-“Uma recrudescência do egoísmo”, prognosticaram os
Espíritos Superiores a Allan Kardec quando perguntados sobre “o resultado para a
sociedade do relaxamento dos laços de família”, na questão 775 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS. Um século e meio
depois, é fácil verificar o acerto de tal afirmativa. Não em toda coletividade
humana, pois, o exponencial crescimento de habitantes em nossa Dimensão, a partir
do final do século 20, criou em várias regiões, inúmeros outros problemas
sociais que impuseram aos seres humanos outras preocupações como a própria
qualidade de vida. Contudo, na base de graves problemas, nos variados
agrupamentos raciais e humanos, está a família, “a célula básica da sociedade, embrião e modelo desta”,
como definido por Augusto Comte. Nas contribuições filtradas pelo médium Chico
Xavier na substancial tarefa desenvolvida ao longo do século XX em nome do
Espiritismo, encontramos farto material para análises e reflexões. Na obra O CONSOLADOR (feb, 1940), questão 175,
o Instrutor Espiritual Emmanuel diz que “o colégio familiar tem suas origens na esfera
espiritual, reunindo-se em seus laços todos aqueles que se comprometeram
no Além a desenvolver na Terra uma tarefa construtiva de fraternidade real e
definitiva”. Na 179, que “o casamento na Terra é sempre uma resultante
de determinadas resoluções, tomadas
antes da reencarnação dos Espíritos, seja por orientações dos Mentores
mais elevados, quando a entidade não possui a indispensável educação para
manejar suas próprias faculdades, ou em consequência de compromissos livremente
assumidos pelas almas, antes de suas novas experiências no mundo”. No
livro LEIS DE AMOR (feesp,1963), que
“nos elos da consanguinidade (...),cabe-nos revestir de paciência, amor,
compreensão, devotamento, bom ânimo e humildade, a fim de aprender e vencer, na
luta doméstica visto que no mundo, o lar é
a primeira escola de reabilitação e do reajuste”. Nos anos 70, diria
em VIDA E SEXO (feb), que “a
parentela no Planeta faz-se filtro da família espiritual sediada além da existência física,
mantendo os laços preexistentes entre aqueles que lhe comungam o clima,
já que “arraigada nas vidas passadas de
todos aqueles que a compõem, a família terrestre é formada, de agentes
diversos, porquanto nela se reencontram, comumente, afetos e desafetos, amigos
e inimigos, para os ajustes e reajustes indispensáveis, antes as leis do destino”,
considerando que “milhões de almas, detidas na evolução primária, jazem no Planeta,
arraigadas a débitos escabrosos, perante a Lei de Causa e Efeito e, inclinadas
que ainda são ao desequilíbrio e ao abuso, exigem severos estatutos dos homens
para a regulação das trocas sexuais que lhes dizem respeito”. Em 1977,
na entrevista reproduzida na obra CHICO
XAVIER EM GOIÂNIA (geem), o médium explicaria que “o namoro e o noivado, em muitas ocasiões,
estão presididos
pelos Espíritos que serão os filhos do casal, os quais omitem as
dificuldades prováveis do casamento em perspectiva para que os cônjuges se aproximem afetuosamente uns do
outros”, o que explicaria o “esfriamento do interesse entre os cônjuges
quando do renascimento dos filhos”. Um dos esclarecimentos mais
objetivos encontramos em OBREIROS DA
VIDA ETERNA (feb, 1946), onde André Luiz repassa algumas considerações do
Instrutor Barcelos que em sua última existência física se dedicara à atividades
ligadas à saúde mental e, abordando a questão dos conflitos familiares e reencarnação,
afirma que “os antagonismos domésticos, os temperamentos aparentemente
irreconciliáveis entre pais e filhos, esposos e esposas, parentes e irmãos,
resultam dos choques sucessivos da subconsciência, conduzida a recapitulações
retificadoras do pretérito recente. Congregados, de novo, na luta expiatória ou
reparadora, as personagens dos dramas, que se foram, passam a sentir e ver, na
tela mental, dentro de si mesmas, situações complicadas e escabrosas de outra
época, malgrado os contornos obscuros da reminiscência, carregando consigo
fardos pesados de incompreensão, atualmente definidos por “complexo de
inferioridade”. Justifica tal argumento dizendo que “no
círculo das recordações
imprecisas, a se traduzirem por simpatia e antipatia, vemos a paisagem
das obsessões transferida ao campo carnal, onde, em obediência às lembranças
vagas e inatas, os homens e as mulheres, jungidos uns aos outros pelos laços de
consanguinidade ou dos compromissos morais, se transformam em perseguidores e verdugos
inconscientes entre si”, concluindo que “a extensão do sofrimento humano,
nesse sentido, confunde-se com o Infinito”.
Compartilhamento de informações reveladoras disponibilizadas pelo Espiritismo ampliando nosso nivel cultural
faça sua pesquisa
domingo, 29 de setembro de 2013
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Logística Inimaginada
A seção Questões E Problemas da
edição de agosto de 1864 da REVISTA
ESPÍRITA, dedicou-se a analisar uma mensagem de Erasto recebida SOCIEDADE
ESPÍRITA DE PARIS, reunião de 8 de julho, atendendo leitor da cidade de
Bordeaux que, perguntara “onde o progresso, e que benefício moral foi
colhido de tanto sangue derramado quando das ações dos conquistadores espanhóis
no estado do México”? Descrito nas cartas de Cristóvão Colombo como “povo infinitamente superior, não só aos seus
invasores, mas ainda hoje, se comparados a países civilizados”, leva o
corresponde a perguntar ainda: –“Não teria sido melhor que a velha Europa
tivesse ignorado o Novo Mundo, tão feliz antes dessa descoberta?”. O
Instrutor Espiritual explica que “sob as aparências de uma certa bondade
natural, e com costumes mais doces que virtuosos, os Incas viviam
despreocupadamente, sem progredir nem se elevar. A essas raças primitivas
faltava a luta; e, se batalhas sangrentas não os dizimavam; se uma ambição
individual ali não exercia uma pressão soberana para lançar aquelas populações
a conquistas, elas não eram menos atingidas pelo perigoso vírus que conduzia
sua raça à extinção. Era preciso retemperar as fontes vitais desses Incas
abastardados, dos quais os Aztecas representavam a decadência fatal, que
deveria ferir todos aqueles povos. Se a essas causas inteiramente fisiológicas,
juntarmos as causas morais, notaremos que o nível das ciências e das artes ali
tinha igualmente ficado em prolongada infância. Havia, pois, utilidade de por
esses países pacíficos no nível das raças Ocidentais. (...).. Que resta de
tanto sangue derramado?, perguntam de Bordeaux. Para começar, o sangue
derramado não foi tão considerável quanto se poderia crer. Ante as armas de
fogo e alguns soldados de Pizarro, toda a região invadida submete-se como ante
semideuses, saídos das águas. É quase um episódio da Mitologia antiga e essa
raça indígena é, sob vários aspectos, semelhante às que defendiam o Tosão de
Ouro”. Desenvolvendo algumas reflexões sobre a questão, Allan Kardec
diz: -“Do
ponto de vista antropológico, a extinção das raças é um fato positivo. Do ponto
de vista da filosofia, ainda é um problema. Do ponto de vista da religião, o fato é inconciliável com a justiça da Deus,
se se admitir para o homem uma única existência corpórea para decidir seu
futuro para a Eternidade. Com efeito, as raças que se extinguem são sempre
raças inferiores às que as sucedem; podem ter na vida futura uma posição idêntica
a das raças mais aperfeiçoadas? O simples bom senso repele esta ideia, pois, do
contrário, o trabalho que fazemos para nos melhorarmos seria inútil, e valeria
o mesmo para ficarmos selvagens. A não pré-existência da alma forçosamente
implica, para cada raça, a criação de novas almas, mais perfeitas, ao saírem das
mãos do Criador, hipótese inconciliável com o princípio de toda justiça. Ao
contrário, se admitirmos um mesmo ponto de partida para todas e uma sucessão de
existências progressivas, tudo se explica. Na extinção das raças, geralmente
não se leva em conta senão o Ser material, único que se destrói, enquanto se
esquece o Ser espiritual, que é indestrutível e apenas muda de vestimenta,
porque a primeira não estava mais em relação com seu desenvolvimento moral e
intelectual(...). Assim, não se deve perder de vista que a extinção das raças
só atinge o corpo e em nada afeta o Espírito. Longe de sofrer com isto, ganha o
Espírito um instrumento mais aperfeiçoado(...). O Espírito de um selvagem,
encarnado no corpo de um sábio europeu não seria mais sábio e não saberia o que
fazer de seu instrumento, cujas cordas inativas atrofiar-se-iam; o Espírito de
um sábio, encarnado no corpo de um selvagem, aí seria como um grande pianista
ante um piano ao qual faltassem cordas(...). O desaparecimento das raças
opera-se de duas maneiras: numas, pela extinção natural, em consequência de
condições climatéricas e do abastardamento, quando ficam isoladas; outras,
pelas conquistas e pela dispersão, que determinam cruzamentos(...). Quanto aos
indígenas do México, diremos como Erasto que não havia entre eles costumes
antes doces do que virtuosos e acrescentaremos que, sem dúvida, muito poetizada
sua pretensa idade do ouro. Ensina-nos a história da conquista que guerreavam
entre si, o que não indica um grande respeito pelos direitos dos vizinhos. Sua
idade de ouro era a da infância (...). São necessários séculos para a educação
dos povos; ela não se opera senão pela transformação de seus elementos
constitutivos. A França seria o que é hoje sem a conquista dos Romanos? E os bárbaros
ter-se-iam civilizado se não tivessem invadido a Gália? A sabedoria gaulesa e a
civilização romana, unidas ao vigor dos povos do Norte fizeram o povo francês
atual. Sem dúvida é penoso pensar que o progresso, por vezes, precisa da
destruição. Mas é preciso destruir as velhas cabanas, substituindo-as por casa
novas, mais belas e cômodas. Alias, é preciso levar em conta o estado atrasado do
Globo, onde a Humanidade está apenas no progresso material e intelectual.
