O impacto da notícia
consterna todos que dela tomam conhecimento: quatro pessoas de uma
mesma família atingidas fatalmente por um raio enquanto desfrutavam de momentos
de refazimento e lazer em praia do litoral de São Paulo. Caso semelhante,
resultou em mensagem seis anos depois da morte de Paulo Augusto Signore, um
jovem de 22 anos, que passava alguns dias de férias com a família na mesma
cidade, Praia Grande, a 72 quilômetros da capital paulista. Era o dia 16 de
janeiro de 1977, por volta do meio dia e o rapaz jogava uma partida de futebol
com alguns desconhecidos que se agruparam para uma das mais apreciadas
modalidades esportivas em praias brasileiras. Poucos minutos após sua mãe chama-lo
para almoçar, algumas nuvens que se formaram sobre a região deram o sinal da
sua violência com a precipitação de um raio fulminante também para quatro
dos participantes da chamada “pelada”.
Paulinho
– como carinhosamente o tratavam os familiares – era técnico em Contabilidade e
preparava-se para o vestibular de Economia.
Um dos três filhos do casal Maria de Lourdes e Orlando
Signore, com sua ausência impôs atroz sofrimento aos familiares mais
próximos. Buscando conforto nas mensagens recebidas publicamente pelo médium Chico
Xavier, em Uberaba, MG, seis anos e meio após a desencarnação de Paulinho,
receberam a primeira carta do filho, na
madrugada de 17 de junho de 1983, data
que ficou marcada para sempre na
memória daqueles desolados pais, que tiveram a certeza de que a morte não
existe, representando uma separação momentânea para o posterior reencontro
futuro no Plano Verdadeiro da Vida. Rememorando os dramáticos momentos Paulinho
relata como atravessou a surpreendente experiência: -“Isso foi há tanto tempo e ao
vê-la aqui ao meu lado tudo parece haver acontecido ontem. Estou a ouvi-la
convocando a gente para o almoço. O céu está levemente nublado. A praia é um
ninho de bênçãos. O mar está lindo, assemelhando-se a um grande espelho móvel.
Os companheiros e eu brincávamos com a bola e pedi em voz alta para que o
almoço me esperasse. De repente, lembro-me com segurança, fomos surpreendidos
pelo clarão de um relâmpago e com o clarão surgiu um chicote de fogo que nos
fulminou os quatro. Onde o tempo para raciocinar? Impossível. Se houve tumulto
ou gritaria, de nada me recordo, porque tombei inconsciente. Ignoro quanto
tempo despendi naquela queda de força com absoluta impossibilidade de manejar
meus próprios pensamentos”... Pouco
adiante, conta: -“Sei que me debati, entre a penumbra e a luz, entre a alucinação e a
consciência de mim mesmo, por vários dias. Senti-me sob tratamento hospitalar,
qual se fosse um asilado comum em casa de emergência. Muitos amigos apareceram,
mas não reconheci nenhum, até que um deles me rogou atenção para identificá-lo
por vovô Angelo e, desde então, encontrei um ponto de referência para
reconhecer-me, ao modo de um viajante perdido que surpreende uma estaca,
através da qual consegue fazer a revisão do próprio caminho”. Institutos consagrados à recuperação
da transferência inesperada para a Dimensão Espiritual, bem como, a presença de
familiares que nos antecedem na mesma viagem, são recorrentes nas mensagens
recebidas por Chico Xavier. Mais à frente, acrescenta: -“Os dias se sucederam a outros
dias, até que pude revê-la junto ao Papai Orlando, à Regina e ao Carlos Augusto”. Segundo o Espiritismo, mais que supomos
os reencontros com entes queridos, seja nas visitas que nos fazem no estado de
vigília, sem que percebamos ou nos chamados sonhos, são comuns. Noutro momento, Paulinho observa: -“Por
aqui, estudo reencarnação e estou começando a entender o motivo pelo qual os
companheiros e eu fomos fulminados e, mais tarde, espero a possibilidade de
examinarmos o meu caso”. A
visão oferecida pela Doutrina Espírita sobre a reencarnação e sua conexão com a
Lei de Causa e Efeito, é a chave para entendermos os “porquês” das
experiências inexplicáveis por outros meios.
O Espiritismo afirma que “quando chega a hora da morte, seja por um
flagelo ou por uma causa comum não se pode escapar a ela”. Vítimas de
doenças degenerativas, acidentes de trânsito, atropelamento, balas perdidas,
homicídios, suicídios, quedas de aeronaves de pequeno e grande porte são alguns
dos exemplos das cartas psicografadas pelo médium Chico Xavier, perante
dezenas de pessoas, nas dependências dos Centros em que trabalhou na cidade de
Uberaba, Minas Gerais. (as íntegras da mensagem de Paulinho e de outros
Espíritos poderão ser lidas no livro NOVAMENTE
EM CASA, publicado pelo GEEM, de São Bernardo do Campo, SP)
Compartilhamento de informações reveladoras disponibilizadas pelo Espiritismo ampliando nosso nivel cultural
faça sua pesquisa
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
IMPORTANTE CONTRIBUIÇÃO
Segundo divulgado por alguns veículos da mídia
brasileira, a revista científica EXPLORE, editada na Holanda,
publicou em sua edição de setembro de 2014, estudo desenvolvido pelo núcleo de
Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora
(NUPES-UFJF) em parceria com o Departamento de Psiquiatria da Universidade de São
Paulo (USP), que analisa e comprova veracidade de cartas psicografadas por Chico
Xavier. Na pesquisa feita, foram analisadas ao todo treze cartas atribuídas a Jair Presente, morto em
1974, na cidade de Americana (SP). A história que tornou Jair Presente conhecido além dos
limites de sua atuação em Campinas, a cem quilômetros da capital paulista
começou a ser escrita precisamente no dia 3 de fevereiro de 1974. Na
manhã daquele dia, três amigos, alterando o programa idealizado na véspera,
deslocaram-se trinta quilômetros do pesqueiro em que pernoitaram para a Lagoa
Azul, a fim de desfrutarem de alguns momentos da manhã ensolarada de verão. Os
planos, porém, foram frustrados, pois, um deles, Jair Presente, acabou
tendo sua vida interrompida, aparentemente, por afogamento. No auge dos seus 25
anos, Jair era um jovem dinâmico, aluno do 4° ano de Engenharia
Mecânica na UNICAMP, sua opção após ter sido aprovado em três faculdades:
Politécnica, Itajubá e a própria UNICAMP. Um dos dois filhos do casal Josefina
e José
Presente, Jair deixou imenso vazio no seio da família, na qual era motivo
de muito orgulho por ser alegre, jovial e dedicado a múltiplas atividades,
dividindo seu tempo de estudante dedicado com o trabalho para o sustento do
lar, lecionando em várias escolas da cidade em que residia. Interrompendo sua
aposentadoria, seu pai retornou as atividades de vendedor de frutas na banca
que tinha numa praça da conhecida cidade, onde um cliente o fez ciente da
existência e do trabalho de Chico Xavier, levando-o com a esposa
e filha ao encontro do médium, esperançoso de obter algum esclarecimento e
conforto ante o ocorrido. Era o dia 15 de março, apenas quarenta e dois dias
depois da ocorrência e Jair, ainda demonstrando certa perturbação, escreve a
primeira carta aos entes amados. Nesta primeira mensagem, algumas informações
importantes merecem destaque. A certo trecho, diz ele: -“Não estou em situação infeliz,
mas sofro muito com a atitude de casa. Auxiliem-me. É tudo, por agora, o que
lhes posso dizer. Tenho a mente nublada. Consigo entender muito pouco aquilo
que se passa em torno de mim. As lágrimas dos meus queridos me prendem”. Jair naturalmente encontra-se sob o
efeito da perturbação derivada da sua brusca transferência para o Plano
Espiritual. Como se vê sua condição é
agravada pela atitude de revolta, inconformação e desespero dos familiares mais
próximos que não conseguiam aceitar a perda do filho e irmão, por ignorarem que são mudanças apenas
vibratórias e momentâneas. Mais adiante, pondera: -“É muita coisa para observar,
entretanto, não posso ainda. Creio apenas que perder o corpo mais pesado não é
desvencilhar-se do peso de nossas emoções e pensamentos, quando nossos
pensamentos e emoções jazem nas sombras da angústia”. Acertada a colocação de Jair. O peso
que deixamos é apenas o do corpo, pois o das emoções e pensamentos prossegue
animando o espírito que, por sinal, se precipita para níveis ou Dimensões
espirituais compatíveis com seu estado mental por ocasião do desencarne. Como
ponderou um Benfeitor Espiritual, não basta desencarnar o corpo, é preciso
desencarnar os pensamentos. Noutro momento, revela e alerta: -“As
vozes de casa chegam ao meu coração e, como se continuássemos juntos, vejo-os
no quarto, guardando-me as lembranças como se devesse chegar a qualquer
instante. E o meu pensamento não sai de onde me prendem. Agradeço, sim, o amor
em suas lágrimas. Agradeço o carinho em suas preces, mas venho pedir-lhes para
viverem. Viverem! E viverem felizes, porque assim também serei feliz”. Normalmente, os que ficam na retaguarda
do Plano Material se iludem supondo que o culto aos pertences do desencarnado é
capaz de suprir-lhes as carências energéticas, naturalmente resolvidas na
convivência diária. É o amor apego, difícil
de corrigir, até porque geralmente não se tem a noção da relatividade da
existência. Observe-se a força irresistível dos pensamentos que interliga
mentes e corações. Diz Jair: “o meu pensamento não sai
de onde me prendem” e “vejo-os no
quarto, guardando-me as lembranças”.
