Em reunião de junho
de 1865, foi lida em reunião da Sociedade
Espírita de Paris, notícia sobre a existência desde o início do século 19,
de uma comunidade próximo à Villingen, na Floresta Negra, Alemanha,
caracterizada por um estilo de vida que se aproximava da sociedade ideal. Segundo a nota, “composta por cerca de 400
habitantes, no meio século de existência, jamais aconteceu que um só habitante
tivesse tido que ver com a polícia; jamais houve casos de delitos ou de crimes;
jamais foi aberto um processo nessa comuna. Também ali não se encontram
mendigos”. No número seguinte da REVISTA
ESPÍRITA, após reproduzir breve manifestação espontânea do Espírito
Lamennais, Allan Kardec comenta: -“Qual a causa da maior parte dos males da
Terra, senão o contato incessante dos homens maus e perversos? O egoísmo mata a
benevolência, a condescendência, a indulgência, o devotamento, a afeição
desinteressada, e todas as qualidades que fazem o encanto e a segurança das
relações sociais. Numa sociedade de egoístas não há segurança para ninguém,
porque cada um, só buscando o próprio interesse, sacrifica sem escrúpulo o do
vizinho. Muitas pessoas se creem perfeitamente honestas porque são incapazes de
assassinar e assaltar pelas estradas. Mas será que aquele que, por cupidez e
dureza, causa a ruína de um indivíduo e o leva ao suicídio, que reduz toda uma
família à miséria., ao desespero, não é pior que um assassino e um ladrão?
Assassina em fogo lento, e porque a lei não o condena, porque os seus
semelhantes aplaudem a sua maneira de agir e a sua habilidade, ele se julga
isento de censuras e marcha de fronte erguida! Assim os homens estão sempre em
desconfiança uns contra os outros; sua vida é uma ansiedade perpétua; se não
temem o ferro, nem veneno, estão às
voltas com as chicanas, a inveja, o ciúme, a calúnia, numa palavra, com o
assassinato moral. Que seria preciso para fazer cessar esse estado de coisas?
Praticar a caridade(...). A comunidade em foco, nos oferece em miniatura o que
será o mundo quando for regenerado. O que é possível em pequena escala se-lo-á
em grande? Duvidar seria negar o progresso. Dia virá em que os homens, vencidos
pelos males gerados pelo egoísmo, compreenderão que seguem rota errada, e Deus quer
que eles o aprendam à sua custa, porque lhes deu o livre arbítrio. O excesso do
mal lhes fará sentir a necessidade do Bem, e eles se voltarão para este lado,
como para a tábua de salvação. Quem os levará a isto? A fé séria no futuro e
não a crença no nada após a morte; a confiança num Deus bom e misericordioso, e
não o medo dos suplícios eternos. Tudo está submetido à Lei do
Progresso; os mundos também progridem física e moralmente; mas se a
transformação da Humanidade deve esperar o resultado da melhora individual, se
nenhuma causa vier apressar essa transformação, quantos séculos, quantos
milhares de anos não serão ainda possíveis? Tendo a Terra chegado a uma dessas
fases progressivas, basta que não
seja mais permitido aos Espíritos atrasados de aqui encarnar e que, à medida das
extinções, Espíritos mais adiantados venham tomar o lugar dos que partem, para
que em uma ou duas gerações o caráter geral da Humanidade seja mudado. Suponhamos, pois, que em vez de Espíritos
egoístas, a Humanidade seja, num dado tempo, formada de Espíritos imbuídos de
sentimentos de caridade, em vez de procurarem prejudicar-se, eles se
entreajudarão mutuamente; viverão felizes e em paz. Não mais ambição de povo a
povo e, portanto, não mais guerras; não mais soberanos governando ao seu
talante, a justiça em vez do arbítrio, portanto, não mais revoluções; não mais
os fortes, esmagando e explorando o fraco; equidade voluntária em todas as
transações, portanto não mais querelas nem chicanas. Tal será o estado do mundo
depois de sua transformação. De um mundo de expiação e provas, de um lugar de
exílio para os Espíritos imperfeitos, tornar-se-á um mundo feliz, um lugar de
repouso para os bons Espíritos; de um mundo de punição será um mundo de
recompensa (...). Suponhamos que alguns Espíritos embrulhões, egoístas e
malévolos aí venham a encarnar-se. Em breve semearão a perturbação e a
confusão; ver-se-ão reviverem, como alhures, as querelas, os processos, os
delitos e os crimes. Assim seria a Terra, após sua transformação, se Deus a
abrisse ao acesso dos maus Espíritos. Progredindo a Terra, aí estariam
deslocados e por isso expiarão seu endurecimento e refazendo sua educação moral
em mundos menos adiantados”.
Compartilhamento de informações reveladoras disponibilizadas pelo Espiritismo ampliando nosso nivel cultural
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sábado, 31 de agosto de 2013
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Lembrando o Dr Bezerra
“Não é, pois, nem após a
primeira, nem após a segunda encarnação que a alma tem consciência bastante
nítida de si mesma, para ser responsável por seus atos; talvez só após a centésima ou milésima, explica Allan Kardec na edição de janeiro de 1864 da REVISTA ESPÍRITA. Quantas,
então, até fixarmo-nos conscientemente no caminho do Bem para ascendermos na
escala evolutiva? A lógica nos diz que aqueles que aqueles convertidos aos
ensinamentos de Jesus logo após sua anunciada passagem entre nós, eram
Espíritos amadurecidos, talvez oriundos de outras Moradas dentre tantas
distribuídas na imensidão do Universo. Embora o Espírito conhecido como Dr Bezerra
de Menezes seja mais lembrado pela extensa folha de serviços prestados à
Causa da Iluminação da Humanidade ao longo do Século 20, liderando imensa
legião que, em diferentes pontos, influencia médiuns, orientando pessoas e
instituições que buscam seus conselhos, sua mais recente encarnação na Terra é
marcante coleção de inspiradores exemplos. Renascido em 29 de agosto de 1831,
no interior do Ceará; formado médico em 1856, aos 25 anos, converte-se
publicamente ao Espiritismo em 1886, aos
55 anos, trabalhando incansavelmente na causa de implantação da Doutrina
Espírita em terras brasileiras, até sua desencarnação, em 1900, aos 69 anos. Reintegrado ao Mundo Espiritual, inicia a citada tarefa, até que em 1953, em meio a homenagem dos cooperadores, foi informado sobre sua liberação com os compromissos na Terra ao que, emocionado renunciou considerando os afetos remanescentes presos a compromissos cármicos. Tempos depois do retorno do querido Chico Xavier ao Plano Espiritual, Arnaldo
Rocha que privara da intimidade do médium do dia que o conhecera
“casualmente” nesta existência até a mudança dele para Uberaba (MG), alinhou
reminiscências no livro DIÁLOGOS E RECORDAÇÕES (uem). Entre as inúmeras
informações que ali podemos acessar, há uma que revela ter sido o Espírito Bezerra
de Menezes personagem do livro AVE,CRISTO (feb), onde o Espírito Emmanuel
resgata interessantes reminiscências de histórias que se cruzaram por volta do
ano 170 DC. Entre elas, a do Irmão Corvino, corajoso divulgador dos
princípios cristãos naqueles tempos de perseguições e crueldades vividas pelos
seguidores dos ensinos de Jesus. Ele que terminou seus dias vitimado por um
matador de aluguel contratado para matar outro personagem de nome Quinto
Varro, era a personalidade conhecida hoje como Bezerra de Menezes.
