Ernesto Bozzano dedicou uma de suas obras à compilação de
fatos sobre o que a denominada psicometria. Segundo ele, em ENIGMAS DA PSICOMETRIA (feb), ela “não
passa de uma das modalidades da clarividência, com características próprias que
lhe conferem um caráter especial, permitindo considera-las à parte”.
Através dessa percepção de que alguns sensitivos ou pessoas são mais dotados, estabelece-se
uma conexão entre eles e o objeto ou o meio, em que se encontra.
Próximo ou remotamente. Exemplificando, reunimos alguns casos para sua
avaliação do quanto é instigante o assunto. CASO 1 - Médium inglesa EDITH HAWTHORNE: Em contato com
uma pena arrancada a um pombo-correio, após longo voo, e um pequeno galho de
árvore, descreveu as impressões do pequeno animal durante o voo, assim como
acontecimentos desenrolados no próprio local em que se erguia o pombal, ao
passo que igualmente descrevia, não somente o que se passaria com a árvore,
isto é, seu desenvolvimento, a florescência, a distribuição da seiva e a
expansão das raízes, etc., mas também as impressões de vermes que viviam no
subsolo, onde se erguia a árvore, renunciando mesmo, em cinco horas de
antecipação, o motivo da inquietação dos vermes, ou seja, o desabamento do
subsolo onde se achavam, motivado pelas escavações de uma galeria de minério da
região. Tudo rigorosamente estudado e comprovado pelos experimentadores, que
residiam em Dudley, Inglaterra, onde a médium jamais fora, pois residia em
Londres. CASO 2 – Médium ELIZABETH DENTON – Em contato com um
fragmento de pedra de basalto negro de aparência um tanto peculiar, pesando
mais ou menos dois quilos de pedra recolhida de uma região de minério de chumbo
(Wisconsin, EUA), sem saber nada sobre o espécime, descreveu a história da
mesma pedra, desde que foi arrojada das profundezas de um vulcão, durante uma
erupção, relatando, como se ela mesma fosse pedra e os eventos com esta
ocorridos através dos séculos. CASO 3 – Médium brasileiro O.F.:
Um relógio quase bissecular, ganho de uma amiga que se desfazia dos pertences
do avô morto recentemente. Objeto avariado, posteriormente, consertado e
pendurado na sala do seu novo dono. Sempre que se defrontava com o mesmo,
sentia-se invadido por mal estar indefinível, se bem que rápido, o que o fez
muda-lo de lugar o que só piorou as coisas. Começou a acordar de madrugada,
ouvindo o choro de um homem, e não dormia mais, fato que se repetiu por vários
dias até que resolveu consultar um Espírito Amigo que lhe sugeriu levantar-se e
colocar a mão sobre o relógio o que fez. A cena mudou espetacularmente: já não
era o corredor, nem sua casa.; achava-se na biblioteca de um solar antigo na
Espanha. Este mesmo relógio pregado à parede funcionava; um homem sentado à
escrivaninha lia atentamente; notou ser a casa grande de uma herdade, fora da
qual nevava. Sorrateiramente, com passos leves e ágeis como os de um gato, pela
porta do fundo ao lado duma estante de livros, entrou um homem. Protegia-se do
frio com largo poncho cinza escuro, em cujos ombros havia laivos de neve.
Aproximou-se por detrás do leitor, vibrou-lhe violento golpe na nuca
estendendo-o de bruços no livro que lia. E relanceando os olhos ao redor,
buscava ansioso um objeto qualquer que lhe servisse de arma. Deparou com o relógio cujo pêndulo terminava
em pequena e acerada lâmina. Abriu-o, retirou-lhe o pêndulo às pressas, e
cravou-lhe nas costas da vítima, perfurando-lhe os pulmões. Golfadas de sangue
alagaram a mesa. O ferido ainda conseguiu gritar, atraindo gente. E, a visão se
dissipou. De novo viu-se na sala atual, ao lado do relógio. Narrando, dias
depois, sua visão à família de quem obtivera o relógio, ouviu de uma velhinha
presente, que a peça pertencera ao seu bisavô, um inglês radicado na Espanha.
Plantador de uvas, remunerava mal os camponeses a seu serviço no verão,
impondo-lhes grandes privações nos longos meses de inverno. Duro de coração,
não os socorria nem com migalhas, levando um de seus empregados a premeditar
sua morte, o que fez, segundo diziam, perfurando-lhe os pulmões com
o pêndulo daquele relógio. Detalhes curiosos: o descendente e proprietário
recente, morrera de tuberculose que lhe destruíra os pulmões e o pêndulo,
embora seja o original, já não tinha a lâmina. No caso em questão, tudo indica
que o homicida de outrora seja o detentor do relógio recuperado por O.F., que expiou seu crime, amargando a
doença
pulmonar que lhe consumiu os últimos dias da existência terminada
no século XX. Os três casos aqui reunidos, destacam-se dos livros ENIGMAS DA PSICOMETRIA ( feb), de Ernesto Bozzano; MEMÓRIA CÓSMICA (lachâtre), de Hermínio
Miranda e EVANGELHO DAS RECORDAÇÕES
(pensamento), de Eliseu Rigonatti.
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