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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Obsessão - Determinando Patologias Outrora Inexplicáveis



A criação da Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1948 concentrou nela a Classificação Internacional de Doenças, mais conhecida com CID, objetivando padronizar ou unificar a codificação de doenças. Em sua mais recente versão (2006), conhecida como CID 10, inclui no item F.44.3 , o estado de transe ou possessão, definido como perda transitória de identidade com manutenção de consciência do meio ambiente, fazendo distinção entre normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos Espíritos e patológicos, provocados por doenças. Tal avanço valoriza por demais a pioneira obra A LOUCURA SOB NOVO PRISMA do médico Adolfo Bezerra de Menezes - quando ainda encarnado -, além de, NOVOS RUMOS Á MEDICINA  e A PSIQUIATRIA EM FACE DA REENCARNAÇÃO, elaboradas na década de 40 pelo Dr Inácio Pereira - à época ainda encarnado -, trabalhos que inspiraram o surgimento de algumas dezenas de Hospitais Psiquiátricos,  baseados  no modelo desenvolvido no Sanatório Espírita de Uberaba, fundado em 1933. Realça também a expressiva contribuição de serviços oferecidos por milhares de médiuns e Centros Espíritas na área da chamada desobsessão. Outra fonte segura para estudos dos níveis mais agudos dos processos obsessivos são os livros-depoimento da respeitada médium Yvonne Pereira, sobretudo DEVASSANDO O INVISÍVEL e RECORDAÇÕES DA MEDIUNIDADE (feb), de onde destacamos os três casos seguintes: CASO 1 – EFEITO – Jovem, 12 anos, filho único, atacado por um espécie de paralisia infantil desde os 2 anos, que lhe deformara as pernas, tornando-as tortas, unidas pelos joelhos, braços arcados e retesados, fisionomia abobalhada, como que intumescida por um esforço ignoto, sendo, além de tudo, mudo. Esgotados os recursos científicos dos médicos consultados, levado ao Centro, três médiuns videntes presentes, perceberam uma forma escura e compacta “cavalgando” o rapaz, como se ele nada mais fosse que uma alimária de sela, visto que até as rédeas e o freio na boca existiam estruturados na mesma sombra escura. O enfermo, com efeito, mantinha o dorso curvado, como se submetendo ao jugo do seu cavaleiro, chorando por dores musculares, lombares, de ouvido e garganta, e tudo indicava uma espécie de reumatismo incurável, uma paralisia parcial que o infelicitaria para sempre. CAUSA - Ação do Espírito de antigo escravo africano subjugado e castigado por seu senhor, ora encarnado, sob a alegação que chumbo “berganhado não dói”. Nas manifestações havidas, o chamava de Nhonhô Teodoro Vieira, identificado pelo pai como bisavô do rapaz, pequeno fazendeiro possuidor de alguns escravos e, que, por dedução, era reencarnação ou bisneto de si  mesmo. CASO 2 – EFEITO – Mulher que, 15 dias após o casamento, passou a sonhar com um vulto masculino que a amarrava totalmente, enrolando-a fortemente em cordas, dos ombros aos tornozelos. Impressionada pela repetência de tais sonhos, passou a experimentar terríveis angústias e crises de medo e, embora medicada por profissional especializado, o mal evoluiu, passando a viver retesada, braços colados ao corpo endurecido, como se cordas invisíveis lhe tolhessem os movimentos. Afirmava estar enrolada pelas ditas cordas; dificilmente se sentando; arrastando os pés ao caminhar, como se tivesse os tornozelos atados; necessitando que alguém lhe colocasse os alimentos à boca e  três ou mais pessoas para higienizá-la. EFEITO -   Obsessão exercida pela sugestão hipnótica por Espírito visto mediunicamente como jovem elegantemente trajado à moda do século 19, vingando-se por ter sido vitima de adultério praticado por ela, em existência anterior, a que não soubera perdoar, interpretando o casamento  atual como nova traição, submetendo-a à sua obstinada e dominadora influência que a levou a terminar seus dias em estabelecimento espírita dedicado à Saúde Mental. CASO 3 – EFEITO – Homem, 32 anos, sacerdote, professor de latim e português, eloquente orador que, certa manhã, em meio à missa que celebrava, abandonou subitamente o serviço, dirigindo-se agitadíssimo ao quintal de sua residência e, empunhando uma enxada, pôs-se ,mesmo paramentado, a cavar a terra sofregamente alegando ali existir um tesouro enterrado que precisava encontrar. Internado por catorze anos em Hospital Psiquiátrico, onde desencarnaria sem apresentar melhora, cavando com as próprias mãos os pisos, lajes e até azulejos do quarto em que estava alojado, até que os dedos sangrassem e se deformassem, só se acalmando quando lhe ofereciam montes de pedras, nas quais supunha ver tesouros de pedras preciosas. CAUSA Obsessão mantida por Espírito descrito pelos videntes como um homem de cor parda, usando pequeno bigode e chapéu de palha grande, comum nas áreas rurais, roupas pobres, escuras, transparecendo prazer em mostrar aos médiuns as mãos decepadas, por ordem do seu senhor – a vítima de agora -, do qual fora escravo e que, ambicioso, o acusara de roubo de vultosa quantia do cofre da Fazenda de sua propriedade, ordenando lhe fossem cortadas as mãos com um machado para que não roubasse mais.

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