“O progresso do mentalismo abrirá, indubitavelmente, novos rumos à
Medicina para engrandecimento do futuro humano”, prognosticou o
Espírito Miguel Couto, em interessante e reveladora mensagem psicografada pelo
médium Chico Xavier, no início dos anos 50, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais.
Médico, cientista, professor da Faculdade Nacional de Medicina, membro da
Academia Nacional de Medicina e da Academia Brasileira de Letras, o Doutor
Miguel teve larga projeção no cenário científico do País em sua época, com
repercussão no estrangeiro, deixando trabalhos de real valor científico,
destacando-se como benfeitor estimado e respeitado pelo povo e pela classe
médica, até seu desencarne em 1934, aos 69 anos. A década e meia de permanência
no Plano Espiritual, ampliou seus vastos conhecimentos a respeito da saúde
humana, levando-o a considerar que o “corpo físico é máquina viva, constituída
pela congregação de miríades de corpúsculos ativos, sob o comando do Espírito
que manobra com a rede biológica dentro das mesmas normas que seguimos ao
utilizar a corrente elétrica”. De suas observações, concluiu que “avançando
pesadamente, da animalidade para a humanidade, aumentamos o poder da
consciência pela assimilação dos valores que a vida nos oferece, por intermédio
do tempo e do trabalho; e, com esse poder armazenado na economia do próprio
Ser, manejamos o equipamento celular, com antecipado conhecimento de suas ações
e reações, qualidades superiores ou idiossincrasias genéticas, para que nos ajustemos
ao laborioso esforço da encarnação, dela retirando os proventos necessários”.
Do seu privilegiado ponto de observação, entende que “o homem, na estruturação
fisiopsíquica, é uma grande bateria criando e acumulando cargas
elétricas, com que influencia e é influenciado. Todo sentimento é energia
estática. Todo pensamento é criação dinâmica. Toda ação é arremesso, com todos
os seus efeitos”. Explicando melhor, diz que “cada individualidade, assim,
conforme os sentimentos que nutre na estrutura espiritual e segundo os
pensamentos que entretem na mente, atrai ou repele, constrói ou destrói,
através das forças que emite nas obras, nas palavras, nas atitudes, com que se
evidencia pela instrumentação mental que lhe é própria”. Estabelecendo um paralelo com a saúde,
pondera que “a saúde é questão de equilíbrio vibracional, de conformação de
frequências. Naturalmente, enquanto na Terra, esse problema implica uma equação
de vários parâmetros, quais sejam a respiração e a atividade, o banho e o
alimento. Forçoso é, todavia, convir que as raízes morais são sempre os fatores
de maior importância, não somente na vida
normal, senão também, e em particular, nas horas conturbadas”.
Dessa forma, “cada alma vive carregada dos princípios eletromagnéticos gerados por
ela mesma, projetando ondas que, na essência, são os fluidos positivos ou
negativos com os quais jogamos no campo de atividades a que fomos chamados ou
conduzidos”. “Nossa mente’, prossegue, vive
cercada de forças complexas que procedem das constelações próximas e remotas,
do Sol, da Lua, da própria Terra, dos nossos semelhantes e dos seres superiores
e inferiores que partilham conosco a habitação coletiva. Achamo-nos,
no Planeta, como que presos a poderoso imã: desenvolvemos nossas virtudes
potenciais; apuramos tendências e recolhemos as vantagens da educação
espiritual; emitimos as radiações que nos são peculiares e graças às quais
somos aproveitados pelas Potências Superiores, no serviço da Humanidade;
entesouramos nossa riqueza futura, ou por ela nos castigamos a nós mesmos: são
os choques de retorno, em cuja manifestação somos sempre vítimas das descargas
asfixiantes que arremessamos, no espaço e no tempo, ferindo pessoas e coisas,
na tentativa de quebra da Harmonia Divina”. Sendo mais objetivo, afirma que “nossos sentimentos e pensamentos
criam linhas de força, e, destarte, conforme a nossa polaridade, ou se nos
facilita a ascensão, que é luz, ou sofremos retardamento em níveis mais baixos,
quais os apresenta o mundo terrestre, voluntário cárcere de sombra”.
Previne que “confiarmo-nos a paixões bastardas será estabelecer linhas de forças repulsivas,
que nos constrangem à demora na paisagem das sombras”. Salienta que “o
homem é o distribuidor de cargas eletromagnéticas, geradas por ele mesmo, em
toda parte. O equilíbrio, portanto, é questão de toda hora”. Afirma que
“a
missão de curar, deste modo, é muito mais a ciência de equilibrar os movimentos
oscilatórios que a de socorrer o veiculo somático; e, somos obrigados a
considerar que, ainda quando praticamos a clínica e a cirurgia, é
imprescindível ponderar a modificação do tônus vibratório de imensas colônias
de protozoários, através de cargas elétricas de produtos químicos ou de golpes
renovadores do bisturi, se desejamos alcançar a almejada restauração”.
Como “cada
alma vive e respira na atmosfera mental que estabelece para si mesma, em qualquer
distrito do Universo”, recomenda: “-Purifiquemos o pensamento,
encaminhando-o às zonas superiores do nosso idealismo, buscando,
simultaneamente, materializá-lo no terreno chão da luta diária, criando novos
motivos de felicidade, confiança, de luz e alegria, na esfera de nossas horas
vulgares, e a harmonia será a resposta divina aos nossos empreendimentos”.
Por fim, prognostica: “-A ciência mental, com base nos princípios
que presidem a prosperidade do Espírito, será, no grande futuro, o alicerce da
saúde humana”.
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