Mas, o próprio Médico dos Pobres, revelou uma existência anterior
quando das comemorações do centenário do Grupo Espírita Regeneração,
instituição fundada por ele em 1891, quatro anos após sua conversão ao
Espiritismo. Em mensagem aos dirigentes da época, psicografada por Chico
Xavier em sua residência, no dia 6 de novembro de 1986, o Dr Bezerra
contou que, no início do século seis da Era Cristã, um ancião conhecido como
Irmão Parmênio, abandonado pela família anticristã, construíra em
pequena colina da povoação chamada Possidônia, outrora chamada Pestum, recanto
a que chamava Casa dos Benefícios, uma casa rústica em que hospedava os
doentes e infelizes de qualquer procedência. A história da Casa dos
Benefícios que desempenhava o papel de escola e lar, templo e recanto de
cura para centenas de pessoas dos mais diferentes níveis sociais, irmanadas
pelos desenganos e pelas próprias lágrimas, teria suas atividades interrompidas
pela insanidade do marido de uma assistida que, inflamado por calúnias
encetadas pela própria cunhada, com seus soldados ateou fogo à construção
determinando a morte de todos os abrigados. A esposa vitimada, com outras
entidades amigas, prometeu a Jesus que a obra do Irmão Parmênio seria
reconstruída, para o que daria a sua própria vida. A Casa dos Benefícios
e o Grupo Espírita Regeneração guardam, portanto, profunda relação.
Sobrevivendo o segundo após o desencarne do Dr Bezerra, viu se cumprir a
partir de 1952, o compromisso assumido por aquela que indiretamente foi a
responsável pelo sinistro desfecho da trajetória da segunda, a Casa dos
Benefícios. Identifica-se, dessa forma, mais uma das personalidades do
Espírito conhecido em nossa Dimensão como Bezerra/Corvino/Parmênio, que tanto tem feito pela edificação
do Reino de Deus entre a Humanidade habitante do Planeta Terra.
terça-feira, 27 de agosto de 2013
Tudo Começa Na Mente
A pergunta foi direta: -“A invasão microbiana está vinculada a
causas espirituais? A resposta também: -“As depressões criadas em nós por
nós mesmos, nos domínios do abuso de nossas forças, seja adulterando as trocas
vitais do cosmo orgânico pela rendição ao desequilíbrio, seja estabelecendo
perturbações em prejuízo dos outros, plasmam, nos tecidos fisiopsicossomáticos
que nos constituem o veículo de expressão, determinados campos de ruptura na
harmonia celular. Verificada a disfunção, toda a zona atingida pelo
desajustamento se torna passível de invasão microbiana, qual praça desguarnecida,
porque as sentinelas naturais não dispõem de bases necessárias à ação
regeneradora que lhes compete, permanecendo, muitas vezes, em derredor do ponto
lesado, buscando delimitar-lhe a presença ou jugular-lhe a expansão.
Desarticulado, pois, o trabalho sinérgico das células nesse ou naquele tecido,
aí se interpõem as unidades mórbidas, quais as do câncer, que, nesta doença,
imprimem acelerado ritmo de crescimento a certos agrupamentos celulares, entre
as células sãs do órgão em que se instalem, causando tumorações invasoras e metastáticas,
compreendendo-se, porém, que a mutação, no início, obedeceu a determinada
distonia, originária da mente, cujas vibrações sobre as células desorganizadas
tiveram o efeito das projeções de raios X ou de irradiações ultravioleta, em
aplicações impróprias. Emerge, então, a moléstia por estado secundário em
largos processos de desgaste ou devastação, pela desarmonia a que compele a
usina orgânica, a esgotar-se, debalde, na tarefa ingente da própria
reabilitação no plano carnal, quando o enfermo, sem atitude de renovação moral,
sem humildade e paciência, espírito de serviço e devotamento ao Bem, não
consegue assimilar as correntes benéficas do Amor Divino que circulam,
incessantes, em torno de todas as criaturas, por intermédio de agentes
distintos e inumeráveis, a todos estimulando, para o máximo aproveitamento da
existência na Terra”. O parecer
pertence ao Espírito André Luiz, através do médium Chico Xavier, estando
inserida na obra EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS
(feb, 1958). E ele vai mais longe afirmando que “sob o mesmo princípio de
relatividade, a funcionar, inequívoco, entre doença e doente, temos a incursão
da turberculose e da lepra, da brucelose e da amebíase, da endocardite
bacteriana e da cardiopatia chagásica, e de muitas outras enfermidades, sem nos
determos na discriminação de todos os processos morbosos, cuja relação nos
levaria a longo estudo técnico”. Explica que o traço de união “é
que, geralmente, quase todos eles surgem como fenômenos secundários sobre as
zonas de predisposição enfermiça que formamos em nosso próprio corpo, pelo
desequilíbrio de nossas forças mentais a gerarem ruturas ou soluções de
continuidade nos pontos de interação entre o corpo espiritual e o veículo
físico, pelas quais se insinua o assalto microbiano a que sejamos mais
particularmente inclinados pela natureza de nossas contas cármicas. Consolidado
o ataque, pela brecha de nossa vulnerabilidade, aparecem as moléstias
sintomáticas ou assintomáticas, estabilizando-se ou irradiando-se, conforme as
disposições da própria mente, que trabalha ou não para refazer a defensiva
orgânica em supremo esforço de reajuste, ou que, por automatismo, admite ou
recusa, segundo a posição em que se encontra no princípio de causa e efeito, a
intromissão desse ou daquele fator patogênico, destinado a expungir dela, em
forma de sofrimento, os resíduos do mal, correspondentes ao sofrimento por ela
implantado na vida ou no corpo dos semelhantes”. Haverá formas de reverter o quadro? Segundo o
Benfeitor, “quando o doente adota comportamento favorável a si mesmo, pela simpatia que instila no próximo,
as forças físicas encontram sólido apoio nas radiações de solidariedade e
reconhecimento que absorve de quantos lhe recolhem o auxílio direto ou
indireto, conseguindo circunscrever a disfunção aos neoplasmas benignos, que
ainda respondem à influência organizadora dos tecidos adjacentes”.
Lembra que “o Bem constante gera o Bem constante e, que, mantida a nossa
movimentação infatigável no Bem, todo o mal por nós amontoado se atenua,
gradativamente, desaparecendo ao impacto das vibrações de auxílio, nascidas, a
nosso favor, em todos aqueles aos quais dirijamos a mensagem de entendimento e
amor puro, sem necessidade expressa de recorrermos ao concurso da enfermidade
para eliminar os resquícios da treva que, eventualmente, se nos incorporem,
ainda, ao fundo mental”. Finaliza dizendo que “amparo aos outros cria amparo a
nós próprios, motivo porque os princípios de Jesus, desterrando de nós
animalidade e orgulho, vaidade e cobiça, crueldade e avareza, e exortando-nos à
simplicidade e à humildade, à fraternidade sem limites e ao perdão
incondicional, estabelecem, quando observados, a imunologia perfeita em nossa
vida interior, fortalecendo-nos o poder da mente na auto-defensiva contra todos
os elementos destruidores e degradantes que nos cercam e articulando-nos as
possibilidades imprescindíveis à evolução para Deus".