Quando entrar no do progresso moral e espiritual, as necessidades morais
ultrapassarão as necessidades materiais(...). Ensinando-lhe a participação do
elemento espiritual em todas as coisas do mundo, o Espiritismo alarga seu
horizonte e muda o curso de suas ideias. Abre a Era do Progresso Moral”.
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Informações Que Se Completam
O legado cultural deixado por Hermínio Correia de Miranda é de valor incalculável. Pesquisador
criterioso, escritor competente, construiu obras com conteúdo inigualável. Uma
delas, AS DUAS FACES DA VIDA (lachâtre),
prefaciada no Natal de 2004, reúne, entre outros, artigo dividido em duas
partes intitulado O MÉDIUM DO ANTICRISTO.
O foco principal é uma das figuras mais representativas do período de mudanças
espirituais pelo qual passa a Terra: Adolf
Hitler. Parte, como era sua característica, de livros com conteúdo confiável.
Um deles, O jovem Hitler – a História de nossa amizade de August Kubizek, que como sugerido pelo
título foi muito próximo do polêmico líder alemão. Outro, A Lança do Destino, do escritor inglês Trevor Ravenscroft, amigo pessoal do Dr Walter Johannes Stein, cientista e doutor em Filosofia, que emigrou
durante a Segunda Guerra para a Inglaterra, onde exerceu o cargo de
assessor-especial de Winston Churchill
para assuntos relacionados à personalidade de Hitler. Vasculhando e “garimpando” tais obras Hermínio destaca informações como: aos
15 anos, Hitler, de pé, agarra
emocionado as mãos de Kubizek, com
olhos esbugalhados e fulminantes, pronunciando uma enxurrada de palavras
excitadas, desordenadamente, invocando em grandiosos e inspirados quadros, o
seu próprio futuro e de seu povo, falando sobre um mandato que, um dia
receberia do povo para lidera-lo da servidão aos píncaros da liberdade, missão
especial que em futuro seria confiada a ele; que ele cria-se reencarnação de Tibério, um dos mais sinistros dos Césares; que por indução de um místico,
descobriu em visões fantásticas ser reencarnação de Landulf de Cápua, um príncipe medieval que teria passado muitos
anos no Egito, estudando magia negra e astrologia, considerado a figura mais
infame do século 9, a terceira pessoa do reino do Imperador Luís II; que Goering
dizia com orgulho, que sempre se encarnou ao lado do Fuhrer; que Goebbels, o
ministro da propagando nazista, acreditava ter sido Eckbert de Meran, bispo de Bamberg,
no século 13, que teria apresentado Klingsor,(
outra encarnação anterior de Hitler)
ao rei André da Hungria; que um dos
orientadores da carreira construída por Hitler
foi um oficial do exército chamado Dietrich
Eckhart, um dos sete fundadores do Partido Nazista, adepto das artes e
rituais da magia negra e figura central de um poderoso a amplo círculo de
ocultistas : o Grupo Thule, que o Kaiser costumava dizer “não
ter vindo ao mundo para tornar o homem melhor, mas para utilizar-me de suas
fraquezas” e que, determinado a cumprir sua missão a qualquer preço,
afirmou que “jamais capitularemos. Poderemos ser destruídos, mas se o formos,
arrastaremos o mundo conosco – um mundo em chamas”. Hermínio, conclui que “estudando,
hoje a história secreta do nazismo, não nos resta dúvida de que Adolf Hitler e
vários de seus principais companheiros desempenharam importante papel na
estratégia geral de implantação do reino das trevas na Terra, num trabalho
gigantesco que, obviamente, tem a marca inconfundível do Anticristo”.
Em 1982, o Espírito Miramez, através
do médium João Nunes Maia concluía o
livro FRANCISCO DE ASSIS (fonte
viva), narrando importantes fatos envolvendo o importante líder cristão da
Itália. No capítulo 2, revela ter sido o jovem Bernardone, reencarnação do Apóstolo
João, recambiado à nossa Dimensão na tentativa de recolocar o Cristianismo
no foco da espiritualização das criaturas humanas. E conta que, em
desdobramento, João teria tido a
visão dos acontecimentos no Mundo Espiritual, antes que ele mesmo nascesse,
preparando a psicosfera planetária para a prevista reencarnação de Jesus. Soube
que cerca de dois bilhões de Espíritos inferiores, cuja animalização atingia
até as raias do impossível, foram paulatinamente afastados para região onde
suas vibrações e ações causassem menor perturbação na atmosfera espiritual do
Planeta. Ali, por determinações superiores, ficariam contidos, por mil anos,
como dito no APOCALIPSE, após o que
seriam liberados. Afirma que as Cruzadas e a Inquisição foram instituídas no
planeta por esses Espíritos. Revela que tal agrupamento erigiu na região em que
se instalaram uma comunidade cuja planta tinha o formato de uma cruz com suas
quatro hastes quebradas, sendo que em cada uma delas foi criado um
reino, cada qual comandado por um príncipe ou imediato. Um deles, um dos
últimos que ajudaram a governar a grande cidade, não era outro senão Hitler, que adota como símbolo a grande
cruz aberta nas hastes, chamada suástica, representação que parecia aumentar-lhe
o poder e a coragem, liderando falanges e mais falanges de Espíritos, encarnados
e desencarnados, afinizados com seu modo de ser, determinado a dominar a Terra,
ou, então, “transformá-la em pó”.
domingo, 22 de setembro de 2013
Surpreendente Kardec
Mais que uma ousadia, uma heresia. Em sua ansiosa, mas,
ponderada pesquisa sobre a realidade do Mundo
Espiritual – aquele que, seguidores da Teoria das Cordas chamam de Universo Paralelo e, reconhecem
preexiste e sobrevive ao Mundo dito material -, Kardec quis ouvir a
Espiritualidade a respeito da Pluralidade
dos Mundos Habitados. Afinal, temos que admitir, bilhões de corpos celestes
neste “bairro” chamado Via Láctea,
vizinho de outras tantas Galáxias
que se perdem na imensidão dos Anos-luz que nos separam na infinitude do Cosmos,
não existem apenas para inspiração de poetas, filósofos, escritores, músicos.