A integra desta e outras cartas analisadas pelo estudo publicado, poderão ser
lidas no livro JOVENS NO ALÉM,
publicado pelo Grupo Espírita Emmanuel, de São Bernardo do Campo
sábado, 27 de dezembro de 2014
ANTROPOFAGIA
Vez ou outra circulam pela
mídia impressa e eletrônica, noticias sobre a descoberta de crimes cometidos
por serial-killers
que além da violência imposta a suas vítimas, acabam devorando parte dos seus
corpos por eles fragmentados. Muitas
possíveis explicações são cogitadas para gestos tão extremos. O Espiritismo tem visão própria sobre tais fatos e, na REVISTA
ESPÍRITA de fevereiro de 1866, encontramos comentário de Allan
Kardec sobre o que se poderia chamar de recrudescimento da prática
nalgumas ilhas do Oceano Pacífico, mais especificamente pertencentes à Oceania.
A informação, publicada no jornal Le Monde, dá conta que em um ano
toda a tripulação de quatro navios foram devorados pelos antropófagos das Novas
Híbridas (hoje, Arquipélago das Vanuatu), da baia
de Jérvis ou da Nova Caledônia, obrigando o
almirantado inglês expedir às cidades marítimas que fazem armamentos para a Oceania
uma circular aconselhando aos capitães de navios mercantes a tomar
todas as precauções necessárias para evitar que suas tripulações sejam vítimas
desse horroroso costume. Como explicar o
comportamento de seres humanos capazes de devorar seus semelhantes? Segundo
Allan
Kardec, o “Espiritismo lhe encontra a mais simples solução, e a mais racional, na
LEI DA PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS, a que todos os seres estão submetidos, e,
em virtude da qual progridem. Assim a alma dos antropófagos ainda estão
próximas de sua origem, as faculdades intelectuais e orais são obtusas e pouco
desenvolvidas e nelas, por isso mesmo, dominam os instintos animais. Allan
Kardec observa, porém, que “essas almas não estão destinadas a ficar
perpetuamente nesse estado inferior, que as privaria para sempre da felicidade
das almas mais adiantadas. Crescem em raciocínio; esclarecem-se, depuram-se,
melhoram, instruem-se em existências sucessivas. Revivem nas raças selvagens,
enquanto não ultrapassarem os limites da selvageria. Chegadas a certo grau,
deixam esse meio para encarnar-se numa raça um pouco mais adiantada; desta a
uma outra e assim por diante, sobem em grau, em razão dos méritos que adquirem
e das imperfeições de que se despojam, até atingirem o grau de perfeição de que
é suscetível a criatura. Segundo ele, “a via do progresso a nenhuma está
fechada; de tal sorte que a mais atrasada das almas pode pretender a suprema
felicidade. Mas uma, em virtude do seu livre arbítrio, que é o apanágio da
Humanidade, trabalham com ardor por sua depuração e sua instrução, em se
despojar dos instintos materiais e dos cueiros da origem, porque a cada passo
que dão para a perfeição veem mais claro, compreendem melhor e são mais
felizes. Essas avançam mais prontamente, gozam mais cedo: eis
a sua recompensa. Outras, sempre em virtude de seu livre arbítrio, demoram-se
em caminho, como estudantes preguiçosos e de má vontade, ou como operários
negligentes; chegam mais tarde, sofrem mais tempo; eis a punição ou, se se
quiser, o seu inferno. Assim se confirma, pela pluralidade das existências progressivas,
a admirável Lei da Unidade e de Justiça, que caracteriza todas as obras da
Criação. Comparai esta Doutrina com outras, sobre o passado e o futuro das
almas e vede qual a mais racional, mais conforme a Justiça Divina e que melhor
explica as desigualdades sociais. Seguramente a antropofagia é um dos mais
baixos degraus da escala humana na Terra, porque o selvagem que não mais come o
seu semelhante já está em progresso. Mas de onde vem a recrudescência desse
instinto bestial? É de notar, de saída, que é apenas local e que, em suma, o
canibalismo desapareceu em grande parte da Terra. É inexplicável sem o
conhecimento do Mundo Invisível e de suas relações com o Mundo Visível. Pelas
mortes e nascimentos, alimentam-se um do outro, se derramam um no outro. Ora,
os homens imperfeitos não podem fornecer no Mundo Invisível almas perfeitas e
as almas perversas, encarnando-se, não podem fazer senão homens maus. Quando as
catástrofes, os flagelos atingem de uma vez grande número de homens, há uma
chegada em massa no mundo dos Espíritos. Devendo essas almas reviver, em
virtude da lei da natureza, e para o seu adiantamento, as circunstâncias podem
igualmente trazê-los em massa de volta para a Terra. O fenômeno de que se trata
depende, pois, simplesmente da encarnação acidental, nos meios ínfimos, de um
maior número de almas atrasadas, e não da malícia de Satã, nem da palavra de
ordem dada ao povo da Oceania. Ajudando o desenvolvimento do senso
moral dessas almas, durante a vida terrena, o que é missão dos homens
civilizados, elas melhoram. E quando retomarem uma nova existência corpórea
para progredir ainda, serão homens menos maus do que foram, mas esclarecidos,
de instintos menos ferozes, porque o progresso realizado não se perde nunca. É
assim que gradualmente se realiza o progresso da Humanidade.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
NA DIREÇÃO DA VERDADE
A primeira e poderosa
multinacional da fé não conseguiu ultrapassar, em mais de um milênio, os limites
do que era conhecido como lado Ocidental da Terra. Tentou-se, como a História
registra, através da força iniciar a catequização do Oriente, mas a índole
agressiva dos povos acessados, rechaçou violentamente as ideias que se lhes
tentava incutir, inspiradas num líder pacifista que se procurava apresentar de forma
dominadora. Tudo, pelo que se conclui, a partir do início do segundo Milênio,
os mil anos da citação do Apocalipse. Os dez séculos que se passaram revelaram
que aqueles que sucederam os seguidores da primeira hora, fixaram-se
demasiadamente nos interesses materiais em detrimento dos espirituais, criando
uma aura de desconfiança e descrença no poder da mensagem revolucionária de
Jesus, o maior de todos os Cristos que se revelaram na nossa Dimensão. Veio o
século 20, e, com ele, o ambiente propício para que as forças contrárias,
representadas pelo surto acelerado de progresso científico e tecnológico,
pudessem disseminar na mesma intensidade, o desinteresse pelas coisas
espirituais. E, uma guerra racial que dividia um País, foi uma das estratégias
usadas para apagar a inspirada cena do presépio que há oito séculos revivia o
momento histórico do nascimento de Jesus. Atendendo pedido do presidente da
grande nação norte-americana, um ilustrador se valeu das tradições preservadas
por imigrantes europeus que cultuavam uma lenda no mesmo dia do reservado pelos
católicos às celebrações do Natalício ou Natal, e, eles, protestantes,
distribuíssem alegria às crianças através de presentes trazidos pelo bom São
Nicolau. Nascia assim Papai Noel, que visitava os lares fazendo a
felicidade das pessoas, sobretudo crianças, desenvolvendo o mesmo hábito cultivado pelos devotos de São
Nicolau. Uma poderosa indústria de refrigerantes serviu para a outras nações
onde atuava os mesmos procedimentos relacionados a Papai Noel. Algumas décadas
depois, exceção feita aos países onde a educação no seu sentido mais exato é
precária, o culto ao nascimento de Jesus foi esmaecendo. Hoje, ainda no início
do século 21, observa-se uma ausência quase que completa do conhecimento sobre
Jesus e sua proposta, aproveitando-se a data simbólica da sua entrada em nosso
Mundo para excessos gastronômicos e etílicos. Jesus foi esquecido pela vigorosa
força materialista do Papai Noel e, mesmo este, terá certamente sua influência
atenuada com o nascimento das novas gerações que desembarcam diariamente na
Terra pelos programas reencarnatórios. Uma análise da realidade social do mundo
permite concluir-se isso. Povos africanos e asiáticos, apesar da superficial
ocidentalização de seus comportamentos e estilos de vida, pelas dificuldades
econômicas e sociais, se passarem por essa fase, o farão rapidamente sem que o predominante
de suas populações se deixem inebriar e enganar por tais fantasias. A crescente
influência islâmica se incumbirá de acelerar esse processo varrendo para longe
o que se interpor ao seu radicalismo. Neste mundo classificado pelos Espíritos
de expiação e provas não poderia ser diferente. Discorda? O que além do Natal
ou de uma ou outra data comemorativa significa Jesus para você? Mesmo
enaltecendo seus feitos ou reverenciando seu nome de forma solene, o quanto ele
interfere em sua vida diária. Dos mais decantados preceitos de suas lições – não
julgamento, perdão, reconciliação, amor aos semelhantes; amor a Deus – em
quais, você receberia uma nota máxima, média ou baixa? Se Jesus é o personagem principal de suas
convicções religiosas, o que você sabe sobre ele? Pois bem: é Natal mais uma
vez em sua vida, o que você fará para homenagear simbolicamente o
aniversariante. Crês que tem alguma importância empanturrar-se de alimentos ou derivados
alcóolicos? O Planeta, por sinal notará sua manifestação? Para Jesus
o que realmente importará é a mão que se estenderá na direção do seu
irmão menos favorecido. Sim, porque o que você observará marginalizado,
sozinho, criança ou velho, homem ou mulher, representa o enviado por Jesus
para que atenda, assista ou socorra. Pode ser um copo de água, uma xícara de
leite, um prato de comida, uma peça de roupa, alguns instantes de atenção. O
que importa. É SOLIDARIEDADE, FRATERNIDADE, caminhos seguros para “o
desabrochar” do AMOR VERDADEIRO que jaz
oculto dentro do seu coração. Num planeta onde a diversidade de níveis
evolutivos em que se enquadram os bilhões de seres que o habitam, esse acesso
somente será possível gradual, paulatinamente. Todos passarão por essa etapa.