domingo, 25 de agosto de 2013
Mais Sobre a Escravidão no Brasil e a Lei de Causa e Efeito
Riqueza, inteligência, beleza e autoridade são considerados
pela Espiritualidade como provas capazes de arrastar facilmente o Espírito para
quedas na sua trajetória evolutiva. Na verdade são grandes oportunidades para
medir-se a extensão do orgulho e do egoísmo a ser identificado e trabalhado na
essência de cada um. Considerando a lógica dos mecanismo da LEI DE AÇÃO E
REAÇÃO – Lei do Karma -, reunimos mais alguns
exemplos para sua reflexão. O critério é o mesmo já utilizado em outras
postagens. Caso 1 – EFEITO – Mulher,
acadêmica de Odontologia, sofrendo desde os doze anos, intermitentemente, de
estranha doença manifestada através da irrupção de feridas na parte interna da
boca, abrangendo a faringe, língua, boca, e, por vezes, até dentro do nariz,
causando-lhe grande sofrimento. Externamente, nada, nenhuma chaga, tendo a pele
cetinosa, rosada. Quando a enfermidade ressurgia, as bochechas inchavam, como
se abrigassem duas bolas de pingue-pongue, os lábios afinavam-se como uma linha
a ligar dois polos, entre outras deformações faciais. Inúmeros especialistas,
inclusive dos Estados Unidos, Alemanha e Suíça a acompanharam por meses sem
resultados. CAUSA – Ação praticada
um século antes na casa em que morava em elegante bairro do Rio de Janeiro
contra escrava meninota, presente de seu avô, fazendeiro, senhor de escravos,
após a garota ter comentado com outros serviçais ter avistado a senhorinha ter
trocado furtivamente um beijo com o namorado. Descoberta a autora da revelação,
jurou vingança, levada a efeito dias depois, aproveitando ocasião favorável, em
que após esquentar um ovo numa panelinha de água fervendo, chamou a menina para
perto de si, ordenou-lhe fechasse os olhos, abrisse a boca e, num movimento
rápido, enfiou-lhe com uma colher o ovo
quentíssimo, apertando-lhe o queixo, para mantê-la fechada, provocando o
estouro do ovo, cujo conteúdo foi saindo-lhe pelos cantos da boca, pelo nariz,
escorrendo-lhe pela garganta, em meio aos urros da jovenzinha”. Caso 2 – EFEITO – Homem, meia idade,
acometido por câncer na região gástrica após exames clínicos, inclusive
biópsia, para entender emagrecimento acentuado, diarreias constantes, perda de
sangue pelas fezes. CAUSA – Ação um
século antes quando, em pleno sertão brasileiro, dono de lavra de diamantes,
recebeu a denuncia de que um dos escravos a seu serviço, havia engolido uma
pedrinha. No afã de impor um castigo exemplar ao infrator, mandou parassem o
trabalho, alinhou os escravos chamando o
denunciado, ordenou aos feitores o amarrassem de ventre para cima numa tabua
suspensa entre dois cavaletes e, desembainhando facão que trazia à cintura,
abriu de alto a baixo a barriga do infeliz, revolvendo com as próprias mãos as
vísceras, até encontrar a pedra, que lavou com sorriso triunfante exibindo-a na
ponta dos dedos para que todos a vissem”. Caso
3 – EFEITO - Mulher, 60 anos, paralitica, fisionomia
estampando ares de nobreza, sofrendo a prova do abandono e isolamento num
quarto com uma cama e uma mesa apenas. CAUSA - Desencarnada em 1884, na condição de aia da
Imperatriz Tereza Cristina, esposa de D. Pedro II, castigou exageradamente
muitas escravas, colocando-as em cubículos escuros, por vários meses, com
alimentação de água e pão, reconhecendo a enormidade de seus crimes ao
despertar na Espiritualidade após a morte e, sinceramente arrependida, pedindo
a prova em que está, sentindo-se tão sozinha que lhe vem o desejo de
suicidar-se, momentos que, por Bondade da Espiritualidade, aparecem-lhe os
Espíritos de D. Pedro II e da Imperatriz Tereza Cristina que a confortam e animam,
pois a prova está a findar-se, libertando-a de seus débitos. Caso 4 –EFEITO - Homem, 32 anos, sacerdote, professor de latim e português,
eloquente orador que, certa manhã, em meio à missa que celebrava, abandonou
subitamente o serviço, dirigindo-se agitadíssimo ao quintal de sua residência
e, empunhando uma enxada, pôs-se, mesmo paramentado, a cavar a
terra sofregamente alegando ali existir um tesouro enterrado que precisava
encontrar. Internado por catorze anos em Hospital Psiquiátrico, onde
desencarnaria sem apresentar melhora, cavava com as próprias mãos os pisos,
lajes e até azulejos do quarto em que estava alojado, até que os dedos
sangrassem e se deformassem, só se acalmando quando lhe ofereciam montes de
pedras, nas quais supunha ver tesouros de pedras preciosas. CAUSA - Obsessão mantida por Espírito
descrito pelos videntes como um homem de cor parda carregada, usando pequeno
bigode e chapéu de palha grande, comum nas áreas rurais, roupas pobres,
escuras, transparecendo prazer em mostrar aos médiuns as mãos decepadas, por
ordem do seu senhor – a vítima de agora -, do qual fora escravo e que acusara
de roubo de vultosa quantia do cofre da Fazenda de sua propriedade, ordenando
lhe fossem cortadas as mãos com um machado para que não roubasse mais.
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Seria Cômico, Se Não Fosse Trágico...
-“Nasci na Terra para cumprir determinada tarefa no socorro aos
doentes, sob o signo da solidão individual, para que mais eficiente se tornasse
meu concurso a benefício dos outros, porém, em chegando aos trinta de idade, e
vendo-me pobre e sozinho, apesar dos múltiplos trabalhos de enfermagem que me
angariavam larga soma de afetos, entreguei-me, acovardado, ao desespero e, com
um tiro no coração, aniquilei meu corpo”. Assim começa seu depoimento, o
enfermeiro Luís Alves, ex- profissional de um Hospital de Belo Horizonte
(MG), Espírito que se serviu da mediunidade psicofônica de Chico Xavier, em manifestação gravada na noite de primeiro de
dezembro de 1955. Embora mais coerente na abordagem sobre o suicídio, o
Espiritismo o considera transgressão grave em relação às Leis
a que estamos submetidos na nossa caminhada evolutiva. O desgosto pela vida, se resolveria pela
consagração ao trabalho, orienta a questão 944 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS. As
misérias e decepções da vida se explicam pelo conhecimento das
provas e expiações, acrescentam eles. A vergonha por faltas cometidas, o
suicídio não apaga. Enfim, catorze situações são analisadas por Allan
Kardec, no primeiro capítulo do livro quatro - ESPERANÇAS E CONSOLAÇÕES – do principal livro da Codificação. E Luís
Alves no seu testemunho, confirma tudo isso no seu surpreendente
testemunho. Embora se saiba que cada um, após a morte, terá sua própria forma
despertar além dessa vida, interessante e importante o conhecimento do seu
relato. Após o disparo fatal, lembra ele, “começou a minha odisseia singular, porque
me reconheci muito mais vivo do que antes, continuando ligado à minha carcaça
inerte. Não dispunha de parentes ou de amigos que me solicitassem os despojos.
