-“O Mundo Espiritual preexiste e sobrevive a tudo”, disseram os
Espíritos a Allan Kardec quando
indagados sobre qual dos dois, o Mundo Espiritual ou o Mundo Material, é o
principal na ordem das coisas. “Mesmo que as Dimensões do Espaço sejam imperceptíveis,
são elas que determinam a realidade física em que vivemos”, escreveu o Físico e Astrônomo Marcelo Gleiser em seu livro CRIAÇÃO IMPERFEITA
(record, 2010), baseado em conclusões recentes da Física Quântica. Num
intervalo de mais de um século e meio, um respeitado representante do
pensamento científico revela que a comunidade da qual faz parte demonstra que,
embora ignorando o revelado pelo Espiritismo, avança-se na direção da
concordância quanto àquelas informações. Sendo assim, nosso mundo que é o
virtual e não aquele que decorre do fim de nossa jornada por aqui. Somos um
Espírito que carrega um corpo e não um corpo que carrega um Espírito que se
desprenderá após a morte do corpo físico. Diante disso, as surpresas do médico
oculto por traz do pseudônimo André Luiz, relatadas no capítulo 12 do livro MISSIONÁRIOS DA LUZ (feb,1945), assumem
um caráter bastante lógico. Narra o autor espiritual que, após testemunhar
interessante diálogo do Instrutor Alexandre - a nós apresentado no referido
livro como um especialista em mediunidade e reencarnação – é encaminhado por
ele a visitar instituto dedicado ao Planejamento
de Reencarnações, localizada na própria Colônia em que trabalhavam.
Descreve o mesmo como sendo movimentado centro de serviço de vários
prédios e numerosas instalações. Árvores acolhedoras enfileiravam-se através de
extensos jardins. Entidades em grupo ou sós, produziam intenso movimento de
entrada e saída dos edifícios imponentes. Segundo Alexandre, ali ele via Espíritos
interessados em reencarnações próximas. Nem todos, disse ele, estão diretamente
ligados a semelhante propósito, visto que conforme o grau de adiantamento do
futuro reencarnante e de acordo com o serviço que lhe é designado no corpo
carnal, é necessário estabelecer planos adequados aos fins essenciais.
Isto explicava os rolos brancos que portavam: eram pequenos mapas de formas
orgânicas, elaborados por orientadores da Dimensão em que se encontravam,
especializados em conhecimentos biológicos da existência terrena. Indagado
sobre a herediteriedade fisiológica, ouviu que funciona com
inalienável domínio sobre todos os seres em evolução, sofrendo, naturalmente, a
influência de todos aqueles que alcançam qualidades superiores ao ambiente
geral, os chamados “serviços intercessórios”, o que, possibilita “às forças mais elevadas imprimir
certas modificações à matéria, desde as atividades embriológicas, determinando
alterações favoráveis ao trabalho de redenção”. André descobre o que
não poderia imaginar existir nos bastidores da nossa realidade: vê protótipos
luminosos (hologramas?) de corpos masculino e feminino perfeitos em sua
anatomia; uma área inteira consagrada aos serviços de desenho onde pequenas
telas, demonstravam peças do organismo humano, tendo a impressão fiel de que se
encontrava num grande centro de anatomistas, cercados de auxiliares competentes
e operosos, produzindo desenhos de membros, tecidos, glândulas, fibras, órgãos de
todos os feitios e para todos os gostos. Inteira-se serem técnicos em questões
de Embriologia e Biologia em geral, aptos a orientar futuras experiências
individuais. A visita o leva a se inteirar de quatro casos em que os envolvidos deveriam renascer, para conviver
com situações na visão que no nosso Plano representam
falhas genéticas ou fatalidades sociais: 1-
um, deveria renascer com defeito na perna, o que o ajudaria a
prevenir reincidências na vaidade; 2-outra,
em meio a grandes restrições sociais, receberia de volta os filhos de outra vida
em que na função de mãe os desviou dos propósitos de crescimentos espiritual,
sendo que dois – pelo erros cometidos – na condição de paralíticos,
outro
deficiente mental e uma filha portadora de prementes necessidades de
retificação. 3- outra, por
solicitação dela, com problemas na tiroide e paratiróides
que evitariam quedas em erros em que incorrera em outras vidas. 4-Indivíduo que, na maioridade física,
sofrerá – por escolha dele - com a manifestação de úlcera de importância na região
gástrica, que o auxiliará a apagar de sua memória registros feitos há
mais de cem anos, em que cometera
revoltante crime, assassinando um pobre homem a facadas. Em meio a instigantes
informações aprende que na busca da evolução em nossa Dimensão existem quatro
potenciais riscos para a queda do Espírito nas armadilhas de suas próprias
imperfeições: inteligência, poder,
beleza e autoridade
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