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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

FATALIDADE?

O impacto da notícia consterna todos que dela tomam conhecimento: quatro pessoas de uma mesma família atingidas fatalmente por um raio enquanto desfrutavam de momentos de refazimento e lazer em praia do litoral de São Paulo. Caso semelhante, resultou em mensagem seis anos depois da morte de Paulo Augusto Signore, um jovem de 22 anos, que passava alguns dias de férias com a família na mesma cidade, Praia Grande, a 72 quilômetros da capital paulista. Era o dia 16 de janeiro de 1977, por volta do meio dia e o rapaz jogava uma partida de futebol com alguns desconhecidos que se agruparam para uma das mais apreciadas modalidades esportivas em praias brasileiras. Poucos minutos após sua mãe chama-lo para almoçar, algumas nuvens que se formaram sobre a região deram o sinal da sua violência com a precipitação de um raio fulminante também para quatro dos participantes da chamada “pelada”. Paulinho – como carinhosamente o tratavam os familiares – era técnico em Contabilidade e preparava-se para o vestibular de Economia.  Um dos três filhos do casal Maria de Lourdes e Orlando Signore, com sua ausência impôs atroz sofrimento aos familiares mais próximos. Buscando conforto nas mensagens recebidas publicamente pelo médium Chico Xavier, em Uberaba, MG, seis anos e meio após a desencarnação de Paulinho, receberam a primeira carta do filho, na madrugada de 17 de junho de 1983, data que ficou marcada para sempre na memória daqueles desolados pais, que tiveram a certeza de que a morte não existe, representando uma separação momentânea para o posterior reencontro futuro no Plano Verdadeiro da Vida. Rememorando os dramáticos momentos Paulinho relata como atravessou a surpreendente experiência: -“Isso foi há tanto tempo e ao vê-la aqui ao meu lado tudo parece haver acontecido ontem. Estou a ouvi-la convocando a gente para o almoço. O céu está levemente nublado. A praia é um ninho de bênçãos. O mar está lindo, assemelhando-se a um grande espelho móvel. Os companheiros e eu brincávamos com a bola e pedi em voz alta para que o almoço me esperasse. De repente, lembro-me com segurança, fomos surpreendidos pelo clarão de um relâmpago e com o clarão surgiu um chicote de fogo que nos fulminou os quatro. Onde o tempo para raciocinar? Impossível. Se houve tumulto ou gritaria, de nada me recordo, porque tombei inconsciente. Ignoro quanto tempo despendi naquela queda de força com absoluta impossibilidade de manejar meus próprios pensamentos”... Pouco adiante, conta: -“Sei que me debati, entre a penumbra e a luz, entre a alucinação e a consciência de mim mesmo, por vários dias. Senti-me sob tratamento hospitalar, qual se fosse um asilado comum em casa de emergência. Muitos amigos apareceram, mas não reconheci nenhum, até que um deles me rogou atenção para identificá-lo por vovô Angelo e, desde então, encontrei um ponto de referência para reconhecer-me, ao modo de um viajante perdido que surpreende uma estaca, através da qual consegue fazer a revisão do próprio caminho”. Institutos consagrados à recuperação da transferência inesperada para a Dimensão Espiritual, bem como, a presença de familiares que nos antecedem na mesma viagem, são recorrentes nas mensagens recebidas por Chico Xavier. Mais à frente, acrescenta: -“Os dias se sucederam a outros dias, até que pude revê-la junto ao Papai Orlando, à Regina e ao Carlos Augusto”. Segundo o Espiritismo, mais que supomos os reencontros com entes queridos, seja nas visitas que nos fazem no estado de vigília, sem que percebamos ou nos chamados sonhos, são comuns. Noutro momento, Paulinho observa: -“Por aqui, estudo reencarnação e estou começando a entender o motivo pelo qual os companheiros e eu fomos fulminados e, mais tarde, espero a possibilidade de examinarmos o meu caso”. A visão oferecida pela Doutrina Espírita sobre a reencarnação e sua conexão com a Lei de Causa e Efeito, é a chave para entendermos os “porquês” das experiências inexplicáveis por outros meios. O Espiritismo afirma que “quando chega a hora da morte, seja por um flagelo ou por uma causa comum não se pode escapar a ela”. Vítimas de doenças degenerativas, acidentes de trânsito, atropelamento, balas perdidas, homicídios, suicídios, quedas de aeronaves de pequeno e grande porte são alguns dos exemplos das cartas psicografadas pelo médium Chico Xavier, perante dezenas de pessoas, nas dependências dos Centros em que trabalhou na cidade de Uberaba, Minas Gerais. (as íntegras da mensagem de Paulinho e de outros Espíritos poderão ser lidas no livro NOVAMENTE EM CASA, publicado pelo GEEM, de São Bernardo do Campo, SP)


segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

IMPORTANTE CONTRIBUIÇÃO

Segundo divulgado por alguns veículos da mídia brasileira, a revista científica EXPLORE, editada na Holanda, publicou em sua edição de setembro de 2014, estudo desenvolvido pelo núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora (NUPES-UFJF) em parceria com o Departamento de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), que analisa e comprova veracidade de cartas psicografadas por Chico Xavier. Na pesquisa feita, foram analisadas ao todo treze cartas atribuídas a Jair Presente, morto em 1974, na cidade de Americana (SP). A história que tornou Jair Presente conhecido além dos limites de sua atuação em Campinas, a cem quilômetros da capital paulista começou a ser escrita precisamente no dia 3 de fevereiro de 1974. Na manhã daquele dia, três amigos, alterando o programa idealizado na véspera, deslocaram-se trinta quilômetros do pesqueiro em que pernoitaram para a Lagoa Azul, a fim de desfrutarem de alguns momentos da manhã ensolarada de verão. Os planos, porém, foram frustrados, pois, um deles, Jair Presente, acabou tendo sua vida interrompida, aparentemente, por afogamento. No auge dos seus 25 anos, Jair era um jovem dinâmico, aluno do 4° ano de Engenharia Mecânica na UNICAMP, sua opção após ter sido aprovado em três faculdades: Politécnica, Itajubá e a própria UNICAMP. Um dos dois filhos do casal Josefina e José Presente, Jair deixou imenso vazio no seio da família, na qual era motivo de muito orgulho por ser alegre, jovial e dedicado a múltiplas atividades, dividindo seu tempo de estudante dedicado com o trabalho para o sustento do lar, lecionando em várias escolas da cidade em que residia. Interrompendo sua aposentadoria, seu pai retornou as atividades de vendedor de frutas na banca que tinha numa praça da conhecida cidade, onde um cliente o fez ciente da existência e do trabalho de Chico Xavier, levando-o com a esposa e filha ao encontro do médium, esperançoso de obter algum esclarecimento e conforto ante o ocorrido. Era o dia 15 de março, apenas quarenta e dois dias depois da ocorrência e Jair, ainda demonstrando certa perturbação, escreve a primeira carta aos entes amados. Nesta primeira mensagem, algumas informações importantes merecem destaque. A certo trecho, diz ele: -“Não estou em situação infeliz, mas sofro muito com a atitude de casa. Auxiliem-me. É tudo, por agora, o que lhes posso dizer. Tenho a mente nublada. Consigo entender muito pouco aquilo que se passa em torno de mim. As lágrimas dos meus queridos me prendem”. Jair naturalmente encontra-se sob o efeito da perturbação derivada da sua brusca transferência para o Plano Espiritual. Como se vê sua condição é agravada pela atitude de revolta, inconformação e desespero dos familiares mais próximos que não conseguiam aceitar a perda do filho e irmão, por ignorarem que são mudanças apenas vibratórias e momentâneas. Mais adiante, pondera: -“É muita coisa para observar, entretanto, não posso ainda. Creio apenas que perder o corpo mais pesado não é desvencilhar-se do peso de nossas emoções e pensamentos, quando nossos pensamentos e emoções jazem nas sombras da angústia”. Acertada a colocação de Jair. O peso que deixamos é apenas o do corpo, pois o das emoções e pensamentos prossegue animando o espírito que, por sinal, se precipita para níveis ou Dimensões espirituais compatíveis com seu estado mental por ocasião do desencarne. Como ponderou um Benfeitor Espiritual, não basta desencarnar o corpo, é preciso desencarnar os pensamentos. Noutro momento, revela e alerta: -“As vozes de casa chegam ao meu coração e, como se continuássemos juntos, vejo-os no quarto, guardando-me as lembranças como se devesse chegar a qualquer instante. E o meu pensamento não sai de onde me prendem. Agradeço, sim, o amor em suas lágrimas. Agradeço o carinho em suas preces, mas venho pedir-lhes para viverem. Viverem! E viverem felizes, porque assim também serei feliz”. Normalmente, os que ficam na retaguarda do Plano Material se iludem supondo que o culto aos pertences do desencarnado é capaz de suprir-lhes as carências energéticas, naturalmente resolvidas na convivência diária. É o amor apego, difícil de corrigir, até porque geralmente não se tem a noção da relatividade da existência. Observe-se a força irresistível dos pensamentos que interliga mentes e corações. Diz Jair: “o meu pensamento não sai de onde me prendem” e “vejo-os no quarto, guardando-me as lembranças. A integra desta e outras cartas analisadas pelo estudo publicado, poderão ser lidas no livro JOVENS NO ALÉM, publicado pelo Grupo Espírita Emmanuel, de São Bernardo do Campo














sábado, 27 de dezembro de 2014

ANTROPOFAGIA

Vez ou outra circulam pela mídia impressa e eletrônica, noticias sobre a descoberta de crimes cometidos por serial-killers que além da violência imposta a suas vítimas, acabam devorando parte dos seus corpos por eles  fragmentados. Muitas possíveis explicações são cogitadas para gestos tão extremos. O Espiritismo tem visão própria sobre tais fatos e, na REVISTA ESPÍRITA de fevereiro de 1866, encontramos comentário de Allan Kardec sobre o que se poderia chamar de recrudescimento da prática nalgumas ilhas do Oceano Pacífico, mais especificamente pertencentes à Oceania. A informação, publicada no jornal Le Monde, dá conta que em um ano toda a tripulação de quatro navios foram devorados pelos antropófagos das Novas Híbridas (hoje, Arquipélago das Vanuatu), da baia de Jérvis ou da Nova Caledônia, obrigando o almirantado inglês expedir às cidades marítimas que fazem armamentos para a Oceania uma circular aconselhando aos capitães de navios mercantes a tomar todas as precauções necessárias para evitar que suas tripulações sejam vítimas desse horroroso costume. Como explicar o comportamento de seres humanos capazes de devorar seus semelhantes? Segundo Allan Kardec, o “Espiritismo lhe encontra a mais simples solução, e a mais racional, na LEI DA PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS, a que todos os seres estão submetidos, e, em virtude da qual progridem. Assim a alma dos antropófagos ainda estão próximas de sua origem, as faculdades intelectuais e orais são obtusas e pouco desenvolvidas e nelas, por isso mesmo, dominam os instintos animais. Allan Kardec observa, porém, que “essas almas não estão destinadas a ficar perpetuamente nesse estado inferior, que as privaria para sempre da felicidade das almas mais adiantadas. Crescem em raciocínio; esclarecem-se, depuram-se, melhoram, instruem-se em existências sucessivas. Revivem nas raças selvagens, enquanto não ultrapassarem os limites da selvageria. Chegadas a certo grau, deixam esse meio para encarnar-se numa raça um pouco mais adiantada; desta a uma outra e assim por diante, sobem em grau, em razão dos méritos que adquirem e das imperfeições de que se despojam, até atingirem o grau de perfeição de que é suscetível a criatura. Segundo ele, “a via do progresso a nenhuma está fechada; de tal sorte que a mais atrasada das almas pode pretender a suprema felicidade. Mas uma, em virtude do seu livre arbítrio, que é o apanágio da Humanidade, trabalham com ardor por sua depuração e sua instrução, em se despojar dos instintos materiais e dos cueiros da origem, porque a cada passo que dão para a perfeição veem mais claro, compreendem melhor e são mais felizes. Essas avançam mais prontamente, gozam mais cedo: eis a sua recompensa. Outras, sempre em virtude de seu livre arbítrio, demoram-se em caminho, como estudantes preguiçosos e de má vontade, ou como operários negligentes; chegam mais tarde, sofrem mais tempo; eis a punição ou, se se quiser, o seu inferno. Assim se confirma, pela pluralidade das existências progressivas, a admirável Lei da Unidade e de Justiça, que caracteriza todas as obras da Criação. Comparai esta Doutrina com outras, sobre o passado e o futuro das almas e vede qual a mais racional, mais conforme a Justiça Divina e que melhor explica as desigualdades sociais. Seguramente a antropofagia é um dos mais baixos degraus da escala humana na Terra, porque o selvagem que não mais come o seu semelhante já está em progresso. Mas de onde vem a recrudescência desse instinto bestial? É de notar, de saída, que é apenas local e que, em suma, o canibalismo desapareceu em grande parte da Terra. É inexplicável sem o conhecimento do Mundo Invisível e de suas relações com o Mundo Visível. Pelas mortes e nascimentos, alimentam-se um do outro, se derramam um no outro. Ora, os homens imperfeitos não podem fornecer no Mundo Invisível almas perfeitas e as almas perversas, encarnando-se, não podem fazer senão homens maus. Quando as catástrofes, os flagelos atingem de uma vez grande número de homens, há uma chegada em massa no mundo dos Espíritos. Devendo essas almas reviver, em virtude da lei da natureza, e para o seu adiantamento, as circunstâncias podem igualmente trazê-los em massa de volta para a Terra. O fenômeno de que se trata depende, pois, simplesmente da encarnação acidental, nos meios ínfimos, de um maior número de almas atrasadas, e não da malícia de Satã, nem da palavra de ordem dada ao povo da Oceania. Ajudando o desenvolvimento do senso moral dessas almas, durante a vida terrena, o que é missão dos homens civilizados, elas melhoram. E quando retomarem uma nova existência corpórea para progredir ainda, serão homens menos maus do que foram, mas esclarecidos, de instintos menos ferozes, porque o progresso realizado não se perde nunca. É assim que gradualmente se realiza o progresso da Humanidade.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