Questão de tempo apenas. O certo é que todos estarão sempre no caminho da
verdade.
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
ALÉM DO QUE SE PENSA
Notícia veiculada pela
imprensa recentemente dá conta que cerca de um milhão de abortos em média, são
estimados por ano no Brasil. Por ser uma prática ilegal prevista num artigo do
Código Penal de 1940, acaba resultando na prisão daquelas que o praticam, seja
por questões econômicas ou comportamentais. O Espiritismo demonstra através de
inúmeros relatos que a questão do aborto não se constitui apenas em um problema
moral, religioso, político ou social. Trata-se da gênese de inúmeros distúrbios do
aparelho reprodutor, bem como, complicações de ordem mental com repercussões no
corpo físico, na vida atual ou em outras. As repercussões no corpo espiritual ou períspirito
são inevitáveis, com desdobramentos
em outras vidas físicas. As reencarnações obedecem a programas a serem
cumpridos pela criatura em sua caminhada evolutiva e o que interrompe uma vida
que estava prevista para se materializar em nossa Dimensão, frustra projetos
envolvendo a vítima do parricídio legalizado ou não pelos códigos penais das
sociedades e civilizações da Terra.
Como nada
é por acaso, Allan Kardec revela n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS que “o
Espírito renasce frequentemente no mesmo meio em que viveu, e se encontra em
relação com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes tenha
feito”. Em artigo publicado quase uma década após sua
morte no OBRAS POSTUMAS, ratifica a primeira informação
dizendo que o Ser “frequentemente, renasce na mesma
família, ou pelo menos os membros de uma mesma família renascem juntos para
nela constituírem uma nova, numa outra posição social, a fim de estreitarem os
seus laços de afeição, ou repararem seus erros recíprocos. Pelas considerações
de ordem mais geral, frequentemente, se renasce no mesmo meio, nação, raça,
seja por simpatia, seja para continuar estudos que fizeram, se aperfeiçoar,
prosseguir trabalhos começados que as circunstâncias ou brevidade da vida não
permitiram terminar”. No livro MISSIONÁRIOS DA LUZ (1945, feb),
o autor nos repassa a seguinte informação do Instrutor Alexandre,
personagem central da narrativa: -“O aborto muito raramente se verifica
obedecendo a causas de nossa Esfera de ação. Em regra geral, origina-se do
recuo inesperado de pais terrestres, diante das sagradas obrigações assumidas
ou aos excessos de leviandade e inconsciência criminosa de mães, menos
preparadas na responsabilidade e na compreensão para este ministério. Mesmo aí,
tudo fazemos, por nossa vez, para opor-lhes resistência aos projetos de fuga ao
dever.(...). Se os interessados, retrocedendo nas decisões espirituais,
perseveram sistematicamente contra nós, somos compelidos a deixá-los entregues
à própria sorte. Daí, a razão de existirem muitos casais humanos, absolutamente
sem a coroa de filhos, visto que anularam as próprias faculdades geradoras.
Quando não procedem de semelhante modo no presente, sequiosos de satisfação
egoística, agiriam assim, no passado, determinando sérias anomalias na
organização psíquica que lhes é peculiar. Neste último caso, experimentam
dolorosos períodos de solidão e sede afetiva, até que refaçam, dignamente, o
patrimônio de veneração que todos nós devemos às leis de Deus”. Já o Orientador Emmanuel, através
do médium Chico Xavier, considera que a prática do aborto “afasta
dos que por ele deliberam os recursos de reabilitação e felicidade que lhes
iluminariam, mais tarde, os caminhos, seja impedindo a reencarnação de
Espíritos amigos que lhes garantiriam a segurança e o reconforto ou impedindo o
renascimento de antigos desafetos, com os quais poderiam adquirir a própria
tranquilidade pela solução de velhas contas”. Afirma ainda que “algumas
doenças de formação obscura ou a desencarnação prematura através, por exemplo,
do câncer, são consequência possível de tal ação, além de aflitivos processos
de obsessão”. Quanto “àqueles que cooperam nos delitos do aborto,
sejam pais tanto quanto os profissionais que o favorecem, vem a sofrer os
resultados da crueldade que praticam, atraindo sobre as próprias cabeças os
sofrimentos e os desesperos das próprias vítimas, relegadas por eles aos
percalços e sombras da vida espiritual em Esferas inferiores”. Muitos
poderão encarar tais comentários como uma ameaça moralista tentando atemorizar
os que defendem tal prática. Sugerimos, contudo, uma revisão em seus pontos de
vista a respeito do que significa a vida a partir do que demonstra a Doutrina
Espírita. (1-) Simplesmente uma passagem de algumas décadas no corpo
humano; (2-) numa Dimensão em que procuramos nos reabilitar perante Leis
que vão induzindo nosso progresso espiritual; (3-) num Planeta ao qual
não nos manteremos ligados eternamente; (4-) junto de outros seres que
conhecemos há bastante tempo e (5-) diante dos quais assumimos
compromissos que estamos procurando resgatar através da convivência muitas
vezes difícil. Interromper o resultado de um processo tão laborioso quanto o da
gestação representa atrasar em muito nosso avanço evolutivo.
domingo, 21 de dezembro de 2014
UMA VERDADE INCONVENIENTE
Artigo assinado por Allan
Kardec, no número de agosto de
1859 da REVISTA ESPÍRITA esclarece: -“ Desde que os Espíritos não são senão
os próprios homens despojados do seu invólucro grosseiro ou almas que
sobrevivem aos corpos, segue-se que há Espíritos, desde que há seres humanos no
Universo”. Diante dessa ponderação acrescenta: -“É preciso não perder de vista que os Espíritos constituem todo um
mundo, toda uma população que enche o espaço, circula ao nosso lado, mistura-se
em tudo quanto fazemos. Se se viesse a levantar o véu que nô-los oculta,
vê-los-íamos em redor de nós, indo e vindo, seguindo-nos, ou nos evitando
segundo o grau de simpatia; uns indiferentes, verdadeiros vagabundos do mundo
oculto, outros muito ocupados, quer consigo mesmos, quer com os homens, aos
quais se ligam, com um propósito mais ou menos louvável, segundo as qualidades
que os distinguem. Numa palavra veríamos uma réplica do gênero humano, com suas
boas e más qualidades, com suas virtudes e com seus vícios. Este
acompanhamento, ao qual não podemos escapar, porque não há recanto bastante
oculto para se tornar inacessível aos Espíritos, exerce sobre nós, queiramos ou
não, uma influência permanente. Uns, nos impelem para o Bem, outros para o mal;
muitas vezes as nossas determinações são resultado de sua sugestão; felizes
quando temos juízo bastante para discernir o bom e o mau caminho, por onde nos
procuram arrastar”. Décadas depois, um médium brasileiro – Chico Xavier -, começa a verter para
nossa Dimensão uma série de livros – NOSSO
LAR -, elaborados por um médico – André
Luiz - desencarnado em meados dos anos 30, com fins de despertamento da
Humanidade visto que a evolução do materialismo a afastava cada vez mais das
questões espirituais. Tais narrativas resultaram em treze obras reunindo
inúmeros casos que exemplificam a interação comentada por Allan Kardec. Selecionamos
algumas dessas cenas para que se tenha uma ideia de como funciona tal
interação: CASO 1 - NA VIA
PÚBLICA: -“No
longo percurso, através de ruas movimentadas, surpreendia-me, sobremaneira, por
se me depararem quadros totalmente novos. Identificava, agora, a presença de
muitos desencarnados de ordem inferior, seguindo os passos de transeuntes
vários, ou colados a eles, em abraço singular. Muito se dependuravam a
veículos, contemplavam-nos outros, das sacadas distantes. Alguns, em grupos,
vagavam pelas ruas, formando verdadeiras nuvens escuras que houvessem baixado
repentinamente ao solo. Assustei-me. Não havia notado tais ocorrências nas
excursões anteriores ao círculo carnal. (...) Não dissimulava, entretanto,
minha surpresa. As sombras sucediam-se umas às outras e posso assegurar que o
número de entidades inferiores, invisíveis ao homem comum, não era menor, nas
ruas, ao de pessoas encarnadas, em continuo vaivém (...). Tinha a impressão
nítida de havermos mergulhado num oceano de vibrações muito diferentes, onde
respirávamos com certa dificuldade”. CASO 2 - NUMA RESIDÊNCIA
COMUM : -“A família, constituída da
viúva, três filhos e um casal de velhos, permanecia à mesa de refeições, no
almoço muito simples. Entretanto, um fato, até então inédito para mim, feriu-me
a observação: seis entidades envolvidas em círculos escuros acompanhavam-nos ao
repasto, como se estivessem tomando alimentos por absorção.(...) Os que
desencarnam em condições de excessivo apego aos que deixaram na Crosta, neles
encontrando as mesmas algemas, quase sempre se mantém ligados à casa, às
situações domésticas e aos fluidos vitais da família. Alimentam-se com a
parentela e, dormem nos mesmos aposentos onde se desligaram do corpo físico”. CASO 3 - NUM RESTAURANTE: -“Transpusemos
a entrada. As emanações do ambiente produziam em nós, indefinível mal estar.