Entregue a uma escola de Medicina, chumbado ao meu corpo, passei a servir em
demonstrações anatômicas. Completamente anestesiado, ignorava as dores físicas,
não obstante cortado de mil modos; contudo, se tentava afastar-me da múmia que
passara a ser minha sombra, o terrível sofrimentos a expressar-se por
inigualável angústia, me constringia o peito, compelindo-me a voltar. Dezenas
de médicos jovens estudavam em minhas vísceras os problemas operatórios que
lhes inquietavam a mente indecisa, alegando que meus tecidos cadavéricos eram
sempre mais vivos e consistentes, mal sabendo que a minha presença constante
lhes mantinha a coesão. Ninguém na Terra, enquanto no corpo denso, pode
calcular o martírio de um Espírito desencarnado, indefinidamente jungido aos
próprios restos. Minha aflição parecia não ter fim. Chorava, gritava,
reclamava...mas, por respostas da vida, era objeto diário da atenção dos
estudantes de cirurgia, que procuravam em mim o auxílio indireto para a solução
de enigmas profissionais, a favor de numerosos doentes. Ouvia a meu respeito
interessantes observações que variavam do carinho ao sarcasmo e do ridículo à
compaixão. Muitos me fitavam com piedoso olhar, mas muitos outros me sacudiam
de vergonha e de sofrimento, através dos pensamentos e das palavras com que me
feriam e ofendiam a dolorosa nudez. Com o transcurso do tempo, desgastou-se-me a
vestimenta de carne nas atividades de cobaia, mas, ainda assim, professores e
médicos afeiçoaram-se-me ao esqueleto, que diziam original e bem posto, e
prossegui em meu cárcere oculto. Habitualmente assediado por aprendizes e
estudiosos diversos, suportava, além disso, constante visitação de almas
desencarnadas, viciosas e vagabundas, que me atiravam em rosto gargalhadas
estridentes e frases vis. Vinte e seis anos decorreram sobre meu inominável
infortúnio, quando, certo dia, a desfazer-me em pranto, recordei velho amigo –
o nosso Mitter. Bastou isso e ele me apareceu eufórico e juvenil, como nos
tempos da mocidade primeira. Compadecido, ouviu-me a horrenda história e,
aplicando as mãos sobre mim, conseguiu libertar-me dos ossos (...). Respirei
aliviado”. Seguindo, revela ter sido levado ao local onde recebeu os
primeiros socorros espirituais, ponderou que “tão triste quão bizarra, sua
história provoca impressões diversas, desde a agonia ao riso franco, fazendo
dele um sofredor e um truão. Muitas almas aparecem no berço, a fim de lutar. E
muitas se escondem no sepulcro, para aprender”.
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Uma Entrevista Virtual
Mesmo entre os seguidores do Espiritismo, ele é um grande
desconhecido. Um aprofundamento nos conteúdos produzidos pelo Codificador,
revela como seu trabalho é consistente, substancial. Uma amostra disso é o
material utilizado para compor uma entrevista virtual que reproduziremos a
seguir, oferecendo dados extremamente reveladores sobre os mecanismos
reguladores e indutores do processo de evolução dos Espíritos. São apenas 8 perguntas
finalizadas com uma resposta que se constitui num prognóstico dos efeitos
resultantes de um maior conhecimento do Espiritismo pela sociedade. Vamos a
ela. 1- Como entender tanta dor no mundo? Allan Kardec - “A responsabilidade
das faltas individuais ou coletivas, as da vida privada e da vida pública, dá a
razão de certos fatos ainda pouco compreendidos, e mostra, de maneira mais
precisa, a solidariedade que liga os seres uns aos outros, e as gerações entre
si”. 2- Os Espíritos reencarnam onde querem ? Allan Kardec - “Frequentemente,
renascem na mesma família, ou pelo menos os membros de uma mesma família
renascem juntos para nela constituírem uma nova, numa outra posição social, a
fim de estreitarem laços de afeição, ou repararem erros recíprocos. Pelas
considerações de uma ordem mais geral, frequentemente, se renasce no mesmo
meio, na mesma nação, na mesma raça, seja por simpatia, seja para continuar,
com os elementos já elaborados, os estudos feitos, se aperfeiçoar, prosseguir
trabalhos começados, que a brevidade da vida, ou as circunstancias, não
permitiram terminar. Essa reencarnação no mesmo meio é a causa do caráter
distintivo entre povos e raças; tudo melhorando,(...) até que o progresso os
haja transformado completamente”. 3- O que leva a criatura humana a tantos
comprometimentos ante as Leis de Deus? Allan Kardec- “Não se pode duvidar
de que haja famílias, cidades, nações, raças culpadas, porque, dominadas pelos
instintos do orgulho, do egoísmo, da ambição, da cupidez, caminham em má senda
e fazem coletivamente o que um indivíduo faz isoladamente; uma família se
enriquece às expensas de outra família; um povo subjuga outro povo, e leva-lhe
a desolação e a ruína; uma raça quer aniquilar outra raça. Eis porque há famílias,
povos e raças sobre os quais cai a pena de talião”. 4 – A criatura
consegue fugir de si mesma, ou seja, das transgressões às Leis de Deus? Allan
Kardec - “Quem matou pela espada perecerá pela espada”, disse o Cristo.
Estas palavras podem ser traduzidas assim: Aquele que derramou sangue verá seu
sangue derramado; aquele que passeou a tocha do incêndio em casa de outrem,
verá a tocha do incêndio passear em sua casa; aquele que despojou, seja
despojado; aquele que subjugou e maltratou o fraco, será fraco, subjugado e
maltratado, por sua vez, quer seja um indivíduo, um nação ou uma raça, porque
os membros de uma individualidade coletiva são associados do Bem como do mal
que se faz em comum”. 5- Como definir Humanidade? Allan Kardec - “A
Humanidade se compõem de personalidades que constituem as existências
individuais, e de gerações que constituem as existências coletivas. Ambas
caminham para o progresso, por fases variadas de provas que são, assim,
individuais para as pessoas e coletivas para as gerações. Do mesmo modo que,
para o encarnado, cada existência é um passo à frente, cada geração marca uma
etapa de progresso para o conjunto; é esse progresso do conjunto que é
irresistível, e arrasta as massas, ao mesmo tempo que modifica e transforma em
instrumento de regeneração os erros e preconceitos de um passado chamado a
desaparecer. Ora, como as gerações são compostas de indivíduos que já viveram
nas gerações precedentes, o progresso das gerações é, assim, resultante do
progresso dos indivíduos”. 6- Como considerar essas associações entre
efeito/ causa ? Allan Kardec- A experiência e a observação dos fatos da
vida diária fornecem provas físicas e de uma demonstração quase matemática. 7-
Não é possível obter provas mais concretas? Allan Kardec - É
absolutamente necessário ver uma coisa para nela crer? Vendo os efeitos, não se
pode ter a certeza material da causa? Fora da experimentação, o único caminho
legítimo que se abre, a essa procura, consiste em remontar do efeito à causa. A
justiça nos oferece um exemplo muito notável desse princípio, quando se aplica
em descobrir os indícios dos meios que serviram para a consumação de um crime,
as intenções que contribuem para a culpabilidade do malfeitor. 8
– É possível acreditar-se numa mudança na mentalidade dominante sobre o
significado da existência humana? Allan Kardec - “Quando todos os homens
compreenderem o Espiritismo, compreenderão a verdadeira solidariedade e, em
consequência, a verdadeira fraternidade. A solidariedade e a fraternidade não
serão mais deveres circunstanciais que cada um prega, muito frequentemente,
mais em seu próprio interesse do que no de outrem. O Reino da solidariedade e
da fraternidade será, forçosamente, o da justiça para todos, e o reino da
justiça será o da paz e da harmonia entre os indivíduos, as famílias, os povos
e as raças. Ali se chegará? Duvidar disso seria negar o progresso.
Comparando-se a sociedade atual, entre as nações civilizadas, ao que era na Idade
Média, certamente , a diferença é grande; se, pois, os homens caminharam até
aqui, por que se deteriam?”
sábado, 17 de agosto de 2013
O Espírito Gastrônomo
-“Gosto da boa mesa
e das mulheres; viva o melão e a lagosta, o café e o licor!”, falou numa reunião espírita particular, um
Espírito, sob o nome de Baltazar, por meio de batidas. Manifestação espontânea, sem ter sido evocado. Entendendo que “tais disposições de um habitante do outro
mundo poderia dar lugar a um estudo sério, do qual poder-se-ia tirar um
ensinamento instrutivo sobre as faculdades e sensações do Espíritos”,
Allan Kardec resolveu evocá-lo na reunião da Sociedade Espírita de Paris, na reunião de 19 de outubro de 1860,
conforme explica em matéria inserida no número da REVISTA ESPÍRITA, de novembro daquele ano. Buscava ainda
obter mais informações sobre a fisiologia do corpo espiritual ou períspirito.
