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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Vivências com Um Médium Incomum



As décadas de serviços prestados em nome da mediunidade possibilitaram a inúmeras pessoas testemunhar junto a Chico Xavier, fatos muito pouco comuns em torno das interações entre os diferentes campos existenciais. Na sequência apresentaremos alguns deles para termos uma ideia de como o médium mineiro constituía-se num caso raríssimo entre aqueles que se colocam como intermediários entre o Plano Espiritual e o chamado Material. A primeira vivência vem do início dos anos 50, em Pedro Leopoldo (MG), registrada pelo médico Oswaldo Lacerda. O Centro Espírita Luiz Gonzaga, naquela noite estava cheio, muitos doentes e necessitados de toda parte. Entre eles, anônimos, um médico e a esposa, que haviam perdido um filho em consequência do desabamento de um cinema em que se encontrava na cidade de Campinas, onde estudava. O pai, desesperado, não acreditava no Espiritismo, somente fora a Pedro Leopoldo por ter sido atendida a condição de ninguém dentre conhecido, saber para onde tinham ido. Ao final da reunião pública, Chico, retomando a consciência após o transe em que estivera, perguntou: -“Quem aí é Oswaldo Lacerda?”. Ainda atordoado com a indagação, disse: -“Sou eu”... O médium acrescentou: -“Meu irmão, está presente um Espírito que se diz chamar Francisco Fajardo e declarou-se seu amigo”. A reação do Dr Oswaldo foi de “enorme pena” de Chico. Ele, nunca tivera na vida – pensava -, nenhum amigo chamado Francisco Fajardo. Rebuscou em suas lembranças, pensou, procurou recordar-se, mas não havia ninguém, nenhum amigo seu com aquele nome! Por fim, esperando que perante os inúmeros sofredores que lá estavam a revelação tivesse o efeito de uma bomba, resolveu dizer a Chico: -“O senhor vai me desculpar, mas eu não conheço nem tenho nenhum amigo com o nome de Francisco Fajardo”... Contudo, o médium, com sua voz suave e amiga, apenas respondeu: -“Acompanham-no também dois Espíritos que acabam de chegar: um moço que se apresenta ferido num desastre de aviação, chamado Ronaldo, sobrinho do senhor, amparado pelo Espírito de seu Tio-avô, que se chamou Simeão”...Após esses esclarecimentos e ter feito uma descrição completa dos dois parentes do Dr. Oswaldo, acrescentou: -“Diz o Espírito de Francisco Fajardo que foi seu professor na Escola de Medicina do Rio de Janeiro e que é seu amigo”. O choque não poderia ter sido maior para alguém que se entrincheirara no materialismo. Após esse aparte, em meio à interrupção de uma psicografia, Chico voltou ao transe mediúnico seguindo com a recepção de receitas e orientações do Plano Espiritual. A outra vivência foi do Oftalmologista da capital paulista Dr. Nadir Sáfadi durante exame que procedia nos olhos do médium. Subitamente, indagou: -“Chico, me diga uma coisa, você vê mesmo os Espíritos?, obtendo como resposta: -“Vejo sim, senhor Dr Nadir. É verdade que trago comigo a faculdade de vidência”. O médico curioso, retrucou-lhe: -“Mas como é que enxerga os Espíritos com estes dois olhos, assim, tão debilitados? Você os vê com estes olhos mesmo?”, ao que Chico esclareceu: -“Ah, não senhor. A mediunidade vidente independe dos olhos do corpo físico. O assunto exige muito estudo”. Atento, o médico continuou: -“Então, me diga se está vendo algum Espírito aqui em meu consultório, Chico”.  O médium respondeu: -“Eu confirmo que estou vendo um Espírito aqui conosco, Dr. Nadir”.  –“Mas, então, me diga, quem é que está aqui? Qual o nome dele?”.  Meio desconcertado, Chico se deteve por um momento e ante a insistência, respondeu, afinal: -“Ele está me dizendo chamar-se Senobelino Serra. Diz ter sido natural de São José do Rio Preto. Dr Senobelino Serra”.  Espantado, o Dr Nadir afirmou: -“Oh, Chico, não me diga que ele está aqui conosco!. Dr. Senobelino Serra foi meu professor, foi muito amigo meu!”. Mais aliviado com a confirmação da identidade espiritual, Chico completou: -“Pois, então, é ele mesmo, Dr Nadir. Ele está me dizendo que foi designado pela Espiritualidade Maior para ajudar o senhor na profissão de médico oftalmologista, juntamente com outros amigos, porque o senhor ajuda muita gente aqui no consultório, Dr. Nadir!”. Visivelmente emocionado, o Dr Nadir nada mais perguntou.(A íntegra desses relatos poderá ser lida nas obras FORÇAS LIBERTADORAS, de R.A. Ranieri (1967,eco) e  CHICO XAVIER:MANDATO DE AMOR (1992,UEM)

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