Cumprindo programa planejado no Mundo Espiritual, o Espírito
Telika
Ventiu que foi uma das esposas do Faraó Amenhotep III,
identificada a princípio como Lady Nona começou a manifestar-se em
outubro de 1928, através da médium Rosemary (Ivy Beaumont), como
combinado antes desta reencarnar na existência no século 20. Ela, por sinal,
tinha sido sua filha adotiva Vola, naquela encarnação longínqua,
13 séculos Antes de Cristo. Ao longo dos anos que se seguiram, o farto material
psicografado resultou na produção de três livros APÓS TRINTA SÉCULOS, O
ANTIGO EGITO FALA e ESSE MILAGRE
EGÍPCIO, organizados pelo inglês Frederic H. Wood, testemunha do
instigante fenômeno. As comunicações foram escritas em inglês, contudo várias
outras em egípcio faraônico a partir de 1931 traduzidas pelo egiptólogo Howard
Hulme. O extraordinário conteúdo permite-nos “conhecer esse país em sua remotíssima antiguidade, cheio de mistérios, na época da construção de
suas inimitáveis e gigantescas construções, da grandeza da qual sobraram apenas
ruínas de cidades, palácios e templos, catacumbas enterradas, canais
obstruídos, colunas e obeliscos hoje espalhados pelo mundo”, como
escreveu Francisco Valdomiro Lorenz na obra A VOZ DO ANTIGO EGITO (Feb).
Da organização por ele feita, destacamos alguns aspectos: 1- DIVISÃO SOCIAL E COSTUMES – Socialmente
se dividiam em 4 classes ou castas: a classe sacerdotal, a militar, a comercial
e a produtora (agricultores, pastores, etc), havendo também escravos, que
estavam foras das castas. As terras pertenciam um terço à coroa, um terço ao
sacerdócio e um terço aos guerreiros, para, ou por meio de seu cultivo ou
arrendamento, tirarem delas a sua subsistência. As outras castas não podiam ser
proprietárias de terrenos, tendo apenas o direito d serem arrendatários. O trabalho era dever geral de todos os
egípcios, podendo ser condenado à morte quem se recusasse a trabalhar. O
sacerdócio fiscalizava os serviços públicos sendo que os sacerdotes além dos
deveres especiais do seu cargo, também trabalhavam, cultivando cada um, em
certo tempo, a terra para o bem publico. A justiça era administrada pelos
sacerdotes; as acusações e defesas se faziam por escrito, sendo o homicídio,
mesmo de um escravo, era punido com a morte. Os divertimentos do povo eram as
corridas de touros, a caça das hienas e os gracejos dos bobos e anões. Os ricos
se divertiam com danças, musica e saltimbancos, servindo-se nessas reuniões
vinhos ou cervejas, refrescos, carne de vaca, aves, peixes, caça, frutos e
legumes, que os convivas partiam com os dedos. ADMINISTRAÇÃO PUBLICA, POLITICA, GUERRAS - A administração publica estava a cargo dos
representantes do rei, espalhados por todo país, os quais arrecadavam
rigorosamente os impostos. A partir da quinta Dinastia, começou a haver uma
emancipação do faraó da tutela sacerdotal tornando o então mandatário Userkaf um verdadeiro autocrata.
Aumentou consideravelmente os impostos, gerando o descontentamento do povo. A
partir da sétima Dinastia, começa a sucessiva decadência política com o aumento
das agitações internas. RELIGIÃO –
No sistema religioso dos antigos egípcios, distinguia-se a religião do povo e
dos sacerdotes. Estes, adoravam um só Deus, tendo ideias espiritualistas,
verdade só revelada aos Iniciados, aptos a compreendê-la. Ao povo, considerado
incapaz de compreender concepções abstratas, era dada uma imagem simbólica,
tendo sido escolhido para tal fim, o Sol, explicado como a figura de
manifestação divina, o corpo de Deus. CIÊNCIAS
E ARTES – Floresciam extraodinariamente, existindo, por exemplo, 42 templos
consagrados a Serápis, o deus da
Medicina, onde os doentes recebidos tinham de prestar obediência às
prescrições. Exercida exclusivamente pelos sacerdotes ou iniciados, estava a
Medicina em estrita conexão com a astronomia e a astrologia. O canto e a música
ocupavam posto de destaque, sendo a arte da música atribuída ao deus lunar Toth, considerado também o deus da
sabedoria e protetor dos escritores, tendo a harpa, em diversas formas, como o
instrumento musical predileto. A flauta, a lira, o alaúde e a trombeta,
ocuparam também, ao longo da história daquele povo, lugar destacado na sua
preferência. LINGUA E ESCRITA –
Apresenta analogia com as línguas semíticas (como a hebraica e a árabe) e as
khamíticas (como os idiomas berberes e cuchitas), tendo seus documentos
literários mais antigos, surgido três mil anos antes do nascimento do Cristo. A
escrita mais antiga foi a hieroglífica constando de numerosas figuras
representando o homem, suas ações, partes do corpo, várias espécies de
vestuários, armas, edifícios, etc; figuras cravadas e esculpidas nas paredes
dos templos e palácios, pirâmides, obeliscos, caixas e invólucros de múmias,
sendo ainda traçadas sobre folhas de papiro, planta do gênero das ciperáceas,
abundante no rio Nilo.
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