na essência, são os fluidos positivos ou negativos com os quais jogamos no campo de atividades a que fomos chamados ou conduzidos”. “Nossa mente’, prossegue, vive cercada de forças complexas que procedem das constelações próximas e remotas, do Sol, da Lua, da própria Terra, dos nossos semelhantes e dos seres superiores e inferiores que partilham conosco a habitação coletiva. Achamo-nos, no Planeta, como que presos a poderoso imã: desenvolvemos nossas virtudes potenciais; apuramos tendências e recolhemos as vantagens da educação espiritual; emitimos as radiações que nos são peculiares e graças às quais somos aproveitados pelas Potências Superiores, no serviço da Humanidade; entesouramos nossa riqueza futura, ou por ela nos castigamos a nós mesmos: são os choques de retorno, em cuja manifestação somos sempre vítimas das descargas asfixiantes que arremessamos, no espaço e no tempo, ferindo pessoas e coisas, na tentativa de quebra da Harmonia Divina”. Sendo mais objetivo,  afirma que “nossos sentimentos e pensamentos criam linhas de força, e, destarte, conforme a nossa polaridade, ou se nos facilita a ascensão, que é luz, ou sofremos retardamento em níveis mais baixos, quais os apresenta o mundo terrestre, voluntário cárcere de sombra”. Previne que “confiarmo-nos a paixões bastardas será estabelecer linhas de forças repulsivas, que nos constrangem à demora na paisagem das sombras”. Salienta que “o homem é o distribuidor de cargas eletromagnéticas, geradas por ele mesmo, em toda parte. O equilíbrio, portanto, é questão de toda hora”. Afirma que “a missão de curar, deste modo, é muito mais a ciência de equilibrar os movimentos oscilatórios que a de socorrer o veiculo somático; e, somos obrigados a considerar que, ainda quando praticamos a clínica e a cirurgia, é imprescindível ponderar a modificação do tônus vibratório de imensas colônias de protozoários, através de cargas elétricas de produtos químicos ou de golpes renovadores do bisturi, se desejamos alcançar a almejada restauração”. Como “cada alma vive e respira na atmosfera mental que estabelece para si mesma, em qualquer distrito do Universo”, recomenda: “-Purifiquemos o pensamento, encaminhando-o às zonas superiores do nosso idealismo, buscando, simultaneamente, materializá-lo no terreno chão da luta diária, criando novos motivos de felicidade, confiança, de luz e alegria, na esfera de nossas horas vulgares, e a harmonia será a resposta divina aos nossos empreendimentos”. Por fim, prognostica: “-A ciência mental, com base nos princípios que presidem a prosperidade do Espírito, será, no grande futuro, o alicerce da saúde humana”.

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