Junto de fumantes e bebedores inveterados, criaturas desencarnadas de triste
feição se demoravam expectantes. Algumas sorviam as baforadas de fumo
arremessadas ao ar, ainda aquecidas pelo calor dos pulmões que as expulsavam,
nisso encontrando alegria e alimento. Outras aspiravam o hálito de alcóolatras
impenitentes”. CASO 4 - NUM HOSPITAL: -“A
enfermaria estava repleta de cenas deploráveis. Entidades inferiores, retidas
pelos próprios enfermos, em grande viciação da mente, postavam-se em leitos
diversos, lhes infringindo padecimentos atrozes, sugando-lhes vampirescamente
preciosas forças, bem como atormentando-os e perseguindo-os”. CASO 5 - NUMA CASA NOTURNA: -“Champanha correndo e música lasciva. Entidades perturbadoras e perturbadas,
jungidas ao corpo de bailarinos, enquanto outras iam e vinham, a se inclinarem
sobre taças, cujo conteúdo lábios entediados não haviam conseguido sorver
totalmente. Em recanto multicolorido, onde algumas jovens exibiam formas
seminuas em coleios esquisitos, vampiros articulavam trejeitos, completando, em
sentido menos digno, os quadros que o mau gosto humano pretendia apresentar, em
nome da arte. Tudo rasteiro, impróprio, inconveniente”. CASO 6 - MULHER,
FAIXA DOS 50 ANOS, CASADA DEVANEANDO SOBRE AMOR PLATÔNICO : - “Dona Marcia parecia regressar de outro
país. Adereçada, sorridente. Os cabelos em penteado excêntrico lhe realçavam a
graça, remoçando-a inteiramente. Harmonizava-se a maquiagem com o róseo vestido
novo. O porte se lhe erguia nos sapatos de salto alto, com a esbelteza da
cegonha jovem, quando caminha descuidada em campo livre. Exibia cores,
destilava perfumes. Contudo, a flor humana em que se metamorfoseara não
escondia para nós as larvas que a carcomiam. Jazia Dona Marcia assessorada por pequena corte de
vampirizadores desencarnados que lhe alteravam a cabeça”.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
NEM PROVAS, NEM ARGUMENTOS LÓGICOS
Refletindo sobre a questão da
aceitação do princípio da reencarnação, conclui-se que isso não será possível
nem por eventuais provas a serem apresentadas, nem por argumentos lógicos. Dependerá exclusivamente da condição
evolutiva do Espírito encarnado ou desencarnado. Os homens da chamada Ciência interessados no tema prendem-se ainda a registros quantitativos ou análises sobre o que classificam
como evidências da reencarnação. Trabalhos criteriosos sobre elas oferecidos
por apenas três homens que poderiam ser associados à ciência, dois dos quais (Ian
Stevenson e Hemendra Banerjee) por estarem ligados ao meio acadêmico e o
terceiro o engenheiro brasileiro Hernani Guimaraes Andrade, permanecem ignorados, perdidos no passado recente da segunda metade
do século 20. Produziram obras de reconhecido valor que não tiveram repercussão
além dos limites do meio em que surgiram. E, apesar dos conteúdos oferecidos
por profissionais que trabalham, por exemplo, com as Terapias de Vidas Passadas, observa-se grande indiferença para o
apurado nas imersões obtidas em estados alterados de consciência. Considerando
que uma hipotética descoberta científica fosse anunciada pelos meios de
comunicação de massa mundialmente, se perderia, ante, por exemplo, milhares de
pessoas que não acessam noticiários ou nos preconceitos religiosos –
intencionalmente ou não - plantados nas mentes dos que se identificam com suas
propostas, através dos “despachantes de Deus” que costumam
ter “argumentos
fortes”, invariavelmente, usando como escudo textos ditos sagrados.
Quando no capítulo três d’ O EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO se lê sobre a diversidade dos Espíritos submetidos
aos processos evolutivos previstos para o planeta Terra – uma das muitas
moradas da Casa de Nosso Pai -, entende-se porque a convicção sobre os
mecanismos da reencarnação, como apresentados pela Doutrina Espírita, não é
ainda acessível ao entendimento da maioria. Porque os alunos que “sentam
nas carteiras da frente” nas salas de aula do imenso educandário com
que analogamente é comparado nosso Globo, representam minoria. Alguns ali se
colocam por não enxergarem direito, não por que detém uma inteligência já
desenvolvida para conhecimentos de profundidade ou transcendentes. Os demais se
fixam na chamada “zona de conforto”, onde os prazeres sensoriais
(alimentação e sexo) são o que realmente importa. Aos multiplicadores do
pensamento espírita compete apenas chamar a atenção para a visão clara,
objetiva das respostas que o Espiritismo dá sobre a questão. Afinal a
inexorável marcha do tempo cobra de decisões e ações práticas ante sua
avassaladora passagem, conduzindo todos de volta para o ponto de origem chamado
Mundo Espiritual, não dando tréguas. No Brasil, a partir da década de 40 do
Século Vinte, as corajosas e pioneiras ações do psiquiatra Inácio Ferreira no
laboratório chamado Sanatório Espírita de Uberaba, ofereceram material de
grande qualidade demonstrando que os transtornos psiquiátricos tem origem em
complicações criadas pelos doentes de agora em vida passada. Tendo como “microscópio”
a mediunidade de Dona Maria Modesto Cravo, abriu caminho
para a compreensão e razão de muitos dramas existenciais, interligando pessoas
no âmbito da família, invariavelmente comprometidas entre si com transgressões
ao Código Penal da Vida Futura
redigido por Allan Kardec no capítulo sete d’ O CÉU E O INFERNO, livro em sua segunda parte, constituído de
dezenas de depoimentos de Espíritos desencarnados ouvidos nas reuniões da Sociedade
Espírita de Paris. Empolgado com suas pesquisas, o corajoso Dr Inácio
Ferreira escreveu dois livros - NOVOS
RUMOS À MEDICINA e A REENCARNAÇÃO EM
FACE DA REENCARNAÇÃO. O primeiro organizado de uma forma muito
interessante, apresentando a ficha de internação do doente, a evolução do
tratamento e o apurado através da médium citada. Publicados ainda na primeira
metade do século passado, encontraram forte rejeição no meio espírita, o que
fez com que o autor não os reeditasse, até que nos anos 80, uma série de seis
matérias, apresentadas pela revista INFORMAÇÃO,
reproduzindo alguns casos ali expostos, chamassem a atenção para sua
existência. Com a desencarnação do valoroso e pioneiro médico, a editora da
Federação Espírita de São Paulo, relançou os dois livros. Motivados pela
Espiritualidade, vários Sanatórios foram fundadas por organizações espíritas,
baseados no modelo adotado no precursor de Uberaba. Começaram, porém, nem todos
persistiram até pela mudança da Política de Saúde Mental no País que, aliado às
dificuldades econômicas, impuseram mudança de procedimentos, a maioria abolindo
os tratamentos desobsessivos. Hoje apenas em alguns Centros Espíritas se
oferece as terapias baseadas nas
revelações espíritas. Não se preocupam, contudo, com o aprofundamento, análise
e associação entre os distúrbios espirituais/ psicológicos/ sociais e encarnações
passadas, desperdiçando material de valor inestimável. Assim, a reencarnação
continuará dependendo da inclusão nas gerações que renascem diariamente na
Terra, de Espíritos que já desenvolveram em si o conhecimento inato a respeito
da pluralidade das existências.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
SOBRE EXTRATERRESTRES
Quatro perguntas e respostas
são suficientes para demonstrar a ousadia do professor oculto no pseudônimo Allan Kardec ao tratar da questão da
pluralidade dos mundos habitados, numa época em que o assunto não se encontrava
entre os de maior interesse para a sociedade humana radicada na Europa do
século 19 - Junte-se a isso a coragem de publicar as respostas dos Espíritos
sobre o tema, afirmando que “todos os globos que circulam no espaço são
habitados, estando o homem terreno bem longe de ser, como acredita o primeiro
em inteligência, bondade e perfeição; que a constituição física dos diferentes
globos não se assemelham; que a organização corporal dos seres que os habitam
são diferentes, como entre nós os peixes são feitos para viver na água e os
pássaros, no ar”. A propósito,
Allan Kardec dispensara especial atenção à questão evocando e entrevistando em reuniões da Sociedade Espírita de Paris, em seu
primeiro e segundo anos, o compositor Mozart a partir de informação de um
pintor do século 18 chamado Bernard Palissy, supostamente
habitante do planeta Júpiter, artista que, por sinal, se serviu do dramaturgo e
médium Victorien Sardou, leigo em pintura ou desenho para compor mais
de dez gravuras dando uma ideia da vegetação, habitações e paisagens daquele
Globo, inclusive da casa do famoso compositor clássico. Kardec entrevistou também
o grande pesquisador Alexandre Von Humbold, apenas dez
dias após sua morte, em Berlim, o qual surpreendeu revelando ter
sido o escolhido entre vários candidatos a encarnar na Terra a fim de
contribuir com as pesquisas climáticas do planeta e habitar uma esfera
ainda desconhecida por nossa astronomia. O mundo caminhou para a síntese e, no
final do século 20, a informação passou a representar poder, especialmente com
o advento da Internet. Dados que dificilmente poderiam estar incluídos em
enciclopédias ou estar em uma única biblioteca de algum país do mundo, hoje são
facilmente encontrados. Vejamos alguns curiosos
relatos em literatura de antigas
civilizações: INDIA –MAABÁRATA – Livro I, cap 4 – “Deslumbrantes carros celestes em grande
número atravessavam o céu sem nuvens”/ Livro VIII, cap 8 – “Devas em seus carros sobre nuvens e
gandharvas no céu Olhavam do alto com
mudo espanto os chefes humanos”.
