Ernesto Bozzano dedicou uma de suas obras à compilação de
fatos sobre o que a denominada psicometria. Segundo ele, em ENIGMAS DA PSICOMETRIA (feb), ela “não
passa de uma das modalidades da clarividência, com características próprias que
lhe conferem um caráter especial, permitindo considera-las à parte”.
Através dessa percepção de que alguns sensitivos ou pessoas são mais dotados, estabelece-se
uma conexão entre eles e o objeto ou o meio, em que se encontra.
Próximo ou remotamente. Exemplificando, reunimos alguns casos para sua
avaliação do quanto é instigante o assunto. CASO 1 - Médium inglesa EDITH HAWTHORNE: Em contato com
uma pena arrancada a um pombo-correio, após longo voo, e um pequeno galho de
árvore, descreveu as impressões do pequeno animal durante o voo, assim como
acontecimentos desenrolados no próprio local em que se erguia o pombal, ao
passo que igualmente descrevia, não somente o que se passaria com a árvore,
isto é, seu desenvolvimento, a florescência, a distribuição da seiva e a
expansão das raízes, etc., mas também as impressões de vermes que viviam no
subsolo, onde se erguia a árvore, renunciando mesmo, em cinco horas de
antecipação, o motivo da inquietação dos vermes, ou seja, o desabamento do
subsolo onde se achavam, motivado pelas escavações de uma galeria de minério da
região. Tudo rigorosamente estudado e comprovado pelos experimentadores, que
residiam em Dudley, Inglaterra, onde a médium jamais fora, pois residia em
Londres. CASO 2 – Médium ELIZABETH DENTON – Em contato com um
fragmento de pedra de basalto negro de aparência um tanto peculiar, pesando
mais ou menos dois quilos de pedra recolhida de uma região de minério de chumbo
(Wisconsin, EUA), sem saber nada sobre o espécime, descreveu a história da
mesma pedra, desde que foi arrojada das profundezas de um vulcão, durante uma
erupção, relatando, como se ela mesma fosse pedra e os eventos com esta
ocorridos através dos séculos. CASO 3 – Médium brasileiro O.F.:
Um relógio quase bissecular, ganho de uma amiga que se desfazia dos pertences
do avô morto recentemente. Objeto avariado, posteriormente, consertado e
pendurado na sala do seu novo dono. Sempre que se defrontava com o mesmo,
sentia-se invadido por mal estar indefinível, se bem que rápido, o que o fez
muda-lo de lugar o que só piorou as coisas. Começou a acordar de madrugada,
ouvindo o choro de um homem, e não dormia mais, fato que se repetiu por vários
dias até que resolveu consultar um Espírito Amigo que lhe sugeriu levantar-se e
colocar a mão sobre o relógio o que fez. A cena mudou espetacularmente: já não
era o corredor, nem sua casa.; achava-se na biblioteca de um solar antigo na
Espanha. Este mesmo relógio pregado à parede funcionava; um homem sentado à
escrivaninha lia atentamente; notou ser a casa grande de uma herdade, fora da
qual nevava. Sorrateiramente, com passos leves e ágeis como os de um gato, pela
porta do fundo ao lado duma estante de livros, entrou um homem. Protegia-se do
frio com largo poncho cinza escuro, em cujos ombros havia laivos de neve.
Aproximou-se por detrás do leitor, vibrou-lhe violento golpe na nuca
estendendo-o de bruços no livro que lia. E relanceando os olhos ao redor,
buscava ansioso um objeto qualquer que lhe servisse de arma. Deparou com o relógio cujo pêndulo terminava
em pequena e acerada lâmina. Abriu-o, retirou-lhe o pêndulo às pressas, e
cravou-lhe nas costas da vítima, perfurando-lhe os pulmões. Golfadas de sangue
alagaram a mesa. O ferido ainda conseguiu gritar, atraindo gente. E, a visão se
dissipou. De novo viu-se na sala atual, ao lado do relógio. Narrando, dias
depois, sua visão à família de quem obtivera o relógio, ouviu de uma velhinha
presente, que a peça pertencera ao seu bisavô, um inglês radicado na Espanha.
Plantador de uvas, remunerava mal os camponeses a seu serviço no verão,
impondo-lhes grandes privações nos longos meses de inverno. Duro de coração,
não os socorria nem com migalhas, levando um de seus empregados a premeditar
sua morte, o que fez, segundo diziam, perfurando-lhe os pulmões com
o pêndulo daquele relógio. Detalhes curiosos: o descendente e proprietário
recente, morrera de tuberculose que lhe destruíra os pulmões e o pêndulo,
embora seja o original, já não tinha a lâmina. No caso em questão, tudo indica
que o homicida de outrora seja o detentor do relógio recuperado por O.F., que expiou seu crime, amargando a
doença
pulmonar que lhe consumiu os últimos dias da existência terminada
no século XX. Os três casos aqui reunidos, destacam-se dos livros ENIGMAS DA PSICOMETRIA ( feb), de Ernesto Bozzano; MEMÓRIA CÓSMICA (lachâtre), de Hermínio
Miranda e EVANGELHO DAS RECORDAÇÕES
(pensamento), de Eliseu Rigonatti.
Compartilhamento de informações reveladoras disponibilizadas pelo Espiritismo ampliando nosso nivel cultural
faça sua pesquisa
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
terça-feira, 29 de outubro de 2013
O Mal do Mêdo
Relata Allan Kardec no número de outubro de 1858 da REVISTA ESPÍRITA, que na reunião de 14
de setembro passado, foi proposta ao dirigente Espiritual dos trabalhos, uma
questão derivada de notícia publicada no periódico Moniteur, de 26 de
novembro de 1857, muito ilustrativa. Segundo a nota, o Dr F. voltara para casa depois
de ter feito algumas visitas aos seus doentes. Numa destas havia, ganho uma
garrafa de excelente rum, importado diretamente da Jamaica. O médico esqueceu
no carro a garrafa precisa. Lembrando-se um pouco mais tarde, foi procura-la e
declarou ao chefe do estacionamento, que havia deixado num dos veículos uma
garrafa de um veneno muito violento e o aconselhou a prevenir aos cocheiros que
tivessem o maior cuidado em não fazer uso daquele líquido mortal. Mal retornara
ao seu apartamento, vieram chama-lo apressadamente, pois três cocheiros do
vizinho estacionamento sofriam dores abdominais horríveis. Foi com muita
dificuldade que os convenceu de que tinham bebido excelente rum e que sua
indelicadeza não poderia ter tido mais consequências que aquele castigo
imediato aos culpados”. Kardec pediu à Espiritualidade uma explicação fisiológica desta transformação
das propriedades de uma substância inofensiva, já que sabemos que, pela ação
magnética, pode ocorrer tal transformação; mas no caso vertente não houve
emissão de fluido magnético agindo apenas a imaginação e não a vontade. O
Espírito São Luiz disse que o raciocínio sobre a imaginação estava correto,
contudo, “os Espíritos maus, que induziram aqueles homens a cometer um ato
indelicado, se serviram de outro procedimento: fizeram passar pela corrente
sanguínea, na matéria, um ‘arrepio de medo’, que bem poderia ser chamado
de ‘arrepio magnético’. Este distende o sistema nervoso e produz um
esfriamento em certas partes do corpo. Na região abdominal pode ocasionar cólicas”.
