Os anos 70 do século 20, revelam uma intensificação do
número de mortes violentas, individuais e coletivas, curiosamente no momento
em que o Espiritismo saia do segregacionismo em que socialmente era mantido,
para a popularização, a partir das marcantes aparições de Chico Xavier, no
programa PINGA-FOGO, da extinta TV
TUPI, de São Paulo. Uberaba (MG), tornou-se ponto de referência dos que, atingidos pela superlativa dor da perda de entes queridos, buscavam na Espiritualidade
a informação, o consolo, a esperança, a certeza da continuidade da vida. E o ‘correio
mediúnico’, transformou Chico Xavier, no “carteiro” com que Deus
permitia a chegada de tão aguardadas notícias. Centenas de recém-desencarnados,
atendendo a intensivo programa de despertamento e conforto espiritual, sob a
coordenação e supervisão do Orientador Espiritual Emmanuel, marcaram presença
nas memoráveis reuniões publicas das sextas e sábados ao longo de vários anos.
O próprio Benfeitor psicografou várias mensagens. Publicadas em 1973, estão “À
FRENTE DA MORTE”, inserida no livro ESCRÍNIO DE LUZ (clarim), onde diz: “-Não olvides que, além da morte,
continua vivendo e lutando o Espírito amado que partiu(...).Nada perece. Tudo
se transforma na direção do Infinito Bem”; e, MORTOS AMADOS, integrante
do NA ERA DO ESPÍRITO (geem),
em que aconselha: “-Lembra a criatura querida que não
mais te compartilha as experiências no Plano Físico, não por pessoa que
desapareceu para sempre e sim à feição de criatura invisível mas não de todo
distante”, frisando: “Se te deixas vencer pela angústia, ao recordar-lhes a
imagem, sempre que se vejam em sintonia mental contigo, ei-los que suportam
angústia maior, de vez que passam a carregar as próprias aflições sobretaxadas
com as tuas”. Em 1974, começaram a surgir os primeiros livros com tais
cartas, destacando-se JOVENS NO ALÉM
e SOMOS SEIS (geem), contendo
mensagens de jovens desencarnados no incêndio do Edifício Joelma na capital paulista. Em 1975, ELES
ESTÃO VIVOS, presente no livro CAMINHOS
DA VOLTA (geem), afirmando: “-Ainda quando não reconheças, de pronto,
semelhante verdade, eles te veem e te escutam!. Quanto possível, seguem-te os
passos compartilhando-te problemas e aflições!(...) Não estão mortos. Entraram
em novas Dimensões de existência, mas prosseguem de coração vinculado ao teu
coração”. Uma das mais conhecidas e confortadoras é ELES
VIVEM, contida no livro RETORNARAM
CONTANDO (ide), onde o Benfeitor diz: “-Ante os que partiram,
precedendo-te na Grande Mudança, não permitas que o desespero te ensombre o
coração. Eles não morreram. Estão vivos. Compartilham-te as aflições, quando te
lastimas sem consolo. Inquietam-se com a tua rendição aos desafios da angústia
quando te afaste da confiança em Deus. Eles sabem igualmente quanto dói a
separação. Conhecem-te o pranto da despedida e te recordam as mãos trementes no
adeus, conservando na acústica do Espírito as palavras que pronunciaste, quando
não mais conseguiam responder às interpelações que articulaste no auge da
amargura. Não admitas estejam eles indiferentes ao teu caminho ou à tua dor.
Eles percebem quanto te custa a readaptação ao mundo e à existência terrestre
sem eles e quase sempre se transformam em cireneus de ternura incessante,
amparando-te o trabalho de renovação ou enxugando-te as lágrimas quando tateias
a lousa ou lhes enfeitas a memória perguntando porque...Pensa neles com saudade
convertida em oração. As tuas preces de amor representam acordes de esperança e
devotamento, despertando-os para visões mais altas da vida. Quando puderes,
realiza as tarefas em que estimariam prosseguir e te-los-ás contigo por
infatigáveis zeladores de teus dias. Se muitos deles são teu refúgio e
inspiração nas atividades a que te prendes no mundo, para muitos outros deles
és o apoio e o incentivo para a elevação que se lhes faz necessária. Quando te
disponhas a buscar os entes queridos domiciliados no Mais Além, não te detenhas
na terra que lhes resguarda as últimas relíquias da experiência no Plano
Material....Contempla os céus em que Mundos inumeráveis nos falam da união sem
adeus e ouvirás a voz deles no próprio coração, a dizer-te que não caminharam
na direção da noite, mas sim ao encontro de Novo Despertar”. CONHEÇA TAMBÉM AS DUAS
PRIMEIRAS PARTES DESTA POSTAGEM
Compartilhamento de informações reveladoras disponibilizadas pelo Espiritismo ampliando nosso nivel cultural
faça sua pesquisa
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Como o Espiritismo Pode Ajudar (2/3)
O impacto da tragédia de Santa Maria (RS), levará algum tempo para
ser absorvido pelo inconsciente coletivo, deixando aos diretamente envolvidos a
carga de dor com que ninguém nunca conta. A eles o Espiritismo tem muito mais
coisas a dizer. N’ O EVANGELHO SEGUNDO O
ESPIRITISMO, por exemplo, no capítulo cinco, entre as INSTRUÇÕES DOS ESPIRITOS, encontra-se a mensagem do Espírito
Sanson, antigo membro da Sociedade Espírita de Paris, abordando a Perda de Pessoas Amadas e Mortes Prematuras, orientando aos que
enfrentam essas provações: “-Tendes necessidade de vos elevar acima do
terra-a-terra da vida, para compreender que o Bem, frequentemente, está onde
credes ver o mal, a sábia Providência aí onde credes ver a cega fatalidade do Destino.
Porque medir a Justiça Divina pelo valor da vossa? Podeis pensar que o Senhor
dos mundos queira, por um simples capricho, vos infligir penas cruéis? Nada se
faz sem um objetivo inteligente e, qualquer que seja ao que se chegue, cada
coisa tem sua razão de ser(...). É uma horrível infelicidade, dizeis, que uma
vida tão plena de esperanças seja tão cedo cortada! De quais esperanças quereis
falar? Das da Terra, onde aquele que dela se vai teria podido brilhar,
construir seu caminho e sua fortuna? Sempre essa visão estreita que não pode se
elevar acima da matéria. Sabeis qual seria a sorte dessa vida tão plena de
esperanças segundo vós? Quem vos diz que ela não poderia ser cheia de
amarguras?(...). Vós que compreendeis a Vida Espiritual, escutai as pulsações
de vosso coração chamando esses bem amados, e se pedirdes a Deus para os
abençoar, sentireis em vós essas poderosas consolações que secam as lágrimas,
essas aspirações maravilhosas que vos mostrarão o futuro prometido pelo
Soberano Senhor”. Em entrevista constante do livro A TERRA E O SEMEADOR (ide), Chico Xavier indagado sobre a
incidência crescente das desencarnações em massa, respondeu: “-Acreditamos
na Doutrina Espírita, segundo a qual todas essas ocorrência são subordinadas à Lei
de Causa e Efeito. Apesar disso, estamos caminhando (1973) cada vez mais
para um mundo de tecnologia muito avançada. E se não iluminarmos nossas
conquistas com o amor que Jesus nos legou na Civilização Cristã, sem dúvida
seremos obrigados a admitir que a tecnologia pode nos conduzir a desastres
coletivos de maior expressão, comprometendo o progresso da Humanidade”.
Meses antes, o Espírito Emmanuel, através do próprio Chico, respondeu a
pergunta, posteriormente, inserida no livro CHICO XAVIER PEDE LICENÇA (geem), sobre como sendo Deus a Bondade
Infinita, permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas,
como nos casos dos grandes incêndios?, dizendo: “-Realmente reconhecemos em Deus
o Perfeito Amor aliado à Justiça Perfeita. E o Homem, filho de Deus, crescendo
em amor, traz consigo a Justiça imanente, convertendo-se, em razão disso, em
qualquer situação, no mais severo julgador de si próprio. Quando retornamos da
Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados dos nossos débitos passados, rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente. É assim que, muitas
vezes, renascemos no Planeta em grupos compromissados para a redenção múltipla.
Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na
volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de
encontro marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos.
Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito
pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias
arrasadoras. Promotores de guerras
manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos
fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de
sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos
de sangue e lágrimas. Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidades na
conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da
culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos
incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação. Criamos a culpa e nós
engenhamos os processos destinados a extinguir-lhes as consequências. E a Sabedoria Divina se
vale de nossos esforços e progressos sempre mais amplos no que diga respeito à
nossa própria segurança. É por esse motivo que, de todas as calamidades
terrestres, o homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no
coração, para defender-se e valorizar a vida. Lamentemos sem desespero quantos
se fizeram vitimas de desastres que nos confrangem a alma. A dor de todos
eles é a nossa dor. Os problemas com que se defrontaram são igualmente
nossos. Não nos esqueçamos, porém, de que nunca estamos sem a presença da
Misericórdia Divina, que o sofrimento é,
invariavelmente, reduzido ao mínimo para cada um de nós, que tudo se
renova para o Bem de todos e que Deus nos concede sempre o melhor".
( LEIA TAMBÉM AS OUTRAS DUAS
PARTES DESTA POSTAGEM )
Como o Espiritismo pode Ajudar (1/3)
“-Lá mesmo, ante a visão do campo aberto, uma
equipe de enfermeiros nos aguardava. Aquilo nos fez pensar em preparação.
Agarradas comigo, as nossas filhas Patrícia e Beatriz me tomavam a alma toda.
