O impacto da tragédia de Santa Maria (RS), levará algum tempo para
ser absorvido pelo inconsciente coletivo, deixando aos diretamente envolvidos a
carga de dor com que ninguém nunca conta. A eles o Espiritismo tem muito mais
coisas a dizer. N’ O EVANGELHO SEGUNDO O
ESPIRITISMO, por exemplo, no capítulo cinco, entre as INSTRUÇÕES DOS ESPIRITOS, encontra-se a mensagem do Espírito
Sanson, antigo membro da Sociedade Espírita de Paris, abordando a Perda de Pessoas Amadas e Mortes Prematuras, orientando aos que
enfrentam essas provações: “-Tendes necessidade de vos elevar acima do
terra-a-terra da vida, para compreender que o Bem, frequentemente, está onde
credes ver o mal, a sábia Providência aí onde credes ver a cega fatalidade do Destino.
Porque medir a Justiça Divina pelo valor da vossa? Podeis pensar que o Senhor
dos mundos queira, por um simples capricho, vos infligir penas cruéis? Nada se
faz sem um objetivo inteligente e, qualquer que seja ao que se chegue, cada
coisa tem sua razão de ser(...). É uma horrível infelicidade, dizeis, que uma
vida tão plena de esperanças seja tão cedo cortada! De quais esperanças quereis
falar? Das da Terra, onde aquele que dela se vai teria podido brilhar,
construir seu caminho e sua fortuna? Sempre essa visão estreita que não pode se
elevar acima da matéria. Sabeis qual seria a sorte dessa vida tão plena de
esperanças segundo vós? Quem vos diz que ela não poderia ser cheia de
amarguras?(...). Vós que compreendeis a Vida Espiritual, escutai as pulsações
de vosso coração chamando esses bem amados, e se pedirdes a Deus para os
abençoar, sentireis em vós essas poderosas consolações que secam as lágrimas,
essas aspirações maravilhosas que vos mostrarão o futuro prometido pelo
Soberano Senhor”. Em entrevista constante do livro A TERRA E O SEMEADOR (ide), Chico Xavier indagado sobre a
incidência crescente das desencarnações em massa, respondeu: “-Acreditamos
na Doutrina Espírita, segundo a qual todas essas ocorrência são subordinadas à Lei
de Causa e Efeito. Apesar disso, estamos caminhando (1973) cada vez mais
para um mundo de tecnologia muito avançada. E se não iluminarmos nossas
conquistas com o amor que Jesus nos legou na Civilização Cristã, sem dúvida
seremos obrigados a admitir que a tecnologia pode nos conduzir a desastres
coletivos de maior expressão, comprometendo o progresso da Humanidade”.
Meses antes, o Espírito Emmanuel, através do próprio Chico, respondeu a
pergunta, posteriormente, inserida no livro CHICO XAVIER PEDE LICENÇA (geem), sobre como sendo Deus a Bondade
Infinita, permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas,
como nos casos dos grandes incêndios?, dizendo: “-Realmente reconhecemos em Deus
o Perfeito Amor aliado à Justiça Perfeita. E o Homem, filho de Deus, crescendo
em amor, traz consigo a Justiça imanente, convertendo-se, em razão disso, em
qualquer situação, no mais severo julgador de si próprio. Quando retornamos da
Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados dos nossos débitos passados, rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente. É assim que, muitas
vezes, renascemos no Planeta em grupos compromissados para a redenção múltipla.
Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na
volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de
encontro marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos.
Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito
pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias
arrasadoras. Promotores de guerras
manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos
fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de
sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos
de sangue e lágrimas. Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidades na
conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da
culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos
incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação. Criamos a culpa e nós
engenhamos os processos destinados a extinguir-lhes as consequências. E a Sabedoria Divina se
vale de nossos esforços e progressos sempre mais amplos no que diga respeito à
nossa própria segurança. É por esse motivo que, de todas as calamidades
terrestres, o homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no
coração, para defender-se e valorizar a vida. Lamentemos sem desespero quantos
se fizeram vitimas de desastres que nos confrangem a alma. A dor de todos
eles é a nossa dor. Os problemas com que se defrontaram são igualmente
nossos. Não nos esqueçamos, porém, de que nunca estamos sem a presença da
Misericórdia Divina, que o sofrimento é,
invariavelmente, reduzido ao mínimo para cada um de nós, que tudo se
renova para o Bem de todos e que Deus nos concede sempre o melhor".
( LEIA TAMBÉM AS OUTRAS DUAS
PARTES DESTA POSTAGEM )
Nenhum comentário:
Postar um comentário