EGITO – LIVRO DOS MORTOS –
Capítulos 124,17 – “Falo com os
adeptos dos Deuses. Falo com o Disco. Falo com os Seres brilhantes”.
/Capítulo 78,14 – “Eu sou um
daqueles Seres brilhantes que vivem em raios de luz”. BABILÔNIA – CILINDROS DE BARRO encontrados
em biblioteca de Nínive – “O Rei Etan, que viveu há mais ou menos 5 mil
anos, foi levado como hóspede de honra numa nave voadora em forma de escudo, a
qual pousou numa praça atrás do palácio real, rodando circundada por um vórtice
de chamas(..). No meio dum remoinho de chamas e fumaça, ela subiu tão alto, que a Terra, com seus mares,
ilhas, continentes, parecia como “um pão numa cesta”; depois desapareceram de
vista”. JAPÃO – “Em 9 a.C., em 10 de
fevereiro, apareceram no céu 9 sóis que causaram muito caos na Terra e
na Dinastia Yamato que foi lançada em grande confusão. Foi no décimo ano do
Imperador Suinin. Eram 9 sóis, ou discos solares, como os antigos os chamavam,
eram discos voadores”.
/ Em 638 d.C – No dia 26 do primeiro mês da primavera, uma estrela
comprida apareceu no noroeste. O sacerdote Bin disse que era uma estrela
vassoura”. / Em 11 de agosto de 671 d.C. – “Um objeto flamejante foi visto voando
para o norte de muitos países no Japão”. Na Civilização atual, no ano de 1968, o
jornalista alemão Erich Von Daniken surpreendeu o
mundo com o resultado de uma pesquisa
enfeixada num livro que se transformou um best-seller durante vários meses: ERAM
OS DEUSES ASTRONAUTAS? Teoriza sobre possibilidade de antigas civilizações
terrestres serem resultado do cruzamento de extraterrestres alienígenas - que para cá teriam se deslocado
- e espécies primatas criando a espécie humana. E, o mais
importante: apresenta provas visuais e gráficas sobre sua tese, citando, por
exemplo, inscrições presentes pirâmides egípcias e maias; as linhas de Nazca,
no Peru, entre inúmeras outras. Embora Governos
e suas Forças Armadas tenham negado durante anos possuir indícios da presença
na Terra de naves supostamente extraterrestres, o comportamento vem mudando nos últimos tempos.
O caso mais recente foi a própria NASA – Agência Espacial Americana assumir que
recentemente durante operação de manutenção da Estação ISS, um nave
extraterrestre foi flagrada por suas lentes. Para os entusiastas, sugerimos o
link a seguir, a nós enviado pelo amigo Fabio Marabello:
http://datalimite.com/nasa-parece-estar-preparando-astronautas-para-se-comunicar-com-alienigenas/
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
UM ATO DE REVOLTA
A ideia dos anjos rebeldes, anjos
decaídos, paraíso perdido, se acha em quase todas as religiões e na tradição de
quase todos os povos. As gerações
atuais tomam conhecimento da existência dessa tese através do cinema que em
ficções produzidas nas últimas décadas a expõem fazendo supor algo atual ou
apenas fantasia de escritores, produtores, diretores e roteiristas. O
Espiritismo, através de Allan Kardec apresenta sua visão em
ensaio incluído na edição de janeiro de 1862 da REVISTA ESPÍRITA. Segundo o texto, pelo
fato de ser considerado por tantas escolas filosófico-religiosas, “deve
assentar-se numa verdade”. Acrescenta que “para compreender o verdadeiro
sentido que deve ser ligado à qualificação de anjos rebeldes, não é
necessário supor uma luta real entre Deus e os anjos ou Espíritos, de vez que o
vocábulo anjo aqui é tomado numa acepção geral. Admitindo-se que os homens
sejam Espíritos encarnados, que são os materialistas e os ateus senão anjos ou
Espíritos em revolta contra a Divindade, pois que negam a sua existência e nem
reconhecem seu poder nem suas leis? Não é por orgulho que pretendem que tudo
aquilo de que são capazes vem deles próprios e não de Deus? Não são muito
culpados os que se servem da inteligência, de que se vangloriam, para arrastar
seus semelhantes para o precipício da incredulidade? Até certo ponto não
praticam um ato de revolta aqueles que, sem negar a Divindade, desconhecem os
verdadeiros atributos de sua essência? Os que se cobrem com a máscara da
piedade para o cometimento de ações más? Aqueles cuja fé no futuro não os
desliga dos bens deste mundo? Os que em nome de um Deus de paz violentam a
primeira de suas leis: a lei da caridade? Os que semeiam a perturbação e o ódio
pela calúnia e pela maledicência? Enfim aquele cuja vida voluntariamente
inútil, se escoa na inatividade, sem proveito para si próprio nem para os seus
semelhantes? A todos serão pedidas contas, não só do mal que tiverem feito, mas
do Bem que tiverem deixado de fazer. Ora, todos esses Espíritos que empregaram
tão mal suas encarnações, uma vez excluídos da Terra e enviados a mundos
inferiores, entre populações ainda na infância da barbárie, que serão senão anjos
decaídos, remetidos à expiação? Não
será para eles a Terra que deixam um paraíso perdido, em comparação com o meio
ingrato onde ficarão relegados durante milhares de séculos, até o dia em que
tiverem merecido a libertação”?.
Demonstrando a lógica de seu argumento, Allan Kardec escreve: -“Remontando
à origem da raça atual na pessoa de Adão, encontraremos todos os caracteres de
uma geração de Espíritos expulsos de outro mundo e exilados, por causas
semelhantes na Terra já povoada, mas por homens primitivos, mergulhados na
ignorância e na barbárie e que aqueles tinham por missão fazê-los progredir,
trazendo para o seu meio as luzes de uma inteligência já desenvolvida. Não é,
realmente, o papel até aqui representado pela raça adâmica? Relegando-a para
esta Terra de trabalho e de sofrimento, não teria Deus razão para dizer: ‘tu
comerás o teu pão do suor do teu rosto’? Se ela mereceu tal castigo por
causas semelhantes às que vemos hoje, não será justo dizer que se perdeu pelo
orgulho? Na sua mansuetude não lhe poderia iluminar o caminho a seguir para
alcançar a felicidade dos eleitos? Este Salvador foi enviado na pessoa do
Cristo, que ensinou a lei do amor e da caridade, como verdadeira âncora de
salvação. Aqui se apresenta uma consideração importante. A missão do Cristo é
facilmente compreendida admitindo-se que são os próprios Espíritos que viveram
antes e depois de sua vinda, e que, assim, puderam aproveitar-se de seu ensino,
ou do mérito de seu sacrifício; mas já é mais difícil de compreender, sem a
reencarnação, a utilidade desse mesmo sacrifício para os Espíritos criados
posteriormente à sua vinda e que, assim, Deus os teria criado manchados por
faltas daqueles com os quais não tinham qualquer relação. Esta raça de
Espíritos parece ter completado o seu tempo na Terra. De um modo geral, uns
aproveitaram o tempo e progrediram, com o que mereceram recompensa; outros, por
sua obstinação em fechar os olhos à luz, esgotaram a mansuetude do Criador mereceram castigo. Assim, será a palavra do
Cristo: ‘Os bons ficarão à minha direita e os maus à minha esquerda”.
Kardec
conjectura ainda: -“Os que escreveram a história da antropologia terrestre apegaram-se,
sobretudo, aos caracteres físicos; o elemento espiritual foi quase sempre
negligenciado e o é em regra pelos escritores que nada admitem fora da matéria.
Quando este for levado em conta no estudo das ciências, lançará uma nova luz
sobre uma porção de problemas ainda obscuros, porque o elemento espiritual é
uma das forças vivas da natureza, que desempenha um papel preponderante nos
fenômenos físicos, tanto quanto nos fenômenos morais”.