Nas catorze perguntas a ele dirigidas, Baltazar ofereceu vários elementos para
nossas reflexões. Um deles que estava “desencarnado
há 30 anos, tendo morrido aos 80 de idade, sido advogado, neto e filho de
gastrônomos – seus pais
eram financistas que na antiga monarquia contratavam a cobrança de impostos -, e,
lamentando estar diante de uma grande
mesa vazia de alimentos. Indagado como se serviria se estivesse carregada, respondeu que “sentiria seu aroma, como outrora lhes saboreava o gosto”. Comentando a colocação, Kardec diz: -“Sabemos que os Espíritos tem nossas
sensações e percebem os odores tão bem quanto os sons. Não podendo comer, um
Espírito material e sensual se repasta da emanação dos alimentos; saboreia-os
pelo olfato, como em vida o fazia pelo paladar. Há, pois, algo de material em
seu prazer; mas como, na verdade, há mais desejo do que realidade, este mesmo
prazer, aguilhoando os desejos, torna-se um suplício para os Espíritos
inferiores, que ainda conservaram as paixões humanas”. Sobre se seu
corpo fluídico possuía um estômago, disse: “-um estomago
fluídico também, onde só os aromas podem passar”. Questionado se vendo comidas gostosas
sentia vontade de comer, usou interessante analogia para se explicar: -“Para mim, esses alimentos são o que são as flores para vós: cheirais,
mas não comeis. Isso vos contenta. Então, também me satisfaço”. Se, sentia prazer vendo os outros comerem,
disse que “muito, quando estou perto”. Se, experimentava necessidade de comer e beber, esclareceu que “necessidade,
não; mas desejo, sim, sempre”. Solicitado a explicar se o desejo ficava plenamente satisfeito pelo
cheiro aspirado, se era a coisa se realmente comesse, contra argumentou: -“É como se eu vos perguntasse se a vista de um objeto que desejais
ardentemente vos substitui a posse desse objeto”. Se o desejo que experimentava era um
suplício por não haver prazer real, falou que “um suplício
maior do que pensais. Mas, procuro atordoar-me, criando-me uma ilusão”. Ampliando a abordagem, Kardec lhe pergunta
se dormia algumas vezes, apurando que não, ocupando-se por “rodar um pouco por toda parte, percorrendo feiras e mercados, vendo
chegar a pesca, com isto se ocupando”. Se via Espíritos mais felizes que ele, disse que sim, alguns cuja felicidade consiste em louvar a Deus, o que não
conhece pois seus pensamento roçam pela terra, finalizando a entrevista respondendo desconhecer as
causas que os tornam mais felizes que ele, não as apreciando, como aquele que
não sabe o que é um prato preferido e não o aprecia”. Ao se despedir, concluiu que talvez chegue a isso e, que iria procurar
um jantarzinho muito delicioso e suculento”. Analisando a manifestação, Kardec diz que
Baltazar “faz parte dessa classe
numerosa de seres invisíveis que não se
elevaram em nada acima da condição da Humanidade. Só tem de menos o
corpo material, mas suas ideias são exatamente as mesmas. Não é um mau
Espírito, não tem contra si senão a sensualidade, que, ao mesmo tempo, é para
ele um suplício e um prazer; como Espírito, não é muito infeliz; é até feliz ao
seu modo. Mas, Deus sabe o que o espera em nova existência! Uma triste volta,
poderá fazê-lo bem refletir e desenvolver o senso moral, ainda abafado pela
preponderância dos sentidos”.
Um século depois, o Espírito André Luiz, através de Chico Xavier, discorrendo
sobre a alimentação escreveu que “desde a experiência carnal o homem se alimenta
muito mais pela respiração, colhendo o alimento de volume simplesmente como
recurso complementar de fornecimento plástico e energético”, alertando: -“Se
o psicossoma está profundamente arraigado às sensações terrestres,
sobrevém ao Espírito a necessidade inquietante de prosseguir atrelado ao mundo
biológico que lhe é familiar, e, quando não a supera ao preço do próprio
esforço, no auto-reajustamento, provoca os fenômenos da simbiose psíquica,
que o levam a conviver, temporariamente, no halo vital daqueles
encarnados com os quais se afine, quando não promove a obsessão espetacular”.
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Sistema Integrado
“Sendo o homem um composto de três princípios essenciais – o Espírito, o períspirito e o corpo – a saúde ou a doença são resultado da harmonia perfeita ou desacordo parcial entre eles”, escreveu o Espírito chamado Mobel Lavalée em mensagem publicada por Allan Kardec na REVISTA ESPÍRITA de março de 1868. Embora reconhecendo que “a maioria das moléstias, como todas as misérias humanas, são expiação do presente ou do passado, ou provações para o futuro; são dívidas contraídas, cujas consequências devem ser sofridas, até que tenham sido resgatadas, não podendo ser curado aquele que deve suportar sua provação até o fim, sendo este princípio um motivo de resignação para o doente”, alerta ainda que “ignora-se a ação de um fluído impalpável, tendo a vontade como propulsor”. Na mesma matéria, Kardec, expõe existirem doenças oriundas em: 1- desarmonias fixadas no Espírito em outras vidas; 2- outras do Perispirito abalado por transtornos emocionais ou físicos na existência em curso; 3- outras do corpo físico abalado por excessos na alimentação muitas vezes inadequada ou falta de higiene e 4- outras por contaminação fluídica. Através do Espírito André Luiz, no século 20, na reveladora série de livros psicografados por Chico Xavier e iniciada com NOSSO LAR, sorvemos elementos para começar a entender como se inicia qualquer processo de enfermidade na integração Espírito-Matéria. Na obra ENTRE A TERRA E O CÉU (1954, feb), o Instrutor Aniceto centra no perispirito suas explicações, dizendo: -“Nosso corpo de matéria rarefeita - perispirito - está intimamente regido por sete centros de força que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem, para nosso uso, um veículo de células elétricas, que podemos definir como sendo um campo eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado”. Acrescenta que “tal seja a viciação do pensamento, tal será a desarmonia do centro de força, que reage em nosso corpo a essa ou àquela classe de influxos mentais (...). Analisando a fisiologia do períspirito, classifiquemos seus centros de força, aproveitando a lembrança das regiões mais importantes do corpo terrestre”. Resumindo suas explicações, temos: 1- Centro Coronário - o mais significativo em razão do seu potencial de radiações, de vez que nele assenta a ligação com a mente, fulgurante sede da consciência, o qual recebe em primeiro lugar os estímulos do Espírito; comandando os demais, vibrando, todavia, com eles em justo regime de interdependência; dele emanando as energias de sustentação do sistema nervoso e suas subdivisões, sendo o responsável pela alimentação das células do pensamento e provedor de todos os recursos eletromagnéticos indispensáveis à estabilidade orgânica, sendo grande assimilador das energias solares e dos raios da Espiritualidade Superior capazes de favorecer a sublimação da alma; 2 - Centro Cerebral – ordena as percepções de variada espécie, percepções e as que, na vestimenta carnal, constituem a visão, a audição, o tato e a vasta rede de processos da inteligência que dizem respeito à Palavra, à Cultura, à Arte, ao Saber; nele residindo o comando do núcleo endócrino, referente aos poderes psíquicos; 3 – Centro Laríngio – preside aos fenômenos vocais, inclusive às atividades do timo, da tiroide e das paratiróides; 4 – Centro Cardíaco – sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio geral; 5 – Centro Esplênico – no corpo denso situado no baço, regulando a distribuição e a circulação adequada dos recursos vitais em todos os escaninhos do veículo de que nos servimos; 6 – Centro Gástrico – responsável pela penetração de alimentos e fluidos em nossa organização; 7 – Centro Genésico – em que se localiza o santuário do sexo, templo modelador de formas e estímulos. Realçando a importância do períspirito – corpo espiritual -, enfatiza que “quando nossa mente, por atos contrários à Lei Divina, prejudica a harmonia de qualquer um desses fulcros de força de nossa alma, naturalmente se escraviza aos efeitos da ação desequilibrante, obrigando-se ao trabalho de reajuste”. Evoluindo em seus raciocínios, conclui-se que, encarnação após encarnação, vamos transferindo essas desarmonias aos equipamentos fisiológicos a serem gerados e usufruídos, que, deficitários, retratarão a região lesionada, defrontando-nos com lutas condizentes ao fator gerador, as quais nos ensinarão a valorizar o corpo físico outrora mal utilizado.
