A manhã daquele domingo, sete de julho de 1975, surgia como
excitante perspectiva de dias de refazimento e lazer para o professor Oswaldo Peixoto Martins que partia da
sua querida Campos (RJ), juntamente com a esposa Ruth Maria, os três filhos (Analice,
Luciana e André Luiz) e a ama
deles, na direção das férias escolares do meio de ano. Quilômetros após,
contudo, um acidente no trecho recém-inaugurado da BR 101, entre Campos-Rio,
nas imediações de Casimiro de Abreu (RJ), alteraria, para ele e a pajem Eliceia de Souza Batista, o destino
anteriormente estabelecido, poupando a esposa e suas crianças. No capotamento
ocorrido numa perambeira fora da estrada, o Professor Oswaldo foi projetado
fora do veículo, sendo encontrado pela esposa caído numa região de
brejo, com água que teria sido suficiente para mata-lo por afogamento, caso não
houvesse sido retirado por ela para um lugar mais seco. Profissional do
magistério que prestava serviços em três estabelecimentos de ensino da cidade
em que vivia, o professor Oswaldo
viveria ainda por quatro horas, desencarnando no Hospital da cidade de Macaé
(RJ), para onde foi removido do local do acidente. Sua desencarnação repercutiu
em toda Campos, pela sua reconhecida contribuição na formação de tantos
talentos ao longo dos anos. Sua esposa,
tanto quanto ele, atuante no movimento espírita, particularmente na Escola Jesus Cristo, de Campos (RJ),
recebeu notícias do marido através de uma mensagem psicografada na noite de 5
de agosto de 1974, pelo médium Chico Xavier, em reunião na cidade de Peirópolis (MG), endereçada à Dona Hilda Mussa Tavares, dirigente da instituição a que serviam ,
presente no local da comunicação espiritual. Assinava-a Lenora, filha do casal, desencarnada sete anos antes. Na
esclarecedora e confortadora carta, a menina pede à mãe não chorar mais à noite
chamando o papai, porque isso vai até ele “sem que nós possamos saber como evitar-lhe
a dor de querer dar resposta sem as forças precisas”. Afirma: -“Papai
não está morto. Ele e a nossa companheira estão hospitalizados. Muitos amigos
estão velando por nós”. O médium Chico
Xavier, no tocante à linha da carta – estávamos com o papai Oswaldo no dia 7 -,
revelou à dona Hilda, a destinatária
da carta, que seu filho Carlinhos (Carlos
Vítor Mussa Tavares), também desencarnado, contou que “na véspera do desastre
que vitimara o Prof. Oswaldo, ele,
em companhia de outros Amigos Espirituais, conduzira o Espírito das meninas Analaura( desencarnada com apenas dois
meses onze anos antes) e Lenora até
junto de seu pai Oswaldo, que se encontrava
em uma reunião de professores na Escola Técnica Federal, ficando as duas
meninas, desde aquele momento, em companhia do papai, a fim de ajuda-lo
espiritualmente para a dolorosa provação da manhã do dia 7. Outro detalhe – aqui foi
sono aplicado – confirmado por sua esposa, era a sonolência dizia estar
sentindo momentos antes do acidente, comentando com a esposa estar se sentindo muito cansado,
desejando interromper por isso a viagem, o que acabou não fazendo. Na verdade,
eram providências da Espiritualidade para que não sentisse dores motivadas pelos
impactos que seu corpo sofreria ao ser arremessado violentamente à distância. Oito
anos depois, no dia 4 de setembro de 1982, o Professor Oswaldo, psicografaria através de Chico uma extensa e emocionada carta à esposa onde, a certa altura,
relata que “após despertar na vida nova, começou a perguntar a si mesmo qual a motivação
daquela prova, incomodando a tantos amigos, recorreu a tantos mentores para
conhecer a causa do acidente que, parecia vir até nós, através do nada, que um
orientador, embora conhecendo a sua incapacidade para suportar mergulhos
prolongados nos domínios das recordações mais recônditas, relativamente a mim
mesmo, conduziu- me a certo instituo em que a hipnose é examinada e praticada
nos alicerces de profunda veneração pelos valores humanos e, em minutos,
mostrou-me um quadro que ele mesmo desarquivara de passado recente, no qual me
vi tutelado por ama generosa, na qual reconheci nossa estimada Elicéia. Em exposição
rápida vi-me, ao lado dela combinando a precipitação de um adversário num
pântano, desalojando-o da carruagem na qual processaria viagem longa. Não posso
dizer o que se passou em mim. Pedi o adiamento para qualquer nova revelação,
que me pudesse advir, ante a qual, se surgisse, não me sentiria preparado e
continuo a esperar por mim mesmo, no sentido de retomar a experiência”.
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