Acrescenta que “é, pois, um meio de punição que diverte os Espíritos que fizeram
cometer o furto, ao mesmo tempo que os faz rir à custa daqueles a quem fizeram
errar. Em todo caso não seria verificada a morte: é simples lição para os
culpados e divertimento para os Espíritos levianos. Assim procedem, sempre que
se lhes oferece oportunidade, que até procuram, para sua satisfação. Podemos evitar
isso – e falo para vós – elevando-nos a Deus por pensamentos menos materiais
que os ocupavam o Espírito daqueles homens. Os Espíritos maus gostam de se
divertir. Cuidado com eles. Aquele que julga dizer uma frase agradável
às pessoas que o cercam e que diverte uma sociedade com piadas e atos, por
vezes se engana e, mesmo muitas vezes, quando pensa que tudo isso vem de si
próprio. Os Espíritos levianos, que o cercam, com ele de tal modo se
identificam, que pouco a pouco o enganam a respeito de seus pensamentos,
enganando também àqueles que o ouvem. Neste caso pensais estar tratando com um
homem de Espírito que não passa de um ignorante. Observai-vos e julgai minhas
palavras. Nem por isso são os Espíritos Superiores inimigos da alegria: por
vezes gostam de rir para se vos tornarem agradáveis. Todavia, cada coisa tem o
seu momento oportuno”. Refletindo sobre o que foi dito, Kardec amplia a
análise feita, considerando outra possibilidade: -“Dizer que no caso vertente não havia emissão de fluidos magnéticos
talvez não fossemos muito exatos. Aqui aventuramos uma suposição. Como o
dissemos, sabe-se que transformações das propriedades da matéria se podem operar sob a
ação do fluido magnético, dirigido pelo pensamento. Ora,
não é possível admitir que, pelo pensamento do médico, que queria fazer crer na
existência de um tóxico e dar aos ladrões as angústias do envenenamento, tivesse havido à distância
uma espécie de magnetização do líquido que, assim, teria adquirido
novas propriedades, cuja ação teria sido corroborada pelo estado moral dos indivíduos, a
quem o mêdo tornara
impressionaveis? Esta teoria não destruiria a de São Luiz sobre a
intervenção dos Espíritos levianos em semelhantes circunstâncias. Sabemos que
os Espíritos agem fisicamente por meios físicos; podem, pois, a fim de realizar
certos desígnios, servir-se daqueles que eles mesmos provocam e que nós lhes
fornecemos inadvertidamente”.
domingo, 27 de outubro de 2013
Por trás Das Câmeras
“Avise a família do Vannuccinho que ele não deve fazer a operação de apêndice,
pois isso poderá trazer-lhe sérias complicações. O que ele tem é o início de
uma tuberculose, que precisa ser combatida imediatamente. A família, católica,
buscou na compreensão de meu pai, Antônio Vannucci, a decisão final: -‘Por via
das dúvidas, vamos adiar essa operação e fazer uma chapa dos pulmões’. E, como
informara minha amiga espiritual, Maria Modesto Cravo, realmente era o início
de uma tuberculose”. Este, talvez, o primeiro encontro objetivo de Augusto Cezar Vannucci, com a
Espiritualidade. Menino prodígio,
natural de Uberaba (MG), quando garoto, cantava na sorveteria Linde, na PRE-5,
emissora de rádio local e, aos 5 anos de idade, apresentou-se no Cassino, que
funcionava no local da Exposição Agropecuária, época em que o jogo era legal no
Brasil. Isso lhe proporcionou encontro com grandes artistas como Vicente Celestino, Francisco Alves, Vassourinha,
Luiz Gonzaga, Procópio Ferreira que teriam grande importância em seu
futuro. Anos depois, recorda ele, em sua autobiografia, que tentando inserir-se
no mundo artístico do Rio de Janeiro (RJ), em meio a um dilema entre aproveitar
uma bolsa de estudos em Paris e um contrato para estrear uma peça, que em
sonho, um Amigo Espiritual lhe
revelou que eu deveria ficar na cidade de São Sebastião. Ao acordar, disse à
sua mãe: -“Meu Deus!. Sonhei que devo morar em uma cidade chamada São Sebastião.
Será que vou voltar para o interior?”. E ela retrucou: -“Mas, como interior?
Você já está na cidade de São Sebastião. São Sebastião do Rio de Janeiro”.
Tempos depois, passando alguns dias em Uberaba, atende ao convite de um amigo
para irem visitar Chico Xavier, à
época já residindo na cidade do Triângulo Mineiro. Tendo ficado como
hipnotizado, vendo Chico realizar
seu trabalho de psicografia e leitura de uma mensagem do Benfeitor Emmanuel, ouviu dele ao final das
atividades programadas para a noite, em meio a um cafezinho: -“Vannucci,
num futuro não muito distante, você estará divulgando a Doutrina do Cristo, faz
parte do seu compromisso”. Sem compreender direito, respondi levado
pelo impulso: -“Meu caro Chico, agora que sou ator de teatro, acredito que dentro de
pouco tempo poderei encenar uma peça espírita, baseada em livros psicografados
por você”, recebendo do médium um sorriso e o comentário: -“Isso
é um compromisso, Vannucci, que Deus o abençoe!”... A vida seguiu em
frente com ele absorvendo-se em experiência que variavam do casamento, ao
teatro, deste ao cinema com ele sempre repetindo a Chico quando o avistava o mesmo texto sobre o teatro espírita, sem
conseguir materializá-lo. A televisão começava a ganhar cada vez mais espaço,
atraindo as principais estrelas do meio, enquanto ele, emocionalmente, vivia
momentos de angústia e incompreensão, parte como resultado de sua própria mediunidade
desajustada, que o fez descobrir que a mediunidade desassociada
do Cristo provoca desajustes profundos. Tempos depois, num encontro
entre amigos, no pequeno apartamento onde morava, em determinado instante, em
meio a algumas bebidas e salgadinhos o amigo Jandir Motta (médium), foi tomado por um Espírito cuja voz sugeria ser uma mulher na última existência.
Era sua velha amiga Zaquia Jorge que
foi logo esclarecendo: -“Vannucci, algumas pessoas pensam que me
matei naquela tarde na Barra da Tijuca, mas não é verdade. Eu havia almoçado,
mergulhei no mar e sofri uma congestão, o que me levou a desencarnar. Sofri por
longo tempo, socorrida por Amigos Espirituais, acabei compreendendo a razão da
vida, porque nascemos, porque vivemos, quem somos nós. E estou, aqui, com a incumbência
de Espíritos Superiores, para lhe trazer um pedido: semanalmente, promova uma
reunião espírita com o objetivo de socorrer artistas encarnados e
desencarnados. Essa corrente de artistas beneficiará vários companheiros
nossos, desencarnados, que ainda permanecem presos às emoções dos teatros, “boites”
e televisão, não conseguindo alcançar estágio de desprendimento que os leve à
libertação da alma. Suas paixões os mantém ligados aos antigos locais de trabalho.
Comigo, nesta tarefa, uma falange grande de artistas se dispõe a cooperar para
que a libertação dos nossos companheiros ocorra. Dolores Duran manda um abraço.
Pede-me para dizer-lhe: -“Vannucci, você estava com a razão, a alma é imortal”.
Surgiu, a partir daí, o Grupo Espírita “Seareiros
de Jesus, que por décadas, socorreu muitos companheiros. Os Espíritos
sugeriram ainda propor à Rede de Televisão à qual serviu desde o nascimento, a
série BRASIL ESPECIAL, cuja proposta era falar da vida, música e
emoções dos compositores brasileiros, muito preocupados com a memória, cultura
e preservação dos valores culturais mais autênticos e genuínos da vida
brasileira. Muitas outras vivências contadas por ele na obra DE
AVE CESAR A AVE CRISTO (ed maio), revelam a presença dos Espíritos
Amigos em sua retaguarda, inspirando a produção dos 1601 programas que dirigiu pessoalmente, 180 peças teatrais,
filmes, shows e uma grande preocupação com a cultura brasileira, colocaram Augusto Cezar Vannucci entre os maiores
trabalhadores do mundo da comunicação
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Uma Longa Viagem
“O Espírito dorme no mineral, sonha no vegetal, agita-se no animal e
desperta no homem”, constitui-se numa síntese de autoria aparentemente
desconhecida que sugere o caminho da evolução até o ponto em que nos
encontramos. Essa visão hoje encontra em alguns estudiosos, encarnados e
desencarnados, elementos que ampliam e reforçam a ideia. No livro O CONSOLADOR (1940, feb), o Espírito Emmanuel através de Chico Xavier escreveu que ““A escala do progresso é sublime e
infinita(...). O mineral é atração. O vegetal é sensação. O animal é instinto.
O homem é razão. O anjo é divindade”.