NA DIREÇÃO DA VERDADE



A primeira e poderosa multinacional da fé não conseguiu ultrapassar, em mais de um milênio, os limites do que era conhecido como lado Ocidental da Terra. Tentou-se, como a História registra, através da força iniciar a catequização do Oriente, mas a índole agressiva dos povos acessados, rechaçou violentamente as ideias que se lhes tentava incutir, inspiradas num líder pacifista que se procurava apresentar de forma dominadora. Tudo, pelo que se conclui, a partir do início do segundo Milênio, os mil anos da citação do Apocalipse. Os dez séculos que se passaram revelaram que aqueles que sucederam os seguidores da primeira hora, fixaram-se demasiadamente nos interesses materiais em detrimento dos espirituais, criando uma aura de desconfiança e descrença no poder da mensagem revolucionária de Jesus, o maior de todos os Cristos que se revelaram na nossa Dimensão. Veio o século 20, e, com ele, o ambiente propício para que as forças contrárias, representadas pelo surto acelerado de progresso científico e tecnológico, pudessem disseminar na mesma intensidade, o desinteresse pelas coisas espirituais. E, uma guerra racial que dividia um País, foi uma das estratégias usadas para apagar a inspirada cena do presépio que há oito séculos revivia o momento histórico do nascimento de Jesus. Atendendo pedido do presidente da grande nação norte-americana, um ilustrador se valeu das tradições preservadas por imigrantes europeus que cultuavam uma lenda no mesmo dia do reservado pelos católicos às celebrações do Natalício ou Natal, e, eles, protestantes, distribuíssem alegria às crianças através de presentes trazidos pelo bom São Nicolau. Nascia assim Papai Noel, que visitava os lares fazendo a felicidade das pessoas, sobretudo crianças, desenvolvendo o mesmo hábito cultivado pelos devotos de São Nicolau. Uma poderosa indústria de refrigerantes serviu para a outras nações onde atuava os mesmos procedimentos relacionados a Papai Noel. Algumas décadas depois, exceção feita aos países onde a educação no seu sentido mais exato é precária, o culto ao nascimento de Jesus foi esmaecendo. Hoje, ainda no início do século 21, observa-se uma ausência quase que completa do conhecimento sobre Jesus e sua proposta, aproveitando-se a data simbólica da sua entrada em nosso Mundo para excessos gastronômicos e etílicos. Jesus foi esquecido pela vigorosa força materialista do Papai Noel e, mesmo este, terá certamente sua influência atenuada com o nascimento das novas gerações que desembarcam diariamente na Terra pelos programas reencarnatórios. Uma análise da realidade social do mundo permite concluir-se isso. Povos africanos e asiáticos, apesar da superficial ocidentalização de seus comportamentos e estilos de vida, pelas dificuldades econômicas e sociais, se passarem por essa fase, o farão rapidamente sem que o predominante de suas populações se deixem inebriar e enganar por tais fantasias. A crescente influência islâmica se incumbirá de acelerar esse processo varrendo para longe o que se interpor ao seu radicalismo. Neste mundo classificado pelos Espíritos de expiação e provas não poderia ser diferente. Discorda? O que além do Natal ou de uma ou outra data comemorativa significa Jesus para você? Mesmo enaltecendo seus feitos ou reverenciando seu nome de forma solene, o quanto ele interfere em sua vida diária. Dos mais decantados preceitos de suas lições – não julgamento, perdão, reconciliação, amor aos semelhantes; amor a Deus – em quais, você receberia uma nota máxima, média ou baixa?  Se Jesus é o personagem principal de suas convicções religiosas, o que você sabe sobre ele? Pois bem: é Natal mais uma vez em sua vida, o que você fará para homenagear simbolicamente o aniversariante. Crês que tem alguma importância empanturrar-se de alimentos ou derivados alcóolicos? O Planeta, por sinal notará sua manifestação? Para Jesus o que realmente importará é a mão que se estenderá na direção do seu irmão menos favorecido. Sim, porque o que você observará marginalizado, sozinho, criança ou velho, homem ou mulher, representa o enviado por Jesus para que atenda, assista ou socorra. Pode ser um copo de água, uma xícara de leite, um prato de comida, uma peça de roupa, alguns instantes de atenção. O que importa. É SOLIDARIEDADE, FRATERNIDADE, caminhos seguros para “o desabrochar” do AMOR VERDADEIRO que jaz oculto dentro do seu coração. Num planeta onde a diversidade de níveis evolutivos em que se enquadram os bilhões de seres que o habitam, esse acesso somente será possível gradual, paulatinamente. Todos passarão por essa etapa. Questão de tempo apenas. O certo é que todos estarão sempre no caminho da verdade.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