sábado, 13 de dezembro de 2014
SURREAL, MAS BEM REAL
Embora a literatura e o
cinema somente recentemente tenham descoberto o sucesso comercial que
representa a exploração do tema dimensões ou universos paralelos, a
verdade é que descrições de uma realidade que caminha e interage com a nossa já
era tratada e popularizada nos anos 40 através da mediunidade de Chico
Xavier, especialmente nos livros recebidos do Espírito conhecido como André
Luiz. O mais fascinante é a riqueza de detalhes com que os roteiristas
atualmente criam cenas, cenários e sequências como em MATRIX, INTERESTELAR. Ou
recriam? Poderiam tranquilamente ser enquadrados na possibilidade aventada por Allan
Kardec num de seus textos onde diz que “como os Espíritos não podem sustentar a pena sem intermediário, fazem-no
sustentar por alguém que se chama médium, que inspiram e dirigem. Por vezes,
esse médium age sem conhecimento de causa: é um médium propriamente dito;
outras vezes age de maneira inconsciente da causa que o solicita: é o caso de
todos os homens inspirados, que assim são médiuns sem o saber”. Poderíamos também cogitar tais imagens serem reminiscências de incursões
no Plano Espiritual possibilitada pelo desdobramento natural do sono. Estudos
possíveis a qualquer interessado hoje, demonstram que os Celtas séculos antes do
Mestre Jesus falar das “muitas moradas da casa de nosso Pai”;
do poeta Dante Aliguieri nos levar às paisagens da Divina Comédia; do
gênio Emmanuel Swedenborg, oferecer as obras derivadas das suas
visões dos Planos Existenciais adjacentes ao nosso; de Allan Kardec reproduzir
na questão 85 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS,
que entre o ‘Mundo Material e o Espiritual, o segundo é o mais importante, pois, lá
tudo que aqui há se origina e prossegue’; do reverendo Dale
Owen oferecer detalhes d’ A
VIDA ALÉM DO VÉU; e, do Espírito Maria João de Deus com suas
CARTAS DE UMA MORTA (1935, lake), a vida além da morte já era encarada
como um fato natural e real. Chico Xavier, a propósito, antes da
Teoria das Supercordas ser formulada, disse com naturalidade em entrevista que
o “plano
em que vivemos nada mais é que um prolongamento do Espiritual”. No
livro LIBERTAÇÃO (1957, feb),
capítulo 4, por exemplo, somos levados a conhecer “uma cidade estranha, situada em ‘vasto
domínio de sombras’, céu cinzento, vegetação exibindo aspecto sinistro, aves
agoureiras, de grande tamanho, semelhando-se a pequenos monstros alados,
espiando presas ocultas”. Indagando do Instrutor Gúbio que acompanhava, “porque
Deus permite semelhante absurdo”, informa-se que “pelas mesmas razões educativas
através das quais não aniquila uma nação humana quando, desvairada pela sede de
dominação, desencadeia guerras cruentas e destruidoras, mas a entrega à
expiação dos próprios crimes e ao infortúnio de si mesma, para que aprenda a
integrar-se na ordem eterna que preside à vida universal. De período a período,
contado cada um por vários séculos, a matéria utilizada por semelhantes
inteligências é revolvida e reestruturada, qual acontece nos círculos terrenos”,
registrando, por fim, que “os gênios malditos, os demônios de todos os
tempos somos nós mesmos quando nos desviamos, impenitentes, da Lei”. Já
no livro, OBREIROS DA VIDA ETERNA
(1947; feb), descrevendo sua participação em excursão por região trevosa além
dos limites magnéticos abrangidos por uma instituição itinerante denominada Casa
Transitória Fabiano de Cristo, André Luiz confessa que “noutras
circunstâncias e noutro tempo, não conseguiria dominar o pavor que infundia a
paisagem escura e misteriosa (...). Vagavam no espaço estranhos sons. Ouvia
perfeitamente gritos de seres selvagens e, em meio deles, dolorosos gemidos
humanos, emitidos, talvez, a imensa distância.. Aves de monstruosa
configuração, mais negras do que a noite, de longe em longe se afastavam de
nosso caminho, assustadiças. E embora a sombra espessa, observava alguma coisa
da infinita desolação ambiente”. Após atingirem zona pantanosa, em que
sobressaia rasteira vegetação, em que ervas mirradas e arbustos tristes
assomavam indistintamente do solo, André guardando a nítida impressão
de que vozes procediam de pessoas atoladas em repelentes substâncias, não
contendo a indagação em voz alta se ali jaziam almas humanas, “desencadeou reações inesperadas
como a transformação dos lamentos
indiscriminados em rogativas tocantes, ao mesmo tempo em que figuras
animalescas e rastejantes, lembrando sáurios de descomunais proporções,
avançaram para a caravana, ausentando-se da zona mais funda do charco, em
grande número, dando para estarrecer o ânimo mais intrépido”.
Acrescenta que “minúsculos aparelhos, emitindo raios elétricos de choque, através de
insignificantes explosões, que não obstante ser de detonação fraca revelava
vigoroso poder, fizeram com que os atacantes monstruosos recuassem,
precipitados, recolhendo-se ao pântano, em queda espetacular sobre a lama
grossa”.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
SOBRE AS CURAS ESPIRITUAIS
“A mediunidade curadora
não vem suplantar a Medicina e os médicos; vem simplesmente provar a estes
últimos que há coisas que eles não sabem e os convidar a estudá-las; que a
natureza tem recursos que eles ignoram”, escreveu Allan
Kardec em artigo publicado na REVISTA ESPÍRITA. Até
porque, segundo ele “a maioria das
moléstias, como todas as misérias humanas, são expiação do presente ou do
passado, ou provações para o futuro; são dívidas contraídas, cujas
consequências devem ser sofridas até que tenham sido resgatadas. Não pode ser
curado aquele que deve suportar sua
provação até o fim”. Como se sabe, o Espiritismo revela que “o homem é composto de
três princípios essenciais: o Espírito, o períspirito e o corpo. Reagem um
sobre os outros, resultando a saúde ou a doença, da harmonia ou não entre eles.
Tal anomalia “se originada no corpo, os medicamentos
materiais bastarão para o restabelecimento; se vier do períspirito;
trata-se de uma modificação do princípio fluídico, requerendo uma modificação
para as funções retornarem ao normal; se do Espírito, o períspirito e o
corpo serão entravados em suas funções, solicitando para combate-la medicação
espiritual(...). Mas, Allan Kardec vai além, dizendo que
“há grande número de doenças, cuja origem é devida a fluidos perniciosos,
dos quais é penetrado o organismo, contra o que a medicação comum é inoperante”.
Afirma
que “certas doenças tem sua causa original na alteração mesma dos tecidos
orgânicos. Na cura das moléstias dessa natureza, pelo influxo fluídico, há
substituição das moléculas orgânicas mórbidas por moléculas sadias”.
Considera
que “são três ramos da arte de curar, destinados a se suplementar
e se completar, conforme as circunstâncias, mas das quais nenhuma tem o direito
de se julgar a panaceia universal do gênero humano. Explica que
curar trata-se de reparar uma desordem orgânica pela introdução de materiais
sãos, substituindo outros deteriorados. Esses materiais sãos podem ser
fornecidos pelos medicamentos alopáticos comuns; por esses mesmos medicamentos
em estado de divisão homeopática; pelo fluido magnético que não é senão matéria
espiritualizada. Seja qual for, compreende-se que a substituição molecular,
necessária ao restabelecimento do equilíbrio, só se pode operar gradualmente, e
não por encanto e por um golpe da batuta; se possível a cura não pode deixar de
ser senão o resultado de uma ação contínua e perseverante, mais ou menos longa,
conforme a gravidade dos casos. A eficácia da substância fluídica é mais geral,
sem ser universal, porque suas qualidades são modificáveis pelo pensamento,
ao passo que as da matéria, são fixas e invariáveis e não se podem aplicar
senão em casos determinados. Trata-se de reparar uma
desordem orgânica pela introdução de materiais sãos, substituindo materiais
deteriorados. Esses materiais sãos podem ser fornecidos pelos medicamentos
alopáticos comuns; por esses mesmos medicamentos em estado de divisão
homeopática; pelo fluido magnético que não é senão matéria espiritualizada.
Observa que “o fluido vital se transmite de um indivíduo a outro.
Aquele que o tem em maior quantidade pode dá-lo ao que tem menos”. Adverte, contudo,
que seria um erro considerar o aplicador como simples máquina de
transmitir fluídos. Nisto, como em todas as coisas, o produto está na razão do
instrumento e do agente produtor. Devido ao temperamento e
constituição do médium, o fluído está impregnado de elementos diversos, que lhe
dão propriedades especiais. As qualidades do fluído humano, por
sinal, apresenta nuanças infinitas, conforme as qualidades físicas e morais do
indivíduo. É evidente que o fluído emanado de um corpo doente pode inocular
princípios mórbidos no assistido. Considerado como matéria
terapêutica, o fluido tem que atingir a matéria orgânica, a fim de repará-la;
pode então ser dirigido sobre o mal pela vontade do curador, ou atraído pelo
desejo ardente, pela confiança, numa palavra: pela fé do doente. Assim sendo,
todo verdadeiro médium curador, tem necessidade absoluta de trabalhar sua
depuração, isto é, seu melhoramento moral. Só isto basta para mostrar que o
primeiro que aparecer não poderá ser médium curador, na verdadeira acepção da
palavra. Além de tudo isso, necessário considerar o papel da fé. Para Allan
Kardec, a fé a que Jesus se referia em se dirigindo aos
beneficiados, não é uma virtude mística, como entendem muitos, mas uma
verdadeira força atrativa, de maneira que aquele que não a possui opõe à
corrente fluídica uma força repulsiva, ou, pelo menos, uma força de inércia,
que paralisa a ação. Isso nos leva a entender por que se
apresentando ao curador dois doentes com a mesma enfermidade, possa ser curado
um e outro não.
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
POR OUTRO CAMINHO
Doutora em Psicologia Clínica
pela Universidade de Miami, a Dra Edith Fiore buscou essa formação por
vocação revelada já aos treze anos de idade. Graduada em 1969, seguindo
rigorosamente linhas comportamentais, com ênfase em pesquisa, e, razoável
entusiasmo por terapias, começou trabalhando com crianças emocionalmente
perturbadas, depois numa clínica psiquiátrica para crianças e, mais tarde,
abriu uma clínica particular para crianças, casais e adultos. Tempos depois,
mudando-se para a Califórnia, a partir de um seminário sobre auto-hipnose,
incluiu o relaxamento e as sugestões hipnóticas em sua terapia. Perseguindo “as
motivações interiores por trás dos sintomas, percebeu ser a hipnose um dos
meios mais rápidos de atingir a mente subconsciente, repositório de todas as
lembranças”. Conta que, “a princípio, seus pacientes encontravam as
causas de alguns problemas em acontecimentos da primeira infância, totalmente
reprimidos”. Alguns ligavam seus problemas à vida intrauterina. Certo
atendimento, contudo, imprimiria rumo totalmente diferente ao adotado até ali.