Gritos e lamentações surgiam, próximos de nós, no entanto, as ambulâncias
que não conhecíamos nos recolhiam com pressa. Zélia, como que aparvalhada,
buscava em meus olhos alguma força que também a mim faltava, de todo, naquela
hora em que unicamente a ideia de Deus me dominava os pensamentos(...) Uma
fogueira que nos despojasse do corpo, deliberadamente, não nos faria tanto
pânico. Uma espécie de pânico mortal, se pudéssemos dizer que penetrávamos num
domínio em que a morte existisse. Sentia-me exausta, com cérebro tangido por
alucinações de tal pavor que não conseguiria comunicar ao papel se o desejasse, me
marcando todas as emoções, quando uma senhora de semblante simpático se abeirou
de mim e notificou-me que o acidente imprevisível na Terra, fora anotado na
Vida Espiritual antes de vir a ser e que ela estava junto de nós, com o fim de
estender-nos mãos amigas”. Assim, através do médium Chico Xavier, o Espírito da jovem senhora Laura Maria Machado Pinto
narra em mensagem ao marido os dramáticos momentos que se seguiram à colisão
seguida de incêndio do veículo em que se encontrava com as filhas, uma amiga e
o pai desta, na enluarada noite de 22 de julho de 1982, na altura do quilometro
12 da Rodovia Cândido Portinari. Tal carta inserida no livro CONTINUIDADE (ideal), se soma a
inúmeras outras de centenas de remetentes que se serviram de Chico para
confirmar aos familiares sua sobrevivência e a presença
do resgate espiritual no local do acidente. A visão que nos oferece
o Espiritismo sobre as origens desses eventos comoventes, remete-nos sempre à Lei
de Causa e Efeito. Não vivemos numa Dimensão de coincidências
fatídicas, de casualidades, mas de causalidade. Numa outra carta, escrita
perante numeroso público nas dependências do Grupo Espírita da Prece, na
noite/madrugada de 15 de setembro de 1984, nove meses depois do acidente de que
foi vitima fatal e sete após ter psicografado a primeira mensagem, inserida no
livro GRATIDÃO E PAZ (ide), o jovem Luiz
Roberto Estuqui Junior, de São José do Rio Preto (SP), comenta com os
pais que seu tio Joãzinho (João Fausto Estuqui), desencarnado
em 1976, em acidente aéreo na região de Votuporanga(SP), respondendo
perquirições por ele feitas sobre o “por
quê?” da interrupção de suas vidas tão precocemente, disse: “-Por
amigos daqui, vim a saber que milhões de pessoas estão passando pela
desencarnação no tempo áureo da existência, porque nos achamos numa fase de
muitas mudanças na Terra. E aqueles Espíritos, retardatários em caminho, quando
induzidos a considerar a extensão das próprias dívidas, aceitam a prova da
desencarnação mais cedo do que o tempo razoável para a partida, e são atendidos
com a separação de pais e afetos outros, no período em que mais desejariam
continuar vivendo, em razão do tempo que perderam com frivolidades nas vidas
que usufruíram. São muitos os companheiros que se retiraram da Terra,
compulsoriamente, das comodidades em que repousavam, de modo a rematarem o
resgate de certos débitos que os obrigavam a sofrer no âmago da própria
consciência”. Evidente que nem todas as mortes violentas podem ser
creditadas a esses compromissos. O Livre Arbítrio continua a produzir “culpados”
a todo instante. Mas, em O LIVRO DOS
ESPÍRITOS, questão 738, respondendo a Kardec sobre a presença de inocentes
nos flagelos destruidores, o Espírito da Verdade diz que “durante a vida, o homem relaciona
tudo com o seu corpo, mas, depois da morte, ele pensa de outra forma e, como já
o dissemos: a vida do corpo é pouca coisa. Um século do vosso mundo é um
relâmpago na Eternidade (...). Os Espíritos, eis o mundo real, preexistentes e
sobreviventes a tudo, são os filhos de Deus e o objeto de toda a sua
solicitude; os corpos não são senão os trajes com os quais eles aparecem no
mundo”, acrescentando, mais à frente: “-Se se considerasse a vida por
aquilo que ela é, e o pouco que é com relação ao Infinito, se atribuiria menos
importância a isso. Essas vítimas encontrarão, em uma outra existência, uma
larga compensação aos seus sofrimentos, se elas sabem suportá-los sem murmurar”, merecendo de Kardec a seguinte nota: “- Quer
chegue a morte por uma flagelo ou por uma causa comum, não se pode escapar a
ela quando soa a hora da partida: a única diferença é que com isso, no primeiro
caso, parte um maior número de cada vez. Se pudéssemos nos elevar, pelo
pensamento, de maneira a dominar a Humanidade e abrangê-la inteiramente; esses
flagelos tão terríveis não nos pareceriam mais que tempestades passageiras no
destino do mundo”. (CONHEÇA TAMBÉM A As outras duas PARTEs DESTE TEXTO)
domingo, 27 de janeiro de 2013
Pensamento e Saúde (2/3)
Em 1974, foi lançado no Brasil o livro EXPERIÊNCIAS PSÍQUICAS ALÉM DA CORTINA DE FERRO (cultrix),
publicado quatro anos antes, nos Estados Unidos da América do Norte, relatando
as descobertas das jornalistas Sheila Ostrander e Lynn Schroeder, em visita autorizada
a vários Centros Universitários de Pesquisa da URSS-União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas. Temas segregados pelo véu do misticismo do lado
Ocidental da Terra, lá, eram objeto de investigações dentro de metodologias que
mostraram surpreendentes resultados. Experimentos que faziam antever uma
revolucionária mudança em muitos conceitos vigentes haviam agitado a comunidade
de cientistas daquela região do Planeta. Um deles, por exemplo, demonstrara que
a distância de 640 quilômetros entre Moscou e Leningrado, não impedira
a comunicação telepática entre dois homens, durante inúmeros testes realizados
com eles. Evidenciava-se, assim, o acerto das ignoradas afirmações de Allan
Kardec em vários de seus escritos sobre a transmissão do pensamento, a distâncias
inimagináveis. Outro a partir da
descoberta pelo casal Valentina e Semion Kirlian, num palpite intuitivo, em
1939, da fotografia de alta frequência, popularizada, posteriormente, como
fotografia Kirlian. As imagens obtidas, a princípio, revelaram uma espécie de
luminescência ao redor de todos os corpos vivos, uma aura, depois definida
como uma intensa e dinâmica irradiação, refletindo os sinais do estado interior
dos organismos, no brilho, na opacidade e na cor dos clarões. Registraram
imagens do desprendimento de energia das mãos de pessoas a quem se
atribuía a possibilidade de curar outras. Concluíram mais tarde que doença,
emoção, estado de espírito, pensamentos, cansaço, provocam uma impressão
característica no padrão de energia que parece circular de contínuo pelo corpo
humano. Avançando nas observações, em
1968, três respeitados e renomados cientistas da Universidade do Cazaquistão, publicaram
o resultado de seus trabalhos na obra A
ESSÊNCIA BIOLÓGICA DO EFEITO KIRLIAN, afirmando que o corpo energético
observado nas imagens obtidas, não é apenas formado por partículas, nem um
sistema caótico. É por si mesmo, todo um organismo unificado. Todas as coisas
vivas – plantas, animais e seres humanos -, possuem não só um corpo físico,
constituído de átomos e moléculas, mas também um corpo energético
equivalente, a que dão o nome de Corpo do Plasma Biológico, ou corpo
bioplasmico. É polarizado e específico de cada organismo, de cada tecido e,
possivelmente, de cada biomolécula, especificidade que determina a forma do
organismo. O corpo etérico, ou corpo energético, e o corpo físico se
interpenetram – sendo o primeiro uma
cópia do segundo. Por ocasião da morte emergimos simplesmente
do nosso involucro de carne e continuamos a viver como corpo energético”.
As jornalistas, viram ainda fotos evidenciando que “embora se corte parte do corpo
físico de um Ser vivo, o corpo bioplásmico subsiste, inteiro e
claramente visível, num campo de alta frequência. Quando o corpo energético
desaparece, a planta ou o animal morre, demonstrando uma relação rigorosa entre
o corpo físico e o corpo energético”. Os pesquisadores perceberam ainda
que, “ao que tudo indica, a respiração carrega o corpo bioplásmico,
renova as reservas de energia vital e ajuda a regularizar os padrões
energéticos perturbados”. Embora não se tenha maiores informações
sobre a aceitação ou aprofundamento dessas conclusões pelos estudiosos do Mundo
Ocidental, o fato é que todas elas, ratificam as informações consideradas por
Allan Kardec no que se refere à força do pensamento, transfusão
de energia e existência do corpo perispiritual .OUÇA O PROGRAMA DESCOBRINDO A REVISTA ESPIRITA, CLICANDO O LINK AO LADO E CONHEÇA OS FATOS QUE MARCARAM OS PRIMEIROS ANOS DO ESPIRITISMO
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Pensamento e Saude
Em seu DISCURSO DO
MÉTODO, o filósofo Renee Descartes com sua famosa afirmação “penso,
logo existo”, dá a dimensão exata da importância do pensamento na busca do entendimento do
Ser acerca de si mesmo. Allan Kardec, a partir do conteúdo derivado das
revelações da Espiritualidade a propósito dos mecanismos estruturadores do
Universo e de tudo que nele há, afirma: “-O pensamento é o atributo característico do
Ser espiritual; é ele que distingue o Espírito da matéria; sem o pensamento o
Espírito não seria Espírito”. Diz também que “o pensamento é uma força”.