ALÉM DO QUE SE PENSA

Notícia veiculada pela imprensa recentemente dá conta que cerca de um milhão de abortos em média, são estimados por ano no Brasil. Por ser uma prática ilegal prevista num artigo do Código Penal de 1940, acaba resultando na prisão daquelas que o praticam, seja por questões econômicas ou comportamentais. O Espiritismo demonstra através de inúmeros relatos que a questão do aborto não se constitui apenas em um problema moral, religioso, político ou social. Trata-se da gênese de inúmeros distúrbios do aparelho reprodutor, bem como, complicações de ordem mental com repercussões no corpo físico, na vida atual ou em outras. As repercussões no corpo espiritual ou períspirito são inevitáveis, com desdobramentos em outras vidas físicas. As reencarnações obedecem a programas a serem cumpridos pela criatura em sua caminhada evolutiva e o que interrompe uma vida que estava prevista para se materializar em nossa Dimensão, frustra projetos envolvendo a vítima do parricídio legalizado ou não pelos códigos penais das sociedades e civilizações da Terra. Como nada é por acaso, Allan Kardec revela n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS que “o Espírito renasce frequentemente no mesmo meio em que viveu, e se encontra em relação com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes tenha feito”.  Em artigo publicado quase uma década após sua morte no OBRAS POSTUMAS, ratifica a primeira informação dizendo que o Serfrequentemente, renasce na mesma família, ou pelo menos os membros de uma mesma família renascem juntos para nela constituírem uma nova, numa outra posição social, a fim de estreitarem os seus laços de afeição, ou repararem seus erros recíprocos. Pelas considerações de ordem mais geral, frequentemente, se renasce no mesmo meio, nação, raça, seja por simpatia, seja para continuar estudos que fizeram, se aperfeiçoar, prosseguir trabalhos começados que as circunstâncias ou brevidade da vida não permitiram terminar”. No livro MISSIONÁRIOS DA LUZ (1945, feb), o autor nos repassa a seguinte informação do Instrutor Alexandre, personagem central da narrativa: -“O aborto muito raramente se verifica obedecendo a causas de nossa Esfera de ação. Em regra geral, origina-se do recuo inesperado de pais terrestres, diante das sagradas obrigações assumidas ou aos excessos de leviandade e inconsciência criminosa de mães, menos preparadas na responsabilidade e na compreensão para este ministério. Mesmo aí, tudo fazemos, por nossa vez, para opor-lhes resistência aos projetos de fuga ao dever.(...). Se os interessados, retrocedendo nas decisões espirituais, perseveram sistematicamente contra nós, somos compelidos a deixá-los entregues à própria sorte. Daí, a razão de existirem muitos casais humanos, absolutamente sem a coroa de filhos, visto que anularam as próprias faculdades geradoras. Quando não procedem de semelhante modo no presente, sequiosos de satisfação egoística, agiriam assim, no passado, determinando sérias anomalias na organização psíquica que lhes é peculiar. Neste último caso, experimentam dolorosos períodos de solidão e sede afetiva, até que refaçam, dignamente, o patrimônio de veneração que todos nós devemos às leis de Deus”. Já o Orientador Emmanuel, através do médium Chico Xavier, considera que a prática do aborto “afasta dos que por ele deliberam os recursos de reabilitação e felicidade que lhes iluminariam, mais tarde, os caminhos, seja impedindo a reencarnação de Espíritos amigos que lhes garantiriam a segurança e o reconforto ou impedindo o renascimento de antigos desafetos, com os quais poderiam adquirir a própria tranquilidade pela solução de velhas contas”. Afirma ainda que “algumas doenças de formação obscura ou a desencarnação prematura através, por exemplo, do câncer, são consequência possível de tal ação, além de aflitivos processos de obsessão”. Quanto “àqueles que cooperam nos delitos do aborto, sejam pais tanto quanto os profissionais que o favorecem, vem a sofrer os resultados da crueldade que praticam, atraindo sobre as próprias cabeças os sofrimentos e os desesperos das próprias vítimas, relegadas por eles aos percalços e sombras da vida espiritual em Esferas inferiores”. Muitos poderão encarar tais comentários como uma ameaça moralista tentando atemorizar os que defendem tal prática. Sugerimos, contudo, uma revisão em seus pontos de vista a respeito do que significa a vida a partir do que demonstra a Doutrina Espírita. (1-) Simplesmente uma passagem de algumas décadas no corpo humano; (2-) numa Dimensão em que procuramos nos reabilitar perante Leis que vão induzindo nosso progresso espiritual; (3-) num Planeta ao qual não nos manteremos ligados eternamente; (4-) junto de outros seres que conhecemos há bastante tempo e (5-) diante dos quais assumimos compromissos que estamos procurando resgatar através da convivência muitas vezes difícil. Interromper o resultado de um processo tão laborioso quanto o da gestação representa atrasar em muito nosso avanço evolutivo.


domingo, 21 de dezembro de 2014

UMA VERDADE INCONVENIENTE

Artigo assinado por Allan Kardec, no número de agosto de 1859 da REVISTA ESPÍRITA esclarece: -“ Desde que os Espíritos não são senão os próprios homens despojados do seu invólucro grosseiro ou almas que sobrevivem aos corpos, segue-se que há Espíritos, desde que há seres humanos no Universo”. Diante dessa ponderação acrescenta: -“É preciso não perder de vista que os Espíritos constituem todo um mundo, toda uma população que enche o espaço, circula ao nosso lado, mistura-se em tudo quanto fazemos. Se se viesse a levantar o véu que nô-los oculta, vê-los-íamos em redor de nós, indo e vindo, seguindo-nos, ou nos evitando segundo o grau de simpatia; uns indiferentes, verdadeiros vagabundos do mundo oculto, outros muito ocupados, quer consigo mesmos, quer com os homens, aos quais se ligam, com um propósito mais ou menos louvável, segundo as qualidades que os distinguem. Numa palavra veríamos uma réplica do gênero humano, com suas boas e más qualidades, com suas virtudes e com seus vícios. Este acompanhamento, ao qual não podemos escapar, porque não há recanto bastante oculto para se tornar inacessível aos Espíritos, exerce sobre nós, queiramos ou não, uma influência permanente. Uns, nos impelem para o Bem, outros para o mal; muitas vezes as nossas determinações são resultado de sua sugestão; felizes quando temos juízo bastante para discernir o bom e o mau caminho, por onde nos procuram arrastar”. Décadas depois, um médium brasileiro – Chico Xavier -, começa a verter para nossa Dimensão uma série de livros – NOSSO LAR -, elaborados por um médico – André Luiz - desencarnado em meados dos anos 30, com fins de despertamento da Humanidade visto que a evolução do materialismo a afastava cada vez mais das questões espirituais. Tais narrativas resultaram em treze obras reunindo inúmeros casos que exemplificam a interação comentada por Allan Kardec. Selecionamos algumas dessas cenas para que se tenha uma ideia de como funciona tal interação: CASO 1 - NA VIA PÚBLICA: -“No longo percurso, através de ruas movimentadas, surpreendia-me, sobremaneira, por se me depararem quadros totalmente novos. Identificava, agora, a presença de muitos desencarnados de ordem inferior, seguindo os passos de transeuntes vários, ou colados a eles, em abraço singular. Muito se dependuravam a veículos, contemplavam-nos outros, das sacadas distantes. Alguns, em grupos, vagavam pelas ruas, formando verdadeiras nuvens escuras que houvessem baixado repentinamente ao solo. Assustei-me. Não havia notado tais ocorrências nas excursões anteriores ao círculo carnal. (...) Não dissimulava, entretanto, minha surpresa. As sombras sucediam-se umas às outras e posso assegurar que o número de entidades inferiores, invisíveis ao homem comum, não era menor, nas ruas, ao de pessoas encarnadas, em continuo vaivém (...). Tinha a impressão nítida de havermos mergulhado num oceano de vibrações muito diferentes, onde respirávamos com certa dificuldade”. CASO 2 - NUMA RESIDÊNCIA COMUM : -“A família, constituída da viúva, três filhos e um casal de velhos, permanecia à mesa de refeições, no almoço muito simples. Entretanto, um fato, até então inédito para mim, feriu-me a observação: seis entidades envolvidas em círculos escuros acompanhavam-nos ao repasto, como se estivessem tomando alimentos por absorção.(...) Os que desencarnam em condições de excessivo apego aos que deixaram na Crosta, neles encontrando as mesmas algemas, quase sempre se mantém ligados à casa, às situações domésticas e aos fluidos vitais da família. Alimentam-se com a parentela e, dormem nos mesmos aposentos onde se desligaram do corpo físico”. CASO 3 - NUM RESTAURANTE: -“Transpusemos a entrada. As emanações do ambiente produziam em nós, indefinível mal estar. Junto de fumantes e bebedores inveterados, criaturas desencarnadas de triste feição se demoravam expectantes. Algumas sorviam as baforadas de fumo arremessadas ao ar, ainda aquecidas pelo calor dos pulmões que as expulsavam, nisso encontrando alegria e alimento. Outras aspiravam o hálito de alcóolatras impenitentes”. CASO 4 - NUM HOSPITAL: -“A enfermaria estava repleta de cenas deploráveis. Entidades inferiores, retidas pelos próprios enfermos, em grande viciação da mente, postavam-se em leitos diversos, lhes infringindo padecimentos atrozes, sugando-lhes vampirescamente preciosas forças, bem como atormentando-os e perseguindo-os”. CASO 5 - NUMA CASA NOTURNA: -“Champanha correndo e música lasciva. Entidades perturbadoras e perturbadas, jungidas ao corpo de bailarinos, enquanto outras iam e vinham, a se inclinarem sobre taças, cujo conteúdo lábios entediados não haviam conseguido sorver totalmente. Em recanto multicolorido, onde algumas jovens exibiam formas seminuas em coleios esquisitos, vampiros articulavam trejeitos, completando, em sentido menos digno, os quadros que o mau gosto humano pretendia apresentar, em nome da arte. Tudo rasteiro, impróprio, inconveniente”. CASO 6 - MULHER, FAIXA DOS 50 ANOS, CASADA DEVANEANDO SOBRE AMOR PLATÔNICO : - “Dona Marcia parecia regressar de outro país. Adereçada, sorridente. Os cabelos em penteado excêntrico lhe realçavam a graça, remoçando-a inteiramente. Harmonizava-se a maquiagem com o róseo vestido novo. O porte se lhe erguia nos sapatos de salto alto, com a esbelteza da cegonha jovem, quando caminha descuidada em campo livre. Exibia cores, destilava perfumes. Contudo, a flor humana em que se metamorfoseara não escondia para nós as larvas que a carcomiam. Jazia Dona Marcia assessorada por pequena corte de vampirizadores desencarnados que lhe alteravam a cabeça”.


sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

NEM PROVAS, NEM ARGUMENTOS LÓGICOS

Refletindo sobre a questão da aceitação do princípio da reencarnação, conclui-se que isso não será possível nem por eventuais provas a serem apresentadas, nem por argumentos lógicos. Dependerá exclusivamente da condição evolutiva do Espírito encarnado ou desencarnado. Os homens da chamada Ciência interessados no tema prendem-se ainda a registros quantitativos ou análises sobre o que classificam como evidências da reencarnação. Trabalhos criteriosos sobre elas oferecidos por apenas três homens que poderiam ser associados à ciência, dois dos quais (Ian Stevenson e Hemendra Banerjee) por estarem ligados ao meio acadêmico e o terceiro o engenheiro brasileiro Hernani Guimaraes Andrade, permanecem ignorados, perdidos no passado recente da segunda metade do século 20. Produziram obras de reconhecido valor que não tiveram repercussão além dos limites do meio em que surgiram. E, apesar dos conteúdos oferecidos por profissionais que trabalham, por exemplo, com as Terapias de Vidas Passadas, observa-se grande indiferença para o apurado nas imersões obtidas em estados alterados de consciência. Considerando que uma hipotética descoberta científica fosse anunciada pelos meios de comunicação de massa mundialmente, se perderia, ante, por exemplo, milhares de pessoas que não acessam noticiários ou nos preconceitos religiosos – intencionalmente ou não - plantados nas mentes dos que se identificam com suas propostas, através dos “despachantes de Deus” que costumam ter “argumentos fortes”, invariavelmente, usando como escudo textos ditos sagrados. Quando no capítulo três d’ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO se lê sobre a diversidade dos Espíritos submetidos aos processos evolutivos previstos para o planeta Terra – uma das muitas moradas da Casa de Nosso Pai -, entende-se porque a convicção sobre os mecanismos da reencarnação, como apresentados pela Doutrina Espírita, não é ainda acessível ao entendimento da maioria. Porque os alunos que “sentam nas carteiras da frente” nas salas de aula do imenso educandário com que analogamente é comparado nosso Globo, representam minoria. Alguns ali se colocam por não enxergarem direito, não por que detém uma inteligência já desenvolvida para conhecimentos de profundidade ou transcendentes. Os demais se fixam na chamada “zona de conforto”, onde os prazeres sensoriais (alimentação e sexo) são o que realmente importa. Aos multiplicadores do pensamento espírita compete apenas chamar a atenção para a visão clara, objetiva das respostas que o Espiritismo dá sobre a questão. Afinal a inexorável marcha do tempo cobra de decisões e ações práticas ante sua avassaladora passagem, conduzindo todos de volta para o ponto de origem chamado Mundo Espiritual, não dando tréguas. No Brasil, a partir da década de 40 do Século Vinte, as corajosas e pioneiras ações do psiquiatra Inácio Ferreira no laboratório chamado Sanatório Espírita de Uberaba, ofereceram material de grande qualidade demonstrando que os transtornos psiquiátricos tem origem em complicações criadas pelos doentes de agora em vida passada. Tendo como “microscópio” a mediunidade de Dona Maria Modesto Cravo, abriu caminho para a compreensão e razão de muitos dramas existenciais, interligando pessoas no âmbito da família, invariavelmente comprometidas entre si com transgressões ao Código Penal da Vida Futura redigido por Allan Kardec no capítulo sete d’ O CÉU E O INFERNO, livro em sua segunda parte, constituído de dezenas de depoimentos de Espíritos desencarnados ouvidos nas reuniões da Sociedade Espírita de Paris. Empolgado com suas pesquisas, o corajoso Dr Inácio Ferreira escreveu dois livros - NOVOS RUMOS À MEDICINA e A REENCARNAÇÃO EM FACE DA REENCARNAÇÃO. O primeiro organizado de uma forma muito interessante, apresentando a ficha de internação do doente, a evolução do tratamento e o apurado através da médium citada. Publicados ainda na primeira metade do século passado, encontraram forte rejeição no meio espírita, o que fez com que o autor não os reeditasse, até que nos anos 80, uma série de seis matérias, apresentadas pela revista INFORMAÇÃO, reproduzindo alguns casos ali expostos, chamassem a atenção para sua existência. Com a desencarnação do valoroso e pioneiro médico, a editora da Federação Espírita de São Paulo, relançou os dois livros. Motivados pela Espiritualidade, vários Sanatórios foram fundadas por organizações espíritas, baseados no modelo adotado no precursor de Uberaba. Começaram, porém, nem todos persistiram até pela mudança da Política de Saúde Mental no País que, aliado às dificuldades econômicas, impuseram mudança de procedimentos, a maioria abolindo os tratamentos desobsessivos. Hoje apenas em alguns Centros Espíritas se oferece as terapias  baseadas nas revelações espíritas. Não se preocupam, contudo, com o aprofundamento, análise e associação entre os distúrbios espirituais/ psicológicos/ sociais e encarnações passadas, desperdiçando material de valor inestimável. Assim, a reencarnação continuará dependendo da inclusão nas gerações que renascem diariamente na Terra, de Espíritos que já desenvolveram em si o conhecimento inato a respeito da pluralidade das existências. 