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Libertação
Nas suas andanças de “catadora
de lixo” pelo bairro de Campos Elísios,
na capital de São Paulo, uma rua a atrai particularmente. Tem a impressão de já
ter vivido ali, ligada àquele nome. Filha de negros do interior de Minas
Gerais, pai desconhecido, vive num barraco de dois cômodos, madeira semi apodrecida,
pedaços de zinco de latas enferrujadas como todos os outros da favela do
Canindé, no número 9, da Rua A. Tem nojo de sua própria pele e ânsias de morar
num certo casarão de bairro elegante onde todas as noites, cumpre seu ritual de
coleta de papeis e pedaços de ferro velho com que procura reunir alguns
trocados para matar a própria fome e dos três filhos: uma menina e dois
meninos. Um dia, no meio da papelada velha que ensaca, acha uma caderneta
parcialmente usada e resolve escrever um diário com o pouco que aprendera no
Grupo Escolar que frequentou até o antigo segundo ano primário. Nos relatos que
vai anotando, fala do que entende: miséria, fome, degradação do favelado, do
que sucede dentro e fora dos barracos nas vinte e quatro horas dos moradores de
uma favela nos anos 60. O “aparente
acaso”, aproximou dela e dos trinta e cinco cadernos com seus escritos, um repórter
designado para uma matéria sobre ocorrência na favela do Canindé. Daí nasce o
livro QUARTO DE DESPEJO que se
transforma num best-seller considerado
por um cronista da época “um livro comovente, interessante, pelo que nele há de
experiência autêntica, de realismo dramático, de vivência humana, quase
apaixonante; um documentário, não uma obra de arte”. Assim, Carolina Maria de Jesus com o apurado
com direitos autorais, mudou-se para uma casa de tijolos. Por pouco tempo,
pois, incapaz de gerir seus ganhos, enganada por espertalhões, perde tudo, indo
morar sob a ponte da Casa Verde - pelo asco de voltar à favela – sob a qual
desencarna. Esta passagem por nossa Dimensão, contudo, levou-a e reabilitar-se
perante a própria consciência onde se acha inscrita a Lei de Deus.
Especialmente os registros guardados na memoria desde um século antes, em que
residindo num dos elegantes palacetes do bairro dos Campos Elísios, filha de um
Barão da época, viveu cercada de facilidades, tendo estudado em Paris, herdeira
rica e mimadíssima, desfrutando de temporadas no Rio de Janeiro, na Corte, onde
recebia tratamento de princesa. Sua postura, no entanto, especialmente em
relação aos escravos, revelavam como sua condição a afetava, como um fato
ocorrido na noite em que no salão do palacete em que morava, era alvo das
homenagens da alta sociedade paulistana pelos 21 anos que completava. Quando
surgiu no salão em que se reuniam os convidados, provocando a admiração de
todos, um dos escravos que, em traje de gala, passavam com bandejas de prata servindo licores finos
em cálices de cristal, deixou cair um deles, respingando a
barra do vestido de uma dama. Após ter sido alvo de olhar feroz da Baronesinha,
foi chamado a aposento para o qual ela se retirara e cruelmente castigado com
raivosas chicotadas no rosto, após o que ela retornou sorrindo ao salão. Pouco
antes de servir o jantar, indo à cozinha conferir se tudo ia bem, depara-se com
o negro no meio da criadagem e, enfurecida, manda trancarem-no na cafua, considerada o terror dos cativos,
pois, ali ficavam dias, sem pão e sem água, até que alguém se lembrasse de
soltá-lo, muitas vezes, quase moribundos. Anos depois, adentrando o Plano
Espiritual pela imposição da morte, foi apanhada em rede preta e viscosa, como
uma teia de aranha e levada por ex-escravos que não a perdoaram, para furna
escura nas regiões inferiores da Espiritualidade, onde após muito tempo de torturas
como as impostas aos cativos, foi retirada para a encarnação no século seguinte,
nas condições já resumidas”. Casos como este, foram criteriosamente
reunidos no livro VIDAS DE OUTRORA
(1985, pensamento), por um dos dedicados servidores da causa do Espiritismo no
século 20: Eliseu Rigonatti. Sua
existência e obras que influenciaram tantas mentes e corações merecem ser
conhecidas pelos que procuram a VERDADE,
o caminho apontado pelo Mestre dos Mestres, Jesus, como o da libertação.
domingo, 11 de agosto de 2013
Inveja
Na sociedade do “cada um com seus problemas’, do
desenfreado consumismo, da generalizada insatisfação existencial, o sentimento
de inveja
em relação ao que significa o próximo, suas conquistas e realizações está mais
presente do que se imagina no pensamento das pessoas. Dissimulada ou
ostensivamente. Nas atividades inspiradas no Espiritismo não poderia ser
diferente. Afinal, representam para os que nelas trabalham, oportunidade nem
sempre devidamente avaliada. Entre médiuns, pelo
papel por eles representado no contexto, infelizmente, esse tipo de perturbação também é notada.
Inclusive entre os mais expressivos, os quais, pela liderança que exercem,
deveriam ser mais vigilantes. O problema foi comentado por Allan Kardec no
numero de abril de 1861 da REVISTA
ESPÍRITA, a partir de uma mensagem
recebida de um correspondente da
publicação, tratando justamente DA
INVEJA NOS MÉDIUNS. Seu autor um Espírito de nome Luos que, entre outras
coisas pondera: -“Sede humildes de coração, vós a quem Deus aquinhoou com seus dons
espirituais. Não atribuais nenhum mérito a vós próprios, assim como não se o
atribui à obra, aos utensílios, mas ao operário. Lembrai-vos bem que não
passais de instrumentos de que Deus se serve para manifestar ao mundo o seu
Espírito Onipotente, e que não tendes qualquer motivo para vos glorificardes de
vós mesmos. Há tantos médiuns que se tornam vãos, em vez de humildes, à medida
que seus dons se desenvolvem! Isto é um atraso no progresso, pois em vez de ser
humilde e passivo, muitas vez o médium repele, por vaidade e orgulho, comunicações
importantes, que vem à luz por outros mais merecedores. Deus não olha a posição
material de uma pessoa para lhe conferir o espírita de santidade; bem ao
contrário, porque vezes exalça os humildes entre os humildes, para os dotar com
as mais maiores faculdades, a fim de que o mundo veja bem que não é o homem,
mas o Espírito de Deus pelo homem que faz milagres. Como disse, o médium é o
simples instrumento do grande Criador de todas as coisas, e a este é que se
deve render glória, é a ele que se deve agradecer por sua inesgotável bondade.
Também queria dizer uma palavra sobre a inveja e o ciúme que muitas vezes
reinam entre os médiuns e que, como erva daninha, é necessário arrancar, desde
que começa a aparecer, temendo que abafe os bens germes vizinhos. No médium a
inveja é tão temível quanto o orgulho: prova a mesma necessidade de humildade.