Tem outra função: servir para o processo evolutivo dos Espíritos. As “muitas
moradas da Casa de Nosso Pai”, como afirmado por Jesus. E, as respostas
se seguiram às perguntas 55 a 58 d’ O
LIVRO DOS ESPÍRITOS. Também através das páginas da REVISTA ESPÍRITA, nos quase 12 anos em que a publicou, inseriu
inúmeras matérias interessantes e instigantes sobre o assunto. Há inclusive
revelações sobre voluntários que, candidatos, entre outros, reencarnaram na
Terra para auxiliar no progresso programado pelas Inteligências que conduzem a
evolução Planetária como contado pelo Espírito Humboldt, em 1859. Na edição de agosto de 1862, uma
curiosa mensagem recebida em reunião de junho daquele ano, à que se seguiu uma
abordagem de Allan Kardec com a entidade comunicante sobre detalhes do assunto
central de sua comunicação: o planeta Vênus.
O primeiro por nós avistado quando a noite cai e o último a desaparecer quando
amanhece, daí ser sugestivamente chamado na Antiguidade de Estrela Vespertina. Vizinho da Terra
tem quase as mesmas dimensões dela. Dista entre 39 e 260 milhões de
quilômetros. Sondas para lá enviadas,
mostraram ser desabitado. Pelo menos na Dimensão registrada pelos nossos
instrumentos óticos, ajustados às limitadas percepções dos nossos olhos e o
processador do nosso cérebro, como lembrou certa vez Chico Xavier. A mensagem recebida na Sociedade Espírita de Paris foi assinada por um Espírito chamado Georges, através do médium Costel. O mesmo serviu à entrevista de
dez perguntas efetuada pelo Codificador. Afirmando-se um Espírito inspirado por outros,
Superiores, disse ter sido mandado à Vênus em missão; que os habitantes
da Terra não poderiam encarnar-se naquele Planeta imediatamente,
exceção feita para os mais adiantados; que a reencarnação em Vênus é muitíssimo
mais longa que a terrena, visto serem despojados das violências
terrestres e humanas, impregnados da influência vivificante que a penetra –
dado comentado por Kardec considerando que a duração da vida
corpórea parece ser proporcional ao progresso dos mundos, abreviadas as provas
nos mundos inferiores, até por que quanto mais adiantados os mundos, tanto
menos são os corpos devastados pelas paixões e doenças, que são sua
consequência; que
as “divisões,
discórdias e guerras são desconhecidas em Vênus, assim como a antropofagia”
– Kardec entende que “por seus variados estágios sociais, a Terra apresenta uma
infinidade de tipos, que nos podem dar uma ideia dos mundos nos quais cada um
desses tipos é o estado normal”-; que “a mesma desigualdade
proporcional existe entre os habitantes de Vênus, como entre os seres terrenos,
os menos adiantados são as estrelas do mundo terrestre, isto é, vossos gênios e
homens virtuosos”; que “os escravos da Antiguidade, como os da
América moderna (na época deste diálogo, ainda não ocorrera a abolição
da escravatura) são seres destinados a progredir num meio superior ao
que habitavam na última encarnação, estando, por toda parte, os seres
inferiores subordinados aos superiores, mas em Vênus tal subordinação moral não
se compara à subordinação corpórea que existe na Terra, os superiores não são
senhores, mas pais dos inferiores, ajudando-os a progredir, em vez de os
explorar”. Na penúltima pergunta, diz que “reina uma admirável unidade no
conjunto da Obra Divina. Como as criaturas, como tudo o que é criado, animais
ou plantas, os Planetas progridem, inevitavelmente. Nas suas variadas
expressões, a vida é uma perpétua ascensão ao Criador: numa imensa espiral ele
desenvolve os graus de sua Eternidade”. Ao final, outra observação de Kardec: -“Certamente
esta comunicação sobre Vênus não tem os caracteres de autenticidade absoluta
(...). Contudo, o que já foi dito sobre este mundo lhe dá, ao menos, certo grau
de probabilidade, e, seja como for, não deixa de ser o quadro de um mundo que
necessariamente deve existir para quem quer que não tenha a orgulhosa pretensão
de que seja a Terra o apogeu da perfeição humana: É um elo na escala dos mundos”
(...).
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Chico Xavier e os Extra-Terrestres
Perguntado em entrevista
realizada através dos médiuns Chico
Xavier e Waldo Vieira quando do
lançamento do ANUÁRIO ESPÍRITA 1964,
sobre se “Espíritos originários de outras plagas costumam estagiar na Terra em
encarnações de exercício evolutivo”, o Espírito André Luiz respondeu
que “isso
acontece com frequência, de vez que muitos Espíritos superiores se reencarnam
no planeta terrestre a fim de colaborarem na educação da Humanidade e criaturas
inferiores costumam aqui sofrer curtos ou longos períodos de exilio das
elevadas comunidades a que pertencem, pela cultura e pelo sentimento,
porquanto, a queda moral de alguém tanto se verifica na Terra quanto em outros
domicílios do Universo”. Disse ainda que “habitantes de outros Orbes
conhecem a Humanidade terrena, sua história, costumes, etc”. Recentemente,
por deferência do amigo José Claudio Motta Neto, recebemos o link http://www.youtube.com/watch?v=JN0hqnxVTLM,
onde o ex-Ministro
da Defesa do Canadá, Paul Hellyer,
faz surpreendentes revelações sobre registros conhecidos pelos ocupantes de
cargos congêneres em Países da mesma importância daquele em que, por três
mandatos comandou. Numa das informações,
Hellyer afirma dispor de relatórios
demonstrando existir, atuando na Terra, mais de uma espécie de extra-terrestres, procedentes das Plêiades
(o livro TRANSIÇÃO PLANETÁRIA do
Espírito Manoel Philomeno de Miranda/Médium Divaldo Pereira Franco faz várias
referências de Espíritos dessa região do Cosmos que estariam atuando no
processo de mudanças pelos quais passa a Terra) , Andrômeda e Orion. Nem
todos amistosos. Tal dado, curiosamente, assemelha-se a outro comentado por Chico Xavier com pessoas de sua
intimidade e, registrado por Geraldo
Lemos Netto. Segundo o médium, “embora a maioria das Civilizações, que já
desvendaram os segredos das viagens interplanetárias serem de grande evolução
espiritual, e, voltadas ao Bem e à Fraternidade Geral, há também aquelas outras
que somente se desenvolveram no campo da técnica, enregelando sentimentos mais
nobres no coração. Representantes dessa outra turma também tem nos visitado,
mas com objetivos escusos... Para eles nós somos tão atrasados que eles
não prestam nenhuma atenção às nossas necessidades e sentimentos. São eles que
raptam pessoas e animais para experiências horrorosas em suas naves (...). Uma
vez, eu estava indo de Uberaba a Franca e Ribeirão Preto para visitar a irmã de
Vivaldo (Cunha Borges), Eliana,
que
havia passado por uma cirurgia no coração nesta última cidade. Dr Elias Barbosa foi dirigindo o automóvel na
companhia de Vivaldo e,
eu, fiquei no banco de trás. Pois bem, íamos lá pelas três horas da manhã, na
madrugada, para evitar o trânsito e a meio caminho, uma luz meio baça, na cor
alaranjada envolveu o automóvel e passou a segui-lo. Dr Elias achou por bem encostar o carro e
esperamos, os três, para ver o que iria acontecer. Intuitivamente, comecei a
orar, pedindo aos amigos que me acompanhassem na prece. O Espírito Emmanuel se fez presente e nos solicitou
redobrada vigilância. A nave apareceu, então, no pasto ao lado, iluminando toda
a natureza em torno com a sua luz alaranjada e baça. Ela pairou no ar sem tocar
o solo e do meio dela saiu uma luz mais clara ainda, de onde desceu uma
entidade alienígena. Ela tinha uma aparência humanoide, mas muito mais alta,
com cerca de três metros de altura, quase esquelética. Senti
um medo instintivo e roguei ao Senhor nos afastasse daquele “cálice de
amarguras”, que pressentia, com o auxílio de Emmanuel. Subitamente, a entidade parou e desistiu de nós, retornando para a
sua nave. Depois, o veículo interplanetário elevou-se do solo e eu vi, perfeitamente,
uma vaca sendo levada até ao seu interior como se levitasse até lá. Em seguida,
a nave desapareceu de nossas vistas com velocidade espantosa. O Espírito Emmanuel me revelou então, que estes irmãos,
infelizmente não eram vinculados ao Bem e ao Amor; eram sociedades que pilhavam