Atraves de Chico Xavier, o Espírito André Luiz revela que o pensamento “tem
velocidade superior à da luz” e que o “princípio inteligente gastou
cento e cinquenta milhões de séculos para conquistar a capacidade do pensamento
contínuo”. Já o Espírito Emmanuel afirma que pensamento é precedido do sentimento,
ou seja, sentimos antes de pensar, visão de utilidade apenas
didática, considerando que a interatividade entre ambos é incessante numa
dinâmica em que sentindo/pensamos-pensando/sentimos, com repercussões
reciprocas e reflexos ao nosso redor. Na busca pela evolução espiritual, o
Espírito, se serve das reencarnações em nossa Dimensão, necessitando do corpo
espiritual ou períspirito, em cujo conhecimento,
como concluiu Allan Kardec, está a chave de inúmeros problemas até hoje
insolúveis. Trata-se de um veículo de manifestação renovável,
que, por desconhecimento, a maioria dos estudiosos circunscrevem apenas à “miniaturização”
ou “redução
perispiritual”, nas fases que antecedem a reintrodução no processo de
renascimento em novo corpo físico. Chico Xavier, porém, na obra IMAGENS NO ALÉM, de Heigorina Cunha
(ide, 1984), nos deixou importante comentário que encontra respaldo na obra EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS (feb,1959),
onde, no capítulo doze, o Espírito André Luiz afirma: “Nesse período (preparativos
para reencarnar), afirmamos habitualmente que o desencarnado perdeu
seu corpo espiritual”;
resultando em “forma que, segundo nossa maneira atual
de percepção, expressa o corpo mental da individualidade” e, mais à
frente, “plasma-se-lhe, desse modo, com a nova forma carnal, novo
veículo ao Espírito, que se refaz ou se reconstitui em formação recente,
entretecido de células sutis, veículo este que evoluirá igualmente depois do
berço e que persistirá depois do túmulo”. No comando de tudo, o Espírito
que, através do pensamento, impregnado/revestido dos fluidos peculiares do
emissor, vai moldando o corpo espiritual, que, por sua
vez, modela o novo corpo físico, se servindo das matrizes celulares
masculinas e femininas, heranças genéticas que o identificará na jornada a ser
iniciada em nosso Plano. No automatismo que preside esse mecanismo pela própria
vibração que o caracteriza, o Espírito se sintoniza com o espermatozoide que
carrega o projeto ideal para as experiências a serem vivenciadas no Plano
Físico, seja nas predisposições mentais ou físicas resultantes das desarmonias
decorrentes das atitudes assumidas em outras existências ou orientadas por
Espíritos incumbidos de auxiliá-lo a vencer as lutas consigo mesmo. Distúrbios
mentais, órgãos ou sistemas vulneráveis, são alguns dos efeitos convertidos em
restrições a uma vida corpórea isenta de problemas. O agente responsável por
essa interatividade é o pensamento
que vai provocando inevitáveis reações ante os desafios que se lhe apresentam. No resumo que apresenta sobre a Doutrina de
Sócrates e Platão, na Introdução d’ O
Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec inclui o seguinte comentário
dos notáveis Filósofos e pensadores: “- Se os médicos fracassam na maior parte das
doenças, é porque tratam do corpo sem a alma, e porque, se o todo não se
encontra em bom estado, é impossível que a parte esteja bem”,
comentando na sequência: “-O Espiritismo oferece a chave das relações
entre a alma e o corpo, e prova que existe incessante reação de um sobre o
outro. Ele abre, assim, novo caminho à Ciência: mostrando-lhe a verdadeira
causa de certas afecções, dá-lhe o meio de combatê-las. Quando ela levar em
conta a ação do elemento espiritual na economia orgânica, fracassará menos”.
Agora, além
de assistir os vídeos
da SÉRIE
INFORMAÇÃO ESPÍRITA e ouvir os
programas já apresentados da série CINCO MINUTOS COM VOCÊ, pode conhecer DESCOBRINDO A
REVISTA ESPÍRITA, quadro do programa MANHÃ BOA NOVA, da rádio Boa
Nova. Basta clicar no LINK
correspondente indicado na coluna à direita.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
O Magnetismo Perante a Academia
Entre os artigos publicados por Allan Kardec na REVISTA ESPÍRITA, de janeiro de 1860,
há um intitulado O Magnetismo Perante a
Academia, em que escreve, de forma bastante original, sobre a forma como,
após vinte anos de espera, o Magnetismo, disfarçado de Hipnotismo, conseguiu ser considerado pela Academia de Ciências francesa. De forma até bem humorada,
revela-o como filho do primeiro, este, por sinal, “proscrito do Olimpo grego, porque
tinha ferido os privilégios de Esculápio e marchado ao seu lado, gabando-se do
poder de curar sem o seu concurso”. Antevê o fracasso da nova tentativa
do Magnetismo, através do Hipnotismo, de ser aceito pelos homens
da Ciência pela predominância das ideias materialista, ponderando que “vão
dizer qualquer coisa, mas que, seguramente, não é Magnetismo”, embora
viessem a examinar “o fato de todas as maneiras, ainda que por mera curiosidade”.
Demonstrando a origem de seu ceticismo, reproduz um artigo – considerado por
ele como notável -, assinado por Victor Meunier, destacado da revista
científica SIÉCLE, de 16 de dezembro de 1859. Nele, o autor comenta: “-O
Magnetismo animal, conduzido à Academia pelo Dr Paul Broca, apresentado à
ilustre companhia pelo sr. Velpeau, experimentado por vários cirurgiões de hospitais,
é a grande novidade do dia. As descobertas como os livros, tem o seu destino. A
de que vamos tratar não é nova. Data de uns vinte anos, e nem na Inglaterra,
onde nasceu, nem na França, onde, no momento, não se ocupa de outra coisa, lhe
faltou publicidade. Um médico escocês, o Dr Braid, a descobriu e lhe consagrou
um livro: “Neuropnologia ou o
fundamento do sono nervoso, considerado em relação com o magnetismo animal”.
Um
celebre médico inglês, o Dr Carpenter, analisou detidamente a descoberta do Dr Braid
no artigo SONO da Enciclopédia de Anatomia e Fisiologia. Um ilustre cientista
francês, o Dr Littré, reproduziu a análise do Dr Mueler. Enfim, nós mesmos
consagramos um dos nossos folhetins da Presse, de 7/7/1852 ao Hipnotismo, nome
dado pelo Dr Braid ao conjunto de fatos de que se trata. A mais recente das
publicações relativas ao assunto data, pois, de sete anos. E eis que, quando o
julgavam esquecido, ele adquire esta imensa repercussão. Há no Hipnotismo duas
coisas: um conjunto de fenômenos nervosos, e o processo por meio do qual são
produzidos. O processo empregado outrora, se não me engano, pelo Abade Faria, é
de grande simplicidade. Consiste em manter um objeto brilhante em frente aos
olhos da pessoa com a qual se experimenta, a pequena distância da raiz do
nariz, de modo que só o possa olhar enviesando os olhos para dentro; ela deve
fixar os olhos sobre ele. A princípio as pupilas se contraem, depois se dilatam
bastante e, em poucos instantes, produz-se o estado cataléptico. Levantando-se
os membros do paciente, estes conservam a posição que se lhes dá. É apenas um
dos fenômenos produzidos; dos outros falaremos oportunamente”. O autor
descreve experiências visando assegurar-se da realidade do Hipnotismo
e se
a insensibilidade hipnótica resistiria à prova das operações cirúrgicas.
Constatadas
essas evidências, destaca a necessidade de aprofundamento das pesquisas sobre
as causas dos efeitos observados:1- Exaltação da sensibilidade – o
olfato é levado a um grau de sensibilidade pelo menos igual ao que se observa
nos animais de menor olfato. 2- Sentimentos sugeridos - pondo-se o
rosto, o corpo ou os membros do paciente na atitude que convém à expressão de
um sentimento particular e logo se desperta o estado mental correspondente. 3- Ideias
provocadas – Levantem-se a mão do paciente acima da cabeça, dobrem-se os
dedos sobre a palma, e é suscitada a ideia de subir, de se balançar ou puxar
uma corda. 4- Acréscimo de força muscular – Se se quiser suscitar uma
força extraordinária num grupo de músculos, basta sugerir ao paciente a ideia
da ação que reclama essa força e lhe assegurar que o pode realizar com a maior
facilidade, caso queira”. Concluindo sua matéria, Allan Kardec diz: “- Aos
fatos a palavra; as reflexões virão depois”. O tempo, contudo,
consagrou o acerto do prognóstico sobre a vitória do materialismo e sua visão
organicista da vida humana. OUÇA OS QUADROS DA SÉRIE DESCOBRINDO A REVISTA ESPÍRITA JÁ APRESENTADOS NO PROGRAMA MANHÃ BOA NOVA, RADIO BOA NOVA, CLICANDO O LINK INDICADO NA COLUNA AO LADO.
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Bem Junto de Nós
“A certa distância, surgia a Terra, não na forma esférica, porque nos
achávamos não longe da Crosta, mas como paisagem além, a interpenetrar-se nas
extensas regiões espirituais. O Sol resplandecia, rumo ao poente, como enorme
lâmpada de ouro (...). Indiferentes à nossa presença, os transeuntes passavam
apressados, de mente chumbada aos problemas de ordem material. Buzinavam ônibus
repletos(...). No longo percurso, através de ruas movimentadas, surpreendia-me,
sobremaneira, por se me depararem quadros totalmente novos. Identificava,
agora, a presença de muitos desencarnados de ordem inferior, seguindo os passos
de transeuntes vários, ou colados a eles, em abraço singular. Muitos
dependuravam-se a veículos, contemplavam-nos outros, das sacadas distantes.