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

SOBRE EXTRATERRESTRES

Quatro perguntas e respostas são suficientes para demonstrar a ousadia do professor oculto no pseudônimo Allan Kardec ao tratar da questão da pluralidade dos mundos habitados, numa época em que o assunto não se encontrava entre os de maior interesse para a sociedade humana radicada na Europa do século 19 - Junte-se a isso a coragem de publicar as respostas dos Espíritos sobre o tema, afirmando quetodos os globos que circulam no espaço são habitados, estando o homem terreno bem longe de ser, como acredita o primeiro em inteligência, bondade e perfeição; que a constituição física dos diferentes globos não se assemelham; que a organização corporal dos seres que os habitam são diferentes, como entre nós os peixes são feitos para viver na água e os pássaros, no ar”. A propósito, Allan Kardec dispensara especial atenção à questão evocando e   entrevistando em reuniões da Sociedade Espírita de Paris, em seu primeiro e segundo anos, o compositor Mozart a partir de informação de um pintor do século 18 chamado Bernard Palissy, supostamente habitante do planeta Júpiter, artista que, por sinal, se serviu do dramaturgo e médium Victorien Sardou, leigo em pintura ou desenho para compor mais de dez gravuras dando uma ideia da vegetação, habitações e paisagens daquele Globo, inclusive da casa do famoso compositor clássico. Kardec entrevistou também o grande pesquisador Alexandre Von Humbold, apenas dez dias após sua morte, em Berlim, o qual surpreendeu revelando ter sido o escolhido entre vários candidatos a encarnar na Terra a fim de contribuir com as pesquisas climáticas do planeta e habitar uma esfera ainda desconhecida por nossa astronomia. O mundo caminhou para a síntese e, no final do século 20, a informação passou a representar poder, especialmente com o advento da Internet. Dados que dificilmente poderiam estar incluídos em enciclopédias ou estar em uma única biblioteca de algum país do mundo, hoje são facilmente encontrados. Vejamos alguns curiosos relatos em literatura de  antigas civilizações:  INDIA –MAABÁRATA – Livro I, cap 4 –Deslumbrantes carros celestes em grande número atravessavam o céu sem nuvens/ Livro VIII, cap 8 – “Devas em seus carros sobre nuvens e gandharvas no céu  Olhavam do alto com mudo espanto os chefes humanos”.  EGITO – LIVRO DOS MORTOS – Capítulos 124,17 – Falo com os adeptos dos Deuses. Falo com o Disco. Falo com os Seres brilhantes”. /Capítulo 78,14 – Eu sou um daqueles Seres brilhantes que vivem em raios de luz”. BABILÔNIA – CILINDROS DE BARRO encontrados em biblioteca de Nínive – “O Rei Etan, que viveu há mais ou menos 5 mil anos, foi levado como hóspede de honra numa nave voadora em forma de escudo, a qual pousou numa praça atrás do palácio real, rodando circundada por um vórtice de chamas(..). No meio dum remoinho de chamas e fumaça, ela  subiu tão alto, que a Terra, com seus mares, ilhas, continentes, parecia como “um pão numa cesta”; depois desapareceram de vista”. JAPÃO – “Em 9 a.C., em 10 de fevereiro, apareceram no céu 9 sóis que causaram muito caos na Terra e na Dinastia Yamato que foi lançada em grande confusão. Foi no décimo ano do Imperador Suinin. Eram 9 sóis, ou discos solares, como os antigos os chamavam, eram discos voadores. / Em 638 d.C – No dia 26 do primeiro mês da primavera, uma estrela comprida apareceu no noroeste. O sacerdote Bin disse que era uma estrela vassoura”. / Em 11 de agosto de 671 d.C. Um objeto flamejante foi visto voando para o norte de muitos países no Japão”. Na Civilização atual, no ano de 1968, o jornalista alemão Erich Von Daniken surpreendeu o mundo com o resultado de  uma pesquisa enfeixada num livro que se transformou um best-seller durante vários meses: ERAM OS DEUSES ASTRONAUTAS? Teoriza sobre possibilidade de antigas civilizações terrestres serem resultado do cruzamento de extraterrestres  alienígenas - que para cá teriam se deslocado - e espécies primatas criando a espécie humana. E, o mais importante: apresenta provas visuais e gráficas sobre sua tese, citando, por exemplo, inscrições presentes pirâmides egípcias e maias; as linhas de Nazca, no Peru, entre inúmeras outras.  Embora Governos e suas Forças Armadas tenham negado durante anos possuir indícios da presença na Terra de naves supostamente extraterrestres, o  comportamento vem mudando nos últimos tempos. O caso mais recente foi a própria NASA – Agência Espacial Americana assumir que recentemente durante operação de manutenção da Estação ISS, um nave extraterrestre foi flagrada por suas lentes. Para os entusiastas, sugerimos o link a seguir, a nós enviado pelo amigo Fabio Marabello: http://datalimite.com/nasa-parece-estar-preparando-astronautas-para-se-comunicar-com-alienigenas/

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

UM ATO DE REVOLTA

A ideia dos anjos rebeldes, anjos decaídos, paraíso perdido, se acha em quase todas as religiões e na tradição de quase todos os povos. As gerações atuais tomam conhecimento da existência dessa tese através do cinema que em ficções produzidas nas últimas décadas a expõem fazendo supor algo atual ou apenas fantasia de escritores, produtores, diretores e roteiristas. O Espiritismo, através de Allan Kardec apresenta sua visão em ensaio incluído na edição de janeiro de 1862 da REVISTA ESPÍRITA. Segundo o texto, pelo fato de ser considerado por tantas escolas filosófico-religiosas, “deve assentar-se numa verdade”. Acrescenta que “para compreender o verdadeiro sentido que deve ser ligado à qualificação de anjos rebeldes, não é necessário supor uma luta real entre Deus e os anjos ou Espíritos, de vez que o vocábulo anjo aqui é tomado numa acepção geral. Admitindo-se que os homens sejam Espíritos encarnados, que são os materialistas e os ateus senão anjos ou Espíritos em revolta contra a Divindade, pois que negam a sua existência e nem reconhecem seu poder nem suas leis? Não é por orgulho que pretendem que tudo aquilo de que são capazes vem deles próprios e não de Deus? Não são muito culpados os que se servem da inteligência, de que se vangloriam, para arrastar seus semelhantes para o precipício da incredulidade? Até certo ponto não praticam um ato de revolta aqueles que, sem negar a Divindade, desconhecem os verdadeiros atributos de sua essência? Os que se cobrem com a máscara da piedade para o cometimento de ações más? Aqueles cuja fé no futuro não os desliga dos bens deste mundo? Os que em nome de um Deus de paz violentam a primeira de suas leis: a lei da caridade? Os que semeiam a perturbação e o ódio pela calúnia e pela maledicência? Enfim aquele cuja vida voluntariamente inútil, se escoa na inatividade, sem proveito para si próprio nem para os seus semelhantes? A todos serão pedidas contas, não só do mal que tiverem feito, mas do Bem que tiverem deixado de fazer. Ora, todos esses Espíritos que empregaram tão mal suas encarnações, uma vez excluídos da Terra e enviados a mundos inferiores, entre populações ainda na infância da barbárie, que serão senão anjos decaídos, remetidos à expiação? Não será para eles a Terra que deixam um paraíso perdido, em comparação com o meio ingrato onde ficarão relegados durante milhares de séculos, até o dia em que tiverem merecido a libertação”?. Demonstrando a lógica de seu argumento, Allan Kardec escreve: -“Remontando à origem da raça atual na pessoa de Adão, encontraremos todos os caracteres de uma geração de Espíritos expulsos de outro mundo e exilados, por causas semelhantes na Terra já povoada, mas por homens primitivos, mergulhados na ignorância e na barbárie e que aqueles tinham por missão fazê-los progredir, trazendo para o seu meio as luzes de uma inteligência já desenvolvida. Não é, realmente, o papel até aqui representado pela raça adâmica? Relegando-a para esta Terra de trabalho e de sofrimento, não teria Deus razão para dizer: ‘tu comerás o teu pão do suor do teu rosto’? Se ela mereceu tal castigo por causas semelhantes às que vemos hoje, não será justo dizer que se perdeu pelo orgulho? Na sua mansuetude não lhe poderia iluminar o caminho a seguir para alcançar a felicidade dos eleitos? Este Salvador foi enviado na pessoa do Cristo, que ensinou a lei do amor e da caridade, como verdadeira âncora de salvação. Aqui se apresenta uma consideração importante. A missão do Cristo é facilmente compreendida admitindo-se que são os próprios Espíritos que viveram antes e depois de sua vinda, e que, assim, puderam aproveitar-se de seu ensino, ou do mérito de seu sacrifício; mas já é mais difícil de compreender, sem a reencarnação, a utilidade desse mesmo sacrifício para os Espíritos criados posteriormente à sua vinda e que, assim, Deus os teria criado manchados por faltas daqueles com os quais não tinham qualquer relação. Esta raça de Espíritos parece ter completado o seu tempo na Terra. De um modo geral, uns aproveitaram o tempo e progrediram, com o que mereceram recompensa; outros, por sua obstinação em fechar os olhos à luz, esgotaram a mansuetude do Criador  mereceram castigo. Assim, será a palavra do Cristo: ‘Os bons ficarão à minha direita e os maus à minha esquerda. Kardec conjectura ainda: -“Os que escreveram a história da antropologia terrestre apegaram-se, sobretudo, aos caracteres físicos; o elemento espiritual foi quase sempre negligenciado e o é em regra pelos escritores que nada admitem fora da matéria. Quando este for levado em conta no estudo das ciências, lançará uma nova luz sobre uma porção de problemas ainda obscuros, porque o elemento espiritual é uma das forças vivas da natureza, que desempenha um papel preponderante nos fenômenos físicos, tanto quanto nos fenômenos morais”.

