faça sua pesquisa

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O Que Swedenborg Viu


Enquanto em 1744, no Brasil, Goiás se separava politica e fisicamente da capitania de São Paulo e, desta, Portugal separa a capitania de Mato Grosso; a Espanha ameaçava entrar em guerra com a gente lusitana por causa da invasão de suas terras, gerando o Tratado de Madri; na Suécia morria o inventor da Escala Celsius e, na França nascia Jean Baptiste Lamarck; em Londres, mais precisamente no mês de abril, um sueco para lá imigrado começou a ver em estado de vigília uma realidade pertencente a um dos muitos universos paralelos que circundam a nossa Dimensão. Seu nome: Emmanuel Swedenborg. Parte de numerosa família de oito irmãos, formou-se no equivalente ao que hoje seria um engenheiro de Minas, possuindo contudo uma cultura universalista pela inteligência avançada que revelara desde a infância. Grande autoridade em Física e Astronomia, era Zoologista e Anatomista, financista e político, tendo-se antecipado às conclusões de Adam Smith, sendo ainda autor de importantes trabalhos sobre as marés e a determinação das latitudes. Documentos biográficos sobre ele, registram fatos surpreendentes de vidência à distância, notadamente uma delas, ocorrida a trezentas milhas de distância, na cidade de Estocolmo, na Suécia, onde ele descreveu com perfeita precisão, em meio a um jantar com dezesseis convidados, um incêndio de grandes proporções que ocorria na capital sueca. Em sua HISTÓRIA DO ESPIRITISMO, Arthur Conan Doyle, o reconhecido autor das histórias vividas por Sherlock Holmes, anota que, quando da primeira visão das que aos 56 anos, levaram Swedenborg a escrever CÉU E INFERNO, NOVA JERUSALEM e ARCANIA CELESTE,  ele percebeu que “uma espécie de vapor se exalava dos poros de seu corpo. Era um vapor aquoso muito visível e caia no chão, sobre o tapete”. Doyle observa ser esta “uma perfeita descrição daqueles ectoplasmas que consideramos a base dos efeitos físicos”. Em sua obra Conan Doyle dentre os pontos visualizados por Swedenborg, destaca os seguintes:1- O outro mundo, para onde vamos após a morte, consiste de várias Esferas, representando outros tantos graus de luminosidade e de felicidade, cada um de nós indo para aquela condizente com a nossa condição espiritual. 2- Somos julgados automaticamente, por uma lei espiritual de similitudes, sendo o resultado determinado pelo resultado global de nossa vida, de modo que a absolvição ou o arrependimento no leito de morte tem pouco proveito. 3- Nessas Esferas verificou que o cenário e as condições de nosso mundo eram reproduzidas fielmente, do mesmo modo que a estrutura da sociedade. 4- Viu casas onde viviam famílias, templos onde se praticavam cultos, auditórios para reuniões sociais, etc. 5- Os recém-chegados eram recebidos por habitantes de lá, passando por um período de absoluto repouso, reconquistando a consciência no período de alguns dias, segundo nossa contagem de tempo. 6- A criatura não muda com a morte, levando consigo seus hábitos mentais, preocupações, preconceitos. 7- Não há penas eternas, podendo os que se acham nas regiões inferiores trabalhar para sua saída e os que estiverem em condições melhores, trabalham por posição mais elevada. 8- Os que saem de nosso mundo decrépitos, doentes ou deformados, recuperam a mocidade, gradativamente, atingindo o completo vigor.  Acrescenta Doyle que “na enorme massa de informações abstraída das visões do gênio sueco, não havia detalhes insignificantes para sua observação do Mundo Espiritual, falando ele de arquitetura, artesanato, flores, frutos, bordados, arte, música, literatura, ciência, escolas, museus, academias, bibliotecas, esportes”. Quanto às reações provocadas por seus relatos, um trecho de seu diário bem as explica: -“Todas as afirmações em matéria de teologia são, como sempre foram, arraigadas no cérebro e dificilmente podem ser removidas; e enquanto aí estiverem, a verdade genuína não encontrará lugar”.


Nenhum comentário:

Postar um comentário