Direi mesmo que denota falta de sendo comum. Não é vos mostrando invejosos dos
dons do vosso vizinho que recebereis dons semelhantes, porque, se Deus dá muito
a uns e pouco a outros, tende certeza de que, assim agindo, há um motivo bem
fundado. A inveja azeda o coração; até abafa os melhores sentimentos, é pois,
um inimigo para prevenção todo cuidado é
pouco, pois não dá trégua uma vez que se apoderou de nós. Isto se aplica a todos
os casos da vida terrena. Mas eu quis falar sobretudo da inveja entre os
médiuns, tão ridícula quanto desprezível e infundada, e que prova quanto é
fraco o homem, desde que se torne escravo de suas paixões”. Analisando
a mensagem, Kardec diz: -“Depende, evidentemente, da natureza moral da
criatura. Um médium tem inveja de outro médium porque está na sua natureza ser
invejoso. Esta falha, consequente do orgulho e do egoísmo, é essencialmente
prejudicial à qualidade das comunicações (...). O médium não passa de
intermediário: recebe tudo de Espíritos estranhos (...). Os Espíritos
simpatizam com ele em razão de suas qualidades ou de seus defeitos. A
experiência nos ensina que a faculdade mediúnica, como faculdade, independe das
qualidades morais; pode assim (...) existir no mais alto grau no mais perverso
indivíduo. É completamente diverso em relação às simpatias dos bons Espíritos,
que se comunicam naturalmente, tanto mais à vontade, quanto mais o intermediário
encarregado de transmitir o seu pensamento for puro, mais sincero e mais se
afaste da natureza dos maus Espíritos. A este respeito fazem o que nós mesmos
fazemos quando tomamos alguém para confidente. Especialmente no que concerne à
inveja”.
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Ampliando Horizontes Mentais
Dor de cabeça, desarranjo intestinal são exemplos de dor
física. Frustração, perdas, de dor moral. Encarada como sofrimento pela nossa
cultura materialista, a dor, do
ponto de vista dos estudiosos da LEI DE
CAUSA E EFEITO, tem significação diferente. O Instrutor Druso - dirigente
da Mansão
da Paz, escola de reajuste ligada à Colônia Nosso Lar e situada nas regiões inferiores do Plano Espiritual -, por
exemplo, à época em que o Espírito André Luiz transmitiu através do médium
Chico Xavier a obra AÇÃO E REAÇÃO
(1957,feb), diz que a “dor é ingrediente dos mais importantes na
economia da vida física”. Segundo ele, “o ferro sob o malho, a semente
na cova, o animal em sacrifício, tanto quanto a criança chorando, irresponsável
ou semiconsciente, para desenvolver os próprios órgãos, sofre a DOR-EVOLUÇÃO,
que atua de fora para dentro, aprimorando o Ser, sem a qual não existiria
progresso”. Acrescenta, porém, existir “a DOR-EXPIAÇÃO, que vem de dentro
para fora, marcando a criatura no caminho dos séculos, detendo-a em complicados
labirintos de aflição, para regenerá-la, perante a Justiça Divina” e,
ainda, “a DOR-AUXÍLIO providenciada pela intercessão de amigos espirituais
devotados à nossa felicidade e vitória”. Esta forma, naturalmente é
medida programada no planejamento existencial a ser cumprido pelo Ser em
reencarnação prevista em processo a se viabilizar na Dimensão em que nos encontramos
presente e momentaneamente. Explica Druso que, “nesse sentido, recebemos
a bênção de prolongadas e dolorosas enfermidades no envoltório físico, seja
para evitar-nos a queda no abismo da criminalidade, seja, mais frequentemente,
para o serviço preparatório da desencarnação, afim de que não sejamos colhidos
por surpresas arrasadoras, na transição da morte. O enfarte, a trombose, a
hemiplegia, o câncer penosamente suportado, a senilidade prematura e outras
calamidades da vida orgânica constituem, por vezes, dores-auxílio, para que a
alma se recupere de certos enganos em que haja incorrido na existência do corpo
denso, habilitando-se, através de longas reflexões e benéficas disciplinas,
para o ingresso respeitável na Vida Espiritual”. O Orientador Espiritual
Emmanuel, na interessante mensagem Doenças Escolhidas, no livro RELIGIÃO DOS ESPÍRITOS (1960, feb),
comenta que “a prática do Bem é o único antídoto eficiente contra o império do mal
em nós próprios. Entretanto, rendemo-nos, habitualmente, às sugestões do mal,
criando em nós não apenas condições favoráveis à instalação de determinadas
moléstias no cosmo orgânico, mas também ligações fluídicas aptas a funcionarem
como pontos de apoio para as influências perniciosas interessadas em
vampirizar-nos a vida”. Para entendermos melhor essa mecânica,
prossegue afirmando que “seja na ingestão do alimento inadequado,
por extravagâncias à mesa, seja no uso de entorpecentes, no alcoolismo mesmo
brando, no aborto criminoso e nos abusos sexuais, estabelecemos em nosso
prejuízo as síndromes abdominais de caráter urgente, as úlceras
gastrintestinais, as afecções hepáticas, as dispepsias crônicas, as
pancreatites, as desordens renais, as irritações no cólon, os desastres
circulatórios, as moléstias neoplásicas, a neurastenia, o traumatismo do
cérebro, as enfermidades degenerativas do sistema nervoso, além
de todo um cortejo de sintomas outros”. Alerta ainda que “na
crítica inveterada, na inconformação, na inveja, no ciúme, no despeito, na
desesperação e na avareza, engendramos variados tipos de crueldade silenciosa
com que, viciando o próprio pensamento, atraímos o pensamento viciado das
Inteligências menos felizes, encarnadas ou desencarnadas, que nos rodeiam”. Enfatiza
que “exteriorizando
ideias conturbadas, assimilamos as ideias conturbadas que se agitam em tono de
nosso passo, elementos esses que se nos ajustam ao desequilíbrio emotivo,
agravando-nos as potencialidades alérgicas ou pesando nas estruturas nervosas
que conduzem a dor. Mantidas tais conexões, surgem frequentemente os processos
obsessivos que, muitas vezes, sem afetarem a razão, nos mantém no domínio de
enfermidades – fantasmas que nos esterilizam as forças e, pouco a pouco, nos
corroem a existência”.
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Excelente Material Para Reflexão
Sobre ele poucos além dos contemporâneos e conterrâneos
ouviram falar. Foi, entretanto, operoso pioneiro do Espiritismo na primeira
metade do século 20, particularmente em Belo Horizonte (MG), onde ajudou a
fundar o Centro Espírita Tiago Menor e a Sociedade de Amparo à Pobreza.
Desencarnado em 1953, ressurge através do médium Chico Xavier, ao final da reunião
da quinta-feira, 7 de outubro de 1954, no Centro Espírita Luiz Gonzaga, em
Pedro Leopoldo (MG), demonstrando apesar do pouco tempo transcorrido desde sua
morte que se adaptara bem e rapidamente à nova condição existencial. A partir
de então, transmitiria mais quatro mensagens repassando importantes e
reveladoras informações. Na primeira – Um Irmão de Regresso-, por exemplo,
confessa que “enquanto encarnado sempre desejou que algum desencarnado trouxesse
notícias do Plano Espiritual tão precisas e claras quanto possível, a começar
do ambiente das reuniões que ele presidia ou das quais partilhava”. Afirmando
estar acolhido “em cidade espiritual localizada nas regiões superiores da Terra ou,
mais precisamente, nas regiões inferiores do Céu (...), edificada em solo
etéreo, em esfera mais elevada, com suas propriedades químicas especiais e
obedecendo a leis de plasticidade e densidade características, onde se erguem
organizações mais nobres para a sublimação do Espírito e onde a natureza estua
em manifestações mais amplas de sabedoria e grandeza, que tornamos ao convívio
de nossos irmãos encarnados para a continuação da tarefa que abraçamos no mundo”.
