Nos estudos sobre FLUIDOS, preservados em obras
fundamentadas no Espiritismo, anotamos que “cada um de nós carrega
consigo uma atmosfera FLUÍDICA, como o caracol a sua concha, FLUIDO que deixa
vestígios à sua passagem”; que “a matéria inanimada, absorve
potencialmente FLUIDOS humanos, retendo toda espécie de vibrações e emanações
físicas, psíquicas e vitais que se convertem em agentes evocadores das
impressões psicométricas, ao que podemos acrescentar que
“da mesma forma que a influência deixada num objeto por pessoa viva tem a
virtude de por o sensitivo em relação com a subconsciência dessa pessoa, assim
também a mesma influência, deixada nos objetos por uma pessoa desencarnada tem
o poder de por o sensitivo em relação com esses registros ou com o Espírito que
as deixou gravadas”. Como contra fatos não há argumentos, na sequencia
apresentamos alguns exemplos de como isso funciona em relação aos ambientes,
conforme percepções de alguns médiuns: CASO 1 – Katerine Bates – Viajando constantemente
por força de compromissos profissionais, passou a sofrer influências da
atmosfera mental ou moral gravada no ambiente de quartos onde pernoitava, em
hotéis, o que a obrigou, muitas vezes, a trocar alguns, belos e confortáveis,
por outros pequenos e escuros. A princípio imaginava ter sido deixada pelos
últimos hóspedes, contudo uma vivência quando hospedada na casa de uma amiga,
ocupando um quarto espaçoso e belo, lhe mostrou estar enganada. Desde a
primeira noite, percebeu estar o cômodo saturado da influência de um homem,
dedução resultante da influência percebida de alta sensualidade, além de outros
traços característicos que revelavam ser não uma pessoa má, mas fraca. Como o
quarto era ocupado por dois filhos da anfitriã, um servindo o Exército, por ela
conhecido que não tinha nada em comum com as impressões captadas e outro, mas
velho, que jamais vira, encontrando-se na época na Índia, obteve da amiga uma
foto, sob pretexto qualquer, certificando-se não ser o responsável pelas
sensações. Ao comentar com a amiga seus registros, esta retirou-se, retornando
com um retrato de um cavalheiro estranho, ouvindo dela: -“Você acabou de
descrever exatamente este meu cunhado, que, de fato, muitas vezes, ocupou este
quarto, se bem que meus filhos o fizessem depois dele”. CASO
2
– George Gissing, escritor inglês – Estando de passagem pela cidade de
Crotona, Itália, experimentando um período de febre altíssima por conta de
doença manifestada, revelou no seu livro VIAGENS NA ITÁLIA, ter
registrado durante uma hora, acontecimentos ocorridos vinte e dois
séculos antes. Afirmando estar perfeitamente acordado e calmo,
sucederam-se ante seus olhos, com um colorido maravilhoso, cenas da existência
da vida social dos antepassados, ruas cheias de gente, cortejos triunfais,
procissões religiosas, salões festivos e campos de batalha, coisas que não
podia conhecer e jamais poderia imaginar ou criar. Entre as que mais lhe
gravaram na mente, uma histórica, envolvendo o conquistador Aníbal, que após a
segunda guerra púnica, se instalou com seu exercito no sul da Itália, fazendo
de Crotona seu quartel general, de onde embarcaria com seus comandados, mais
tarde, obedecendo ordens de Cartago. Ante a recusa de mercenários italianos a
seu serviço, em seguir com ele, temendo se alistassem nas fileiras inimigas, os
concentrou na praia, massacrando-os, carnificina que se desenrolou diante de
seus olhos nas suas mínimas particularidades. CASO 3 – Yvonne do
Amaral Pereira, médium brasileira – Hospedando-se em visita a uma amiga,
por seis dias em casarão de aparência senhorial, datada do Segundo
Império, localizada em chácara degradada em subúrbio do Rio de
Janeiro, teve alterada sua saúde pela dificuldade de conciliar o sono, a não
ser ligeiramente, durante o período em que ali estivera. É que em estado de
vigília, mesmo recolhida para dormir, percebia registros de fatos ali gravados
em passado recente. Via as senzalas, os milharais, o canavial, a movimentação
cotidiana, acompanhada do cântico, dolente
e magoado, dos escravos, que iam e vinham, em suas lides obrigatórias,
sobraçando pesados cestos, ou carregando à cabeça sacos ou feixes de lenha e
ferramentas, ou batendo enxadas. Viu, externamente, ao lado das janelas e
portas do aposento que ocupava, uma escrava mexendo o conteúdo de grande tacho
de cobre onde preparava “sabão de cinza”, comum na época; outra
surrando com uma palmatória, um moleque entre oito e dez anos, provavelmente
seu filho; um velho escravo atado ao pelourinho pelos pulsos, para o suplício
do chicote, chorando e gemendo angustiadamente, em meio aos repetidos estalidos
do instrumento de tortura acionado pelo capataz. Comentando com a amiga suas
visões, foi por ela informada ter sido a chácara em que se encontravam uma
fazenda de escravos, ao tempo do Império, existindo ainda nos fundos do
quintal, as ruinas de um pelourinho, identificado por ela ao ser-lhe mostrado,
como o mesmo percebido nas imagens de que se acha impregnado o ambiente da
propriedade. (Casos extraídos dos
livros ENIMAS DA PSICOMETRIA (feb), de Ernesto Bozzano e DEVASSANDO O
INVISÍVEL (feb), de Yvonne do Amaral Pereira)
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