Facilitando nosso entendimento, começamos por lembrar que entre os séculos
XVI/XVII, um filósofo racionalista alemão chamado Gottfried Von Leibniz (1646-1716), concebeu a tese de que há
uma infinidade de substâncias individuais denominadas “Mônadas”. Segundo
ele, a Mônada “é um organismo
muito simples, que se poderia tomar por uma unidade orgânica; qualquer
microrganismo unicelular. No sistema filosófico de Leibniz (1646-1716), “uma unidade
substancial, simples, ativa, indivisível e impenetrável, elemento básico
constituinte da realidade física. São
consideradas átomos da natureza, isto é, elementos simples que
compõem todas as coisas. Assim como os átomos as MÔNADAS não possuem nenhuma
matéria ou caráter espacial, se diferenciando deles por sua completa mútua
independência”. No final da
década de 50, se servindo de dois médiuns – Chico Xavier e Waldo
Vieira -, residentes em cidades diferentes e distantes, o Espírito André
Luiz repassa para nossa Dimensão o que apurou em suas pesquisas no Plano
Espiritual sobre as origens dos princípios espiritual e material, na excelente
obra EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS(1958,feb), avançando nesse conceito e
oferecendo-nos interessantes elementos para reflexões. Entre estes
destacamos “Toda a matéria é energia tornada visível, e toda a energia, originariamente, é força divina de que
nos apropriamos para interpor os nossos propósitos aos propósitos da Criação”, e, mais à frente, “no seio dos Planetas, as MÔNADAS
CELESTES encontram adequado berço ao desenvolvimento”. Noutro
ponto, diz que “trabalhadas no
transcurso dos milênios, pelos operários espirituais que lhe magnetizam os
valores, (...), sob a ação do calor interior e do frio exterior, as MÔNADAS CELESTES exprimem-se no mundo
através da rede filamentosa do
protoplasma de que se lhes derivaria a existência organizada no Globo
constituído. Séculos de atividade
silenciosa perpassam sucessivos. Aparecem
os vírus e, com eles, surge o campo primacial da existência, formado por
nucleoproteínas e globulinas, oferecendo clima adequado aos PRINCÍPIOS INTELIGENTES
ou MÔNADAS FUNDAMENTAIS (...), evidenciando-se, desde então, as bactérias elementares, cujas espécies
se perderam nos alicerces profundos da evolução, lavrando os minerais na construção do solo, dividindo-se por raças e grupos numerosos, plasmando,
pela reprodução assexuada, as células primevas, que se responsabilizariam pelas
eclosões do reino vegetal em seu início”. Sobre isso, vale uma leitura
do capítulo 19 de A GRANDE SÍNTESE (lake), do italiano Pietro Ubaldi,
uma obra mediúnica, onde encontramos: -“Das
formas dinâmicas, passa-se às psíquicas, começando pelas inferiores
em que o psiquísmo é mínimo: os
cristais. Nestes a matéria não soube atingir organizações mais complexas do que
as de unidades químicas coletivas, que representam tudo quanto de Alfa a
matéria pode conter, o psiquismo
físico, que é o ínfimo psiquismo
da substancia. Os cristais são
sociedades moleculares, verdadeiros povos organizados e regidos por um
princípio de orientação matematicamente preciso e neste princípio está o já
mencionado psiquismo”. Sobre o assunto, vale a pena também conhecer
a visão do estudioso psiquiatra Jorge Andreia dos Santos no IMPULSOS
CRIATIVOS DA EVOLUÇÃO (capítulo 2), sobre as almas-grupo.Como o espaço não permite maiores aprofundamentos
sobre os Reinos Vegetal, Animal (irracional) e Animal (racional),
concluímos com dados de André Luiz
no livro já citado, afirmando que “O princípio inteligente gastou, desde
o vírus e as bactérias das primeiras horas do protoplasma na Terra, mais ou
menos 15
milhões de séculos,(...), a fim de que pudesse lançar as suas primeiras
emissões de pensamento contínuo para os Espaços Cósmicos” (EDM,6), informação que, por sinal, havia
repassado de forma mais abrangente no capítulo 3, dizendo: - “Com o título de homem (...), dotado de
raciocínio e discernimento, o Ser, despendeu para chegar aos primórdios da
Época Quaternária (há 200 mil anos), em que a Civilização elementar do siléx
denuncia algum primor de técnica, nada menos de um bilhão e meio de anos”.
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Caso Curioso
Entre as matérias do número de maio de 1860 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec incluiu
na seção Palestras Familiares de Além-Túmulo, o resultado de uma
evocação levada a efeito na reunião da Sociedade
Espírita de Paris de 25 de novembro de 1859. A razão da mesma, um fato
bastante singular. Segundo o Jornal de
La Nièvre, um acidente ocorrido no sábado anterior na Estação da Estrada de
Ferro, resultou na morte horas depois, de um homem de sessenta e dois anos
chamado Jardin, quando este deixava
o pátio da mesma e foi colhido pelos varais de um tílburi, veículo para
transporte de passageiros, de tração animal, comum na época. O acontecimento
revelou uma história extraordinária que, não mereceria crédito, se não tivesse
sido testemunhada por várias pessoas que a afirmaram autêntica. Segundo o
jornal. Jardin, oito anos antes,
perdera a esposa vitimada por complicações pulmonares, levando-o a mudar de
onde morava para a cidade de Nevers, onde, empregou-se num entreposto de tabaco
ali existente. Empregado trabalhador, era muito piedoso, de uma devoção
exaltada e se entregava com fervor às práticas religiosas, tendo inclusive um
genuflexório em seu quarto, no qual gostava de se ajoelhar. Na sexta-feira à
noite, encontrando-se só com a filha, anunciou-lhe, repentinamente, que um
secreto pressentimento o advertia que seu fim estava próximo, comunicando-lhe
suas ultimas vontades: -‘Quando eu estiver morto’, disse ele,
‘remeterás
ao sr B.., a chave do meu genuflexório para que ele leve o que ali encontrar e
deposite em meu caixão’. Admirada com a brusca recomendação, a
senhorita Jardin, não sabendo bem se o pai falava sério, perguntou-lhe o que se
acharia no genuflexório. A princípio recusou responder, mas ante sua insistência,
revelou-lhe que o que ali se achava eram os restos de sua mãe. Informou que na
noite que precedeu a mudança deles da aldeia onde residiam, quando todos
dormiam, sentindo-se muito só, foi ao cemitério. Com uma pá, cavou até
encontrar os restos do que fora sua companheira e, não querendo separar-se
desses preciosos despojos, tinha recolhido os ossos, guardando-os no
genuflexório. Ante a estranha confidência, a filha, um pouco amedrontada, mas
sempre duvidando de que o pai falava sério, lhe prometeu conformar-se com suas
vontades, persuadida de que ele queria divertir-se à sua custa, e que no dia
seguinte lhe daria a palavra pedida. O que sucedeu foi que o acidente
determinou sua morte. Na tentativa de reanima-lo ao abrir-lhe a camisa, para
surpresa dos presentes, viu-se sobre o coração um saco de couro amarrado em
volta de seu corpo. Um corte feito pelo médico chamado para atestar-lhe a
morte, separou o saco em duas partes, de onde escapou uma mão seca.
Lembrando-se do pedido do pai, chamados os marceneiros, ao abrirem o
genuflexório encontraram no fundo, os restos da senhora Jardin, que conforme
seu pedido, foram colocados com ele em sua sepultura. No diálogo conduzido por
Kardec na reunião a que foi evocado, disse não saber como, mas fora sido
atraído para a mesma; que no momento estava com um homem encarnado de quem
gostava, acompanhado do Espírito de sua mulher; que fora prevenido de sua morte
por ela, após uma prece; que ela sempre
esteve ao seu lado; que embora cresse nisso, não eram os restos mortais dela
que a mantinham junto a ele, mas seu pensamento fixo; que ela o recebera e
esclarecera no momento da morte; que sua ligação com ela se dia ao fato de que
ela tinha de guia-lo em sua vida material; que sua afeição à esposa não tinha
relação com relações de outras vidas; que teve consciência de si mesmo ao cabo
de pouco tempo, acredita que por ter uma fé intuitiva na imortalidade da alma;
que em sua existência anterior fora um pobre camponês e, na anterior, havia
sido um religioso, sincero e devotado ao estudo; que se sentia feliz, por estar
ao lado de alguém que amava e, de quem sentia falta além de ter sido um homem
honesto e devotado a Deus; ocupando-se em inspirar o desejo do Bem junto ao
encarnado que citara no início da entrevista”.
