Estudando
a Lei de Causa e Efeito ou do Carma, a partir dos conhecimentos
veiculados pelo Espiritismo, encontramos recorrentemente a informação de que o
mecanismo indutor das correções necessárias para avançar-se na escala evolutiva
espiritual, funciona na intimidade do próprio Ser, da própria individualidade.
“Como?” - é a primeira pergunta que nos ocorre.
Sem maiores aprofundamentos, embora Allan Kardec tenha escrito
interessante artigo incluído no desconhecido OBRAS PÓSTUMAS em que desenvolve alguns raciocínios em torno da Fotografia
e Telegrafia do Pensamento, vamos nos servir de alguns apontamentos
extraídos de livros elaborados pelo Espírito André Luiz, psicografadas pelo
médium Chico Xavier. No LIBERTAÇÃO
(1949, feb), o Instrutor Gubio em certa conversa diz que “a memória é um disco vivo e
milagroso. Fotografa as imagens de nossas ações e recolhe o som de quanto
falamos e ouvimos. Por intermédio dela, somos condenados ou absolvidos, dentro
de nós mesmos”. No livro seguinte – ENTRE A TERRA E O CÉU (1953, feb) -, Clarencio considera que “a memória pode ser comparada a placa
sensível que, ao influxo da luz, guarda sempre as imagens recolhidas pelo
Espírito, no curso de seus inumeráveis aprendizados, dentro da vida. Cada
existência de nossa alma, em determinada expressão da forma, é uma adição de
experiência, conservada em prodigioso arquivo de imagens que, em se superpondo
umas às outras, jamais se confundem”. Analisando a questão do pós-morte,
em OBREIROS DA VIDA ETERNA (1945, feb),
ouvimos Hipólito dizer que “trazemos na própria consciência o arquivo
indelével dos nossos erros”. Em caso comentado pelo médium Chico
Xavier, podemos ter uma ideia de como o erro de ontem se reflete em situações e
casos dificilmente entendidos sem considerarmos a realidade da reencarnação. A
situação envolvia “jovem senhora, aparentando ter boa saúde, trazendo, porém, no corpo,
especialmente nos braços, vestígios de recentes operações, que resultaram em
infinidade de cicatrizes. O motivo era o surgimento de forma mais recorrente
nas quartas feiras, em seus tendões nervosos, uma espécie de verme parecido com
pequeno camarão, provocando grande desconforto e dores, até ser extraído em
pequenas cirurgias aos sábados. A origem foi ação em vida passada em que ela,
fazendeira muito rica e ciumenta, em virtude do marido – o mesmo de hoje -,
simpatizar-se com uma escrava moça, portadora de beleza invulgar, roída de
ciúme, a enclausurou num dos quartos da Fazenda, em lugar ermo, deixando-a
morrer de sede e de fome. Percebido o desaparecimento inopinado da serva, houve
alarme e procura, fato esclarecido com a localização do quarto que, após
aberto, revelou o corpo da bela escrava todo coberto de vermes, imagem que se
fixou na memória da mandante”. O fato seguinte abrangeu grande
contingente de Espíritos. Compreende o renascimento em massa, a
maioria no País em que comprometeram-se coletivamente com a Lei de Ação e
Reação e muitos outros, em vários pontos do Planeta, ostentanto má-formação
congênita, notadamente nas mesmas áreas do corpo físico em que impuseram, em
meio a atrocidades, mutilações a vítimas aprisionadas por questões raciais,
espoliadas de pertences como jóias e outros adornos, de forma violenta e cruel.
No retorno ao Plano Espiritual, confinados em Vale Escuro do Plano Espiritual,
exibiam a ausência de braços, mãos, pés, orelhas, supliciando-se no remorso,
carregando a mente vincada aos atos praticados, plasmando em si, nos órgãos e
membros profundamente sensíveis do corpo espiritual, as deformidades que
infligiram às indefesas vítimas. Finalizando, dois episódios
registrados no interior do Estado de São Paulo, na segunda metade do século 20.
No primeiro, LMJ, residente em
Lorena (SP), mulher simples, cuidadosa e séria, analfabeta, casada com um
operário, mãe, moradora de casa pobre, sem assoalho, tijolada. Em seu
corpo, a certa altura de sua existência começaram a irromper inexplicavelmente, de
dentro para fora, agulhas de costura, com as pontas para o lado externo,
sem provocar inflamações, sendo retiradas com alicate. Fenômeno semelhante se
manifestava com a menina MJGF, de Jaboticabal (SP), em que além, das agulhas, irrompiam
pregos de até 10 cm, pedras e ovos caiam no interior da casa em que morava e
roupas estendidas no varal no quintal, mesmo molhadas, se incendiavam sem causa
visível e aparente. Por revelações espirituais, a razão disso foram
ações levadas a efeito em existência pregressa em que se
dedicavam a práticas de magia negra, impondo às vítimas, na
movimentação de energias negativas e aliciamento de entidades devotadas ao mal,
prejuízos físicos, materiais, e, por vezes, acidentes fatais
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