Alguns, em grupos, vagavam pelas ruas, formando verdadeiras nuvens escuras que
houvessem baixado repentinamente ao solo. Assustei-me. Não havia anotado tais
ocorrências nas excursões anteriores ao círculo carnal (...). Não
dissilumalava, entretanto, minha surpresa. As sombras sucediam-se umas às
outras e posso assegurar que o número de entidades inferiores, invisíveis ao
homem comum, não era menor, nas ruas, ao de pessoas encarnadas, em contínuo
vaivém(...). Receios imprevistos instalavam-se-me nalma, desagradáveis choques
íntimos assaltavam-me o coração, sem que lhes pudesse localizar a procedência.
Tinha a impressão nítida de havermos mergulhado num oceano de vibrações muito
diferentes, onde respirávamos com certa dificuldade”. O relato pertence
ao Espírito André Luiz e descreve no livro OS
MENSAGEIROS (feb,1944), sua primeira incursão em nossa Dimensão com fins de
observação e aprendizado. Propicia-nos uma ideia da intensa influência do Plano
dos desencarnados sobre todos nós, momentânea e circunstancialmente encarnados.
Como revelado a Allan Kardec e, ele a nós, n’ O LIVROS DOS ESPÍRITOS. Mais informações interessantes nos fornece
o médico Waldo Vieira que no período 1959/1966, desenvolveu profícuas atividades
no campo da mediunidade na cidade de Uberaba (MG), construindo importantes
obras juntamente com Chico Xavier. Em 1980, após anos de silenciosa ausência,
ressurgiu com a publicação do livro PROJEÇÕES
DA CONSCIÊNCIA – diário de experiência fora do corpo físico (lake), com que
lançava as bases da PROJECIOLOGIA, técnica da pratica de desprendimentos do
corpo físico com lucidez. Mais de 60 experiências efetuadas ao longo de um
semestre são relatadas, mostrando a interatividade entre os diferentes Planos Existenciais. Destacamos um que exemplifica como é forte a
presença espiritual em nossas vidas. Relata ele: “- 28/11/79, quarta-feira(..).
O Espírito José Grosso avisou-me categoricamente que haveria uma projeção
consciente relatável assim que me deitasse(...). Ao deixar o corpo físico, a
minha consciência despertou de imediato junto de uma entidade desencarnada que
informou que iríamos dar um giro aqui no Rio mesmo. Em momentos, deixávamos o
edifício do apartamento e saiamos observando as ocorrências na rua e no
trânsito. Estava ainda claro. Pela primeira vez percebi diversos espíritos
desencarnados andando nos carros junto com os encarnados, perto do motorista,
inclusive num posto de gasolina e dentro de um bugre com jovem casal dentro.
Alguns encarnados transitavam acompanhados por um ou mais Espíritos
desencarnados intimamente relacionados, formando na verdade “pessoas
conjugadas” nos processos visíveis de obsessão. Um rapaz falava alto dentro
de um automóvel aberto, impulsionado por uma entidade aderida à ele.
Impressionante assistir ao fenômeno da influenciação às claras, friamente, sem
quaisquer subterfúgios ou envolvimento da matéria. Meu Deus, como as pessoas
podem ser influencidas. Que coisa inverossímil! Isso é pior do que sempre
pensei. O obsessor é um verdadeiro dreno vibratório. Incrível o fato, só vendo
a interrelação “interpessoal”, justaposição perfeita ou imantação da entidade
humana e da desencarnada. Um verdadeiro assalto corpo-a-corpo, vivo e atuante,
fazendo lembrar a coexistência ou coincidência existente entre o psicossoma do
encarnado e o seu próprio físico. Não sei se foi a possibilidade de
visualização ampliada fora do físico, mas estava distinguindo tudo entre as
duas criaturas ‘soldadas’ uma na outra. Na psicosfera do rapaz, o desencarnado
era um homem de meia idade alimentando-se com a mente desprotegida do jovem
encarnado dos seus 25 anos, louro, forte, espadaúdo, queimado de praia,
falando, ou sendo ‘falado’ pelos pensamentos inoculados, em altos gritos
e gesticulando muito com os braços erguidos nas brincadeiras aparentemente
naturais com os amigos em outros carros, ao ar livre. Até que ponto haveria a
influência dos tóxicos nesse caso de obsessão? Dali deslizamos para outros
locais, e muitas minúcias associadas à projeção(...) foram prejudicadas na
minha memória, pela poderosa reação emocional causada pelo fato de presenciar o
processo íntimo da obsessão declarada em plena atividade”. NOVIDADE! AGORA, VOCÊ QUE NÃO OUVIU O QUADRO DESCOBRINDO A REVISTA ESPÍRITA
APRESENTADO
PELO PROGRAMA "MANHÃ BOA NOVA", DA RÁDIO BOA NOVA, PODERÁ FAZÊ-LO CLICANDO O LINK SUGERIDO LOGO ABAIXO DA INFORMAÇÃO SOBRE OS
PROGRAMAS JÁ APRESENTADOS
DA
SÉRIE DESCOBRINDO
A REVISTA ESPÍRITA, REUNINDO PARTE DA HISTÓRIA DOS PRIMEIROS
ANOS DO ESPIRITISMO CONTADA PELO PRÓPRIO ALLAN KARDEC
sábado, 19 de janeiro de 2013
O Juiz/Poeta e a Lei de Causa e Efeito
Sobre ele pouco se sabe, a não ser que era do Ceará,
onde, em diferentes localidades, teria exercido o cargo de Juiz; publicado, em
1924, um livro com suas criações poéticas, intitulado ESCADA DE JACÓ, não se tendo notícia que tenha conhecido o
Espiritismo enquanto encarnado. De volta ao Plano Espiritual, nos processos de
aprendizado possíveis ao seu nível evolutivo, aprofundou-se no estudo da Justiça
Divina, mais especificamente a Lei de Causa e Efeito. Nas décadas
de 60 e 70, serviu-se do médium Chico Xavier para oferecer-nos em doze poesias,
os resultados de suas pesquisas, revelando em versos belíssimos a situação de
muitos Espíritos com os quais se envolveu em múltiplas encarnações anteriores à
terminada no século 20. Seu nome Epiphanio
Leite e, atendendo às limitações de espaço, exporemos parte de seu trabalho
apresentando os Efeitos de agora, seguido da Causa determinante de
outrora. O primeiro deles, por sinal, sobre um Espírito que lhe fora filho em
vida passada. CASO 1 – Efeito:
homem cego e surdo vivendo de esmolas obtidas na mendicância Causa:
Existência em que, embora
exortado a amar, construir e ensinar, armou-se de ouro e lança, transformando o
mando em presença assassina, deixando uma trilha de fogo nas vidas e regiões
por onde passou (Meu Filho) CASO 2
– Efeito:
mulher, vivendo em extrema penúria entre humildes choupanas, trazendo nos
braços um filhinho sem fala, mutilado ao nascer Causa: Existência em que, mulher ligada à nobreza,
induz jovem por ela apaixonado ao suicídio durante festa que promovia em sala
de seu castelo (Santa Maternidade)
CASO
3 – Efeito: Homem confinado a hospício em função da insanidade
mental Causa: Soberano que, em excursões bizarras, ordena
invasões, ferindo, vencendo, dominando e deixando um rastro de dor, castelos em
ruínas, agonia e pavor (Renascença da
Alma) CASO 4 - Efeito: Mulher
insana mentalmente vivendo na mendicância, carregando um boneco nos braços, o
que lhe valeu a alcunha de Maria Boneca Causa:
Dama da nobreza que na ânsia de continuar a desfrutar dos prazeres da vida, três séculos antes, livra-se do
filho consanguíneo, atira-o à fossa do castelo em que vivia (Maria Boneca) CASO 5 – Efeito: Mulher,
anônima e solitária, presa à prova da hanseníase, confinada em Hospital/Colônia
para Leprosos Causa: Existência
em que na condição de conhecida rainha europeia, quatrocentos anos antes, cria dominações, ordena, expandindo
penúria e lágrimas, enquanto suas arcas repletavam-se. ( Fim de Prova) CASO 6 – Efeito: menino
morador de aldeia remota, em corpo limitado pela idiotia e a mudez. Causa:
intelectual que, pela palavra falada e escrita, na última década do século 18, espalhou ateísmo e violência,
suscitando rebeldia e delinquência (Gênio
Enfermo) CASO 7 – Efeito: Morador de rua,
vivendo da caridade alheia, preso ao estigma da hanseníase Causa: Existência há quatro séculos, em que, à custa
de mortes, destruição, violência, conquista o poder, tornando-se, por fim,
chefe e Rei, pouco antes de morrer (Dor
Bendita) CASO 8 – Efeito: Mulher
carregando a dura prova da cegueira, obcecada por encontrar a origem de sua
limitação nos estudos reencarnacionistas. Causa: Soberana feudal que, seiscentos anos antes, através
de hordas assassinas espalhou fogo e lama, oprimindo o povo dominado (Cegueira) CASO 9 – Efeito: Mulher cumprindo o
papel da maternidade, triste, entre penúria e pó, chagas, sombras, ruínas Causa: Existência em que, há quatro séculos, exercendo o
poder, amada e desumana, destrói lares, gasta a vida insana, humilhando os
homens que avassalava (Prova e
Libertação) CASO 10 – Efeito: Homem,
morador de rua, enfermo, relegado à via pública, sobrevivendo da caridade alheia
Causa:
Existência seiscentos anos antes
em que, de conquista em conquista, abusa do amor, arrastando filhas, esposas,
mães, seduzidas egoisticamente (Mendigo)
CASO
11 – Efeito: Mulher enferma, vivendo da mendicância em praça
pública Causa: Existência no século 19, em que exibindo riqueza e beleza perturbadora,
por ciúmes de alguém, mata a própria filha preservando os domínios do prazer em
que se comprazia. Os livros em que podem ser consultados os documentos aqui
citados, são respectivamente LUZ NO LAR
(feb,1968); POETAS REDIVIVOS
(feb,1969); CAMINHOS DE VOLTA (geem,
1975) e ALGO MAIS (ideal, 1979).
