O livro, pouco conhecido hoje, nasceu no caminho da década
de 70, ante a “agitação que os problemas do sexo, incontestavelmente, já impunha a
vastos setores da vida humana”, explica seu autor no prefácio.
Respondia a indagação sobre “de que forma, as teses do sexo são tratadas
do Plano Espiritual para o Plano Terrestre?”. Nada mais pretendia, que “reformular
o pensamento e a definição dos Mensageiros Espirituais que orientaram Allan
Kardec, nos primórdios da Doutrina Espírita, em sua função de Consolador Prometido
ao mundo pelo Cristo”. Demonstra que já no século 19, “previa-se
o choque de opiniões, em matéria afetiva, que a Humanidade enfrenta”.
E, em suas abordagens, o Espírito Emmanuel, através do médium Chico Xavier,
inseriu entre os capítulos de LEIS DE
AMOR (feb), Homossexualidade, com
a qual concluiremos a série de
postagens sobre o assunto:-“A homossexualidade, também hoje chamada
transexualidade, em alguns círculos de ciência, definindo-se, no conjunto de
suas características, por tendência da criatura para a comunhão afetiva com uma
outra criatura do mesmo sexo, não encontra explicação fundamental nos estudos
psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é perfeitamente
compreensível, à luz da reencarnação. Observada a ocorrência, mais com os
preconceitos da sociedade, constituída na Terra pela maioria heterossexual, que
com as verdades simples da vida, essa mesma ocorrência vai crescendo de intensidade
e de extensão, com o próprio
desenvolvimento da Humanidade ( dito em 1970), e o mundo vê, na atualidade, em todos os países,
extensas comunidades de irmãos em experiência dessa espécie, somando milhões de
homens e mulheres, solicitando atenção e respeito, em pé de igualdade ao
respeito e à atenção devidos às criaturas heterossexuais. A coletividade humana
aprenderá, gradativamente, a compreender que os conceitos de normalidade e de
anormalidade deixam a desejar quando se trate simplesmente de sinais
morfológicos, para se erguerem agentes mais elevados de definição da dignidade
humana, de vez que a individualidade, em si, exalta a vida comunitária pelo
próprio comportamento na sustentação do Bem de todos ou a deprime pelo mal que
causa com a parte que assume no jogo da delinquência. A vida espiritual pura e
simples se rege por afinidades eletivas essenciais; no entanto, através de
milênios e milênios, o Espírito passa por fileira imensa de reencarnações, ora
em posição feminina, ora em condições de masculinidade, o que sedimenta o
fenômeno da bissexualidade, mais ou menos pronunciado, em quase todas as
criaturas. O homem e a mulher serão, desse modo, de maneira respectiva,
acentuadamente masculino ou acentuadamente feminina, sem especificação psicológica
absoluta. À face disso, a individualidade em trânsito, da experiência feminina
para a masculina ou vice-versa, ao envergar o casulo físico, demonstrará
fatalmente os traços da feminilidade em que terá estagiado por muitos séculos,
em que pese ao corpo de formação masculina que o segregue, verificando-se
análogo processo com referência à mulher nas mesmas circunstâncias. Obviamente
compreensível, em vista do exposto, que o Espírito no renascimento, entre os
homens, pode tomar um corpo feminino ou masculino, não apenas atendendo-se ao
imperativo de encargos em determinado setor de ação, como também no que
concerne a obrigações regenerativas. O homem que abusou das faculdades
genésicas, arruinando a existência de outras pessoas com a destruição de uniões
construtivas e lares diversos, em muitos casos é induzido a buscar nova
posição, no renascimento físico, em corpo morfologicamente feminino,
aprendendo, em regime de prisão, a reajustar os próprios sentimentos, e a
mulher que agiu de igual modo é impulsionada à reencarnação em corpo morfologicamente
masculino, com idênticos fins. E, ainda, em muitos outros casos, Espíritos
cultos e sensíveis, aspirando a realizar tarefas específicas na elevação de
agrupamentos humanos e, consequentemente, na elevação de si próprios, rogam dos
Instrutores da Vida Maior que os assistem a própria internação no campo físico,
em vestimenta carnal oposta à estrutura psicológica pela qual transitoriamente
se definem. Escolhem com isso viver temporariamente ocultos na armadura carnal,
com o que se garantem contra arrastamentos irreversíveis, no mundo afetivo, de maneira
a perseverarem, sem maiores dificuldades, nos objetivos que abraçam. Observadas
as tendências homossexuais dos companheiros reencarnados nessa faixa de prova
ou de experiência, é forçoso se lhes dê o amparo educativo adequado, tanto
quanto se administra instrução à maneira heterossexual. E para que isso se
verifique em linhas de justiça e compreensão, caminha o mundo de hoje para mais
alto entendimento dos problemas do amor e do sexo, porquanto, à frente da Vida
Eterna, os erros e acertos dos irmãos de qualquer procedência, nos domínios do
sexo e do amor, são analisados pelo mesmo elevado gabarito da Justiça e Misericórdia
.Isso porque todos os assuntos nessa área da evolução e da vida se especificam
na intimidade da consciência de cada um”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário