Os anos 70 do século 20, revelam uma intensificação do
número de mortes violentas, individuais e coletivas, curiosamente no momento
em que o Espiritismo saia do segregacionismo em que socialmente era mantido,
para a popularização, a partir das marcantes aparições de Chico Xavier, no
programa PINGA-FOGO, da extinta TV
TUPI, de São Paulo. Uberaba (MG), tornou-se ponto de referência dos que, atingidos pela superlativa dor da perda de entes queridos, buscavam na Espiritualidade
a informação, o consolo, a esperança, a certeza da continuidade da vida. E o ‘correio
mediúnico’, transformou Chico Xavier, no “carteiro” com que Deus
permitia a chegada de tão aguardadas notícias. Centenas de recém-desencarnados,
atendendo a intensivo programa de despertamento e conforto espiritual, sob a
coordenação e supervisão do Orientador Espiritual Emmanuel, marcaram presença
nas memoráveis reuniões publicas das sextas e sábados ao longo de vários anos.
O próprio Benfeitor psicografou várias mensagens. Publicadas em 1973, estão “À
FRENTE DA MORTE”, inserida no livro ESCRÍNIO DE LUZ (clarim), onde diz: “-Não olvides que, além da morte,
continua vivendo e lutando o Espírito amado que partiu(...).Nada perece. Tudo
se transforma na direção do Infinito Bem”; e, MORTOS AMADOS, integrante
do NA ERA DO ESPÍRITO (geem),
em que aconselha: “-Lembra a criatura querida que não
mais te compartilha as experiências no Plano Físico, não por pessoa que
desapareceu para sempre e sim à feição de criatura invisível mas não de todo
distante”, frisando: “Se te deixas vencer pela angústia, ao recordar-lhes a
imagem, sempre que se vejam em sintonia mental contigo, ei-los que suportam
angústia maior, de vez que passam a carregar as próprias aflições sobretaxadas
com as tuas”. Em 1974, começaram a surgir os primeiros livros com tais
cartas, destacando-se JOVENS NO ALÉM
e SOMOS SEIS (geem), contendo
mensagens de jovens desencarnados no incêndio do Edifício Joelma na capital paulista. Em 1975, ELES
ESTÃO VIVOS, presente no livro CAMINHOS
DA VOLTA (geem), afirmando: “-Ainda quando não reconheças, de pronto,
semelhante verdade, eles te veem e te escutam!. Quanto possível, seguem-te os
passos compartilhando-te problemas e aflições!(...) Não estão mortos. Entraram
em novas Dimensões de existência, mas prosseguem de coração vinculado ao teu
coração”. Uma das mais conhecidas e confortadoras é ELES
VIVEM, contida no livro RETORNARAM
CONTANDO (ide), onde o Benfeitor diz: “-Ante os que partiram,
precedendo-te na Grande Mudança, não permitas que o desespero te ensombre o
coração. Eles não morreram. Estão vivos. Compartilham-te as aflições, quando te
lastimas sem consolo. Inquietam-se com a tua rendição aos desafios da angústia
quando te afaste da confiança em Deus. Eles sabem igualmente quanto dói a
separação. Conhecem-te o pranto da despedida e te recordam as mãos trementes no
adeus, conservando na acústica do Espírito as palavras que pronunciaste, quando
não mais conseguiam responder às interpelações que articulaste no auge da
amargura. Não admitas estejam eles indiferentes ao teu caminho ou à tua dor.
Eles percebem quanto te custa a readaptação ao mundo e à existência terrestre
sem eles e quase sempre se transformam em cireneus de ternura incessante,
amparando-te o trabalho de renovação ou enxugando-te as lágrimas quando tateias
a lousa ou lhes enfeitas a memória perguntando porque...Pensa neles com saudade
convertida em oração. As tuas preces de amor representam acordes de esperança e
devotamento, despertando-os para visões mais altas da vida. Quando puderes,
realiza as tarefas em que estimariam prosseguir e te-los-ás contigo por
infatigáveis zeladores de teus dias. Se muitos deles são teu refúgio e
inspiração nas atividades a que te prendes no mundo, para muitos outros deles
és o apoio e o incentivo para a elevação que se lhes faz necessária. Quando te
disponhas a buscar os entes queridos domiciliados no Mais Além, não te detenhas
na terra que lhes resguarda as últimas relíquias da experiência no Plano
Material....Contempla os céus em que Mundos inumeráveis nos falam da união sem
adeus e ouvirás a voz deles no próprio coração, a dizer-te que não caminharam
na direção da noite, mas sim ao encontro de Novo Despertar”. CONHEÇA TAMBÉM AS DUAS
PRIMEIRAS PARTES DESTA POSTAGEM
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