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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Aniversário


O dia 18 de abril nos faz lembrar o lançamento d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, por iniciativa do professor Denizard Hippolitte Leon Rivail A história do livro começa praticamente três anos antes, em 1854, quando, pela primeira vez, o educador francês ouviu através de seu amigo Fortier, falar do fenômeno das mesas que giravam e dançavam .Sua primeira reação foi meio que de descrença, embora tenha imaginado que, talvez, tal fenômeno estivesse relacionado com o magnetismo mesmeriano, o qual ele observava e estudava desde 1821, portanto desde 33 anos antes. No início do ano seguinte, um outro amigo, o senhor Carlotti, lhe falaria sobre as mesmas ocorrências acrescentando que o referido fenômeno das mesas girantes havia sido enriquecido com a fala, pois através de sinais sonoros, respostas eram dadas a perguntas formuladas no ambiente em que se davam as manifestações.Apesar da curiosidade que aumentara, o professor ainda não se sentiu tentado a observar o fenômeno. Seu primeiro contato com os mesmos só se daria em maio de 1855, após ter encontrado numa sessão de magnetização dirigida pelo amigo Fortier, o Sr. Patier e a senhora Planemason que o convidaram para outra reunião, onde poderia observar os fenômenos. Efetivamente, no dia seguinte testemunhou os movimentos e respostas dadas pelos objetos animados pela desconhecida e inteligente força, além de conhecer o Sr. Bodan, que o convida à reunião semelhante em sua casa. Integrado a mesma, conhece as filhas do seu anfitrião, duas adolescentes, Caroline e Julie, e através delas começa a obter respostas lógicas e substanciais sobre os mais diversos assuntos de fundo filosófico, científico, religioso e moral, cujo conteúdo não poderia ser emanado das personalidades ainda em formação das duas moças. Nos próximos meses, usando o método analítico (observando, refletindo, comparando, estudando, criticando, ampliando e revendo os assuntos abordados), reuniu material suficiente para organizar um livro, que antes de ser encaminhado para a produção, foi minuciosamente revisado com o concurso de médiuns diferentes daqueles através dos quais haviam sido obtidas as primeiras informações. No início de 1857, procura amigos editores para mostrar o trabalho e a adesão para sua publicação e, ante, as dificuldades encontradas, decide com recursos próprios fazer publicar o trabalho. Entrega-o ao Sr. Dantu que, por sua vez, encaminha os originais para uma tipografia a 20 km de Paris, porém, diante da demora para a conclusão dos trabalhos, Denizard, ou Allan Kardec, procura se inteirar das razões.  Toma conhecimento que o dono da tipografia havia desencarnado, e os herdeiros haviam como que engavetado o livro. Kardec procura então a viúva do falecido, apresenta-lhe o livro, seus objetivos e ela, após lê-lo, confortada em sua dor pelo conteúdo espiritualmente elevado, envia uma recomendação aos filhos para que urgenciassem a impressão daquele trabalho. Assim foi que na manhã de sábado, 18 de abril, Kardec segurava nas mãos os exemplares da primeira versão d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, contendo 501 perguntas e respostas agrupadas em três partes: DOUTRINA ESPÍRITA, LEIS MORAIS E ESPERANÇAS E CONSOLAÇÕES, além de uma introdução e uma conclusão. A formatação como é conhecida hoje surgiria três anos depois, em 1860, ampliada para 1019 perguntas e respostas, divididas em quatro partes: “AS CAUSAS PRIMÁRIAS”, “MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS”, “LEIS MORAIS” e “ESPERANÇAS E CONSIDERAÇÕES” mais uma introdução e conclusão. E, embora tenha provocado a repercussão nos primeiros anos após seu lançamento, na França e em alguns países da Europa, a verdade é que “O LIVRO DOS ESPÍRITOS” e o ESPIRITISMO somente encontrariam campo para sua expansão acelerada no Brasil da segunda metade do século XX. Sobretudo através do trabalho do médium Francisco Cândido Xavier que depois da década de 70, após uma entrevista memorável no programa PINGA FOGO, da extinta TV Tupi, tornou-se referência no campo da mediunidade colocando sempre o Espiritismo como inspirador e responsável por seu trabalho. Sem sombra de dúvida um livro que precisa ser cada vez mais divulgado, lido, estudado e meditado por todos os seres humanos interessados em alcançar a felicidade.

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