Revelando e
confirmando a realidade da influência espiritual sobre nossos pensamentos e
atos; apontando a mediunidade, em maior ou menor grau, como fator responsável
pelo fenômeno, comum na vida de todos os seres humanos, dividindo a mediunidade
em consciente e inconsciente, abordando a variedade dos médiuns escreventes n’ O LIVRO DOS MÉDIUNS, Allan Kardec
oferece-nos uma explicação lógica para a existência, antes e depois do
surgimento do Espiritismo, de obras que citavam as atividades dos Espíritos
junto a nós. No numero da REVISTA
ESPÍRITA de março de 1867, ele mesmo nos dá um exemplo dessa
conclusão. Por sinal, chegou a ele através de um assinante da publicação, que
inclusive se preocupou em assinalar numa das edições completas do livro onde
encontrou conexões com as revelações espíritas, trechos infelizmente excluídos
nas edições abreviadas. O livro: ROBSON
CRUSUÉ. Romance
escrito por Daniel Defoe, publicado originalmente em 1719, no Reino Unido, confessional e
didático em seu tom é a autobiografia fictícia
do personagem-título, náufrago que
passou 28 anos em uma remota ilha tropical próxima Trinidad, encontrando
canibais, cativos e revoltosos, antes
de ser resgatado. No final do século 19, nenhum livro na história da literatura
ocidental, tinha mais reimpressões e traduções do que ROBSON CRUSUÉ, com mais de 700
versões alternativas, incluindo edições infantis sem texto, apenas com imagens.
O Codificador comenta que “esta obra, na qual se viram aventuras
curiosas, próprias para divertir crianças, é marcada por uma alta filosofia
moral e um profundo sentimento religioso”. Dos trechos selecionados,
destacamos: 1-) “- O caso fez nascer em mim uma reflexão, que me tinha
vindo mais de uma vez, desde que havia reconhecido quanto, em todos os perigos
da vida, a Providência mostra sua bondade por disposições cuja finalidade não
compreendemos. Com efeito, muitas vezes saímos dos maiores perigos por vias
maravilhosas: por vezes, um impulso secreto nos alcança de repente, num momento de grave incerteza, a
tomar tal caminho em vez de outro, que nos teria conduzido à nossa perda. Tomei
como lei jamais resistir a essas vozes
misteriosas, que nos convidam a tomar tal
partido, a fazer ou não tal coisa, posto que nenhuma razão apoie esse impulso
secreto. Poderia citar mais de um
exemplo em que a diferença em semelhantes avisos teve pleno sucesso sobretudo
na última parte de minha estada nessa ilha infeliz, sem contar muitas outras
ocasiões que me devem ter escapado e às quais teria prestado atenção, se desde logo meus olhos se tivessem
aberto para este ponto. Mas nunca é
demasiado tarde para ser prudente, e aconselho a todos os homens refletidos,
cuja existência, como a minha, estivesse submetida a acidentes extraordinários,
mesmo a vicissitudes mais comuns, a jamais negligenciarem esses avisos íntimos
da Providência, seja qual for a inteligência invisível que nô-los transmite”. 2-) “-Muitas vezes
tinha ouvido pessoas sensatas dizer que tudo o que se conta dos fantasmas e das
aparições se explica pela forma da imaginação; que jamais um Espírito apareceu
a alguém; mas que, pensando assiduamente nos que perdemos, eles de tal modo se
tonam presentes ao pensamento, que, em certas circunstâncias, julgamos vê-los,
falar-lhes, ouvir suas respostas, e que tudo isto não passa de uma ilusão, uma
sombra, uma lembrança. Por mim, não posso dizer se atualmente existem aparições verdadeiras,
espectros, pessoas mortas que vem errar pelo
mundo, ou
se as histórias que contam sobre tais fatos se fundam apenas em visões de cérebros
doentes, de imaginação exaltadas e desordenadas...”. 3-): “-Nada demonstra mais claramente a realidade
de uma vida futura e de um mundo
invisível que
o concurso de causas secundárias com certas ideias que formamos anteriormente,
sem ter recebido nem dado a seu respeito qualquer comunicação humana”. INVISTA SEU TEMPO, MERGULHANDO UM POUCO MAIS NAS INCRÍVEIS
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