Ampliando nosso entendimento, explica em outro trecho que “acima da Crosta terrestre comum,
temos uma cinta atmosférica que classificamos por ‘cinta densa’, com a
profundidade aproximada de 50 quilometros, e, além dela, possuímos a ‘cinta
leve’, com a profundidade aproximada de 950 quilometros, somando 1000
quilometros acima da esfera em que respiramos. Nesse grande mundo aéreo,
encontramos múltiplos exemplares de almas desencarnadas, junto de variadas
espécies de criaturas sub-humanas, em desenvolvimento mental no rumo da
Humanidade. Milhões de Espírito - prossegue ele - alimentam-se da atmosfera
terrestre, demorando-se, por vezes, muito tempo, na contemplação íntima de suas
próprias visões e criações, nas quais habitualmente se imobilizam, à maneira da
alga marinha que nutre a si mesma, absorvendo os princípios do mar”. Comenta
que “para
o espírita a surpresa da desencarnação pode ser muito grande, porque além-túmulo
continuamos nas criações mentais que nos inspiravam a existência do mundo”.
No mesmo texto, procura dar uma ideia dos bastidores das reuniões orientadas
pelo devotamento ao Bem, particularmente sob a inspiração do Espiritismo. Descreve
a ação de “vasto corpo de cooperadores em que se integram médicos e religiosos,
inclusive sacerdotes católicos, ministros evangélicos e médiuns espíritas já
desencarnados, além de magnetizadores, enfermeiros, guardas e padioleiros, em
diversificadas tarefas de natureza permanente”. Em síntese, “um
expressivo posto de auxílio, erigido à feição de pronto-socorro”
Acrescenta existirem na garantia da segurança de uma única reunião, ‘três faixas
magnéticas protetoras’. A primeira, guardando a assembleia constituída
e aqueles desencarnados que se lhes conjugam à tarefas programadas nos dias de
reunião. A segunda faixa encerra um círculo maior, no qual se aglomeram
algumas dezenas de desencarnados, ainda em posição de necessidade, à cata de
socorro e esclarecimento. A terceira, mais vasta, circunda o edifício,
com a vigilância de sentinelas eficientes, porque, além dela, temos uma turba
compacta – a turba dos irmãos que ainda não podem partilhar, de maneira mais
íntima, o nosso esforço no aprendizado evangélico”. Frisa que “essa multidão assemelha-se à que
se vê, frequentemente, diante dos templos católicos, espíritas ou protestantes
com incapacidade provisória de participação no culto da fé”. Ressalta
ainda, existir no local grande rede eletrônica de contenção,
destinada ao amparo e controle dos desencarnados rebeldes e recalcitrantes,
visto ser grande o número daqueles que não encontram depois da morte, senão as
suas próprias perturbações”. Na mensagem que pode ser lida na obra INSTRUÇÕES PSICOFÕNICAS (feb, 1955),
Efigênio salienta que “a morte é simplesmente um passo além da
experiência física, simplesmente um passo” e que “o Espiritismo é uma concessão
nova do Senhor à nossa evolução multimilenária”.
domingo, 4 de agosto de 2013
Sugestão Importante e Válida
A lógica utilizada por Allan Kardec para a elaboração das
obras básicas do Espiritismo ressalta de sua afirmação na matéria que abre o
número de dezembro de 1864 da REVISTA
ESPÍRITA quando diz que “o pensamento é o atributo característico do
Ser espiritual; é ele que distingue o Espírito da matéria; sem o pensamento o
Espírito não seria Espírito”. Descartes, filósofo e matemático do
século 17, estava certo em sua afirmação “penso, logo existo”. Na própria
contribuição de Kardec, encontramos um conteúdo extraordinário a ser refletido até por ser aplicável na conturbada
realidade em que vivemos neste momento da História da Humanidade. Reunimos alguns, “garimpados” no
substancial acervo representado pela publicação fundada e dirigida pelo grande
pesquisador .1- Somos a
individualização do Fluido Cósmico Universal (..). Cada um de nós tem, pois, fluido
característico, que nos envolve e acompanha em todos os movimentos, sendo muito
variável, a extensão de nossas atmosferas individuais. 2- As diferentes
atmosferas individuais se entrecruzam e misturam sem jamais se confundirem,
exatamente como as ondas sonoras que se conservam distintas apesar da imensidade
de sons que simultaneamente abalam o ar. 3 - O períspirito é impregnado do pensamento
do Espírito, irradiando tais qualidades em torno do corpo, formando uma espécie
de vapor (aura) que dele se desprende. 4- Cada um de nós carrega consigo uma
atmosfera fluídica, como o caracol a sua concha, fluido que deixa vestígios à
sua passagem. 5- Os
mais secretos “pensamentos/sentimentos” repercutem no envoltório fluídico. 6- Pensamento é uma
emissão que ocasiona perda real de fluido espiritual. Por consequência,
fluidos materiais. Desse modo, o homem precisa retemperar-se com os eflúvios que
recebe do exterior 7- O homem sente instintivamente tal perda. Procura reuniões
homogeneizadas e simpáticas. Nelas recupera as perdas fluídicas que sofre
constantemente pela irradiação do pensamento, como recupera pelos alimentos
perdas do corpo material. 8- Sendo o períspirito
dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os assimila
com facilidade, como uma esponja se embebeda de um líquido. 9 – O fluido vital
se transmite de um indivíduo para outro.10- Os órgãos do corpo estão, por assim
dizer, impregnados de fluido vital, o qual dá a todas as partes do organismo
uma atividade que as une em certas lesões e restabelece as funções
momentaneamente suspensas. 11- A vontade dilata esse fluido como o calor dilata os gases.12- A quantidade de
fluido vital se esgota. 13- Os meios onde superabundam os maus Espíritos, são
impregnados de maus fluidos que o encarnado absorve pelos poros perispiriticos,
como absorve pelos poros do corpo doenças contagiosas graves. 14- Pensamentos
colhidos na fonte das más paixões,- ódios, inveja, ciúme, orgulho, egoísmo,
animosidade, cupidez, falsidade, hipocrisia, malevolência, etc -, espalham em
tono de si eflúvios fluídicos malsãos que reagem sobre os que o cercam.
Pela amostra, vemos que não apenas Kardec cercou o tema fluidos/pensamento/ equilíbrio
de uma série de observações capazes de nos levar a pensar de forma objetiva
sobre a questão. Sobre a reposição dessa energia desperdiçada pela nossa falta
de maiores informações, lembramos de apontamento de Aniceto a André Luiz na
obra ENTRE A TERRA E O CÉU (FCX, feb),
onde diz: -“O Oceano é miraculoso reservatório de forças (...). Qual acontece na
montanha arborizada, a atmosfera marinha permanece impregnada por infinitos
recursos de vitalidade. O oxigênio sem mácula, casado às emanações do planeta,
converte-se em precioso alimento de nossa organização espiritual,
principalmente quando ainda nos achamos direta ou indiretamente associados aos
fluidos da matéria densa”. E o médium
Chico Xavier, em comentário com amigos, revelou: -“A cada seis meses saio para
descansar um pouco, cerca de um dia e meio ou dois. Eu consigo este descanso de
uma forma muito interessante. É quando tenho a oportunidade de abraçar as
árvores.(...). Elas me auxiliam bastante no refazimento das forças de que tanto
preciso para o trabalho”.
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