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Abraham Lincoln e o seu Matador
Poucos dias após a posse no início de 1865, para um segundo
mandato, Abraham Lincoln, eleito para ser o decimo sexto presidente
norte-americano, morreu aos 56 anos, atingido por um tiro na cabeça desferido
por um inimigo politico, enquanto assistia a uma peça de teatro. Unificador dos
Estados do Norte e do Sul, libertador dos escravos, Lincoln, nascido no
Kentucky, de origem humilde, depois de abandonar as rudes tarefas na fazenda do
pai aos 21 anos, fixou-se em New Salem, ali vivendo por cinco anos, trabalhando
como empregado de fábrica, caixeiro de armazém, agente de correios, até
mudar-se para Springfield, onde passou a trabalhar como advogado entrando
definitivamente para a politica, que o conduziu ao primeiro mandato de
Presidente em 1861. Antevira em sonho premonitório vivido dias antes, seu
próprio assassinato. Lincoln e a esposa participaram também de várias sessões
com a médium Nettie Colburn Maynard, conforme relatos publicados por ela em
1891, mais tarde recuperados e traduzidos para o português pelo erudito Wallace
Leal Rodrigues e publicados sob o título SESSÕES
ESPÍRITAS NA CASA BRANCA (clarim). A morte do grande estadista repercutiu
no mundo todo, gravando seu nome na História como um exemplo de politico
íntegro e honesto. Dois anos depois, Allan Kardec na edição de março de 1867, da REVISTA ESPÍRITA, publicava uma matéria extraída do BANNER OF LIGHT, de Boston, EUA, que, por sua
vez, veiculou a análise de uma comunicação de Abraham Lincoln, por um médium
chamado Ravenswood. Pelo que se confirma no seu conteúdo, títulos ou posições
ocupados na nossa Dimensão, não fazem nenhuma diferença na transição dela para
o Plano Espiritual em consequência da morte física. Vamos ao texto: “-Quando
Lincoln voltou de seu atordoamento e despertou no Mundo dos Espíritos, ficou
surpreendido e perturbado, porque não tinha a menor ideia de que estivesse
morto. O tiro que o feriu suspendeu instantaneamente toda sensação e não
compreendeu o que lhe havia acontecido. Esta confusão e essa perturbação,
contudo, não duraram muito. Ele era bastante espiritualista para compreender o
que é a morte e, como muitos outros, não
ficou admirado da nova existência para a qual foi transportado. Viu-se cercado
por muitas pessoas que sabia de há muito tempo mortas e logo soube a causa de
sua morte. Foi recebido cordialmente por muita gente por quem tinha simpatia.
Compreendeu sua afeição por ele e, num olhar, pôde abarcar o mundo feliz no
qual tinha entrado. No mesmo instante experimentou um sentimento de angústia
pela dor que devia experimentar sua família, e uma grande ansiedade a propósito
das consequências que sua morte poderia ter para o País. Seus pensamentos o
trouxeram violentamente à Terra. Tendo sabido que William Booth estava
mortalmente ferido, veio a ele e curvou-se sobre o seu leito de morte. Nesse
momento Lincoln tinha recuperado a perfeita consciência e a tranquilidade de
Espírito, e esperou com calma o despertar de Booth para a Vida Espiritual. Booth
não ficou espantado ao despertar, porque esperava sua morte. O primeiro
Espírito que encontrou foi Lincoln; olhou-o com muita afoiteza, como se se
glorificasse do ato que havia praticado. O sentimento de Lincoln a seu
respeito, entretanto, não alimentava nenhuma ideia de vingança, muito ao
contrário; mostrava-se suave e bom e sem a menor animosidade. Booth não pode
suportar este estado de coisas, e o deixou cheio de emoção. O ato que cometeu
teve vários motivos; primeiro, sua falta de raciocínio, que lho fazia
considerar como meritório e, depois, seu amor desregrado aos elogios que o
tinham persuadido que seria cumulado deles e olhado como mártir. Depois de ter
vagado, sentiu-se de novo atraído para
Lincoln. Às vezes, enchia-se de arrependimento, outras seu orgulho o impedia de
emendar-se. Entretanto compreendia quanto seu orgulho era vão, sabendo,
sobretudo, que não pode ocultar como em vida, nenhum dos sentimentos que o
agitam, e que seus pensamentos de orgulho, vergonha ou remorso são conhecidos
pelos que o rodeiam. Sempre em presença de sua vítima e não recebendo dela
senão sinais de bondade, eis o seu estado atual e sua punição”.
Comentando essas informações Kardec acrescenta: “-A situação destes dois
Espíritos é, em todos os pontos, conforme aquela que diariamente vemos exemplos
nos relatos de além-túmulo. É perfeitamente racional e está em relação com o
caráter dos dois indivíduos”.
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
QUEM FOI (11) - a primeira mensagem
“-Afirmou-me que prosseguia trabalhando
ativamente em organizações espirita-cristãs do Plano Superior e que nós, os
espíritas, carregamos enormes responsabilidades nos ombros, porque recebemos o
conhecimento libertador de que as Leis de Deus funcionam na consciência de cada
um. Acrescentou que somos tão beneficiados no Plano Físico pelos princípios
espíritas evangélicos e por isso mesmo tão agraciados pela Misericórdia de Deus
que, até a época em que conversava comigo, pela primeira vez, não havia visto,
dentre os companheiros já desencarnados com os quais convivia, um só que não se
queixasse de condições deficitárias para com a Doutrina Espírita”. O
depoimento pertence a Chico Xavier referindo-se ao advogado, professor e
escritor paulista Romeu de Amaral
Camargo com quem trocou algumas cartas ao tempo em que o médium residia em
Pedro Leopoldo (MG). Católico de nascimento, converteu-se ao Protestantismo aos
19 anos, ordenando-se Diácono em 1913, servindo à escola religiosa por 22 anos,
até que, em 1923, conheceu as obras de Allan Kardec, as quais lhe esclareceram
lógica e racionalmente pontos a ele obscuros no entendimento das palavras de
Jesus. Em 1925 aos 43 anos, retirou-se, em definitivo, das atividades
protestantes, publicando na Revista REFORMADOR,
artigo intitulado AOS PÉS DO MESTRE, respondendo
a outro, escrito sobre sua “conversão”
por um amigo e pastor evangélico na revista Estandarte, órgão da
Igreja Presbiteriana Independente. Escreveria quatro obras notáveis, vibrantes
defesas do Espiritismo, além de tornar-se entusiasmado pregador doutrinário no
seu aspecto moral-evangélico. Intensa também foi sua atuação em vários veículos de difusão
do Espiritismo e órgãos diretivos do
movimento existente em torno de seus princípios. Em 1937, onze anos antes de
desencarnar, o Espírito Emmanuel, através do lápis de Chico Xavier,
escreveu-lhe: “-Continue na sua bela missão de levar a luz espiritual do Evangelho
pelos caminhos ensombrados da Terra”. Desencarnado trabalhando às 19:45
horas, de dezembro de 1948, na capital paulista, voltaria pelas mãos de Chico
Xavier, tempos depois, cumprindo promessa a ele feita em carta que, “na
hipótese de antecedê-lo na desencarnação, se possível, escreveria por seu
intermédio”. Na carta, transformada em capítulo do livro FALANDO À TERRA (feb), diz: “- Por
mais afeito esteja o aprendiz da Revelação Nova aos enunciados da fé que o
reconforta e educa para a grande transição, a morte é sempre um caminho surpreendente”.
Recuperando impressões sobre registros que lhe assinalaram os momentos iniciais
da chamada desencarnação, conta: “-Por muito que nos disponhamos a encarar,
face a face, as realidades da morte, atravessamos os pórticos da vida nova, de
coração aos pulos e a passos vacilantes. A paisagem dos mundos felizes e a
residência dos eleitos ficam ainda muito distantes. A visão pormenorizada de
toda a existência humana, no estado de liberdade de nosso corpo espiritual (...),
começa por reintegrar-nos na posse de nós mesmos. Enquanto a caridade dos
irmãos mais velhos nos auxilia a libertação da grade orgânica do mundo, a
memória como que retira da câmara cerebral, às pressas, o conjunto das imagens
que gravou em si mesma, durante a permanência na carne, a fim de incorporá-las,
definitivamente, aos seus arquivos eternos (...). Assisti ao desenrolar de
minha existência última, com todo o séquito de meus atos, palavras e
pensamentos, como se a minha vida fosse uma película cinematográfica
projetada, ao inverso, na tela de minha consciência. Tudo claro, eficiente e
rápido. Atingido, porém, o instante em que reapareciam as horas da meninice,
intraduzível turvação mental me absorveu o raciocínio...Debati-me inquieto,
buscando clarear as minhas reminiscências e precisar-lhes os contornos; no
entanto, incoercível vacuidade me assaltou o pensamento expectante e caí num
repouso inconsciente e profundo, qual trabalhador fatigado, após longo dia de
estafante labor. Quando acordei, convenci-me de haver reconquistado o
equilíbrio total”. Não era bem assim pelo que detalha na sequência da longa
descrição sobre sua reentrada na outra Dimensão, deixando-nos a seguinte
ponderação: “-Saibam, destarte, que o corpo de sangue e ossos é simplesmente uma
sombra de nossa entidade real e que todas as nossas virtudes ou vícios a nós se
atrelam além da Terra; pelo que, de cada qual depende o caminho aberto ou o
desfiladeiro sombrio na sublime romagem para a Luz”.
