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domingo, 14 de abril de 2013

Obstáculos à Verdade







“Quando nossos amigos médicos completaram o vedamento das menores frestas, de todas as aberturas, no consultório do nosso Waldo; depois que a médium dona Otília já estava com os pés e mãos atados e que os trabalhos foram iniciados, vi ao nosso lado o Espírito de Emmanuel. Então, ele se referiu que a nossa reunião lembrava aquele dia de Jerusalem quando os discípulos, de portas fechadas – conforme a palavra indiscutível do Evangelho -, receberam a visita de Nosso Senhor Jesus Cristo, plenamente materializado depois da crucificação. Disse, que guardadas as proporções - muito longe de querermos comparar a reunião apostólica - disse que o fenômeno da recorporificação do Cristo lembrava o da irmã Josefa e do nosso amigo Dr. Alberto Veloso que foram os Espíritos que se materializavam no consultório: um, na condição de mulher, porque a Irmã Josefa foi uma freira muito distinta, e o outro na condição de homem, o Dr. Veloso, que aparece à moda oriental. De modo que Emmanuel, após lembrar a materialização de Jesus, lembrou ainda que a religião do Espírito, sem o túmulo, a religião que não tem cadáver, é o Cristianismo, que o Espiritismo hoje está revivendo! O Cristianismo é uma religião sem cadáveres, pois começou com Jesus Cristo ressuscitado: foi o grande morto redivivo para demonstrar que não há morte. Emmanuel lembrou também o fenômeno do Tabor – vamos nos referir apenas ao Evangelho para dizer que as nossas religiões, as religiões nascidas do Cristianismo estão corretas na essência, porque elas cuidam da imortalidade da alma; se há algum assunto fora disso, não corre por conta do Evangelho; o Evangelho diz que quando Jesus subiu ao Tabor, diante dos discípulos, lá estavam Moisés e um outro varão devidamente materializados. Ora, é muito importante para nós, recordar que as grandes verdades da Antiguidade são as verdades modernas, por muito que queiramos traçar figurino para atividades de interpretação do mundo; acrescentou ainda o nosso benfeitor Emmanuel, cuja voz estou ouvindo desde o ano de 1931. Desde essa data, o Espírito de Emmanuel está cuidando de mostrar a raiz do Espiritismo no Evangelho de Jesus e a grandeza do Evangelho no Espiritismo como desdobramento um do outro. Porque toda a pregação de Nosso Senhor Jesus Cristo transcorreu entre fenômenos mediúnicos: voz direta no dia do encontro de Jesus com João Batista; no dia de Pentecoste; quando os Apóstolos se sentiram com a missão de evangelizar; a materialização de Jesus depois da crucificação; a cura dos obsediados por Espíritos das trevas em túmulos; visões; etc (...). Nós não podemos esquecer estes assuntos! Não podemos querer afastar o problema espiritual da nossa vida por uma questão de fuga, de fuga à responsabilidade. Não podemos fugir da Verdade: a vida continua após a morte (...). Creio que se eu desencarnar, agora, levo uma alegria muito grande no meu coração por que tive a honra, e a felicidade, de ver dezenove médicos, homens de uma cultura profunda, homens de muita responsabilidade – juntos de uma pessoa tão insignificante como eu, que não sou nada, que sou apenas um pobre  sertanejo de Minas Gerais, de curso primário -, ver esses homens, psiquiatras, cardiologistas, ginecologistas, cirurgiões, clínicos, todos da mais alta distinção, com esta coragem de não buscar fuga nenhuma, nem mesmo em nome de qualquer princípio ligado à Metapsíquica ou Parapsicologia, dois ramos da ciência que eu, como espírita, respeito imensamente, mas que a gente gostaria de ver o Espiritismo mais respeitado: queiramos, por exemplo, que a tese espírita recebesse mais apreço... Ver esses dezenove homens aceitarem a tese espírita, sentir que ela deva ser respeitada, pelo menos”. O comentário pertence ao médium Chico Xavier, testemunha das experiências levadas a efeito em Uberaba (MG), no início dos anos 60, sob a orientação do Espírito André Luiz  contando com a presença de dezenove médicos convidados para pesquisar a mediunidade de efeitos físicos de Otília Diogo , de Andradas e Walter Rezende, através de quem materializaram-se os Espíritos citados. Tais experimentos foram frustrados após prolongada polêmica desencadeada por publicação de grande circulação na época, causando sérios prejuízos, sobretudo ao equilíbrio da médium, surpreendida tempos depois em práticas fraudolentas, no episódio preservado na história do Espiritismo no livro OTÍLIA DIOGO E A MATERIALIZAÇÃO DE UBERABA, de Jorge Rizzini, pela Edicel.  

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