“O Espírito dorme no mineral, sonha no vegetal, agita-se no animal e
desperta no homem”, constitui-se numa síntese de autoria aparentemente
desconhecida que sugere o caminho da evolução até o ponto em que nos
encontramos. Essa visão hoje encontra em alguns estudiosos, encarnados e
desencarnados, elementos que ampliam e reforçam a ideia. No livro O CONSOLADOR (1940, feb), o Espírito Emmanuel através de Chico Xavier escreveu que ““A escala do progresso é sublime e
infinita(...). O mineral é atração. O vegetal é sensação. O animal é instinto.
O homem é razão. O anjo é divindade”.
Facilitando nosso entendimento, começamos por lembrar que entre os séculos
XVI/XVII, um filósofo racionalista alemão chamado Gottfried Von Leibniz (1646-1716), concebeu a tese de que há
uma infinidade de substâncias individuais denominadas “Mônadas”. Segundo
ele, a Mônada “é um organismo
muito simples, que se poderia tomar por uma unidade orgânica; qualquer
microrganismo unicelular. No sistema filosófico de Leibniz (1646-1716), “uma unidade
substancial, simples, ativa, indivisível e impenetrável, elemento básico
constituinte da realidade física. São
consideradas átomos da natureza, isto é, elementos simples que
compõem todas as coisas. Assim como os átomos as MÔNADAS não possuem nenhuma
matéria ou caráter espacial, se diferenciando deles por sua completa mútua
independência”. No final da
década de 50, se servindo de dois médiuns – Chico Xavier e Waldo
Vieira -, residentes em cidades diferentes e distantes, o Espírito André
Luiz repassa para nossa Dimensão o que apurou em suas pesquisas no Plano
Espiritual sobre as origens dos princípios espiritual e material, na excelente
obra EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS(1958,feb), avançando nesse conceito e
oferecendo-nos interessantes elementos para reflexões. Entre estes
destacamos “Toda a matéria é energia tornada visível, e toda a energia, originariamente, é força divina de que
nos apropriamos para interpor os nossos propósitos aos propósitos da Criação”, e, mais à frente, “no seio dos Planetas, as MÔNADAS
CELESTES encontram adequado berço ao desenvolvimento”. Noutro
ponto, diz que “trabalhadas no
transcurso dos milênios, pelos operários espirituais que lhe magnetizam os
valores, (...), sob a ação do calor interior e do frio exterior, as MÔNADAS CELESTES exprimem-se no mundo
através da rede filamentosa do
protoplasma de que se lhes derivaria a existência organizada no Globo
constituído. Séculos de atividade
silenciosa perpassam sucessivos. Aparecem
os vírus e, com eles, surge o campo primacial da existência, formado por
nucleoproteínas e globulinas, oferecendo clima adequado aos PRINCÍPIOS INTELIGENTES
ou MÔNADAS FUNDAMENTAIS (...), evidenciando-se, desde então, as bactérias elementares, cujas espécies
se perderam nos alicerces profundos da evolução, lavrando os minerais na construção do solo, dividindo-se por raças e grupos numerosos, plasmando,
pela reprodução assexuada, as células primevas, que se responsabilizariam pelas
eclosões do reino vegetal em seu início”. Sobre isso, vale uma leitura
do capítulo 19 de A GRANDE SÍNTESE (lake), do italiano Pietro Ubaldi,
uma obra mediúnica, onde encontramos: -“Das
formas dinâmicas, passa-se às psíquicas, começando pelas inferiores
em que o psiquísmo é mínimo: os
cristais. Nestes a matéria não soube atingir organizações mais complexas do que
as de unidades químicas coletivas, que representam tudo quanto de Alfa a
matéria pode conter, o psiquismo
físico, que é o ínfimo psiquismo
da substancia. Os cristais são
sociedades moleculares, verdadeiros povos organizados e regidos por um
princípio de orientação matematicamente preciso e neste princípio está o já
mencionado psiquismo”. Sobre o assunto, vale a pena também conhecer
a visão do estudioso psiquiatra Jorge Andreia dos Santos no IMPULSOS
CRIATIVOS DA EVOLUÇÃO (capítulo 2), sobre as almas-grupo.Como o espaço não permite maiores aprofundamentos
sobre os Reinos Vegetal, Animal (irracional) e Animal (racional),
concluímos com dados de André Luiz
no livro já citado, afirmando que “O princípio inteligente gastou, desde
o vírus e as bactérias das primeiras horas do protoplasma na Terra, mais ou
menos 15
milhões de séculos,(...), a fim de que pudesse lançar as suas primeiras
emissões de pensamento contínuo para os Espaços Cósmicos” (EDM,6), informação que, por sinal, havia
repassado de forma mais abrangente no capítulo 3, dizendo: - “Com o título de homem (...), dotado de
raciocínio e discernimento, o Ser, despendeu para chegar aos primórdios da
Época Quaternária (há 200 mil anos), em que a Civilização elementar do siléx
denuncia algum primor de técnica, nada menos de um bilhão e meio de anos”.
Caro Luiz Armando,
ResponderExcluirPode-se afirmar que:
a) No reino mineral a mônada tinha por objetivo as primeiras conquistas no campo da atração molecular e,
b) No reino vegetal as primeiras conquistas no campo dos estímulos?
Grato,
Reginaldo