Um de seus pacientes que padecia de problemas na área da sexualidade, se viu,
em transe hipnótico, como padre católico do século XVII. Indiferente ao
conceito de existências passadas, considerado por ela como um ponto de vista
oriental, ficou intrigada. Mais ainda quando na sessão posterior, ele se disse
completamente curado. Quase em seguida, outra paciente regredida
espontaneamente a uma vida anterior, mais tarde, afirmou-se livre dos sintomas
que a trouxeram à terapia. Foi necessário, porém, uma nova ocorrência, em que
uma paciente que tinha fobia por cobras e pesadelos recorrentes pelo menos duas
vezes por semana, levada a época anterior ao seu nascimento na personalidade
atual, descreveu cerimônia antiga em algum país provavelmente da América
Central, envolvendo sacerdotes nativos. Desperta, dizendo-se descrente do que
ouviu, o fato é que os pesadelos cessaram, sentindo-se livre dos sintomas,
chegando a acampar com o marido pela primeira vez, descontraída e sem qualquer
espécie de ansiedade. Adotando a técnica de regressão a vidas passadas como
linha de trabalho em vários casos, paralelamente buscou estudar o que havia
sobre o assunto até que outro fato tornou-se recorrente: pacientes que,
aparentemente, demonstravam múltiplas personalidades, sem vínculos com vidas
passadas. “Muitos deles’, relata ela, ‘se queixavam, com efeito, de ‘ter
alguém dentro deles’. Outros confidenciavam que esse ‘alguém’ dentro deles minava
a resolução de fazer regime, parar de fumar, beber, etc. Tais pacientes,
falavam muito abertamente de seus conflitos, porque presumiam estar falando de
duas partes diferentes da sua personalidade, em guerra dentro deles mesmos”.
Com base em pesquisas feitas, passou a considerar a possibilidade de se tratar
de ‘possessão’,
como definido pela Igreja Católica. As evidencias reunidas a levaram a concluir
afirmativamente sobre essa possibilidade. Nova fase, então, se abre em sua
atividade clínica. Ignorava a visão do Espiritismo da questão até 1985, quando
proferindo palestras no Primeiro Congresso de Terapias Alternativas, realizado
em São Paulo, foi convidada a conhecer as atividades desenvolvidas pela
Federação Espírita do Estado de São Paulo mobilizando centenas de médiuns de
todas as camadas sociais e profissões, analfabetos e universitários, dedicados ao
tratamento semanal gratuíto de perto de quinze mil pacientes. Seguindo sua própria
metodologia, prosseguiu colecionando registros de pacientes envolvidos na
atuação de entidades extrafísicas, ou seja, pessoas que morreram fisicamente
para nossa Dimensão. O extenso repertório de informações que foi reunindo ao
longo dos anos, permitiu-lhe concluir sobre a razão porque pessoas já mortas
permanecem atadas ao plano material, em vez de completar a transição para o
Mundo Espiritual. Dentre elas, podemos destacar: Ignorância, confusão, medo
– especialmente o de ir para o inferno como apregoado pela religião dominante
no lado Ocidental da Terra -, apegos obsessivos a pessoas ou lugares
vivos, inclinações pelas drogas, álcool, fumo, comida e sexo. Observou
ainda que “um sentido despropositado de negócios não concluídos também compele
amiúde os Espíritos a ficarem no Mundo Físico, enquanto outros se quedam
determinados a vingar-se”.
Constatou também através de pacientes hipnotizados, que algumas das
entidades que os influenciavam estavam tão convencidas durante a própria
existência encerrada, de que não havia nada depois da morte que se recusavam a
ver membros da família ou guias espirituais que os vinham buscar, enquanto
outros se achavam tão confusas que não perceberam que estavam mortas, particularmente os suicidas. A
confusão era também comum entre pessoas mortas súbita e inesperadamente, as
quais permaneciam onde haviam morrido durante horas, meses, e, em alguns casos,
até anos. As incríveis vivências da Dra Fiore registradas no livro POSSESSÃO
ESPIRITUAL (pensamento, 1987),
mostram que os Espíritos do Senhor, como revelado no trecho introdutório do
livro O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO,
por vários meios, seguem trabalhando na direção da Nova Era, a ERA DO ESPÍRITO
que inspirará o pensamento da Humanidade do Mundo de Regeneração.
domingo, 7 de dezembro de 2014
O CORPO É UM INVÓLUCRO
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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
DÚVIDA DE MUITOS
Deus, Jeová, Alá, Supremo
Arquiteto do Universo, Consciência Cósmica são palavras utilizadas para
identificar uma única coisa: o Criador. Para não dificultar as coisas um dos
maiores líderes espirituais conhecidos sugeriu chama-lo apenas Pai. Numa das edições
da REVISTA ESPÍRITA, ano 1864,
Allan
Kardec escreveu: “O Espírito no início de sua fase humana,
estupido e bruto, sente a centelha divina em si, pois, adora um Deus, que
materializa conforme sua materialidade”. Refletindo sobre o
assunto sob esse prisma, conclui-se qual a razão de existirem tantas escolas
religiosas na sociedade humana. Condicionados ao processo evolutivo, natural os
homens irem criando sistemas a partir da própria percepção das possíveis
explicações sobre a origem de tudo, visto cada um refletir o mundo conforme sua
capacidade de entendimento. Desse modo, tudo está certo, constituindo-se as
diferentes visões da Divindade, apenas degraus de acesso a uma compreensão cada
vez mais aprofundada e ampla do tema. Na edição de maio de 1861,
da REVISTA ESPÍRITA, numa nota de rodapé, Allan Kardec
inclui uma observação em que procura responder duas questões naturais entre os
que consideram a ideia de Deus uma grande mentira. A primeira delas: Como os Espíritos novos que
Deus cria, e que se destinam a um dia tornar-se Espíritos puros, depois de terem passado pela peneira de uma porção de existências e provas, saem tão
imperfeitos das mãos do Criador, que é a fonte de toda perfeição e não se
melhoram gradativamente senão se afastando da origem? - “Digamos
para começar que a solução pode ser deduzida facilmente do que está dito, com
desenvolvimento, n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, sobre a progressão dos Espíritos, questões 114 e seguintes. Teremos
pouco a acrescentar. Os Espíritos saem das mãos do Criador simples e
ignorantes, mas nem são bons, nem maus, pois do contrário, desde a sua origem,
Deus teria votado uns ao Bem e à felicidade, e outros ao mal e à desgraça, o
que nem concordaria com a sua bondade, nem com a sua justiça. No momento de sua
criação, os Espíritos não são imperfeitos senão do ponto de vista de
desenvolvimento intelectual e moral, como a criança ao nascer, como o germe
contido no grão da árvore. Mas não são maus por natureza. Ao mesmo tempo que
neles se desenvolve a razão, o livre arbítrio, em virtude do qual escolhem,
uns, o bom caminho, outros, o mau, faz que uns cheguem ao objetivo mais cedo
que outros. Mas todos, sem exceção, devem passar pelas vicissitudes da vida
corpórea, a fim de adquirir experiência e ter o mérito da luta. Ora, nessa luta
uns triunfam , outros sucumbem; mas os vencidos podem sempre erguer-se e
resgatar as suas derrotas. Esta questão levanta outra, mais grave, que várias
vezes nos foi apresentada. É a seguinte: Deus, que tudo sabe, o passado, o presente e o
futuro, deve saber que tal Espírito tomará o mau caminho, sucumbirá e será
infeliz. Neste caso, por que o criou? Sim.
