Numa das linhas do Metro da capital paulista, uma cena, no
mínimo, deplorável. Encostada numa das portas do vagão uma menininha na faixa
dos cinco anos, bonitinha, muito arrumadinha, olhando atentamente para a mãe,
enquanto esta tentava, de forma dissimulada, convencer a filha a não passar os
dias de férias programadas com o pai, de quem se podia deduzir estava separada,
pois, em meio aos argumentos utilizados com a filha, insistindo nas vantagens
que a menina teria se ficasse com ela e o “tio” – outrora chamado padrasto-,
com quem viajariam, passeariam, trabalhando para afastá-la do pai, que, pelo
que a conversa sugeria, estava saindo de férias do trabalho para desfrutar
durante alguns dias da companhia da garotinha. Imaginando aquela pequena, dez
anos depois, transformada pela sequencia natural da vida física numa
adolescente crítica, qual avaliação faria da mãe egoísta da sua infância? Teria
aquele pai sido isolado do seu convívio? Quem sabe? Nos dias que correm, casos
como este devem ser em grande numero. A Espiritualidade que auxiliou Allan
Kardec a materializar O LIVRO DOS
ESPÍRITOS, incluiu na esclarecedora obra, questões sobre a função e
finalidade da maternidade e paternidade, lamentavelmente, do conhecimento de
poucos. Mais de um século e meio,
inúmeras gerações se sucederam e o alerta que poderia ter prevenido o quadro
caótico vivido pela Humanidade. Vejamos e analisemos alguns destes pontos: 1- “Não se pode negar
a influência do meio e do exemplo sobre o desenvolvimento dos bons e dos maus
instintos, porque o contágio moral é tão manifesto quanto o contato
físico”. 2- “Contudo, essa influência não é exclusiva,
pois se veem seres perversos nas mais honradas famílias, ao passo que outros
saem puros do charco. Há, pois, incontestavelmente, disposições inatas (...). É
na pré-existência da alma que se encontra a única solução possível e racional
de todas as anomalias aparentes das faculdades humanas”. 3- Em certa idade é
difícil uma transformação do caráter. É, pois, à educação, e, sobretudo, à primeira educação,
que incumbem os cuidados dessa natureza. Quando a educação, desde o berço, for
dirigida nesse sentido; quando se aplicar em abafar, em seus germes, as
imperfeições morais, como faz com as imperfeições físicas, não mais se
encontrará no temperamento um obstáculo, contra o qual a ciência muitas vezes é
impotente”. 4- “Uma
sociedade decadente tem certamente necessidade de leis mais severas;
infelizmente essa Leis se destinam antes a punir o mal praticado do que a
cortar a raiz do mal. Somente a educação pode reformar os homens, que assim não
terão mais necessidade de leis tão rigorosas”. 5- “O Espírito dos pais, tem a missão de
desenvolver o dos filhos pela educação: isto é para ele uma tarefa. Se
nela falhar, será culpado”. 6- “Quanto mais as disposições da criança são más, mais a tarefa
é pesada e maior será o mérito se conseguirem desviá-la do mau caminho”.7 -(A paternidade) é,
sem contradita, uma missão. E ao mesmo tempo um dever muito grande, que
implica, mais do que o homem pensa, sua responsabilidade para o futuro. Deus
põe a criança sob a tutela dos pais para que estes a dirijam no caminho do Bem.
E lhes facilitou a tarefa dando à criança uma organização débil e delicada, que
a torna acessível a todas as impressões. Mas há os que mais se ocupam de endireitar
as árvores do pomar e de fazê-las carregar de bons frutos do que em endireitar
o caráter do filho. Se este sucumbir por sua culpa terão de sofrer a pena, e os
sofrimentos da criança na vida futura recairão sobre eles, porque não fizeram o
que lhes cometia para o seu adiantamento nas vias do Bem. 8- “Se uma criança se transviar, apesar
dos cuidados dos pais, estes não são responsáveis; mas quanto mais as
disposições da criança são más, mais a tarefa é pesada e maior será o mérito se
conseguirem desviá-la do mau caminho”.9- “A mudança que se opera no caráter do
indivíduo a uma certa idade, particularmente ao sair da adolescência,
corresponde ao retorno do Espírito a sua natureza, se mostrando tal qual era”. 10- “Quando as
crianças não mais necessitam dessa proteção, dessa assistência que lhe foi
dispensada durante quinze a vinte anos, seu caráter real e individual reaparece
em toda a sua nudez; permanecem boas, se eram fundamentalmente boas, mas se
irizam sempre de matizes que estavam ocultos na primeira infância”.
Oi Luiz Armando, tudo bem? sou Ernesto da Casa do Caminho e estive ontem na sua palestra, ótima por sinal..gostaria de perguntar se você entende que um esquizofrênico pode sofrer uma obsessão de uma sua propria personalidade, dissociada, de vida ou vidas anteriores e que fica "buzinando" na sua orelha e a pessa pensa que é médium ou iluminada...
ResponderExcluirobrigado
Caro amigo, que Jesus nos abençoe!. Obrigado pelas palavras incentivadoras. Creio que por falha minha, esqueci de citar o componente obsessivo a ampliar o quadro vivido pelo portador de esquizofrenia. Nos livros NO MUNDO MAIOR e NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE, de André Luiz/FCX, você pode ampliar conhecimentos nessa área. Muita Paz!. Luiz Armando
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