Admirado e respeitado por aqueles que lhe conheceram
a forma de pensar, construída em décadas de estudo e experiência; o pesquisador
Henrique Rodrigues, sobretudo no
final do século 20, tornou-se personagem conhecido pelas concorridas palestra e
seminários na região Centro/ Sudeste do Brasil. A propósito da polêmica questão
do aborto, escreveu no seu livro HISTÓRIAS
QUE A VIDA CONTA (eme), que “muita gente não sabe é que um aborto, mesmo
feito com os “critérios científicos, não garante à mulher nenhuma segurança. A
gravidez é um processo que, bruscamente interrompido, acarreta prejuízos
psíquicos e somáticos”. Um dos precursores das experiências de regressão
de memória no Brasil, Henrique no capítulo citado relata três casos por ele
estudados cujas anomalias físicas ou comportamentais tinham sua origem em
abortos cometidos nessa existência. As tais causas atuais das aflições
comentadas por Allan Kardec no capítulo cinco obra O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. Narra o professor Henrique: “De
nossa “clinica-escola”, ao longo de mais de trinta anos de experiência,
coletamos inúmeros casos, muitas vezes de consequências irreparáveis, oriundos
de processos abortivos. E, por incrível que possa parecer, as consequências do
aborto não caem exclusivamente sobre o profissional que o provoca e sobre a
mulher que a ele se submete. Cai também sobre o homem, dadas as
responsabilidades que ele tem. Se induziu, se exigiu, se facilitou ou o tornou
imperioso, não raro, arca ele com o peso maior das consequências. Relatarei,
agora, alguns casos. Evidentemente, por causa da delicadeza da questão, certos
detalhes que poderiam levar a uma identificação de pessoas, serão “baralhados”.
Mas os fatos são autênticos em toda a casuística. Henrique minudencia
os três casos que, por uma questão de espaço, encaixaremos no critério
EFEITO/CAUSA, adotado em outras abordagens. CASO 1 – EFEITO – Rapaz, acometido de dores nas articulações
sacro-lombares, vitimado por um processo artrítico que o conduziu e mantem,
numa cadeira de rodas, com perda total de suas funções genitais e urinárias.
Solicitado para ver se “dava um jeito” no processo degenerativo do rapaz,
Henrique, cogitando ser o problema oriundo de um atavismo manifestado pela
reencarnação, ouviu de um médium vidente que o auxiliava, resultar, na verdade,
da ligação do rapaz com entidade
rancorosa, de um atraso psíquico muito grande, inacessível a qualquer
doutrinação. CAUSA – Omissão do paciente ante decisão de seus
pais – família tradicional e da alta sociedade -, de imporem o aborto a jovem
doméstica semialfabetizada vinda do interior para trabalhar em sua casa e que,
pela bonita estrutura física atraiu a atenção do filho para quem não foi
difícil a consumação dos seus desejos, resultando na gravidez indesejada.
CASO 2 – EFEITO – Garota de certa cultura, vivendo momentos de
grandes tensões, com estados graves de angustia e depressão. Experimentando
melhoras através de relaxamentos e condicionamentos, de orientação de vida,
voltou à vida normal, retornando algum tempo depois, queixando-se de fortes
dores na base da coluna, além de distúrbios menstruais, dolorosos e arrítmicos.
CAUSA – Iniciado o tratamento, numa das sessões, Henrique sentiu estranha
necessidade de dar-lhe um passe e, embora não tendo nenhuma vidência conta que
após ter feito uma prece, ao aproximar suas mãos da região ventral, viu
nitidamente, sobre todo seu ventre, com veios que penetravam para o interior do
organismo, uma massa gelatinosa de um grená quase preto, que pulsava com
regularidade. Num mecanismo difícil de traduzir, percebeu que era um Ser do
sexo masculino, aderido ao organismo da moça, por magnetismo poderosíssimo.
Perguntada se teria feito um aborto, disse que sim, antes de procurá-lo a
primeira vez, pela negativa do rapaz que a engravidou não querer assumir a
paternidade, o que levou, por não querer enfrentar a sociedade, a decidir pela
eliminação da criança, o que foi quase um parto, dado o número de meses
transcorrido. CASO 3 – EFEITO – Jovem, 17 anos, personalidade simples,
tímida. Socialmente muito querido, vivia, contudo, com avó materna pela aversão
e forte hostilidade aos pais cuja presença o tornava, inexplicável e
extremamente, agressivo, a ponto de dizer que, se pudesse, os mataria. CAUSA – Decisão de seus atuais pais pela realização de aborto logo após a
confirmação da gravidez indesejada, visto que, solteiros; ela, secretária, ele,
médico, vida sexualmente ativa, visavam apenas a alegria, a festa e o prazer.
Quarenta e cinco dias depois de gerado, a caminho da clínica clandestina,
violento abalroamento causado no carro em que estavam por um caminhão
interrompeu os planos sinistros, levando-os a consumar o casamento apressadamente.
As tensas conversas que resultaram na infeliz decisão, estavam, no entanto, sendo testemunhadas
pelo Espírito preso ao ventre materno, desde que a inconveniente gestação
começara, o que se revelou pelo desespero manifestado durante o estado alterado
de consciência da regressão, ao atingir os 15 dias da fecundação.
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