sábado, 13 de dezembro de 2014

SURREAL, MAS BEM REAL

Embora a literatura e o cinema somente recentemente tenham descoberto o sucesso comercial que representa a exploração do tema dimensões ou universos paralelos, a verdade é que descrições de uma realidade que caminha e interage com a nossa já era tratada e popularizada nos anos 40 através da mediunidade de Chico Xavier, especialmente nos livros recebidos do Espírito conhecido como André Luiz. O mais fascinante é a riqueza de detalhes com que os roteiristas atualmente criam cenas, cenários e sequências como em MATRIX, INTERESTELAR. Ou recriam? Poderiam tranquilamente ser enquadrados na possibilidade aventada por Allan Kardec num de seus textos onde diz que “como os Espíritos não podem sustentar a pena sem intermediário, fazem-no sustentar por alguém que se chama médium, que inspiram e dirigem. Por vezes, esse médium age sem conhecimento de causa: é um médium propriamente dito; outras vezes age de maneira inconsciente da causa que o solicita: é o caso de todos os homens inspirados, que assim são médiuns sem o saber”.  Poderíamos também cogitar  tais imagens serem reminiscências de incursões no Plano Espiritual possibilitada pelo desdobramento natural do sono. Estudos possíveis a qualquer interessado hoje, demonstram que os Celtas séculos antes do Mestre Jesus falar das “muitas moradas da casa de nosso Pai”; do poeta Dante Aliguieri nos levar às paisagens da Divina Comédia; do gênio Emmanuel Swedenborg, oferecer as obras derivadas das suas visões dos Planos Existenciais adjacentes ao nosso; de Allan Kardec reproduzir na questão 85 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, que entre o ‘Mundo Material e o Espiritual, o segundo é o mais importante, pois, lá tudo que aqui há se origina e prossegue’; do reverendo Dale Owen oferecer detalhes d’ A VIDA ALÉM DO VÉU; e, do Espírito Maria João de Deus com suas CARTAS DE UMA MORTA (1935, lake), a vida além da morte já era encarada como um fato natural e real. Chico Xavier, a propósito, antes da Teoria das Supercordas ser formulada, disse com naturalidade em entrevista que o “plano em que vivemos nada mais é que um prolongamento do Espiritual”. No livro LIBERTAÇÃO (1957, feb), capítulo 4, por exemplo, somos levados a conhecer  “uma cidade estranha, situada em ‘vasto domínio de sombras’, céu cinzento, vegetação exibindo aspecto sinistro, aves agoureiras, de grande tamanho, semelhando-se a pequenos monstros alados, espiando presas ocultas”. Indagando do Instrutor Gúbio que acompanhava, “porque Deus permite semelhante absurdo”, informa-se que “pelas mesmas razões educativas através das quais não aniquila uma nação humana quando, desvairada pela sede de dominação, desencadeia guerras cruentas e destruidoras, mas a entrega à expiação dos próprios crimes e ao infortúnio de si mesma, para que aprenda a integrar-se na ordem eterna que preside à vida universal. De período a período, contado cada um por vários séculos, a matéria utilizada por semelhantes inteligências é revolvida e reestruturada, qual acontece nos círculos terrenos”, registrando, por fim, que “os gênios malditos, os demônios de todos os tempos somos nós mesmos quando nos desviamos, impenitentes, da Lei”. Já no livro, OBREIROS DA VIDA ETERNA (1947; feb), descrevendo sua participação em excursão por região trevosa além dos limites magnéticos abrangidos por uma instituição itinerante denominada Casa Transitória Fabiano de Cristo, André Luiz confessa que noutras circunstâncias e noutro tempo, não conseguiria dominar o pavor que infundia a paisagem escura e misteriosa (...). Vagavam no espaço estranhos sons. Ouvia perfeitamente gritos de seres selvagens e, em meio deles, dolorosos gemidos humanos, emitidos, talvez, a imensa distância.. Aves de monstruosa configuração, mais negras do que a noite, de longe em longe se afastavam de nosso caminho, assustadiças. E embora a sombra espessa, observava alguma coisa da infinita desolação ambiente”. Após atingirem zona pantanosa, em que sobressaia rasteira vegetação, em que ervas mirradas e arbustos tristes assomavam indistintamente do solo, André guardando a nítida impressão de que vozes procediam de pessoas atoladas em repelentes substâncias, não contendo a indagação em voz alta se ali jaziam almas humanas, “desencadeou reações inesperadas como  a transformação dos lamentos indiscriminados em rogativas tocantes, ao mesmo tempo em que figuras animalescas e rastejantes, lembrando sáurios de descomunais proporções, avançaram para a caravana, ausentando-se da zona mais funda do charco, em grande número, dando para estarrecer o ânimo mais intrépido”. Acrescenta que “minúsculos aparelhos, emitindo raios elétricos de choque, através de insignificantes explosões, que não obstante ser de detonação fraca revelava vigoroso poder, fizeram com que os atacantes monstruosos recuassem, precipitados, recolhendo-se ao pântano, em queda espetacular sobre a lama grossa”