planetas em busca de experiências genéticas estranhas. De vez em quando,
abduzem homens e animais para suas aventuras laboratoriais. Segundo Emmanuel, somente não fazem mais, porque Nosso
Senhor Jesus estabeleceu normas e guardiães para proteger a Humanidade
terrestre tão ignorante quanto às realidades siderais, em sua infância
planetária”. Embora Paul Hellyer
certamente nunca tenha ouvido falar de Chico
Xavier nem de sua inusitada experiência, a comparação entre os dois depoimentos
demonstra incríveis coincidências.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Uma Paixão, Um Suicídio
No número de abril de
1862 da REVISTA ESPÍRITA, Allan
Kardec desenvolve um interessante artigo intitulado Uma
Paixão De Além-Túmulo, baseando-se em notícia do jornal SÉCULO, de 13 de janeiro daquele ano
sobre o suicídio de um menino de 12 anos de nome Maximiliano V.... Residindo
com os pais, aprendiz de tapeceiro, tinha o hábito de ler romances-folhetins,
dedicando-se com incomum interesse aos seus conteúdos, o que lhe superexcitava
a imaginação e lhe inspirava ideias acima de sua idade. Assim, imaginou que
sentia paixão por uma criatura que tinha ocasião de ver algumas vezes e que
estava longe de pensar que tivesse inspirado tal sentimento. Desesperado por
não ver a realização dos sonhos produzidos pelas leituras, resolveu matar-se.
Foi encontrado pelo porteiro do prédio onde trabalhava, enforcado numa corda
que prendera numa viga existente na sala. Comenta Kardec
que as circunstâncias de tal morte, levaram-no a pensar que a evocação desse
menino poderia resultar num ensino útil. Sendo assim, na reunião da Sociedade Espírita de Paris, de 24 de
janeiro, procedeu-se à tentativa através de um médium chamado E.
Véry, alcançando-se um resultado bastante interessante. Inicialmente
procurou-se ouvir o Guia Espiritual do médium sobre a possibilidade de evocar-se o
Espírito do menino, obtendo-se a informação que sim, que cuidaria
de trazê-lo pois o mesmo estava sofrendo, contudo sua manifestação serviria de
exemplo e lição para os que do resultado tomassem conhecimento. Apresentando-se
o Espírito de Maximiliano, afirmou não saber bem onde estava, percebendo
como que um véu à sua frente, que falava sem saber como e como
o escutavam, salientando que aquilo que até há pouco ainda era obscuro,
já podia ver; sofria, mas sentindo-se naquele momento
aliviado. Perguntado se lembrava das circunstâncias de sua morte, respondeu
parecerem
muito vagas, sabendo que se suicidara sem motivo, atribuindo sua
personalidade sonhadora a uma espécie de intuição de sua vida passada,
em que fora poeta. Solicitado a descrever a sensação que experimentou quando
se reconheceu no mundo dos Espíritos, contou que via seu corpo, inerte e frio,
e, ele, planava em volta dele; chorava lágrimas quentes, por ter acabado
de reconhecer a enormidade de seu erro; não tendo certeza morte; pensando
que seus olhos fossem abrir”. Consultado sobre o se poderia fazer útil por
ele, respondeu que orar. Na sequência, Kardec buscou esclarecimentos com o Guia do
médium sobre a possível punição para este Espírito por haver suicidado,
especialmente, considerando sua idade, se sua ação fora tão grave quanto a de
outros suicidas, colhendo as seguintes explicações: -“ A punição será terrível, porque
foi mais culpado que os outros visto possuir grandes faculdades como a força de
amar a Deus de maneira poderosa e de fazer o Bem”, acrescentando que “os
suicidas sofrem longos padecimentos”; que Maximiliano “experimenta
a sensação de um fogo que o consume e devora”; o que somente “seria
atenuado orando-se por ele, sobretudo se ele se unisse a essas preces”.
O Espírito revelaria ainda que sua existência anterior como poeta, se dera ao tempo do
reinado de Luiz XV, que fora pobre e desconhecido, que amara
a uma mulher que vira passar num dia de primavera num parque,
revendo-a, posteriormente, somente em seus sonhos que lhe prometiam que
a possuiria um dia”.
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
A Energia De Sua Casa
Allan Kardec repassou
através de suas obras, importantes e interessantes materiais a respeito do tema
Fluidos.
A partir das informações daqueles que o auxiliaram a compor o conteúdo das
Obras Básicas do Espiritismo, estrutura-se uma ideia sobre como o que eles
denominam Fluido
Cósmico Universal vai se organizando
numa gama imensa e diversificada de formas de apresentação. Inclusive os seres
humanos, emanam Fluidos
peculiares e sustentam o próprio corpo físico através do Fluido Vital. A partir dos conteúdos
dessas revelações, Kardec apresenta uma escala das associações entre Fluidos e Perispírito,
Pensamento,
Formas-Pensamento, Objetos de Uso Pessoal, Alimentos, Homeopatia, Acupuntura,
Obsessão, Passe, Prece, Agua Fluida, e, entre outros o Ambiente em que
vivemos. Há poucos dias, recebemos um interessante material de Autor Desconhecido que, pela qualidade, consideramos será de utilidade, não só para
melhor entendimento, como também, orientação sobre ao assunto. Diz o texto: “O
padrão vibratório de uma casa, tem relação direta com a energia e o estado de
espírito de seus moradores. Tudo o que pensamos e fazemos, as escolhas, os
sentimentos, sejam bons ou ruins, são energias. O resultado reflete nos
ambientes, pessoas e situações. O corpo é nossa primeira morada e nossa casa,
sua extensão. É ela que nos acolhe, protege e guarda nossa história. Da mesma
forma que limpamos, nutrimos e cuidamos da vibração de nosso corpo, devemos
estender esses cuidados e carinhos ao lar. Mais que escolher o imóvel e
enfeitá-lo com móveis e objetos – muitas vezes guiados apenas por modismos ou
pura praticidade – a elaboração da atmosfera de um ambiente é importante porque
reflete a personalidade de seu dono, dando pistas sobre seus gostos, estilo de
vida, história e sonhos. Há quem acredite que, colocando cristais, sinos de
vento, fontes, espelhos, instrumentos do Feng Shui,
é possível atrair bons fluidos e equilíbrio para dentro de casa. Mas, é muito pouco,
pois a personalidade de um ambiente vai além. Ela é conseguida dia após
dia, não apenas com técnicas, mas com pequenos atos de carinho para nosso lar,
temos todas as condições de cria-los no interior do próprio ambiente. O
conjunto de pensamentos, sentimentos, estado de espírito, condições físicas,
anseios e intenções dos moradores fica impregnado no ambiente, criando o que se
chama egrégora. Você, com certeza, já esteve em
uma residência ou ambiente onde sentiu um profundo bem estar e sensação de
acolhimento, independente da beleza, luxo ou qualquer outro fatos externo. Essa
atmosfera gostosa, sem dúvida, era dada principalmente pelo estado de espírito
positivo de seus moradores. Infelizmente, hoje em dia, é muito mais corriqueiro
entrarmos em ambientes que nos oprimem ou nos dão a sensação de falta de paz e,
às vezes, até de sujeira, mesmo que a casa esteja limpa. A vontade é ir embora
rapidamente, ainda que sejamos bem tratados. O que poucos sabem é que as
paredes, objetos e a atmosfera da casa tem memória e registram as energias de
todos os acontecimentos e do estado de espírito de seus moradores. Por isso,
quando pensar na saúde energética de sua casa, tome a iniciativa básica e vital
de impregnar sua atmosfera apenas com bons pensamentos e muita fé. Evite brigas
e discussões desnecessárias. Observe seu tom de voz; nada de gritos e formas
agressivas de expressão. Não bata portas e tente assumir gestos harmoniosos,
cuidando de seus objetos e entes queridos com carinho. Não pense mal dos
outros. Pragas, nem pensar!. Selecione muito bem as pessoas que vão frequentar
sua casa. Festas, brindes e comemorações alegres são bem vindas porque trazem
alegria e muita energia, mas cuidado com os excessos. Nada de bebedeiras e
muito menos uso de drogas, que atraem más energias. Se você nutre uma mágoa
profunda ou mesmo um ódio forte por alguém, procure ajuda para limpar essas energias
densas de seu coração. Lembre-se que sua casa também pode estar contaminada.