.
domingo, 13 de janeiro de 2013
Pensamento e Consciência - Força Avassaladora
“Elemento efetivo e esposa de um dos nossos companheiros, meses antes do
recebimento da mensagem, revelava todos os sintomas de uma gravidez aparente e
dolorosa, tendo sido tratada espontaneamente, em várias reuniões sucessivas,
por um de nossos Benfeitores Espirituais que, carinhosamente, a libertou,
através de passes magnéticos, das estranhas impressões de que se via possuída”.
Com esse comentário, Arnaldo Rocha precede a mensagem recebida psicofonicamente
através do médium Chico Xavier de um Espírito identificado apenas pelas
iniciais J.P. que, para grande surpresa
de todos do grupo souberam “ser o candidato ao referido renascimento
que não chegou a positivar-se”. Narrando sua desventura, identifica-se
como morador proeminente na cidade de Vassouras,(MG), convidado em março de
1888, a participar de expressiva reunião na Câmara Municipal da localidade,
para discutir "medidas compatíveis com a campanha abolicionista, então na
culminância”. Admitindo que “o negro havia nascido para o eito”,
defensor da escravatura irrestrita, encolerizado, ergueu a voz, contrário à
concessões ou transações, aderindo ao movimento contrário à proposta havida,
ganhou a causa da intolerância com os adeptos da violência e da crueldade. De
volta ao lar, descobriu que a inspiração da proposta havida, partira inicialmente
de um servo de sua casa, Ricardo, “a quem presumia dedicar melhor afeição”.
Descrito como companheiro, confidente, amigo, reconhecia no cativo, inteligência invulgar, hábil
tradutor do francês, com quem comentava notícias da Europa, as intrigas da Corte,
o escrivão predileto de seus comentários, orientador nos problemas graves e
irmão nas horas difíceis. Admite, contudo que sua amizade “não
passava de egoísmo implacável. Admirava-lhe as qualidades inatas e
aproveitava-lhe o concurso, como quem se reconhece dono de um animal raro e
queria-o como se não passasse de mera propriedade”. Enraivecido e disposto a castigá-lo,
determinou sua imediata prisão, e, ante a resignação, dignidade e calma,
explicando-se imperturbável e sereno, atiçou-se-lhe a ira, golpeando seu orgulho,
o que o fez ordenar a converter a prisão
no tronco em suplício. “Aos
gritos, desesperado, assemelhando-se a fera a cair sobre a presa, reuni minha gente e as pancadas, dilaceraram seu dorso nu,
sob meus olhos impassíveis”. O sangue do companheiro jorrou,
abundantemente, sem que ele se exasperasse e, humilhado, à face daquela
resistência tranquila, induzi o capataz a massacrar- lhe as mãos e pés.
Recomendação cumprida, porque o sangue borbotasse sem peias, foram desatados os
grilhões. Na agonia, “aquele homem que parecia guardar no peito um
coração diferente, ainda teve forças para arrastar-se, nas vascas da morte, e,
endereçando-me inesquecível olhar, inclinou-se à maneira de um cão agonizante e
beijou-me os pés”. O tempo cumpre seu papel e, anos depois, a morte
requisita-lhe o corpo pelas Leis da Vida. Recordando os desdobramentos havidos,
diz: “-Não
acredito estejais em condições de compreender o martírio de um Espírito que
abandona a Terra, na posição em que a deixei (...). Não encontrei no imo do meu
Ser, senão austero tribunal, como que instalado dentro de mim mesmo,
funcionando em ativo julgamento que me parecia nunca terminar (...). Perdi a
noção do tempo, transformado numa eternidade de aflição (...) Em dado instante,
na treva em que me debatia, a voz de Ricardo se fez ouvir aos meus pés: -Meu
filho!...meu filho!... Num prodígio de memória, em vago relâmpago
que luziu na escuridão de minhalma, recordei cenas que haviam ficado a
distância, quadros que a carne da Terra havia conseguido transitoriamente
apagar... Com emoção indefinível, vi-me de novo nos braços de Ricardo, nele identificando
meu próprio pai...meu próprio pai que eu algemara cruelmente ao poste de
martírio e a cuja flagelação assistira,
insensível, até o fim... Não posso entender os sentimentos contraditórios que
então me dominaram... Envergonhado, em vão tentei fugir de mim mesmo. Em
desabalada carreira, desprendi-me dos braços carinhosos que me enlaçavam e
busquei a sombra, qual o morcego que se compraz tão somente com a noite, a fim
de chorar o remorso que meu pai, meu amigo, meu escravo e minha vítima não
poderia compreender... No entanto, como se a Justiça, naquele momento, houvesse
acabado de lavrar contra mim a merecida sentença condenatória, após tantos anos
de inquietação, reconheci, assombrado, que meus pés e minhas mãos estavam
retorcidos...Procurei levantar-me e não consegui. A Justiça vencera”.
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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
O Que os Historiadores Não Contam
A Historia oficial dos líderes, povos, países, governantes,
ao longo de grande parte da evolução da Humanidade, foi sempre escrita sob
encomenda, registrando dados e passagens que nem sempre expressam os fatos integralmente.
Num país, por exemplo, apenas as ocorrências desenroladas no centro do poder, envolvendo
personagens mais diretamente a ele ligados, são preservados. O que acontece no
interior, raramente é contado. O Antigo Testamento, em vários de seus escritos,
mostra a dependência de Reis, Faraós e Soberanos de oráculos e pitonisas que
lhes decifravam sonhos, pressentimentos ou até mesmo a influência dos Astros,
diante de decisões a serem tomadas. O tempo foi, aparentemente, afastando uns e
outros, minimizando essa influência. Allan Kardec na edição de março de 1864 da
REVISTA ESPIRITA, incluiu
interessante matéria intitulada UMA
RAINHA MÉDIUM, construída a partir de notícias veiculadas em vários jornais
da época como Opinion Nationale e Siècle, veiculados em 22 de fevereiro
do mesmo ano. Tais escritos fazem referência à fatos envolvendo a Rainha
Vitória, que durante sessenta e quatro anos esteve à frente do trono da
Inglaterra. Ela, cujo nome completo era Alexandrina Vitória Regina, era erudita,
amante das letras, apreciava as artes, tocava piano e praticava a pintura. Marcou
a historia daquele país de tal forma que seu reinado é denominado Era
Vitoriana, por uma série de ações na área sócia,l como a abolição da
escravatura no Império Britânico; redução da jornada de trabalho para dez
horas; instalação do direito ao voto para todos os trabalhadores; expansão das
Colônias; grande ascensão da burguesia industrial, entre outros feitos.
Assumindo o trono aos 18 anos, teve nove filhos com o primo e Príncipe Alberto,
com quem, por um amor profundo, casou aos 21. Enviuvou aos 42 anos, conservando
luto até sua morte, quatro décadas depois. Comentando a citada notícia, diz Kardec:
“Uma
carta de pessoa bem informada revela que, recentemente, num conselho privado,
onde fora discutida a questão dinamarquesa, a Rainha Vitória declarou que nada
faria sem consultar o príncipe Alberto( morrera em 1861). E com efeito, tendo-se
retirado por um pouco para seu gabinete, voltou dizendo que o “príncipe se
pronunciava contra guerra. Esse fato e outros semelhantes transpiraram e
originaram a ideia de que seria oportuno estabelecer uma regência”.
Seguindo, o Codificador acrescenta: “-Tínhamos razão ao escrever que o Espiritismo
tem adeptos até nos degraus dos tronos. Poderíamos ter dito: até nos tronos.
Vê-se, porém, que os próprios soberanos não escapam à qualificação dada aos que
acreditam nas comunicações de Além-túmulo(...). O Journal de Poitiers, que
relata o mesmo caso, o acompanha desta reflexão: Cair assim no domínio dos
Espíritos não é abandonar o das únicas realidades que tem de conduzir o mundo?”.
Até certo ponto concordamos com a opinião do jornal, mas de outro ponto de
vista. Para ele os Espíritos não são realidades, porque, segundo certas
pessoas, só há realidade no que se vê e se toca. Ora, assim, Deus não seria uma
realidade e, contudo, quem ousaria dizer que ele não conduz o mundo? Que não há
acontecimentos providenciais para levar a um determinado resultado? Então, os
Espíritos são instrumentos de sua vontade; inspiram os homens, solicitam-nos,
mau grado seu, a fazer isto ou aquilo, a agir neste sentido e não naquele, e
isto tanto nas grandes resoluções quanto nas circunstâncias da vida privada.
Assim, a esse respeito, não somos da opinião do jornal. Se os Espíritos
inspiram de maneira oculta, é para deixar ao homem o livre-arbítrio e a
responsabilidade de seus atos. Se receber inspiração de um mau Espírito, pode
estar certo de receber, ao mesmo tempo, a de um bom, pois Deus jamais deixa o
homem sem defesa contra as más sugestões. Cabe-lhe pesar e decidir conforme a
sua consciência. Nas comunicações ostensivas, por via mediúnica, não deve mais
o homem abnegar o seu livre-arbítrio: seria erro regular cegamente todos os
passos e movimentos pelo conselho dos Espíritos, por que há os que ainda podem
ter ideias e preconceitos da vida. Só os Espíritos Superiores disso estão
isentos(...). Em princípio os Espíritos não nos vem conduzir; o objetivo de
suas instruções é tornar-nos melhores, dar fé aos que não a tem e não o de nos
poupar o trabalho de pensar por nós
mesmos”.
