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domingo, 27 de outubro de 2013

Por trás Das Câmeras

Avise a família do Vannuccinho que ele não deve fazer a operação de apêndice, pois isso poderá trazer-lhe sérias complicações. O que ele tem é o início de uma tuberculose, que precisa ser combatida imediatamente. A família, católica, buscou na compreensão de meu pai, Antônio Vannucci, a decisão final: -‘Por via das dúvidas, vamos adiar essa operação e fazer uma chapa dos pulmões’. E, como informara minha amiga espiritual, Maria Modesto Cravo, realmente era o início de uma tuberculose”. Este, talvez, o primeiro encontro objetivo de Augusto Cezar Vannucci, com a Espiritualidade.  Menino prodígio, natural de Uberaba (MG), quando garoto, cantava na sorveteria Linde, na PRE-5, emissora de rádio local e, aos 5 anos de idade, apresentou-se no Cassino, que funcionava no local da Exposição Agropecuária, época em que o jogo era legal no Brasil. Isso lhe proporcionou encontro com grandes artistas como Vicente Celestino, Francisco Alves, Vassourinha, Luiz Gonzaga, Procópio Ferreira que teriam grande importância em seu futuro. Anos depois, recorda ele, em sua autobiografia, que tentando inserir-se no mundo artístico do Rio de Janeiro (RJ), em meio a um dilema entre aproveitar uma bolsa de estudos em Paris e um contrato para estrear uma peça, que em sonho, um Amigo Espiritual lhe revelou que eu deveria ficar na cidade de São Sebastião. Ao acordar, disse à sua mãe: -“Meu Deus!. Sonhei que devo morar em uma cidade chamada São Sebastião. Será que vou voltar para o interior?”. E ela retrucou: -“Mas, como interior? Você já está na cidade de São Sebastião. São Sebastião do Rio de Janeiro”. Tempos depois, passando alguns dias em Uberaba, atende ao convite de um amigo para irem visitar Chico Xavier, à época já residindo na cidade do Triângulo Mineiro. Tendo ficado como hipnotizado, vendo Chico realizar seu trabalho de psicografia e leitura de uma mensagem do Benfeitor Emmanuel, ouviu dele ao final das atividades programadas para a noite, em meio a um cafezinho: -“Vannucci, num futuro não muito distante, você estará divulgando a Doutrina do Cristo, faz parte do seu compromisso”. Sem compreender direito, respondi levado pelo impulso: -“Meu caro Chico, agora que sou ator de teatro, acredito que dentro de pouco tempo poderei encenar uma peça espírita, baseada em livros psicografados por você”, recebendo do médium um sorriso e o comentário: -“Isso é um compromisso, Vannucci, que Deus o abençoe!”... A vida seguiu em frente com ele absorvendo-se em experiência que variavam do casamento, ao teatro, deste ao cinema com ele sempre repetindo a Chico quando o avistava o mesmo texto sobre o teatro espírita, sem conseguir materializá-lo. A televisão começava a ganhar cada vez mais espaço, atraindo as principais estrelas do meio, enquanto ele, emocionalmente, vivia momentos de angústia e incompreensão, parte como resultado de sua própria mediunidade desajustada, que o fez descobrir que a mediunidade desassociada do Cristo provoca desajustes profundos. Tempos depois, num encontro entre amigos, no pequeno apartamento onde morava, em determinado instante, em meio a algumas bebidas e salgadinhos o amigo Jandir Motta (médium), foi tomado por um Espírito cuja voz sugeria ser uma mulher na última existência. Era sua velha amiga Zaquia Jorge que foi logo esclarecendo: -“Vannucci, algumas pessoas pensam que me matei naquela tarde na Barra da Tijuca, mas não é verdade. Eu havia almoçado, mergulhei no mar e sofri uma congestão, o que me levou a desencarnar. Sofri por longo tempo, socorrida por Amigos Espirituais, acabei compreendendo a razão da vida, porque nascemos, porque vivemos, quem somos nós. E estou, aqui, com a incumbência de Espíritos Superiores, para lhe trazer um pedido: semanalmente, promova uma reunião espírita com o objetivo de socorrer artistas encarnados e desencarnados. Essa corrente de artistas beneficiará vários companheiros nossos, desencarnados, que ainda permanecem presos às emoções dos teatros, “boites” e televisão, não conseguindo alcançar estágio de desprendimento que os leve à libertação da alma. Suas paixões os mantém ligados aos antigos locais de trabalho. Comigo, nesta tarefa, uma falange grande de artistas se dispõe a cooperar para que a libertação dos nossos companheiros ocorra. Dolores Duran manda um abraço. Pede-me para dizer-lhe: -“Vannucci, você estava com a razão, a alma é imortal”. Surgiu, a partir daí, o Grupo Espírita “Seareiros de Jesus, que por décadas, socorreu muitos companheiros. Os Espíritos sugeriram ainda propor à Rede de Televisão à qual serviu desde o nascimento, a série BRASIL ESPECIAL, cuja proposta era falar da vida, música e emoções dos compositores brasileiros, muito preocupados com a memória, cultura e preservação dos valores culturais mais autênticos e genuínos da vida brasileira. Muitas outras vivências contadas por ele na obra DE AVE CESAR A AVE CRISTO (ed maio), revelam a presença dos Espíritos Amigos em sua retaguarda, inspirando a produção dos 1601 programas que  dirigiu pessoalmente, 180 peças teatrais, filmes, shows e uma grande preocupação com a cultura brasileira, colocaram Augusto Cezar Vannucci entre os maiores trabalhadores do mundo da comunicação




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