Aprenda a fazer escolhas e determine o que quer para sua vida e ambiente onde
mora. Alegria, amor, paz, prosperidade, saúde, amizades, beleza já estão bons
para começar, não é mesmo? Reflita sobre como você vive em sua casa, no que
pensa, como anda seu humor e reclamações do seu dia a dia. Tudo isto, interfere
no seu astral”.
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Sonhos e Espiritismo
Na pauta da REVISTA ESPÍRITA de
julho de 1865, Allan Kardec incluiu interessante matéria intitulada TEORIA DOS SONHOS. O tema, como sabemos,
ocupara a atenção dele quando das abordagens com os Espíritos que o auxiliaram
a compor O LIVRO
DOS ESPÍRITOS. Nas respostas às questões 400 à 412, aprendemos que o
Espírito jamais
está inativo, vivenciando experiências em outra Dimensão, enquanto o
corpo repousa, se refazendo dos desgastes impostos pela atividade no estado de
vigília. Do simples
cochilo ao sono profundo, pouco importa. Algo semelhante, dizem eles, ao estado em que estará
de maneira permanente após a morte. Os sonhos, portanto, representam
a lembrança parcial do que se viu durante o sono físico. A memória biológica
não retém minúcias destas experiências pelo fato de apenas o Espírito tê-las
vivido e nosso cérebro físico estar preparado apenas para armazenar as
vivências desta Dimensão. Exceções ficam por conta de alguns sonhos
premonitórios; reencontros com pessoas ou familiares queridos; etc. Quanto à
significação atribuída a muitos sonhos, previnem “ser absurdo admitir que sonhar com uma coisa
anuncia outra”. No artigo citado há pouco, Kardec diz que “o Espiritismo dando a chave da lei que rege as relações do
mundo corporal e do mundo espiritual, auxiliado pelas observações sobre que se
apoia, dá dos sonhos a mais lógica explicação jamais fornecida, demonstrando que
o sonho, o sonambulismo, o êxtase, a dupla vista, o pressentimento, a intuição
do futuro, as penetração do pensamento não passam de variantes e graus de um
mesmo princípio: a emancipação da alma, mais ou menos desprendida da matéria”.
Reconhece que “a respeito dos sonhos, dá ele conta precisa de
todas as variedades que apresentam, embora possuindo o princípio, o que já é
muito, faltando alguns conhecimentos, que adquiriremos mais tarde”.
Pondera não haver “uma única ciência que, de saída, tenha
desenvolvido todas as suas consequências e aplicações; elas não se podem
completar senão por sucessivas observações. Ora, nascido ontem, o Espiritismo
está como a química nas mãos dos Lavoisiers e dos Berthoffet, seus primeiros
criadores; estes descobriram as leis fundamentais; as primeiras balizas
fincadas conduziram ao caminho de novas descobertas”. Reporta-se
a interessante experiência onde um dos melhores médiuns da Sociedade Espírita de Paris, em estado de sonambulismo, muito
lúcido, foi solicitado pela mãe de uma jovem a lhe dar notícias de sua filha,
que estava em Lyon. Viu-a deitada e adormecida,
descrevendo com precisão o apartamento em que se achava. Essa
jovem, de dezessete anos, é médium escrevente e, indagado se ela tinha aptidão
para se tornar médium vidente, ouviu que esperasse um pouco, por ser necessário
seguir o traço de seu Espírito, que naquele momento não estava no corpo. Disse
que ela se encontrava ali, na Vila Ségur, na sala onde estavam, atraída pelo
pensamento da mãe. Ela os via e escutava. Para ela, era um sonho, do qual não
se recordaria ao despertar”. Seguindo com suas explicações, o
médium disse que “pode-se dividir os sonhos em três categorias
caracterizadas pelo grau de lembrança que fica no estado de desprendimento no
qual se acha o Espírito. O primeiro, engloba os sonhos provocados pela ação da
matéria e dos sentidos sobre o Espírito, isto é aqueles em que o organismo
representa papel preponderante pela mais íntima união entre o corpo e o Espírito;
o segundo, o sonho chamado misto, em que participam, ao mesmo tempo, da matéria
e do Espírito, possibilitando um desprendimento mais completo, do que resulta a recordação num primeiro
momento, para o esquecer quase que instantaneamente, a menos que uma
particularidade venha despertar a lembrança; e, o terceiro, os sonhos
espirituais, produto do despendimento do Espírito da matéria, resultando uma
vaga lembrança do que se sonhou”. Anos depois, Gabriel Dellane
proporia interessante classificação para os tipos de
sonho: fisiológico, psicológico, anímico e espiritual. Tudo bem
antes de Freud publicar o livro INTERPRETAÇÃO
DOS SONHOS, considerando os sonhos como resultado de perturbações
neuróticas, indivíduos não enquadrados nos padrões normais de comportamento,
resultantes de desejos de natureza sexual reprimidos. Criticado, inclusive por
seu discípulo Carl G. Jung, não propôs, na verdade, algo mais lógico que as
explicações oferecidas pelo Espiritismo.
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
Mais Cinco Respostas Sobre Dúvidas Comuns
Demonstrando
como o Espiritismo pode auxiliar a compreender o fenômeno da morte auxiliando as
escolas religiosas a avançar além das suas concepções relativas, reunimos mais
cinco esclarecimentos resultantes das revelações espirituais. 1- RECEPÇÂO - Allan Kardec -“O Espírito encontra aqueles que conheceu na Terra e morreram
antes dele, segundo a afeição que tenham mantido reciprocamente. Quase sempre
eles o vêm receber na sua volta ao Mundo dos Espíritos e o ajudam a se libertar
das faixas da matéria. Vê também a muitos que havia perdido de vista durante a
passagem pela Terra; vê os que estão na erraticidade, bem como os que se
encontram encarnados, que vai visitar”.