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Bastidores
Desde que Allan Kardec iniciou, através de vários médiuns,
prospecções sobre a situação dos desencarnados entrevistados nas reuniões da
Sociedade Espírita de Paris, os conhecimentos a respeito da realidade em meio à
qual nos movemos e existimos, ampliaram-se muito. Na mesma medida em que
cresceu nossa curiosidade sobre maiores detalhes da realidade espiritual. Dale Vale
Owen, pastor presbiteriano inglês, na obra A
VIDA ALÉM DO VÉU (feb,1917) e Francisco Cândido Xavier servindo a Espíritos como Maria João de Deus,
André Luiz, Irmão Jacob, dilatou-nos ainda mais essa visão. Nas reuniões de que
participamos nos Centros Espíritas ouvimos referências sobre esse ou aquele
detalhe do que acontece nos bastidores do Plano Invisível, garantindo os
resultados registrados pelos frequentadores de maneira geral. Na postagem CURIOSIDADE SATISFEITA, “garimpamos” em mensagens do Espírito
Efigênio Vitor, interessantes aspectos descritos no INSTRUÇÕES PSICOFÔNICAS (feb). Atraves de amigo da cidade de Nobres
(MS), chegou-nos às mãos o livro NA
SEARA DO BEM (1997, Didier), psicografado por Luis Antonio Ferraz, pelo Espírito
Antonio Carlos Tonini. Espírita, nos 40
anos em que esteve em nossa Dimensão, na cidade de Votuporanga e imediações,
através de intensas atividades, valorizou as oportunidades e o tempo de que
dispôs, com vigorosos e eloquentes exemplos de responsabilidade espiritual.
Quase dez anos após ter desencarnado, reuniu na obra citada, seus apontamentos
sobre como funciona do lado invisível um Centro Espírita padrão, respondendo
algumas dúvidas comuns aos usuários dos serviços do mesmo. A instituição
visitada certamente estrutura-se administrativamente nos moldes determinados
pela legislação de nosso Plano, mantendo como atividades, a palestra
pública, aplicação de passes, água fluidificada, caderno
de vibrações, orientação e evangelização infantil.
Garantindo a qualidade dos serviços oferecidos, o Plano Espiritual organiza-se
em quatro Setores: Vigilância,
Enfermagem, Esclarecimentos e Comunicação, contando com variados Recursos
Humanos, distribuídos em equipes com diferentes especialidades, selecionados
por um Coordenador Geral, tendo como critério a boa vontade, as disposições
íntimas do candidato, além dos recursos adquiridos e tendências
psicológicas. Do ponto de vista físico, diz ele, o edifício onde se
instala o Centro, ultrapassa os limites por nós visíveis. Explica que “no
ambiente da instituição há outro ambiente ‘interexistente’. Nele, por exemplo,
o salão das reuniões públicas, amplia-se para além das paredes de alvenaria,
com outro auditório a ele se acoplando, destinado a receber os Espíritos
desencarnados assistidos. Um halo de luz protege o núcleo de
serviços, bem como toda edificação, resultante das vibrações do ambiente
cristalizadas a partir das atitudes mentais exteriorizadas pelas
criaturas que o frequentam”. O acesso ao interior do recinto não é
franqueado a todos os Espíritos, ante o perigo daqueles que se mostram muito
perturbados, agressivos e contrários às atividades ali desenvolvidas, colocarem
em risco a harmonia das mesmas. Revela haver no halo luminoso que
envolve o prédio, no ponto reservado para o acesso, um aparelho que abre pequena
passagem para os triados que mostrem condições favoráveis, denominado
“capacitor
vibracional”. No ambiente onde se desenvolve a palestra pública, informa
haver, voltada para o auditório onde permanecem os desencarnados em
atendimento, grandiosa tela luminescente capaz de captar
as ondas mentais do orador, traduzindo-as em forma de imagens vivas e
arrebatadoras, produzindo efeitos altamente positivos nos necessitados
presentes na Dimensão invisível. As atividades capazes de sensibilizar as
mentes e corações presentes, seja na orientação ou na oratória,
contam sempre com o apoio de Benfeitores que influenciam tais trabalhadores
através da intuição, em sintonia tanto mais perfeita quanto for a
predisposição e preparo dos servidores encarnados. E, entre muitas informações,
ouve que “a questão do sono que muitas vezes envolve os encarnados durante
as palestras, resulta principalmente da indisciplina mental por não
cultivarem a atenção, dispensada, por exemplo, durante as horas a fio diante de
um filme de difícil interpretação. Mesmo no caso da intensa hipnose sustentada
por obsessores através da influenciação negativa a distância, a questão ainda é
a indisciplina mental do indivíduo que se compraz em tal situação”.
domingo, 6 de janeiro de 2013
Porque não ?
Porque todas as mães que choram os filhos mortos e ficariam felizes se
se comunicassem com eles, muitas vezes não o podem? Porque a visualização deles
lhes é recusada, mesmo em sonhos, a despeito de seu desejo e preces ardentes?
Naturalmente são duas perguntas que muitos se fazem diante do entusiasmo
daqueles que se surpreendem com o conteúdo de informações e detalhes pessoais
constantes das cartas mediúnicas, sobretudo as psicografadas por Chico Xavier.
Por sinal, o canal de comunicação objetivamente disponibilizado a partir da
identificação e definição da mediunidade pelo Espiritismo, revelou-se um
instrumento útil para esse fim, utilizado especialmente por aqueles que,
vencidos pela dor da separação, superam as barreiras do preconceito e conceitos
nascidos nas escolas religiosas tradicionais ou nas sombras da ignorância.
Allan Kardec na REVISTA ESPÍRITA,
edição de agosto de 1866, teceu interessantes esclarecimentos sobre os
“porquês” das perguntas com que iniciamos essas considerações. Pondera ele: “ -Além
da falta de aptidão especial que, como se sabe, não é dada a todos, há, por
vezes, outros motivos, cuja utilidade a sabedoria da Providência aprecia melhor
que nós. Essas comunicações poderiam ter inconvenientes para as naturezas
muito impressionáveis; certas pessoas poderiam delas abusar e a elas se
entregar com um excesso prejudicial à saúde. Em semelhante caso, sem dúvida a
dor é natural e legítima; mas, algumas vezes, é levada a um ponto desarrazoado.
Nas pessoas de caráter fraco muitas vezes essas comunicações reavivam a dor, em
vez de a acalmar. Daí porque nem sempre lhes é permitido receber,
mesmo por outros médiuns, até que se tenham tornado mais calmas e bastante senhoras
de si para dominar a emoção. A falta de resignação, em casos tais, é quase
sempre uma causa do retardamento. Depois, é preciso dizer que a impossibilidade
de se comunicar com os Espíritos que mais se ama, quando se o pode com outros,
é, muitas vezes, uma prova para a fé e a perseverança e, em certos casos, uma
punição. Aquele a quem esse favor é recusado deve, pois, dizer-se que sem
dúvida a mereceu. Cabe-lhe procurar a causa em si mesmo, e não
atribui-la à indiferença ou ao esquecimento do Ser lamentado. Enfim, há
temperamentos que, não obstante a força moral, poderiam experimentar o
exercício da mediunidade com certos Espíritas, mesmo simpáticos, conforme as
circunstâncias. Admiremos em tudo a solicitude da Providência, que vela pelos
menores detalhes e saibamos submeter-nos à sua vontade sem murmúrio, porque ela
sabe melhor que nós o que nos é útil e providencial. Ela é para nós como um bom
pai, que não dá sempre a seu filho o que ele deseja. As mesmas razões ocorrem
no que concerne aos sonhos. Os sonhos são as lembranças do que o
Espírito viu em estado de desprendimento, durante o sono. Ora, essa lembrança
pode ser bloqueada. Mas aquilo de que a gente não se lembra não está, por isto,
perdido para a alma. As sensações experimentadas durante as excursões que ela
faz no mundo invisível, deixam, ao despertar, impressões vagas e a gente não
cita pensamentos e ideias cuja origem, muitas vezes, não se suspeita. Pode,
pois, ter-se visto, durante o sono, os seres aos quais se tem afeição,
entreter-se com eles e não guardar a lembrança. Então se diz que não se sonhou.
Mas se o Ser lamentado não se pode manifestar de uma maneira extensiva
qualquer, nem por isso estará menos junto dos que o atraem por seu pensamento.
Ele os vê, ouve suas palavras e, muitas vezes, adivinha-se sua presença por uma
espécie de intuição, um sentimento íntimo, e, até mesmo por certas impressões
físicas. A certeza de que não está no
nada; de que não está perdido nas profundezas do espaço, nem nos abismos do
inferno; de que é mais feliz, agora isento dos sofrimentos corporais e das
tribulações da vida; de que o verão, após uma separação momentânea, mais belo,
mais resplendente, sob um envoltório etéreo imperecível, e não sob a pesada
carapaça carnal; eis a imensa consolação que recusam os que creem que tudo acaba
com a vida; eis o que oferece o Espiritismo”. NÃO DEIXE DE CONHECER A SÉRIE INFORMAÇÃO ESPÍRITA. BASTA CLICAR NOS LINKS ABAIXO INDICADOS
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Sistemas de Segurança e Defesa no Plano Espiritual
Monitores de televisão e armas projetando descargas
elétricas eram apenas sonhos dos visionários da ficção científica, contudo,
descrições da realidade de dimensões vibratórias do Universo Paralelo que se
confundem com a nossa, já citavam sua existência. Como no clássico MEMÓRIAS DE UM SUICIDA (feb),cuja
psicografia, iniciada em 1926, na cidade de Lavras, (MG), por Yvonne Pereira,
onde, no capítulo de abertura da segunda parte do livro, o Autor Espiritual
escreve: “-No primeiro gabinete existiam estranhas baterias de aparelhos
que pareciam ser telescópios possantes, maquinarias aperfeiçoadas, elevadas ao
estado ideal, para sondagem a grandes distâncias, espécies de “Raio X” capazes
de perquirir os abismos do Espaço Infinito, assim como do Mundo Invisível e da
Terra. Outros, porém, desafiavam nossa compreensão de calouros do Mundo
Espiritual. No segundo gabinete, telas luminosas, colossais, das quais
as existentes nas enfermarias do Hospital pareciam graciosas miniaturas,
indicavam haver necessidade, ali também, de retratarem-se acontecimentos e
cenas ocorridos a imensuráveis distâncias, tornando-os presentes aos técnicos e
observadores para tanto credenciados, a fim de serem devidamente estudados e
examinados. Semelhantes aparelhos, cuja perfeição o homem ainda não concebe,
não obstante já se achar em seu encalço, permitiria ao operador conhecer até os
mínimos detalhes qualquer assunto, mesmo o desenvolvimento dos infusórios nos
leitos abismais do Oceano, se necessário, bem assim a sequencia de uma
existência humana que se precisasse conhecer ou as ações de um Espírito em
atividade no Invisível, nas camadas inferiores ou durante missões penosas e
excursões pertinentes aos serviços assistenciais”. Anos depois, ainda
antes do advento da televisão e das armas eletromagnéticas, através de Chico
Xavier, o Espírito André Luiz citaria barreiras magnéticas de defesa, canhões
eletrônicos, lança-choques, petardos magnéticos, redes luminosas de defesa,
raios desintegrantes ,entre outros, em seus relatos sobre a realidade
que encontrou após a morte. Na obra OS
MENSAGEIROS (feb,1944), capítulo 20, a certo trecho comenta: “E as
armas? Identificava-lhes a presença na maquinaria instalada ao longo dos muros,
copiando pequenos canhões conhecidos na Terra”. Mais à frente, pergunta
a seu cicerone: “-Mas, e as armas? – perguntei – acaso são utilizadas?,
ouvindo: “- Como não? Não temos balas de aço, mas temos projetis elétricos.