sábado, 19 de outubro de 2013
Para Pensar
Fonte de inspiração para poetas está, na verdade, ligada ao
movimento das marés, o nascimento de crianças, e, em suas fases, a períodos
recomendáveis de plantio na agricultura, corte de cabelos, etc. Na verdade é o
satélite natural da Terra. Aparentemente, um “terreno baldio” na periferia
deste imenso “condomínio” em que vivemos. Na possuindo luz própria, reflete a do
Sol. Em conteúdos confiáveis do meio espírita, algumas informações para
pensarmos. Um deles, na obra A CAMINHO
DA LUZ (feb,1938), onde o Espírito Emmanuel, a partir de pesquisas em
arquivos da Espiritualidade, procurando sintetizar a evolução planetária e dos
seus habitantes desde sua formação na estrutura do Sistema Solar, explica que “o
programa de trabalhos a realizar-se na Terra requeria o concurso da Lua, nos
seus mais íntimos detalhes. Ela seria a âncora do equilíbrio terrestre nos
movimentos de translação que o Globo efetuaria em torno da sede do Sistema; o
manancial de forças ordenadoras da estabilidade planetária e, sobretudo, o orbe
nascente necessitaria da sua luz polarizada, cujo suave magnetismo atuaria
decisivamente no drama infinito da criação e da reprodução de todas as
espécies, nos variados reinos da Natureza”. Um interessante aparte, podemos fazer
destacando observação contida em MISSIONÁRIOS
DA LUZ (feb,1945),onde no capítulo 7, o Instrutor Alexandre diz a André
Luiz, autor do livro, que “os raios solares, nas horas diurnas,
destroem grande parte das criações mentais inferiores dos doentes em estado
melindroso, não acontecendo o mesmo à noite, quando o magnetismo lunar favorece as criações de
qualquer espécie, boas ou más”. Nos anos 70, o jornalista Fernando
Worm, lembrou resposta do médium reproduzida na obra LIÇÕES DE SABEDORIA DE CHICO XAVIER (fe,1996), em que este afirmara que “a lente do homem é o olho humano
ampliado sendo infinita a gradação entre as formas materiais densas e as mais
sutis e etéreas”, acrescentado que “a Lua, supostamente deserta, possui imensos educandários
ali sediados para benefício de milhares de criaturas sem o corpo terrestre”.
Anos depois, conforme dialogo havido com Heigorina Cunha, de Sacramento (MG),
reproduzido no livro VALIOSOS
ENSINAMENTOS DE CHICO XAVIER (ide, 2008), o autor Cezar Carneiro conta que
a médium diz ter ouvido de Chico que “os Espíritos ligados ao mal estão sendo
excluídos da Terra. Com a permissão de Jesus, os Benfeitores Espirituais os
levam para a Lua. De lá são conduzidos para mundos bem mais inferiores que o
nosso(...). A Lua é uma plataforma da Terra”. No ano seguinte, o
Instituto de Difusão Espírita (Ide), de Araras (SP), publicou a obra HERDEIROS DO NOVO MUNDO escrito pelo Espírito
Lúcius pelo médium André Luiz Ruiz, onde no capítulo 42, em desdobramento
espiritual de dois encarnados, o Dr. Bezerra de Menezes, a fim de mostrar-lhes
a situação de legiões de Espíritos retirados da atmosfera espiritual do Globo
terrestre por não terem atingido o nível que lhes garantirá a permanência na
nova fase em que se eleva o Planeta, os conduz até nosso satélite artificial
onde permanecem estacionados aguardando sua transferência para outros orbes
onde seguirão sendo conduzidos na direção da evolução. Descreve o autor do
trabalho: -“O ambiente espiritual da Lua estava transformado pelo constante
abastecimento de entidades retiradas das esferas vibratórias ao redor do núcleo
rochoso da Terra. Por isso, seu clima psíquico era lastimável. Multidões em
movimento de manadas animalescas se atritavam, agarrando-se aos antigos vícios
e condutas que caracterizavam seus interesses comuns. Violência e perversidade
se conjugavam no entrechoque do ódio, do desejo do mal, da revolta e do crime (...).
Inconformadas com o afastamento compulsório do ambiente terreno de onde
julgavam que jamais seriam banidas, estas entidades se hostilizavam mesmo
quando pareciam estar unidas pelo pavor do desconhecido. Aquelas almas sabiam,
no íntimo, que algo muito grave lhes ocorria, e o temor do futuro lhes
repercutia nas condutas desesperadas. Seres monstruosos, animalescos, tirados
das entranhas da Terra, como que libertados de cadeias lodosas, se arrastavam,
asselvajados, confusos e violentos diante da nova condição (...). Por toda
parte a desolação e o desespero, sem portas para a fuga através do suicídio, da
morte deliberada, do enlouquecimento. Em verdade, a loucura já se havia
instalado no seio de cada um deles (...). Magnatas ególatras, governantes
corruptos, ditadores despóticos, líderes religiosos indignos, conquistadores
ambiciosos, magistrados venais, cientistas doentes da inteligências, homens e
mulheres inferiorizados pelos hábitos pecaminosos de sua vida pessoal, por toda
parte se viam assustados na companhia de outros seres ainda grotescos. Haviam
sido gozadores do mundo, os que conquistaram as recompensas terrenas, os que
cultivavam o Bezerro de Ouro que, finalmente, encontravam-se no reino que tanto
lhes havia seduzido”.
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Bem Diferente do Que se Pensa
“Um reino espiritual, dividido e atormentado, cerca a experiência
humana, em todas as direções, intentando dilatar o domínio permanente da
tirania e da força”. A afirmação foi feita em palestra proferida por um
dirigente da Colônia Espiritual NOSSO
LAR, situada no Plano Astral, ao norte da cidade do Rio de Janeiro (RJ),
segundo o médium Chico Xavier. Mais à frente, ele amplia nossa compreensão
dizendo: -“Para lá das fronteiras que guardam ciosamente a alma encarnada,
amparando-a com limitada visão e benéfico esquecimento, começa vasto império
espiritual, vizinho dos homens. Aí se agitam milhões de Espíritos imperfeitos que
partilham, com as criaturas terrenas, as condições de habitalidade da Crosta do
Mundo. Seres humanos, situados noutra faixa vibratória, apoiam-se na mente
encarnada, através de falanges incontáveis, tão semiconscientes na
responsabilidade e tão incompletas na virtude, quanto os próprios homens”.
Acrescenta que “incapacitados de prosseguir além do túmulo a caminho do Céu que não
souberam conquistas, os filhos do desespero organizam-se em vastas colônias de
ódio e miséria moral, disputando, entre si, a dominação da Terra (...). Mentes
cristalizadas na rebeldia, tentam solapar, em vão, a Sabedoria Eterna, criando
quistos de vida inferior, na organização terrestre, entrincheiradas nas paixões
escuras que lhes vergastam as consciências. Conhecem inumeráveis recursos de
perturbar e ferir, obscurecer e aniquilar (...). Os homens terrenos que, semi-libertos
do corpo, lhes conseguiram identificar, de algum modo, a existência, recuaram,
tímidos e espavoridos, espalhando entre os contemporâneos as noções de um
inferno punitivo e infindável, encravado em tenebrosas regiões além da morte”.
Os apontamentos preservados nas páginas do livro LIBERTAÇÃO (feb,1949) psicografado por André Luiz através do
médium Chico Xavier, inclui ainda interessante observação do Espírito Gúbio
no qual explica que “nossa mente é uma entidade colocada entre forças inferiores e superiores,
com objetivos de aperfeiçoamento. Nosso organismo perispiritual, fruto sublime
da evolução, quanto ocorre ao corpo físico na esfera da Crosta, pode ser
comparado aos polos de um aparelho eletromagnético. O Espírito encarnado sofre
a influenciação inferior,
através das regiões em que se situam o sexo e o estomago, e recebe estímulos superiores,
ainda mesmo procedentes de almas não sublimadas, através do coração e do cérebro.
Quando a criatura busca manejar a própria vontade, escolhe a companhia que prefere
e lança-se ao caminho que deseja. Se não escasseiam milhões de influxos
primitivistas, constrangendo-nos, mesmo aquém das formas terrestres, a entreter
emoções e desejos, em baixos círculos, e armando-nos quedas momentâneas em
abismos do sentimento destrutivo, pelos quais já peregrináramos há muitos
séculos, não nos faltam milhões de apelos santificantes, convidando-nos à
ascensão para a gloriosa imortalidade”. Mais à frente, comenta que “milhões
de pessoas, depois da morte, encontram perigosos inimigos no medo e na vergonha
de si mesmas. Nada se perde, no círculo de nossas ações, palavras e
pensamentos. O registro de nossa vida opera-se em duas fases distintas,
perseverando no exterior, através dos efeitos de nossa atuação em criaturas,
situações e coisas, e persistindo em nós mesmos, nos arquivos da própria
consciência, que recolhe matematicamente todos os resultados de nosso esforço,
no Bem ou no mal., ao interior dela própria. O Espírito, em qualquer parte,
move-se no centro das criações que desenvolveu. Defeitos escuros e qualidades
louváveis envolvem-no, onde se encontre. A criatura na Terra (...), ouve
argumentos alusivos ao Céu e ao Inferno e acredita vagamente na Vida Espiritual
que a espera, além túmulo. Mais cedo que possa imaginar, perde o veiculo de
carne e compreende que não se pode ocultar por mais tempo, desfeita a máscara
do corpo sob a qual se escondia à maneira da tartaruga dentro da carapaça.