2 -Velório - Abel Gomes – “A cerimônia dos funerais e o convencionalismo do velório
dificultam, sobremaneira, a nossa cruzada de libertação espiritual”. André Luiz –“Durante o velório, as imagens contidas nas evocações das
conversas no local, incidem sobre a mente do desencarnado, mantido em repouso
depois de rápido mergulho na contemplação dos fatos alusivos à existência finda”. 3- IMPRESSÕES APÓS O DESLIGAMENTO
– Allan
Kardec - “No momento da morte, tudo, a
princípio, é confuso; a alma necessita de algum tempo para se reconhecer;
sente-se como atordoada, no mesmo estado de um homem que saísse de um sono
profundo e procurasse compreender a sua situação. A duração da perturbação de
após morte é muito variável: pode ser de algumas horas, como de muitos meses e
mesmo de muitos anos(...) Essa perturbação apresenta circunstâncias
particulares, segundo o caráter dos indivíduos e, sobretudo, de acordo com o
gênero de morte. Nas mortes violentas, por suicídio, suplício, acidente,
apoplexia, ferimentos, etc, o Espírito é surpreendido, espanta-se, não acredita
que esteja morto e sustenta teimosamente que não morreu. Não obstante, vê seu
corpo, sabe que é dele, mas não compreende que esteja separado. Procura as
pessoas de sua afeição, dirige-se a elas e não entende porque não o ouvem. Esta
ilusão mantem-se até o completo desprendimento do Espírito, e, somente então,
ele reconhece o seu estado e compreende que não faz mais parte do mundo dos
vivos”. Esse fenômeno é facilmente explicável. Surpreendido pela morte
imprevista, o Espírito fica aturdido com a mudança brusca que nele se opera.
Para ele, a morte é ainda sinônimo de destruição, de aniquilamento; ora, como
continua a pensar, como ainda vê e escuta, não se considera morto. E o que
aumenta a sua ilusão é o fato de se ver num corpo semelhante ao que deixou na
Terra, cuja natureza etérea ainda não teve tempo de verificar. Ele o julga
sólido e compacto como o primeiro, e quando se chama a sua atenção para esse
ponto, admira-se de não poder apalpá-lo. A perturbação que se
segue à morte nada tem de penosa para o homem de Bem; é calma e, em tudo,
semelhante à que acompanha um despertar tranquilo. Para aquele cuja consciência
não está limpa é cheia de ansiedades e angústias”(...). “Nos casos de morte
coletiva, observou-se que o dos os que pereceram ao mesmo tempo nem sempre se
reveem imediatamente. Na perturbação que se segue à morte cada um vai para o
seu lado ou sé se preocupa com aqueles que lhe interessavam”. 4- CREMAÇÃO - Emmanuel --
“Geralmente, nas primeiras horas após a morte,
ainda sente o Espírito ligado aos elementos cadavéricos. Laços fluídicos,
imperceptíveis ao vosso poder visual, ainda se conservam unindo a alma recém-liberta
ao corpo exausto; esses elos impedem a decomposição imediata da matéria. E, por
esta razão, na maioria dos casos, o Espírito pode experimentar os sofrimentos
oriundos da cremação, a qual, nunca deverá ser levada a efeito antes do prazo
de 50 horas após o desenlace. 5- ESTATÍSTICA
- Chico Xavier - -“Oitenta por cento das
criaturas que desencarnam, voltam-se para a retaguarda sem condições de
ascenderem aos planos elevados. Apenas vinte por cento gravitam para os Planos
mais altos. A maioria delas, portanto, fica vinculada aos familiares e amigos.
Egressas do Plano Físico, sentem-se numa viagem sem mapa, sem direção ou
bússula... E todas as vezes que os familiares se dirigem aos templos da Terra,
elas os acompanham”(...). “Dos
companheiros espíritas desencarnados que tenho visto, nenhum está satisfeito
consigo mesmo – todos eles tem se queixado da sua falta de empenho no melhor
aproveitamento do tempo”.
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Cinco Repostas Objetivas Para Dúvidas Comuns
O Espiritismo não veio ao mundo para substituir
nenhuma religião, mas sim, trabalhar por transformá-las, elevando-as das suas
concepções para o clarão da Verdade Imortalista”, escreveu o Espírito Emmanuel através do médium Chico Xavier na obra O CONSOLADOR
(feb,1940). Esclarecedora matéria da revista ÉPOCA, edição 325, apresenta um painel sobre a forma como algumas
correntes filosóficas e as principais religiões da Terra encaram a questão da
morte. Uma reflexão sobre o conteúdo do apurado pela publicação confirma o
acerto da colocação do Instrutor Espiritual. Porque,onde a maioria das
interpretações religiosas, perde-se em conceitos evasivos, vagos, pouco
racionais, o Espiritismo avança com informações objetivas, concretas, lógicas.
Como o próprio Allan Kardec afirma, não baseado nas teorizações de um ou outro
líder, mas nos depoimentos de milhares de Espíritos desencarnados, que através
de equivalente número de médiuns, revelam detalhes sobre a passagem desta para
outra Dimensão, bem como a situação na etapa pré e pós morte. Na sequência
procuramos agrupar algumas delas para sua avaliação. 1- HORA DA MORTE – Emmanuel
- “A morte, em geral, ocorre sempre no instante
determinado. Há, todavia, exceções e essas se verificam segundo o livre
arbítrio do homem. A liberdade individual está, pois, acima de todas as
circunstâncias e, daí, se depreende a necessidade da educação da vontade e
disciplina de emoções de cada um”. Naturalmente
a liberdade individual referida prende-se a fatores como alimentação, dependências químicas, descontroles
emocionais. 2- COMA - Emmanuel –
“Dependerá da sua situação mental. Há casos em que o
Espírito permanece como aprisionado ao corpo, dele não se afastando até que
permita receber auxílio dos Benfeitores Espirituais. São pessoas, em geral,
muito apegadas à vida material e que não se conformam com a situação. Em outros
casos, os Espíritos, apesar de manterem uma ligação com o corpo físico, por
intermédio do períspirito, dispõem de uma relativa liberdade. Em qualquer das
circunstâncias, o Plano Espiritual sempre estende seus esforços na tentativa de
auxílio. Daí a importância da prece, do equilíbrio, da palavra amiga e
fraterna, da transmissão de paz, das conversações edificantes para que haja
maiores condições ao trabalho do Bem que se direciona, nessas horas, tanto ao
enfermo como aos encarnados”(familiares e médicos). 3- EUTANÁSIA - Emmanuel
– “Trata-se de considerável engano. A fuga de uma
situação difícil, como a enfermidade, não resolverá as causas profundas que a
produziram, já que estas se encontram em nossa consciência. É necessário
confiar, antes de tudo, na Providência Divina, já que tais situações consistem
em valiosas lições em processos de depuração do Espírito. Os momentos difíceis
serão seguidos, mais tarde, por momentos felizes. Deve-se lembrar também que a
ciência médica avança todos os dias e que males, antes incuráveis, hoje recebem
tratamento adequado, além disso, em mais de uma ocasião já se verificaram casos
de cura em pacientes desenganados pelos médicos”. 4-
DOAÇÃO DO CORPO PARA ESTUDOS ANATOMICOS OU DE ÓRGÃOS PARA
TRANSPLANTE - Chico Xavier - “André
Luiz considera que, excetuando-se determinados casos de mortes em acidentes e
outros casos excepcionais, em que a criatura necessita daquela provação, ou
seja, o sofrimento intenso no momento da morte, esta de um modo geral não traz
dor alguma porque a demasiada concentração do dióxido de carbono no organismo
determina anestesia do sistema nervoso central, sem qualquer repercussão no
Espírito que se afasta”. 5- DESLIGAMENTO
– Allan Kardec -
“No instante da morte o desprendimento do Espírito não se completa subitamente;
ele se opera gradualmente, com lentidão variável segundo os indivíduos. para
uns é bastante rápido, e pode dizer-se que o momento da morte é também o da
libertação, que se verifica logo após. Noutros, porém, sobretudo naqueles cuja
vida foi toda sensual, o desprendimento é muito mais demorado, e, dura, às
vezes, alguns dias, semanas e até mesmo meses ou anos, o que implica a
existência no corpo de nenhuma vitalidade, nem a possibilidade de retorno à
vida, mas a simples persistência de uma afinidade entre corpo e o Espírito,
afinidade que esta sempre em razão da preponderância que, durante a vida, o
Espírito deu à matéria. E lógico admitir que quanto mais o Espírito estiver
identificado com a matéria, mais sofrerá para separar-se dela. Por outro lado,
a atividade intelectual e moral, a elevação dos pensamentos, operam um começo
de desprendimento, mesmo durante a vida corpórea, e quando a morte chega, é
quase instantânea.(...) -“Na morte violenta ou acidental, quando
os órgãos ainda não se debilitaram pela idade ou pelas doenças, a separação da
alma e a cessação da vida geralmente se verificam simultaneamente; mas, em
todos os casos, o instante que os separa é muito curto”.