Naturalmente, a ninguém atacaremos. Nossa tarefa é de socorro e não de
extermínio”. Indagando sobre seus efeitos, ouve que poderiam causar a
impressão da morte, naturalmente para aqueles Espíritos desencarnados que ainda
se agarram às impressões físicas. No capítulo quatro d’ OBREIROS DA VIDA ETERNA (feb,1946), conta: “- Em dado momento, ouvimos explosões ensurdecedoras. Quase no mesmo
instante, certo auxiliar penetrou o recinto e comunicou: “-Atacam-nos com petardos magnéticos”. A diretora resoluta
ouviu serena, e determinou: “-Emitam
raios de choque fulminante, assestando baterias”. As farpas elétricas, deviam ser atiradas em
silêncio, porque as explosões diminuiriam até à extinção total, percebendo-se
que a horda invasora se desviara noutro rumo, pelo ruído a perder-se distante”.
No capítulo oito: “-Os adversários
gratuitos de nossa atuação não se limitaram ao vozerio perturbador. Bolas de
substância negra começaram a cair, ao nosso lado, partindo de vários pontos do
abismo de dor. –As redes! – exclamou
Zenóbia, dirigindo-se a alguns
colaboradores – estendam as redes de defesa, isolando-nos o agrupamento. As
determinações foram cumpridas rapidamente. Redes luminosas desdobraram-se à
nossa frente, material esse especializado para o momento, em vista da sua
elevada potência magnética, porque as bolas e setas, que nos eram atiradas,
detinham-se aí, paralisadas por misteriosa força. Mas o mais impressionante,
encontramos no AÇÃO E REAÇÃO
(feb,1957), capítulo 3: “- Atravessamos vastíssimos corredores e largos
salões, em sentido ascendente, até que começamos a subir de maneira direta. O
local conhecido por Agulha de Vigilância era uma torre, provida de escadaria
helicoidal, algumas dezenas de metros acima do grande e complicado edifício. No
topo, descansamos em pequeno gabinete, em cujo recinto interessantes aparelhos
nos facultaram a contemplação da paisagem exterior. Assemelhavam-se a
telescópios diminutos, que funcionavam como lançadores de raios que eliminavam
o nevoeiro, permitindo-nos exata noção do ambiente constrangedor que nos
cercava, povoado de criaturas agressivas e exóticas, que fugiam, espavoridas,
ante vasto grupo de entidades que manobravam curiosas máquinas à guisa de canhonetes”.
Indagando sobre tais equipamentos, ouviu: “- Podemos defini-las como
canhões de bombardeio eletrônico. As descargas sobre nós são cuidadosamente estudadas,
a fim de que não nos atinjam sem erro na velocidade de arremesso”. CONHEÇA A SÉRIE INFORMAÇÃO ESPÍRITA CLICANDO OS LINKS ABAIXO INDICADOS.
UM JEITO DIFERENTE DE CONHECER A VISÃO DO ESPIRITISMO SOBRE QUESTÕES
PALPITANTES.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Influência, Sintonia, Envolvimento - A dinâmica da Perturbação
Pensamentos que cruzam insistentemente nossa mente
desviando-nos a atenção daquilo em que nos concentramos; sensações de mal-estar
ou medo sem explicações; sintomas de problemas de saúde de origem desconhecida.
Analisando os determinantes de um problema a ele apresentado, Allan Kardec na edição
da REVISTA ESPIRITA de dezembro de
1862, oferece-nos, dentro da racionalidade que lhe era peculiar, importantes elementos para entendermos as situações propostas no início deste texto.
Destacamos alguns trechos do seu estudo para refletirmos. Diz ele: “-O
primeiro ponto que importa bem se compenetrar, é da natureza dos Espíritos, do
ponto de vista moral. Não sendo os Espíritos senão as almas dos homens, e não
sendo bons todos os homens, não é racional admitir-se, que o Espírito de um
perverso de súbito se transforme. Do contrário seria desnecessário a
retificação na vida futura. A experiência confirma esta teoria, ou melhor, a
teoria é fruto da experiência. Mostram-nos as relações com o Mundo Invisível,
ao lado de Espíritos sublimes de sabedoria e de conhecimento, outros ignóbeis,
ainda com todos os vícios e paixões da Humanidade. Após a morte, a alma de um
homem de bem será um bom Espírito; reencarnado, um bom Espírito será um homem
de bem. Pela mesma razão, ao morrer, um homem perverso será um Espírito
perverso no mundo invisível. Assim, enquanto o Espírito não se houver depurado
ou experimentado o desejo de se melhorar. Porque, entrando na via do progresso,
pouco a pouco se despoja de seus maus instintos, eleva-se gradativamente na
hierarquia dos Espíritos, até atingir a perfeição, acessível a todos, pois Deus
não pode ter criado seres eternamente votados ao mal e à infelicidade. Assim,
os mundos visível e invisível se penetram e alternam incessantemente; se assim
podemos dizer, alimentam-se mutuamente; ou, melhor dito, esses dois mundos na
realidade constituem um só, em dois estados diferentes(...). Sendo a Terra um
mundo inferior, isto é, pouco adiantado, resulta que a imensa maioria dos
Espíritos que a povoam, tanto no estado de desencarnados, quanto encarnados,
deve compor-se de Espíritos imperfeitos, que fazem mais mal que bem(...). É,
pois, necessário imaginar-se o mundo invisível como formando uma população
inumerável, compacta, por assim dizer, envolvendo a Terra e se agitando no
espaço. É uma espécie de atmosfera moral, da qual os Espíritos encarnados
ocupam a parte inferior(...). Assim como o ar das partes baixas da atmosfera é
pesado e malsão, esse ar moral é também malsão, porque corrompido pelas
emanações do Espíritos impuros. Para resistir a isso são necessários
temperamentos morais dotados de grande vigor”. Servindo-se d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, explica: “Há no
homem três coisas: a alma, ou Espírito, princípio inteligente; o corpo,
envoltório material; o perispírito, envoltório fluídico semi-material,
servindo de laço entre o Espírito e o corpo(...) Por sua natureza fluídica,
essencialmente móvel e elástica, se assim se pode dizer, como agente direto do
Espírito, o períspirito é posto em ação e projeta raios pela vontade do
Espírito. Por eles, transmite o pensamento, porque, de certa forma, está
animado pelo pensamento do Espírito. Sendo o períspirito o laço que une o
Espírito ao corpo, é por seu intermédio que o Espírito transmite aos órgãos,
não a vida vegetativa, mas os movimentos que exprimem sua vontade,; é também,
por seu intermédio que as sensações do corpo são transmitidas ao Espírito(...).
Suponhamos agora duas pessoas próximas, cada qual envolvida por sua atmosfera
espiritual (...). Esses fluidos põem-se em contato e se penetram. Se forem de
natureza simpática, interpenetram-se; se de natureza antipática, repelem-se e
os indivíduos sentirão uma espécie de mal-estar, sem se darem conta; se, ao
contrário, forem movidos por sentimentos de benevolência, terão um pensamento
de benevolência, que atrai (...). Se um Espírito quiser agir sobre uma pessoa,
dela se aproxima, envolve-a com o seu períspirito, como num manto; os fluidos
se penetram, os dois pensamentos e as duas vontades se confundem (...). Se o
Espírito for bom, sua ação será benéfica e só fará boas coisas; se for perverso
e mau, o constrange, até paralisar sua vontade e razão, que abafa com seus
fluidos (...). Fá-lo pensar, falar e agir por ele, leva-o contra a vontade a
atos extravagantes ou ridículos; numa palavra o magnetiza e o cataleptiza
moralmente e o indivíduo se torna um instrumento cego de sua vontade. Tal é a
causa da obsessão, da fascinação e da subjugação - geralmente chamada
possessão -, que se mostram em diferentes graus de intensidade”. VOCÊ CONHECE OS PROGRAMAS DA SÉRIE INFORMAÇÃO ESPÍRITA? CLIQUE NUM DOS LINKS INDICADOS ABAIXO
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