Sente-se tal qual é e receia a presença dos filhos da luz, cujos dons de
penetração lhe identificariam, de pronto, as mazelas indesejáveis(..). Em razão
disso, as almas decaídas, num impulso de revolta contra os deveres que nos
competem a cada um, nos serviços de sublimação, aliam-se umas às outras através
de organizações em que exteriorizam, tanto quanto possível, os lamentáveis
pendores que lhes são peculiares”. Em outras palavras, “ninguém
foge de si mesmo” ou como preveniu Jesus “a cada um conforme as próprias
obras”.
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Riscos
domingo, 13 de outubro de 2013
Uma Visão Prática
Bem, se o “Mundo Espiritual é o principal na ordem das
coisas por preexistir e sobreviver a tudo” como informa O LIVRO DOS ESPÍRITOS, o que se
confirma pelo comentário do físico brasileiro Marcelo Gleiser apoiado na TEORIA
DAS SUPERCORDAS em seu livro CRIAÇÃO
IMPERFEITA (record,2010) no qual diz que “mesmo que as Dimensões do Espaço
sejam impercepitiveis, são elas que determinam a realidade física em que
vivemos”, como seria controlado o retorno dos Espíritos à nossa
Dimensão? Até onde sabemos a gestação materializa o novo corpo a ser utilizado
pelos Espíritos nas experiências iniciadas na concepção. Mas, e antes? O que
determina o local, as pessoas entre as quais renascerá o Ser, as condições
adequadas a suas necessidades expiatórias e evolutivas? Em uma das obras por
ele elaboradas, Allan Kardec delineia alguns dos fatores relacionados a essas
duvidas. É em O CÉU E O INFERNO, o
quarto dos que compõe a chamada Codificação Espírita. A obra desconhecida por
grande parte dos seguidores do Espiritismo está organizada em duas partes. A
primeira analisando a visão do problema da morte no lado Ocidental, resgatando
informações do porque do medo incutido pelas religiões sobre o que nos aguarda
no retorno ao Plano Existencial de onde saímos um dia para reencarnar. A
segunda reunindo mais de seis dezenas de depoimentos obtidos nas reuniões da SOCIEDADE ESPÍRITA DE PARIS e agrupados
conforme o tipo de morte, colhendo dados como sensações, impressões,
reencontros, localização na nova condição, entre outros. Especificamente na
primeira metade, podemos encontrar no capítulo 7, o que ele chama de CÓDIGO PENAL DA VIDA FUTURA, de onde destacamos, em parte, 12 dos 32 Artigos do referido roteiro. Permitem-nos raciocinar e
meditar sobre o tema: 1 - O
Espírito sofre, quer no Mundo
Espiritual, quer no Corporal, a
consequência de suas imperfeições 2 - Não
há uma única imperfeição da alma que não resulte em funestas e
inevitáveis consequências 3 - O Bem e o Mal são
rigorosamente considerados, não havendo uma
só ação, um só pensamento que não tenha consequências fatais 4 - Toda falta cometida, todo mal realizado é uma dívida
contraída que deverá ser paga. 5 - O Espírito
carrega consigo o próprio castigo ou prêmio. 6 - A
responsabilidade das faltas é toda pessoal, ninguém sofre por erros alheios,
exceto se a eles dê origem. 7 - Arrependimento, expiação e reparação constituem as três
condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências 8 - O arrependimento
pode dar-se por toda parte e em qualquer tempo. A expiação consiste nos sofrimentos físicos e morais que lhe
são consequentes. A reparação consiste em fazer bem àqueles a quem havia
feito o mal. 9 - A expiação varia segundo a natureza e
gravidade da falta 10 - Sendo toda
imperfeição fonte de sofrimento, o Espírito deve sofrer não somente pelo mal que fez, pelo bem que deixou de fazer na
vida terrestre como pelas consequências de sua omissão. 11 - A situação do Espírito, no Mundo Espiritual, não é outra
senão a por si preparada na vida corpórea. 12 - O
único meio de evitar ou atenuar as consequências futuras de uma falta, está no repara-la,
desfazendo-a no presente.
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
Muito Além de Uma Revelação
As cartas psicografadas publicamente pelo médium Chico
Xavier de forma mais intensiva a partir de 1971, são fonte de pesquisa
surpreendente sobre as realidades encontradas por todos aqueles que concluíram
o programa expiatório em nossa Dimensão. Nelas, a confirmação de muitos
aspectos revelados pelo Espiritismo. Um deles mostra que - com objetivos
terapêuticos -, muitos dos surpreendidos pela inevitável morte, puderam ser
submetidos às experiências de regressão de memória para entenderem as razões da
interrupção de sua jornada física. Casos como o dos irmãos Fortunato mortos por afogamento em Mogi das
Cruzes (SP), quando brincavam ao redor de piscina em fazenda de um amigo de
seus pais; do Professor Oswaldo Martins, após capotamento de
seu carro nas imediações de Macaé (RJ) quando iniciava viagem de férias com a
família; Fausto João Stuqui após queda de avião de pequeno porte que
pilotava na região de Votuporanga (SP), são exemplos eloquentes sobre os
mecanismos da LEI DE CAUSA E EFEITO. O processo que começou ganhar
metodologia definida após a década de 70 em nosso Plano Existencial, é visto
com cautela por vários Orientadores Espirituais, ante o risco de estabelecer
ligações mento-emocionais com Espíritos vinculados ao passado do paciente cuja
localização, para eles, mostrava-se difícil por fatores como o novo corpo
físico e a região do renascimento. Esse reavivamento das lembranças
arquivadas no inconsciente citado pelo Espírito André Luiz desde em obras
como NOSSO LAR ( feb,1943), NO MUNDO MAIOR (feb,1947), ENTRE A TERRA E O CÉU (feb,1952), AÇÃO E REAÇÃO (feb,1957), ao que tudo
indica é possível através de diferentes técnicas. É o que conta Luiz
Ricardo Maffei, jovem engenheiro desencarnado aos 26 anos, em Sorocaba
(SP), em consequência de Lúpus Agudo. Um dentre os centenas
de Espíritos que se manifestaram por Chico Xavier, oferece-nos em algumas
das 13 mensagens escritas, dados curiosos. Dois deles na sexta carta, datada de
21 de fevereiro de 1987. Escreveu ele: -“Serei tão sucinto quanto possível na
exposição do caso. O senhor sabe que, em
toda parte, é possível fazer amigos e eu entrei um deles na pessoa do Joaquim
Pereira da Silva, um cavalheiro de alta severidade com a família que deixou no
Rio de Janeiro, cujas ideias abertas e francas me faziam meditar. Joaquim se
queixava de obsessores no lar, conturbando a esposa e as filhas, chegando a
estabelecer um clima de antagonismos sistemáticos entre elas. A companheira
viúva e três filhas viviam em querelas por pequeninas razões claramente
evitáveis. E Joaquim, desencarnado, lhes agravava as relações alegando que ele,
desencarnado, estava muito longe de ser um anjo, e discutia com as entidades
infelizes que lhe povoavam a casa. Muitas vezes, lembrando os nossos estudos de
hoje, solicitava-lhe calma, ponderação. O companheiro não me atendia e
fustigava os obsessores de sua casa, com palavras e pragas das mais escabrosas,
e sem a mínima condição de sequer serem, de leve, mesmo, mencionadas. Contudo,
há pouco tempo, um diretor de serviço, notando-lhe as boas qualidades que se
misturavam às más, aconselhou-lhe um tratamento com análise de fotografias
correspondentes ao seu passado próximo. Joaquim aceitou e submete-se a tal
tratamento em um determinado aparelho. Tratava-se de um aparelho complexo, que
ainda, em determinado tempo, deverá chegar à Terra para o conhecimento dos
homens, e à consequente comprovação mecânica da reencarnação. Alguns amigos
daqui, da Vida Espiritual, designam tal aparelho com o nome de preterografia.