sábado, 7 de setembro de 2013
Não Há o que Temer
Abrindo o número de fevereiro de 1865 da REVISTA ESPÍRITA,
Allan Kardec apresenta um interessante artigo de sua autoria, analisando a
questão DA APREENSÃO DA MORTE. Logo
no início, diz que a criatura humana desde o estado selvagem, tem a intuição de que
a morte não é a última palavra da existência, sendo a crença no futuro
infinitamente mais geral que a no nada, perguntando como é que entre os que
creem na imortalidade ainda se encontra tanto apego às coisas da Terra, sendo
tão grande o medo da morte? Explica que “a apreensão da morte é efeito da sabedoria
da Providência, e uma consequência do instinto de conservação comum a todos os
seres vivos. Ela é necessária enquanto o homem não for bastante esclarecido
quanto às condições da vida futura, como contra peso ao arrastamento que, sem
esse freio o levaria a deixar prematuramente a vida terrestre, e a negligenciar
o trabalho daqui, que deve servir para o seu adiantamento”. Ressalta
que “é
por isto que, nos povos primitivos, o futuro não passa de vaga intuição, mais
tarde simples esperança, enfim mais tarde uma certeza, mas ainda
contrabalançada por um secreto apego à vida corporal”. Salienta que “à
medida que o homem compreende a vida futura, diminui a apreensão da morte; mas,
ao mesmo tempo, melhor compreendendo sua missão na Terra, espera seu fim com
mais calma, resignação e sem medo”. Diz que “a certeza da vida futura dá um
outro curso às suas ideias, outro objetivo a seus trabalhos; antes de ter essa
certeza, só trabalha para o presente; com esta certeza trabalha em vista do
futuro, sem negligenciar o presente, porque sabe que seu futuro depende da
direção, mais ou menos boa, que der ao presente. A certeza de reencontrar os
amigos após a mote, de continuar as relações que teve na Terra, de não perder o
fruto de nenhum trabalho, de crescer incessantemente em inteligência e em
perfeição, lhe dá paciência para espera e coragem para suportar as momentâneas
fadigas da vida terrena. A solidariedade que vê estabelecer-se entre os mortos
e os vivos lhe faz compreender a que deve existir entre os vivos; desde então a
fraternidade tem sua razão de ser e a
caridade um objetivo no presente e no futuro”. Orienta que “para
libertar-se das apreensões da morte, deve poder encará-la sob seu verdadeiro
ponto de vista, isto é, ter penetrado por pensamento no Mundo Invisível e dele ter
feito uma ideia tão exata quanto possível, o que denota no Espírito encarnado
um certo desenvolvimento e uma certa aptidão para se desprender da matéria”.
Afirma que “naqueles Espíritos que não são suficientemente avançados, a vida material
ainda predomina sobre a espiritual”. Consequentemente, “ligando-se
ao exterior, o homem só vê a vida no corpo, ao passo que a vida real está na
alma: estando o corpo privado de vida, aos seus olhos tudo está perdido e ele
se desespera. Se, em vez de concentrar o pensamento na vestimenta externa, a voltasse
para a fonte mesma da vida, sobre a alma, que é o Ser real, a tudo sobrevivente,
lamentaria menos o corpo, fonte de tantas misérias e tantas dores. Mas para
isto é preciso uma força que o Espírito só adquire com a maturidade”. Prevê
que “o
medo da morte depende, da insuficiência das noções sobre a vida futura;
denotando a necessidade de viver, e o medo que a destruição do corpo seja o fim
de tudo”, enfatizando que “a apreensão enfraquece à medida que se forma
a certeza desaparecendo quando a certeza é completa”. Seguindo com
argumentos racionais e lógicos, aponta como fatores determinantes, a
ideia de que a alma não é uma realidade efetiva, mas uma abstração; o ensino
recebido desde a infância; o quadro que dela faz a religião institucionalizada;
as cerimônias lúgubres que cercam a morte, que aterram mais que provocam
esperanças. Realça que a Doutrina Espírita muda inteiramente a
maneira de encarar o futuro que sai do terreno da hipótese, para a da realidade,
deixando o estado da alma após a morte não é mais um sistema, mas um resultada
da observação, o Mundo Invisível aparecendo em toda a sua realidade prática,
não tendo sido descoberto pelo esforço dos homens em uma concepção engenhosa,
mas descrito pelos próprios habitantes desse mundo descrevendo sua situação, em
todos os graus da escala espiritual, em todas as fases da felicidade e da
desgraça. Concluindo, frisa que “o Mundo Visível e o Mundo Invisível estão
em relações perpétuas e se assistem mutuamente. Não mais sendo permitida a
dúvida sobre o futuro, a apreensão da morte não tem mais razão de ser: vê-se-a
vir com sangue frio, como uma libertação, como a porta da vida, e não a do nada”.
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Yvonne Pereira, Chico Xavier e os Planos e Sub-Planos
A respeitável médium Yvonne
Pereira tinha entre suas percepções, a vidência, manifesta de forma natural
e espontânea. Descrevendo uma de suas interessantes experiências, relata que “deslocando-se da cidade onde
vivia em Minas Gerais para o Rio de Janeiro, afim de prestar assistência a um
parente doente, hospedou-se na casa dele durante o tempo necessário para o
tratamento. A moradia recém-adquirida, havia sido reformada pelo proprietário
anterior, tendo sido erguida em terreno onde existira um casebre demolido para
dar lugar à nova construção. Conta Dona Yvonne que, fosse em meio às suas
orações habituais ou, inesperadamente, durante os afazeres domésticos, sua
visão espiritual mostrava no local de casa, um casebre, e, em vez do jardim com
suas bonitas árvores e folhagens, o piso de cerâmica e cimento, um pobre
terreno em ruínas, com canteiros de hortaliças ressequidas e alguns poucos
galináceos enfezados, além de utensílios imprestáveis esparsos por toda parte.
Dias depois, em desdobramento espiritual – outra de suas faculdades mediúnicas
-, viu que desaparecera a casa atual e, em seu lugar, viu apenas um terraço
com um casebre, coberto de telhas velhas, com janelas minúsculas, sem vidros, e
portas muito toscas, de tábuas grosseiras, e chão de terra batida. Algumas
plantações já arruinadas se deixavam ver, tais como couves, quiabos, jilós e,
sobrepondo-se a todas, pela quantidade, arbustos de ervilhas com estacas de
taquara. Compreendi que ali existira viçosa chácara de hortaliças, mas que a
decadência adviera depois (...). Dois ou três galos de briga, tipo chinês, iam
e vinham pelo terreno, ciscando e cacarejando. Lixo amontoado a um canto e
sinais suspeitos de fogo em círculo indicavam a esterqueira para o abuso às
plantas e também que o habitante do casebre fora dado à prática de magias, de "macumba", como vulgarmente é conhecida a dita prática no dialeto popular
brasileiro. Um negro ainda moço, ou o seu Espírito, corpulento, simpático,
cuidava das ervilhas com muita atenção, amarrando-as com tiras de ‘imbira’ às
estacas. Usava camisa branca andrajosa, calças escuras com muito uso, sujas de
terra, chapéu de feltro velhíssimo, e tudo oferecendo visão de extrema pobreza
e decadência. Pés descalços, inchados, como que atacados por elefantíase,
enquanto o corpo reluzia, deformado pela inchação. Aquela entidade chamara-se
Pedro, quando encarnada, residira no casebre, e que, agora, desencarnada, continuava no mesmo local, fixando o pensamento
no cenário passado e, por isso mesmo, construindo-o ao derredor de si, para seu
desfruto ou seu infortúnio, à força de tanto recordá-lo, sendo, portanto, esse
seu ambiente imediato, ou seja, tipo de criação mental sólida (...).
