Dor de cabeça, desarranjo intestinal são exemplos de dor
física. Frustração, perdas, de dor moral. Encarada como sofrimento pela nossa
cultura materialista, a dor, do
ponto de vista dos estudiosos da LEI DE
CAUSA E EFEITO, tem significação diferente. O Instrutor Druso - dirigente
da Mansão
da Paz, escola de reajuste ligada à Colônia Nosso Lar e situada nas regiões inferiores do Plano Espiritual -, por
exemplo, à época em que o Espírito André Luiz transmitiu através do médium
Chico Xavier a obra AÇÃO E REAÇÃO
(1957,feb), diz que a “dor é ingrediente dos mais importantes na
economia da vida física”. Segundo ele, “o ferro sob o malho, a semente
na cova, o animal em sacrifício, tanto quanto a criança chorando, irresponsável
ou semiconsciente, para desenvolver os próprios órgãos, sofre a DOR-EVOLUÇÃO,
que atua de fora para dentro, aprimorando o Ser, sem a qual não existiria
progresso”. Acrescenta, porém, existir “a DOR-EXPIAÇÃO, que vem de dentro
para fora, marcando a criatura no caminho dos séculos, detendo-a em complicados
labirintos de aflição, para regenerá-la, perante a Justiça Divina” e,
ainda, “a DOR-AUXÍLIO providenciada pela intercessão de amigos espirituais
devotados à nossa felicidade e vitória”. Esta forma, naturalmente é
medida programada no planejamento existencial a ser cumprido pelo Ser em
reencarnação prevista em processo a se viabilizar na Dimensão em que nos encontramos
presente e momentaneamente. Explica Druso que, “nesse sentido, recebemos
a bênção de prolongadas e dolorosas enfermidades no envoltório físico, seja
para evitar-nos a queda no abismo da criminalidade, seja, mais frequentemente,
para o serviço preparatório da desencarnação, afim de que não sejamos colhidos
por surpresas arrasadoras, na transição da morte. O enfarte, a trombose, a
hemiplegia, o câncer penosamente suportado, a senilidade prematura e outras
calamidades da vida orgânica constituem, por vezes, dores-auxílio, para que a
alma se recupere de certos enganos em que haja incorrido na existência do corpo
denso, habilitando-se, através de longas reflexões e benéficas disciplinas,
para o ingresso respeitável na Vida Espiritual”. O Orientador Espiritual
Emmanuel, na interessante mensagem Doenças Escolhidas, no livro RELIGIÃO DOS ESPÍRITOS (1960, feb),
comenta que “a prática do Bem é o único antídoto eficiente contra o império do mal
em nós próprios. Entretanto, rendemo-nos, habitualmente, às sugestões do mal,
criando em nós não apenas condições favoráveis à instalação de determinadas
moléstias no cosmo orgânico, mas também ligações fluídicas aptas a funcionarem
como pontos de apoio para as influências perniciosas interessadas em
vampirizar-nos a vida”. Para entendermos melhor essa mecânica,
prossegue afirmando que “seja na ingestão do alimento inadequado,
por extravagâncias à mesa, seja no uso de entorpecentes, no alcoolismo mesmo
brando, no aborto criminoso e nos abusos sexuais, estabelecemos em nosso
prejuízo as síndromes abdominais de caráter urgente, as úlceras
gastrintestinais, as afecções hepáticas, as dispepsias crônicas, as
pancreatites, as desordens renais, as irritações no cólon, os desastres
circulatórios, as moléstias neoplásicas, a neurastenia, o traumatismo do
cérebro, as enfermidades degenerativas do sistema nervoso, além
de todo um cortejo de sintomas outros”. Alerta ainda que “na
crítica inveterada, na inconformação, na inveja, no ciúme, no despeito, na
desesperação e na avareza, engendramos variados tipos de crueldade silenciosa
com que, viciando o próprio pensamento, atraímos o pensamento viciado das
Inteligências menos felizes, encarnadas ou desencarnadas, que nos rodeiam”. Enfatiza
que “exteriorizando
ideias conturbadas, assimilamos as ideias conturbadas que se agitam em tono de
nosso passo, elementos esses que se nos ajustam ao desequilíbrio emotivo,
agravando-nos as potencialidades alérgicas ou pesando nas estruturas nervosas
que conduzem a dor. Mantidas tais conexões, surgem frequentemente os processos
obsessivos que, muitas vezes, sem afetarem a razão, nos mantém no domínio de
enfermidades – fantasmas que nos esterilizam as forças e, pouco a pouco, nos
corroem a existência”.
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