Tal aparelho tem o cunho de prestar observações do pretérito das pessoas pelas
imagens correspondentemente colhidas. Durante dois dias Joaquim foi ao gabinete
de preterografia, e, no exame final das chapas colhidas, ficou ciente de
que fora um chefe desumano do tempo de D. João VI, no Brasil. Exorbitava das
funções de mordomo de uma das casas imperiais e mandava açoitar fosse quem
fosse, além de privar diversos subalternos de conforto e alimentação
conveniente. Estuprava jovens servidoras da Casa Real sem compaixão e para com
as que engravidassem, à conta dele, as atirava em lugares ocultos do Rio
Paraiba... Quando o amigo viu a extensão de suas faltas, chorou de remorso, e
reconheceu que os obsessores que lhe fustigavam a casa eram vingadores contra
ele, Espíritos infelizes ainda fixados ao mal. Ele, Joaquim, vem fazendo o
possível para retificar a própria situação; no entanto, admito que ele gastará
tempo para modificar o ânimo dos inimigos que ele próprio criou”. (A
maior parte das cartas de Luiz Ricardo Maffei, faz parte da coletânea contida
no livro DÁDIVAS ESPIRITUAIS,
publicado pelo Ide)
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Onde Você Está
-“Ensina o Espiritismo que os Espíritos constituem a população
invisível do Globo, estão no espaço e entre nós, vendo-nos e nos acotovelando
incessantemente, de tal sorte que, quando nos julgamos sós, constantemente
temos testemunhas secretas de nossas ações e de nossos pensamentos”.
Assim começa Allan Kardec o artigo com que abriu a edição de maio
de 1867 da REVISTA ESPÍRITA.
Concluindo o primeiro parágrafo acrescenta que “isto pode parecer aborrecido a
certas pessoas, mas desde que assim é, não se pode impedir que assim seja. Cabe
a cada um fazer como o sábio que não teria medo que sua casa fosse de vidro.
Sem nenhuma dúvida é a esta causa que se deve atribuir a revelação de tantas
torpezas e mal feitos que se pensava enterrados na sombra”. Pela importância
do assunto nestes tempos em que as pessoas seguem mentalmente vulneráveis pelo alheamento e
distância das questões espirituais, com uma atividade mental exposta a imagens
e mensagens visual, auditiva e sensorialmente perturbadoras, destacamos alguns
pontos para sua reflexão. 1- Sabemos que, numa reunião, além dos assistentes corporais, há sempre
auditores invisíveis; que sendo a permeabilidade uma das propriedades do
organismo dos Espíritos, estes podem achar-se em número ilimitado num dado
espaço. Muitas vezes nos foi dito que em certas sessões eram em quantidades
inumeráveis. Na explicação a propósito das comunicações coletivas, foi dito que
o número dos Espíritos presentes era tão grande, que a atmosfera estava por
assim dizer, saturada de seus fluidos. 2- Sabe-se que os fluidos que emanam dos
Espíritos são mais ou menos salutares, conforme seu grau de depuração.
Conhece-se o seu poder curativo em certos casos e, também, seu efeitos mórbidos
de indivíduo a indivíduo. Ora, desde que o ar pode ser saturado desses
fluidos, não é evidente que, conforme a natureza dos Espíritos que abundam em
determinado lugar, o ar ambiente se ache carregado de elementos salutares ou
malsãos, que devem exercer influências sobre a saúde física, fica assim como
sobre a saúde moral? Quando se pensa na energia da ação que um Espíritos pode
exercer sobre um homem, é de admirar-se da que deve resultar de uma aglomeração
de centenas ou de milhares de Espíritos? Esta ação será boa ou má conforme os
Espíritos derramem num dado meio um fluido benéfico ou maléfico, agindo à
maneira das emanações fortificantes ou dos miasmas deletérios que se espalham
no ar. Assim se podem explicar certos efeitos coletivos, produzidos sobre
massas de indivíduos, o sentimento de bem estar ou de mal estar, que se
experimenta em certos meios, e que não tem nenhuma causa aparente conhecida, o
entusiasmo ou o desencorajamento por vezes a espécie de vertigem que se apodera
de toda uma assembleia, de toda uma cidade, mesmo de todo um povo. 3 – Em razão do seu grau de sensibilidade, cada indivíduo sofre a influência
desta atmosfera viciada ou vivificante. Por este fato, que parece fora de dúvida
e que, ao mesmo tempo a teoria e a experiência, achamos nas relações do Mundo
Espiritual com o Mundo Corporal, um novo princípio de higiene, que, sem dúvida,
um dia a ciência fará entrar em linha de conta. 4 – Podemos então subtrair-nos a essa
influência que emanam de uma fonte inacessível aos meios materiais? Se dúvida
nenhuma(...) Esse meio ressalta da
própria causa que produz o mal. Que se faz quando se reconhece que um alimento
é nocivo à saúde? Rejeita-se-o, substituindo-o por um alimento mais são. Desde
que são maus pensamentos que enquadram os maus fluidos e os atraem, há que se
esforçar para só ter os bons, repelir tudo o que é mau, como se repele um
alimento que nos torna doentes: numa palavra, trabalhar por seu melhoramento
moral e, para nos servirmos de uma comparação do Evangelho, “não só limpar o
vaso por fora, mas, sobretudo, limpá-lo por dentro”.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Você já se perguntou?
A mente crítica e perquiridora do século 21 não se satisfaz
com qualquer informação. Quer saber como, porque, com base em que. Uma das dúvidas
que já ocorreu a muitos é como pessoas tão simples quanto as que se atribui a
autoria dos Evangelhos conseguiram reter detalhes sobre os feitos de Jesus nos
poucos anos de sua atuação na região da Terra em que inscreveu sua história e
mensagem há quase 20 séculos. Sabe-se que, a compilação e seleção desses
conteúdos, se deu após a oficialização do Cristianismo como religião reconhecida
pelo poder romano. Mais de quatro séculos haviam passado desde a crucificação.
Pesquisadores ligados a grandes centros universitários afirmam, por sinal, que
o primeiro dos Evangelhos – segundo eles de Mateus – foi elaborado 7 anos após
a morte de Jesus. Outro que possui uma estrutura bastante didática é o atribuído
a João. Sobre ele, o erudito Dr. Silvino Canuto de Abreu (1892-1980 – médico,
advogado cultura histórica e linguística, profundo conhecedor do aramaico,
grego, siríaco e hebreu), numa nota de rodapé do seu excelente livro O EVANGELHO POR FORA (Lfu) sugere
uma explicação lógica para o prodígio de memória e beleza de redação dos
conhecidos autores das obras que influenciou grande parte da Humanidade.
Escreveu ele:-“A fonte do nosso trabalho, se não puríssima, é por isso potável.
Nele vamos resumir, conjuntamente, a parte oriental e ocidental. Prevendo, por
mediunidade inspirada, o fim da Judéia, ocorrido historicamente no ano 70, o
Apóstolo João, pediu instruções ao Espírito Santo e recebeu ordem de ir
discretamente a Roma. Partiu levando, em sua companhia, o Diácono Próchoros (Ato
dos Apóstolos, VI,5) Lá chegando, não tardou a principiar a
Guerra Judaica (ano 67). A Comunidade Cristã, fundada em Roma, não se
sabe por quem, tinha um chefe romano. Mas estava em perigo de completo
aniquilamento diante da perseguição desencadeada contra os judeus. É certo que
já se principiava, por espírito de defesa, a distinguir os crentes pela
alcunha, então depreciativa, de ‘Christianus’, apelido grego
(Atos dos Apóstolos,XI,26) que os romanos interpretavam ao pé da letra,
no sentido primitivo de ‘untados’ com óleo. Mas a polícia confundia Cristão e
Judeu na mesma classe de inimigos. Predicando numa lapa das catacumbas
subterrâneas perante um grupo de convertidos, João foi certo dia preso com
estes e, reconhecido como judeu, condenado sumariamente à morte. Aproveitando-se
da alcunha depreciativa, o Pretor mandou cozinhar o Apóstolo em óleo de rícino,
o mais barato do mercado. Aquecido até a ebulição, o óleo teria reduzido o
corpo de João à massa gelatinosa se não fora o Espírito Santo. Dado por morto,
um romano, amigo do Pretor, teve permissão para levar o corpo do mártir à
sepultura. Ao receber o banho funerário, preparado com essências aromáticas,
João voltou a si. Seu corpo foi a pouco e pouco perdendo o aspecto horrível de
carne cozida, tornando-se em curo tempo, aos olhos lacrimosos e espantados dos
fiéis companheiros, isento de qualquer mácula da morte. O extraordinário
acontecimento, apesar do sigilo impenetrável das testemunhas, chegou, por
espionagem, aos ouvidos do Pretor. Apavorado, temendo sublevação da colônia
israelita, concentrada quase toda num quarteirão suburbano denominado ‘Getto
di Vaticani’, temendo ainda mais alguma consequência mágica dos evocadores
do Christo, que lidavam com Espíritos, o Pretor resolvei expulsar o taumaturgo
do território romano, obtendo do Imperador, que também
temia feiticeiros, o exílio de João para a distante Ilha de Patmos”.