Certamente Deus sabe muito bem a linha que seguirá um Espírito, do contrário
não teria a ciência soberana; se o mau caminho a que se atira o Espírito
devesse fatalmente conduzi-lo a uma eternidade absoluta de penas e sofrimentos;
se, porque tivesse falido lhe fosse para sempre vedado reabilitar-se, a objeção
acima teria uma força de lógica incontestável e talvez aí estivesse o mais
poderoso argumento contra a dogma dos suplícios eternos; porque, neste caso,
impossível é sair do dilema: ou Deus não conhece a sorte reservada à sua
criatura e então não tem a soberana ciência; se a conhece, então a criou para
ser eternamente infeliz e, então, não tem Soberana Bondade. Com a Doutrina
Espírita, tudo concorda perfeitamente, e não há contradição: Deus sabe que um
Espírito tomará um mau caminho; conhece todos os perigos de que está este
semeado, mas, também, sabe que dele sairá e que apenas terá um atraso; e, na
sua bondade e para lhe facilitar, multiplica em sua rota as advertências
salutares, dos quais infelizmente nem sempre se aproveita. É a história de dois
viajantes que querem chegar a uma bela região onde viverão felizes. Um sabe
evitar os obstáculos, as tentações, que o fariam parar no caminho; o outro, por
imprudência, choca-se nos mesmo obstáculo, dá quedas que o atrasam, mas chegará
por sua vez. Se, em caminho, pessoas caridosas o previnem dos perigos que corre
e, se por presunção, não as escuta, não será mais repreensível”.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
REVELAÇÃO SURPREENDENTE
- “Há, pois,
emigrações e imigrações coletivas de um mundo para outro, donde resulta a
introdução, na população de um deles, de elementos inteiramente novos. NOVAS
RAÇAS DE ESPÍRITOS, vindo se misturar às existentes, constituem novas raças de
homens”. A surpreendente
revelação pode ser conferida no item 37, capítulo XI, do livro A GÊNESE, o ultimo publicado por Allan
Kardec. Acrescenta que “como os Espíritos nunca mais perdem o que
adquiriram, consigo trazem sempre a inteligência e a intuição dos seus
conhecimentos, o que faz que imprimam o caráter que lhes é peculiar à raça
corpórea que vem animar”. Validando sua argumentação, pondera que “de
acordo com o ensino dos Espíritos, foi uma dessas grandes emigrações, ou, se
quiserem, uma dessas colônias de Espíritos, vinda de outra Esfera, que
deu origem à raça simbolizada na pessoa de Adão e, por essa razão, chamada raça
adâmica. Quando ela aqui chegou, a Terra já estava povoada desde tempos
imemoriais, como a América, quando aí chegaram os europeus”. Segundo
ele, “mais
adiantada do que as que tinham precedido neste planeta, a raça adâmica é, com
efeito, a mais inteligente, a que impele ao progresso todas as outras. A Gênese
(Mosaica) nô-la mostra, desde seus primórdios, industriosa, apta às artes e às
ciências, sem haver passado aqui pela infância espiritual, o que não se dá com
as raças primitivas, mas concorda com a opinião de que ela se compunha de
Espíritos que já tinham progredido bastante”. Ressalta, contudo, que “a
raça adâmica apresenta todos os caracteres de uma raça proscrita. Os Espíritos
que a integram foram exilados para a Terra, já povoada, mas de homens
primitivos, imersos na ignorância, que aqueles tiveram por missão fazer progredir,
levando-lhes as luzes de uma inteligência desenvolvida”. Observa que “sua
superioridade intelectual prova que o mundo donde vieram os Espíritos que a
compõem era mais adiantado do que a Terra. Havendo entrado esse mundo numa nova
fase de progresso e não tendo tais Espíritos querido, pela sua obstinação,
colocar-se à altura desse progresso, lá estariam deslocados e constituiriam um
obstáculo à marcha providencial das coisas. Foram, em consequência, desterrados
de lá e substituídos por outros que isso mereceram”. Como o “Espírito,
ainda que numa posição inferior, nada perde do que adquiriu; seu
desenvolvimento moral e intelectual é o mesmo, qualquer que seja o meio onde se
ache colocado (...), os Espíritos da raça adâmica, uma vez transferidos para a terra
do exílio, não se despojaram instantaneamente do seu orgulho e de seus maus
instintos”. Quase um século depois, em 1956, solicitado em entrevista a
opinar sobre polêmica obra mediúnica publicada na época, o Espírito Emmanuel,
através do médium Chico Xavier, adiciona interessantes informações não incluídas
no seu livro A CAMINHO DA LUZ (1938,
feb). Explica que “a Terra, em sua constituição física, propriamente considerada, possui
grandes períodos determinados de repouso e atividade, calculados em 260 mil
anos; que nos de atividade, 60 a 64 mil anos, são empregados na reorganização
da vida, surgindo em seguida, o desenvolvimento de grandes raças, enfeixando
assuntos e serviços que dizem respeito à evolução do Espírito, nelas abrigado”.
Prossegue dizendo que, sequencialmente, “temos grandes transformações de 28 em 28 mil
anos que, no caso da Terra, foram marcados sucessivamente por duas grandes
raças, cujos traços se perderam, pelo seu primitivismo. Logo em
seguida, podemos considerar a grande raça Lemuriana, portadora de uma
inteligência mais avançada, detentora de valores mais altos, nos domínios do
Espírito”. Escolas iniciaticas, consideram que a Oceania e algumas
ilhas japonesas (ver no Google, Ilha de Yanaguni), são remanescentes desse
continente. Os próximos 28 mil anos, seriam marcados pela presença da raça
Atlante, que podem ser considerados como grade ciclo de serviço, interrompidos
pela submersão das ultimas ilhas que guardavam remanescentes desta civilização,
mais ou menos, 9 a 10 mil anos antes da Grécia de Sócrates. Apesar disso, observa que nos achamos “nos
últimos períodos dessa grande raça”. Oito anos depois, em 1964, o
Espírito André Luiz, através dos médiuns Chico Xavier e Waldo
Vieira, entrevistado pelos editores do ANUÁRIO ESPÍRITA (ide) confirma que “Espíritos originários de outras
plagas costumam estagiar na Terra em encarnações de exercício evolutivo, a fim
de colaborarem na educação da Humanidade e criaturas inferiores costuma aí
sofrer curtos ou longos períodos de exílio das elevadas comunidades a que
pertencem, pela cultura e sentimento, porquanto, a queda moral de alguém tanto
se verifica na Terra quanto em outros domicílios do Universo”.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
A LEI DE QUE NINGUÉM CONSEGUE FUGIR
Na atualidade, multiplicam-se
em toda sociedade humana casos de transtornos comportamentais, surgidos, por
vezes, na experiência de indivíduos de vida aparentemente normal. Resgatando e
adequando ao entendimento possível de muitas pessoas aspectos da Lei
de Causa e Efeito, o Espiritismo vai colecionando exemplos capazes de
explicar dramas inimaginados e inesperados na vida dos nele envolvidos. Apesar
disso, profissionais da saúde mental, os maiores interessados no assunto,
ignoram ou desdenham as possíveis possibilidades para entender as origens dos
quadros por eles analisados. Naturalmente, quando a visão da interpretação
espírita desses fenômenos, tiverem sido dissipadas
pela força do raciocínio lógico, a comunidade científica contará com poderoso para
terapias ou práticas que conduzam à solução definitiva das enfermidades. Para sua avaliação, destacamos quatro, exemplos
do que falamos. CASO 1 - EFEITO - Mulher, casada, quatro filhos. Toda sua vida foi inimiga acirrada do
pai, pessoa socialmente considerada simples, humilde e que sempre a tratou com
carinho e bondade, tendo ele tudo feito para reverter tal situação. Ante a
aproximação dos dois, notava-se o olhar carregado de ódio da mulher, transtornada
pela repulsa e desprezo, com palavras incisivas e duras para o pai,
comprazendo-se visivelmente com os tormentos morais estampados no rosto do
mesmo. CAUSA - Ações
praticadas 120 anos antes, em
pequena vila de nome Pedra Grande, em Portugal. Na época, a senhora de hoje,
estava encarnada na condição
masculina, negociava vinhos, era casado e tinha filhos. Aventureiro,
precipitou em quedas morais várias mulheres e jovens, chegando a ser pai de muitos filhos naturais não
reconhecidos. Entretendo
relações comerciais com um negociante,
veio a seduzir a filha deste, a induzindo à prostituição e levando-a ao
suicídio. Seu sogro que o
auxiliava bastante, tendo sido
quem o criara, sabedor dessa aventura, não desejando mais que sua filha suportasse os contínuos escândalos e
sofresse mais desgostos, expulsou-o de
casa. Fugiu, para nunca mais voltar. Agora, reencarnou como mulher. Seu pai atual era o antigo sogro. Seu
marido, o noivo da moça que seduzira e levara ao suicídio e, esta, por sua vez, renasceu como uma de suas filhas. (NRM) CASO 2 - EFEITO - Jovem,
treze anos, diagnosticado como portador de idiotia, caracterizada pela nulidade
de faculdades intelectuais, alimentado com dificuldade pelos pais que não
reconhecia, apresentando desenvolvimento físico reduzido. CAUSA - Encarnação
duzentos anos antes, em que fez da “devassidão” seu estilo de vida, gerando
desarmonias de toda ordem à sua essência espiritual, impondo-lhe as restrições
observadas na existência presente, de curta duração para que alcance o
equilíbrio de que se distanciou. Afirmou ver e sentir de forma lúcida o que se
passa a seu redor, apesar dos impedimentos de se comunicar pelo corpo limitado
a que se acha preso “como uma ave por uma pata”. (CI) CASO 3 – EFEITO - Mulher que,
15 dias após o casamento, passou a sonhar com um vulto masculino que a amarrava
totalmente, enrolando-a fortemente em cordas, dos ombros aos tornozelos.
Impressionada pela repetência de tais sonhos, passou a experimentar terríveis
angústias e crises de medo e, embora medicada por profissional especializado, o
mal evoluir, passando a viver retesada, braços colados ao corpo endurecidos,
como se cordas invisíveis lhe tolhessem os movimentos. Afirmava estar enrolada
pelas ditas cordas; dificilmente se sentando; arrastando os pés ao
caminhar, como se tivesse os tornozelos atados; necessitando que alguém lhe
colocasse os alimentos à boca e três ou
mais pessoas para higienizá-la. CAUSA - Obsessão exercida pela sugestão
hipnótica por Espírito visto como jovem elegantemente trajado à moda do século
19, a ela ligada por vingança causada por ter sido vitima de adultério por ela
praticado em existência anterior, o qual não soubera perdoar, interpretando o
casamento atual como nova traição,
submetendo-a à sua obstinada e dominadora influência que a levou a terminar
seus dias em estabelecimento espírita dedicado à Saúde Mental. CASO 4 –
EFEITO - Homem idade avançada, morador de rua, renitente em aceitar ou buscar
acomodação que o poupasse do desconforto da friagem da noite ou a dureza dos
pisos duros em que acomodava ao relento, em calçadas, bancos de jardim ou
alpendres de construções que lhe permitisse se ajeitar. CAUSA - Ações em
existência anterior em que na condição de cruel fazendeiro expulsara
impiedosamente muitas famílias de suas terras, deixando-as ao relento, sem
rumo, levando-o a enfrentar, após seu desencarne, perturbador complexo de culpa
que não lhe permite alojar-se em lugar nenhum. (ICX)
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