Compreendi, diz ela, que insólita confusão se estabelecera no entendimento do
pobre Espírito, o qual, via nova casa no local da sua e a reforma geral do
terreno, também continuava vivendo no seu amado casebre, o que equivale dizer
que, criando ele mesmo o seu ambiente, através das recordações fixadas na
mente, residia, como
Espírito, entre nós outros, os moradores do prédio novo”. Chico Xavier, em 1954, em viagem ao
litoral do Rio de Janeiro, certo amanhecer embrenhou-se por uma mata com os
amigos Arnaldo Rocha e Ênio Santos nas imediações da pensão em
que se hospedaram na cidade de Angra dos Reis na expectativa de avistarem uma
cachoeira ali existente. Assentando-se em grande pedra existente na clareira onde a mesma se
encontrava, em tom coloquial, Chico
comentou perceber no local em outra Dimensão, a presença de vários Espíritos –
homens, mulheres e crianças – num ritual. Indagado sobre mais detalhes disse
que o Benfeitor Emmanuel “esclarece
que são Espíritos simples, ingênuos. Pelo nosso calendário, poderíamos dizer
que encontram-se ainda no século XV, no mundo que lhes é próprio. Nós não
existíamos. Eles não nos veem e encontram-se em fase evolutiva bem acanhada. São
índios que habitavam estas glebas”. Outro episódio deriva de carta
psicografada em reunião pública em 17 de julho de 1976 pelo empresário Hilário Sestini, desencarnado em março
daquele ano, em consequência de um infarto do miocárdio, aos 55 anos.
Rememorando detalhes que marcaram seu desligamento do corpo, faz referência a procedimento
cirúrgico sofrido, já no Plano Espiritual na Casa de Saúde
Santa Therezinha, em São José do Rio Preto mesmo. Ao ouvir a leitura
da mensagem, seu irmão estranhou a citação pois, nascido e criado na mesma
cidade, nunca tinha ouvido falar naquele estabelecimento, questionando Chico sobre o fato, para que eventual
engano fosse esclarecido, o que, na verdade confirmaria, posteriormente, após
minuciosa pesquisa em publicações do anos 20 . Retornando a Uberaba (MG), pedindo mais explicações ao médium, ouviu
dele que “os Amigos Espirituais costumam se referir a construções antigas que
permanecem na retaguarda de construções atualizadas, até que as entidades
ligadas a esses conjuntos habitacionais, os abandonem por não mais necessitarem
deles nos vínculos mentais que, de certo modo, os retêm a determinadas
paisagens do eu próprio pretérito”. Esses depoimentos evidenciam a
superposição de Dimensões, de locais, de estados mentais no Mundo Espiritual,
onde cada um se situa na esfera mental compatível com sua realidade interior.
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
A Unica Saída
“Hoje, ouvimos falar de muitos crimes cometidos
por meninos de 10, 14 anos. Deveríamos tratar de códigos que dessem a
maioridade aos 14 anos. A criança é chamada a memorizar as suas vidas passadas
muito depressa, motivada pela televisão, etc.. Precisávamos da criação de leis
que ajudem a criança a não se fazer delinquente nem viciada”,
afirmou Chico Xavier em comentário cujo fragmento foi inserido na obra O EVANGELHO DE CHICO XAVIER pelo autor,
Carlos Antonio Baccelli. Considerando que a desencarnação do médium se deu em
julho de 2002, percebe-se como é atual e, como, torna-se urgente uma definição
por parte dos nossos legisladores. Os próprios autores d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS haviam respondido a Allan Kardec na Questão 796 – “- Uma
sociedade decadente tem certamente necessidade de leis mais severas;
infelizmente essas Leis se destinam antes a punir o mal praticado do que a
cortar a raiz do mal. Somente a educação pode reformar os homens, que assim não
terão mais necessidade de leis tão rigorosas”. O Codificador
propusera uma reflexão na mesma obra a partir da pergunta: “- Quando se pensa na massa de indivíduos diariamente lançados
na corrente da população, sem princípios, sem freios, entregues aos próprios
instintos, deve-se admirar das consequências desastrosas desse fato?”. E, ele mesmo vaticinaria que “quando
a educação moral for conhecida, compreendida e
praticada, o homem seguirá no mundo os hábitos de ordem e previdência para si
mesmo e para os seus, de respeito pelo que é respeitável, hábitos que lhe
permitirão atravessar de maneira menos penosa os maus dias inevitáveis. A desordem e a imprevidência são duas chagas que somente uma educação bem compreendida pode
curar. Nisso, está o ponto de partida, o elemento real do bem estar, a garantia
da segurança de todos”. Atravessamos o século 20, com mudanças
substanciais na família, a estrutura básica da sociedade. Crises, conflitos,
necessidades econômicas, distanciamento da fé, expansão nos países emergentes
de propostas religiosas sem espiritualidade real, aquela capaz de despertar o
Ser para a responsabilidade de viver. Contradições no comportamento de líderes,
muito mais comprometidos com seus próprios interesses que com os da
coletividade, aumentaram a insatisfação, insuflando a violência cujo fim é
imprevisível e consequências devastadoras. A grande discussão continua sendo o
combate aos efeitos, sem atacar-se as causas, especialmente porque os
resultados somente seriam perceptíveis após várias gerações. Uma avaliação dos
problemas político-sociais de áreas como a América Latina, Central, África,
Oriente Médio, Ásia revela o quanto as massas estão comprometidas com o
temporal, alheias ao espiritual. O que fazer? Acreditar que o trabalho em favor
do esclarecimento e despertamento haverá de resultar em mudanças progressivas,
especialmente com a introdução em nossa Dimensão de Espíritos mais amadurecidos
e o afastamento dos refratários à ideia de progresso, como explicado pelo
Espírito São Luiz, na ultima das respostas da obra inicial da Revelação
Espírita. Assim começaram as grandes navegações, assim materializaram-se as
grandes ideias, aquelas que mudaram o panorama do Planeta nos últimos 300 anos.
O desanimador quadro que se apresenta aos nossos olhos e raciocínios, é, na
verdade, um teste, um desafio para que testemunhemos nossa fé no amanhã
renovado. Como diz o Benfeitor Batuíra na mensagem FIDELIDADE, “não nos pede o Senhor votos reluzentes na boca, nem
promessas brilhantes. Jesus não necessita nem mesmo das nossas afirmações
labiais de fé, nem tampouco de manifestações adorativas. Conta, sim, com a
nossa fidelidade, sejam quais forem as circunstâncias. Se o dia resplende a céu
azul, tenhamos a coragem de romper com todas as sugestões de conforto próprio,
avançando à frente... Se a tempestade relampeia no teto do mundo, cultivemos
bastante abnegação para sofrer o granizo e o vento, demandando o horizonte que
nos cabe dirigir. De todos os lados, invariavelmente, chegarão apelos que nos
convidam à deserção. Elogios e injúrias, pedrada e incenso aparecerão, decerto,
como procurando entorpecer-nos a consciência, no entanto, a cavaleiro de uns e
outros, é imperioso recordar o Divino Mestre, na pessoa do próximo, e busca-lo
sem pausa, através do Bem incessante.
Somos poucos, no entanto, com Ele no coração, teremos o suficiente para
executar as obrigações com que fomos honrados. Saibamos conservar a fidelidade,
como quem alça ininterruptamente a luz nas trevas, pois que, em muitos lances
da vida, precisamos muito mais de lealdade no espírito que de pão para o corpo.
Para que semelhante vitória nos coroe o caminho, tanta vez solitário e espinhoso,
o segredo é suportar, e o lema é servir”.
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