Depois de minudenciar detalhes sobre os acontecimentos que se seguiram, o Dr.
Canuto, revela que o APOCALIPSE foi
transmitido pelo Espírito Santo que,
tempos depois, anunciou que através dele escreveria Novo Evangelho, contendo o verdadeiro
sentido da Mensagem que JAHVEH confiou ao CHRISTO. Forçoso, entretanto, esperar
desaparecesse o último e décimo segundo dos ‘Cézares’”. “Uma noite, durante a oração, o
Espírito Santo pediu aos servos de Patmos que entrassem em jejum, pois ia soar,
ao terceiro dia, a hora de principiar o Novo Evangelho, mais próprio para a Era
que começava. E de fato, na madrugada do terceiro dia, que era um domingo,
João, EM TRANSE
MEDIÚNICO, chamou Próchoros ao pé de si. O Diácono trouxe um ‘scriptorum’
e as penas apuradas, assim como algumas folhas de papiros. O
Discípulo viu, em êxtase, o Mensageiro de Luz, enviado por THÉOS, desselar o
Livro Santo de letras astrais e douradas e mostrar-lhe as primeiras linhas
brilhantes. E a VOZ disse: -Lê, dita a Próchoros em hebraico para que ele
traduza em grego”. E lavrou-se, por essa forma, o ‘Prólogo’ do Quatro Evangelho”.
sábado, 5 de outubro de 2013
Interexistente
Chico Xavier de forma
mais acentuada que outros médiuns, percebia a realidade fora de nossa Dimensão
com tanta naturalidade que, por vezes, confundia-se sobre ser ou não de outro
Plano, pessoas diante das quais se via. Essa a razão pela qual o filósofo,
jornalista e escritor J. Herculano Pires, ter-lhe atribuído o adjetivo de Interexistente. Ocorre que tanto via e vivia coisas boas como
perturbadoras. Reunimos alguns desses momentos que, quando relatados por ele,
espirituoso como era, tornaram-se engraçados. CASO 1 – Por volta de
1943, - Chico contava 33 anos -, quando
estava psicografando o livro NOSSO LAR
(feb), como era comum à época, foi fazer a barba no estabelecimento a isso
dedicado na então pequena Pedro Leopoldo (MG). O barbeiro era dos antigos.
Metódico, colocou-lhe a toalhinha sob o queixo, ensaboou-lhe o rosto,
interrompendo seu trabalho já na primeira raspada em seu rosto, comentando: - Chico,estou
sentindo muita tonteira. Parece que vou desmaiar. Relativamente
relaxado no conforto da cadeira, olhos fechados, Chico inquietou-se, abriu os
olhos e viu um Espírito trevoso que envolvia o barbeiro, dizendo-lhe aos
ouvidos: - Corte a garganta dele!. Corte!. Com o fio da navalha sobre o
pescoço do Chico, o pobre homem não via nem ouvia o Espírito, mas sofria-lhe as
influências. Daí, aquelas sensações estranhas, o afrouxamento dos controles.
Voltou a dizer-lhe: - Chico, não sei se vou dar conta de terminar
sua barba, ouvindo do cliente: - Não se preocupe, meu irmão. Barba é assim
mesmo. A gente faz quando dá certo. Se não der hoje, a gente faz amanhã.
–“Naquele
momento, depois de uma pausa na conversa, tudo que eu queria era que ele
tirasse a navalha do meu pescoço”, concluiu Chico dizendo que, “na
verdade eram as trevas querendo impedir que NOSSO LAR fosse concluído e viesse
ser publicado, espargindo luz”. CASO 2 – A atriz Cacilda Becker
desencarnou trabalhando, durante a apresentação de uma peça importante, na
capital paulista. Dois anos depois que saiu de cena, houve um encontro de seu
filho Luiz Carlos Becker Fleury Martins com o Chico. Tratando-o pelo apelido, o
médium dirigiu-lhe a palavra nestes termos: - Cuca, meu filho, gostei muito
do seu bilhete”. O moço
embatucou. Havia um engano ali, mas deixou a conversa fluir. Chico repetiria a
referência mais uma vez. Na terceira, Luiz Carlos não se segurou. Desculpou-se,
falou do possível engano: não escrevera bilhete agum endereçado a Chico. –“Não
foi para mim, meu filho. Fo para sua mãe: ‘Mamãe, vá em paz. Aqui, a gente se
vira”. Sacudido pela emoção, Cuca quis saber como Chico tivera
conhecimento do bilhete que colocara sob a cabeça de sua mãe minutos antes de o
corpo dela baixar à sepultura. Era coisa íntima sobre a qual não fora dita uma
palavra a ninguém. –“Foi a Cacilda que me contou” – respondeu singelamente Chico.
Impressionado pela revelação, Cuca contou-lhe que, na noite anterior, cedendo
ao desespero, fizera uma prece dramática, sobre um viaduto. Recordou-a palavra
por palavra: -“Jesus, se o Senhor existe mesmo, estenda-me suas mãos, mas não demore,
senão não vai dar tempo”. Agora, precisava saber mais. Queria detalhes.
Chico, com voz mansa e cadenciada, atendeu-lhe o pedido: -“Estou de passagem por São Paulo,
hospedado na casa do Galves e da Nena. Sua mãe, ontem à noite, entrou no quarto
e pediu, ansiosa: -“Chico, você precisa resgatar meu filho. Amanhã, às quinze
horas, ele estará nos DIÁRIOS ASSOCIADOS”. Cuca estremeceu. Entendeu
ali que Jesus lhe havia estendido as mãos!. Desde então, tornou-se espírita”. CASO
3 – Numa das fases de grandes dificuldades que lhe marcaram a vida,
após um dia inteiro de trabalho, quando ia se preparar para dormir suas duas ou
quatro horas de sono, lhe apareceu uma figura diabólica e perguntou: -“Você
me chamou?”. A voz era arrepiante e quando o Chico ia responder, ouviu
o Espirito Emmanuel lhe dizer: -“Não diga que não”. Ficou pensando
em que falar durante um minuto. E minutos em frente de uma criatura daquelas se
contam por séculos, ensina Chico. –“Você me chamou?, tornou a pergunta
a criatura. –“Chamei sim senhor, respondeu o Chico. –“E o que é que você quer?”. –“É
que a vida está tão difícil para mim atualmente que eu queria que o senhor me
abençoasse em nome de Deus ou em nome das forças que o senhor crê”. O
Espírito olhou-o de maneira enigmática e ajuntou: -“É...Chico Xavier...com você
está muito difícil”. E desapareceu. ( depoimentos extraídos nos livros CHICO DE FRANCISCO (ceu) e MOMENTOS COM CHICO XAVIER (leep)
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Duzentos Anos
Na edição de fevereiro de 1860 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec incluiu
interessante matéria descrevendo pesquisa desenvolvida ao longo de um mês sobre
um fato reportado por um correspondente da cidade de Castelnaudary, uma
comunidade situada no departamento de Aude, região de Languedoc Roussilon,
interior da França. Envolvia pequena casa, em que havia ruídos estranhos e
diversas manifestações que levavam a considera-la como assombrada. Por isso, foi exorcizada em 1848 e nela
colocaram grande número de imagens de santos. Querendo habitá-la, um novo proprietário mandou fazer reparos e retirar as gravuras. Depois de alguns anos,
ali morreu subitamente. Seu filho, que a ocupou por algum tempo, certo dia, ao
entrar num quarto, recebeu forte bofetada de mão invisível. Como estivesse
absolutamente só, não duvidou que ela viesse de fonte oculta. Há na região a
lenda de um grande crime ocorrido na dita casa. De posse de tais dados, Kardec
interrogou o dirigente espiritual das reuniões da Sociedade Espírita de Paris e, obtendo resposta favorável, na reunião de 9 de dezembro
de 1859, iniciou tal trabalho. O Espírito chamado, se manifestou por sinais de
violência; percebida na extrema agitação de que foi tomado o médium, que
quebrou sete ou oito lápis, lançando alguns sobre os assistentes, rasgou uma
página, que cobriu de traços sem sentido, feitos com cólera. Foram impotentes
os esforços para acalmá-lo; premido a responder perguntas, escreveu com a maior
dificuldade um não quase indecifrável. Questionado o dirigente
espiritual, informou “ser um Espírito
da pior espécie, obrigado a comparecer à reunião, mas não foi possível fazê-lo a escrever, apesar de tudo que lhe foi dito, visto ter seu livre
arbítrio, do qual, infeliz, faz triste uso”. Disse também “ser autor do crime referido na lenda da região; que descobririam quem
foi; que os exorcismos não o afastaram da moradia; que participou da morte do
Sr. D; ter sido o autor da bofetada
no filho do Sr. D; não ter sido
permitido que repetisse o gesto contra os membros da reunião em que estavam;
que oração seria o recurso eficaz para afastá-lo da casa; mas oração feita
pelos interessados e não por terceiros; que ele era suscetível de melhora como
qualquer um, embora fosse necessário enfrentar dificuldades; que por mais
perverso fosse, o bem em retribuição ao mal acabaria por tocá-lo”.Uma
médium vidente presente a sessão viu esse Espírito no momento em que queriam
que escrevesse: sacudia o braço do médium; seu aspecto era aterrador; vestindo
uma camisa coberta de sangue portando um punhal. Dois outros participantes
começaram desde aquela noite, a orar pelo infeliz Espírito, obtendo várias
comunicações, bem como de suas vítimas. Tais manifestações somadas à outras
obtidas na Sociedade Espírita de Paris, em intervalos diversos, se
desenvolveram ao longo de um mês, em dez reuniões, perfazendo 126 perguntas
entre as respondidas pelo tal Espírito, e os demais envolvidos na dramática história, comentadas algumas partes
pelo dirigente espiritual das reuniões, outras pelo próprio Allan Kardec. Tudo
começou em 6 de maio de 1608, portanto, duzentos anos antes, quando ele Charles
Dupont, por suspeitar que seu irmão mais velho, Pierre, cortejasse uma mulher
de quem ele gostava, o apunhalou no meio da noite, enquanto dormia, ferindo-o
na garganta, depois no coração, e, embora acordando, querendo luta, não teve
forças para tal. Ninguém foi acusado por sua morte, pois naquele tempo,
prestava-se pouca atenção a essas coisas. A mulher, Marguerite Aeder, por sua
vez, casou-se com Charles que, cinco anos depois, frustrado em seu amor, também
assassinou no dia 3 de maio de 1610. Por fim, manifestou-se o Sr. D, que deu
detalhes da sua morte, após avistar o Espírito de Charles ao adentrar a casa
certo dia. Atendendo a recomendação do
dirigente espiritual dos trabalhos, um mês depois, no dia 13 de janeiro, foi
novamente evocado, revelando uma substancial mudança em suas ideias e
comportamento. Terminando Kardec observa que “tal evocação não fora casual. Como devia ser útil a esse infeliz, os
Espíritos que velavam por ele, vendo que começava a compreender a enormidade de
seus crimes, julgaram chegado o momento de lhe prestas socorro eficaz, e então,
o trouxera às circunstâncias propícias, fato, por sinal, muitas vezes repetido”.
Finaliza dizendo: -“A propósito,
perguntam o que teria sido dele, se não tivéssemos podido evocá-lo, como de
todos os Espíritos sofredores que também, não o podem ser, e nos quais não se
pensa. A resposta é que as vias de Deus são inumeráveis para a salvação das
criaturas. A evocação pode ser um meio de as assistir, mas certo, não é o
único. A evocação pode ser um meio de as assistir, mas, certo, não é o único. E
Deus não deixa ninguém esquecido. Alias, as preces coletivas devem ter
influências parcial sobre os Espíritos acessíveis ao arrependimento”.
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Inesperada Revelação
O 21 de abril de 1983, assinalava o vigésimo sétimo
aniversário de casamento de Maria José
e Lourival Maffei, residentes em
Sorocaba, interior de São Paulo. O dia, contudo, passaria, desde então, a ser
lembrado não pela alegria do dia de sua feliz união, mas pela dor da perda do
filho mais velho Luiz Ricardo Maffei,
em consequência de inesperado e, até então desconhecido, quadro de Lúpus
Agudo, que aniquilou sua resistência física em poucos dias. Nem os
conhecimentos do Espiritismo que conheceram - também num 21 de abril -, uma
década antes, conseguiu evitar a profunda depressão em que mergulhou o casal,
especialmente seu pai. Contudo, Luiz Ricardo,
um jovem Engenheiro Eletrotécnico; que estava noivo; irmão de Mario Sérgio ao qual era muito ligado; reencontraria os pais de forma mais objetiva,
quase três meses depois, numa reunião publica ocorrida na noite madrugada de 7
de julho, nas dependências do Grupo
Espírita da Prece, em Uberaba (MG). A forma, uma carta, psicografada pelo
médium Chico Xavier, intermediário
na mesma ocasião, de mensagens de outros Espíritos desencarnados. Na verdade,
foi a primeira de uma série de 13 cartas que escreveria, pelo mesmo processo,
nos anos seguintes, parte delas incluídas nos livros DÁDIVAS ESPIRITUAIS (ide) e ESPERANÇA
E ALEGRIA (ceu). Logo no início, admite sua surpresa em estar se
comunicando tão cedo, reconhecendo que o equilíbrio demonstrado por ele diante
da morte física eminente, deveu-se aos diálogos em casa sobre questões
espirituais, fomentados muitos pela frequência e integração ao Centro Espírita Irmã Francisca a que se
ligavam na cidade em que viviam. Revela detalhes que antecederam e sucederam a
interrupção de sua vida física, a acolhida de sua avó materna Maria José – fato que confirma a
informação dada na questão 160 d’ O
LIVRO DOS ESPÍRITOS a respeito da assistência que familiares e amigos nos
prestam na passagem desta para a outra vida -; refere-se a situações
particulares relacionadas à vida em família, detalhes que não poderiam ser do
conhecimento prévio do médium Chico
Xavier. Na quinta carta, escrita em 26 de fevereiro de 1986, Luiz Ricardo afirma que “para
muitos de nós aqui, na Vida Maior, a ansiedade de penetração no passado é um
trabalho árduo, a fim de conhecer-nos melhor, para nosso próprio proveito”,
acrescentando crer que “devassar o pretérito será reencontrar-nos,
tais quais éramos para saber tais quais somos”. Conta que “num
sono hipnótico provocado por mim mesmo, caí na corte de Henrique VIII”,
nas Ilhas Britânicas. Continua, dizendo: -“Fui como que “atraído” por sua
perversidade singular. Foram dias que me vi com todas as características de
todos os que nascem nas margens do Avon. Conheci de perto o monarca. Não foi
pouco tudo aquilo que presenciei. Rememorar, sinto até medo em exprimir-me com
referência a esses dias. Acrescento até que desejaria não ter visto coisa
alguma. Porém necessário se fez e se faz, conforme já disse antes. Com temor
assisti a decapitação de Ana Bolena. Fala-se hoje em violência, na defesa das
esposas mortas. Porém tudo é muito pouco em relação à realidade vivida no clima
de intenso terror dessa época, e da qual somos frutos. E lá estando, senti-me
possuído de um misto de sentimentos que não sei definir. Só esmoreci,
restituindo-me a tranquilidade quando vi o exemplo da Rainha Maria Stuart. Sim,
vi o exemplo de Maria Stuart em sua moradia da Escócia, quando, a soberana
católica, por amor à união de seu povo que não devia se desagregar,
entregou a cabeça ao machado do carrasco que lhe arrasou o corpo e a vida. Porque
tudo isto aconteceu, ainda não sei. Penso que estaremos, alguns membros de nossa
família, e eu mesmo, ligados à existência da Rainha sacrificada. Desde
essa hora terrível que a vi doando o próprio sangue sem reação, por dedicação
aos outros, o choque me fez acordar da hipnose a que me confiara”. Luiz
Ricardo acrescenta ainda: -“O que sei, meu pai, é que prosseguirei nas
minhas investigações, mas sabendo que os grandes vultos da História, com
exceções, é claro, não escaparam à criminalidade, à ambição, à guerra por
injustiças, ao ódio de família e de raça, e aos piores sentimentos que
infelicitam a Humanidade”.
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