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

SOBRE AS CURAS ESPIRITUAIS

“A mediunidade curadora não vem suplantar a Medicina e os médicos; vem simplesmente provar a estes últimos que há coisas que eles não sabem e os convidar a estudá-las; que a natureza tem recursos que eles ignoram”, escreveu Allan Kardec em artigo publicado na REVISTA ESPÍRITA. Até porque, segundo elea maioria das moléstias, como todas as misérias humanas, são expiação do presente ou do passado, ou provações para o futuro; são dívidas contraídas, cujas consequências devem ser sofridas até que tenham sido resgatadas. Não pode ser curado  aquele que deve suportar sua provação até o fim”. Como se sabe, o Espiritismo revela que “o homem é composto de três princípios essenciais: o Espírito, o períspirito e o corpo. Reagem um sobre os outros, resultando a saúde ou a doença, da harmonia ou não entre eles. Tal anomalia “se originada no corpo, os medicamentos materiais bastarão para o restabelecimento; se vier do períspirito; trata-se de uma modificação do princípio fluídico, requerendo uma modificação para as funções retornarem ao normal; se do Espírito, o períspirito e o corpo serão entravados em suas funções, solicitando para combate-la medicação espiritual(...). Mas, Allan Kardec vai além, dizendo que “há grande número de doenças, cuja origem é devida a fluidos perniciosos, dos quais é penetrado o organismo, contra o que a medicação comum é inoperante”. Afirma que “certas doenças tem sua causa original na alteração mesma dos tecidos orgânicos. Na cura das moléstias dessa natureza, pelo influxo fluídico, há substituição das moléculas orgânicas mórbidas por moléculas sadias”. Considera que “são três ramos da arte de curar, destinados a se suplementar e se completar, conforme as circunstâncias, mas das quais nenhuma tem o direito de se julgar a panaceia universal do gênero humano. Explica que curar trata-se de reparar uma desordem orgânica pela introdução de materiais sãos, substituindo outros deteriorados. Esses materiais sãos podem ser fornecidos pelos medicamentos alopáticos comuns; por esses mesmos medicamentos em estado de divisão homeopática; pelo fluido magnético que não é senão matéria espiritualizada. Seja qual for, compreende-se que a substituição molecular, necessária ao restabelecimento do equilíbrio, só se pode operar gradualmente, e não por encanto e por um golpe da batuta; se possível a cura não pode deixar de ser senão o resultado de uma ação contínua e perseverante, mais ou menos longa, conforme a gravidade dos casos. A eficácia da substância fluídica é mais geral, sem ser universal, porque suas qualidades são modificáveis pelo pensamento, ao passo que as da matéria, são fixas e invariáveis e não se podem aplicar senão em casos determinados. Trata-se de reparar uma desordem orgânica pela introdução de materiais sãos, substituindo materiais deteriorados. Esses materiais sãos podem ser fornecidos pelos medicamentos alopáticos comuns; por esses mesmos medicamentos em estado de divisão homeopática; pelo fluido magnético que não é senão matéria espiritualizada. Observa que o fluido vital se transmite de um indivíduo a outro. Aquele que o tem em maior quantidade pode dá-lo ao que tem menos”. Adverte, contudo, que seria um erro considerar o aplicador como simples máquina de transmitir fluídos. Nisto, como em todas as coisas, o produto está na razão do instrumento e do agente produtor. Devido ao temperamento e constituição do médium, o fluído está impregnado de elementos diversos, que lhe dão propriedades especiais. As qualidades do fluído humano, por sinal, apresenta nuanças infinitas, conforme as qualidades físicas e morais do indivíduo. É evidente que o fluído emanado de um corpo doente pode inocular princípios mórbidos no assistido. Considerado como matéria terapêutica, o fluido tem que atingir a matéria orgânica, a fim de repará-la; pode então ser dirigido sobre o mal pela vontade do curador, ou atraído pelo desejo ardente, pela confiança, numa palavra: pela fé do doente. Assim sendo, todo verdadeiro médium curador, tem necessidade absoluta de trabalhar sua depuração, isto é, seu melhoramento moral. Só isto basta para mostrar que o primeiro que aparecer não poderá ser médium curador, na verdadeira acepção da palavra. Além de tudo isso, necessário considerar o papel da fé. Para Allan Kardec, a fé a que Jesus se referia em se dirigindo aos beneficiados, não é uma virtude mística, como entendem muitos, mas uma verdadeira força atrativa, de maneira que aquele que não a possui opõe à corrente fluídica uma força repulsiva, ou, pelo menos, uma força de inércia, que paralisa a ação. Isso nos leva a entender por que se apresentando ao curador dois doentes com a mesma enfermidade, possa ser curado um e outro não.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

POR OUTRO CAMINHO

Doutora em Psicologia Clínica pela Universidade de Miami, a Dra Edith Fiore buscou essa formação por vocação revelada já aos treze anos de idade. Graduada em 1969, seguindo rigorosamente linhas comportamentais, com ênfase em pesquisa, e, razoável entusiasmo por terapias, começou trabalhando com crianças emocionalmente perturbadas, depois numa clínica psiquiátrica para crianças e, mais tarde, abriu uma clínica particular para crianças, casais e adultos. Tempos depois, mudando-se para a Califórnia, a partir de um seminário sobre auto-hipnose, incluiu o relaxamento e as sugestões hipnóticas em sua terapia. Perseguindo “as motivações interiores por trás dos sintomas, percebeu ser a hipnose um dos meios mais rápidos de atingir a mente subconsciente, repositório de todas as lembranças”. Conta que, “a princípio, seus pacientes encontravam as causas de alguns problemas em acontecimentos da primeira infância, totalmente reprimidos”. Alguns ligavam seus problemas à vida intrauterina. Certo atendimento, contudo, imprimiria rumo totalmente diferente ao adotado até ali. Um de seus pacientes que padecia de problemas na área da sexualidade, se viu, em transe hipnótico, como padre católico do século XVII. Indiferente ao conceito de existências passadas, considerado por ela como um ponto de vista oriental, ficou intrigada. Mais ainda quando na sessão posterior, ele se disse completamente curado. Quase em seguida, outra paciente regredida espontaneamente a uma vida anterior, mais tarde, afirmou-se livre dos sintomas que a trouxeram à terapia. Foi necessário, porém, uma nova ocorrência, em que uma paciente que tinha fobia por cobras e pesadelos recorrentes pelo menos duas vezes por semana, levada a época anterior ao seu nascimento na personalidade atual, descreveu cerimônia antiga em algum país provavelmente da América Central, envolvendo sacerdotes nativos. Desperta, dizendo-se descrente do que ouviu, o fato é que os pesadelos cessaram, sentindo-se livre dos sintomas, chegando a acampar com o marido pela primeira vez, descontraída e sem qualquer espécie de ansiedade. Adotando a técnica de regressão a vidas passadas como linha de trabalho em vários casos, paralelamente buscou estudar o que havia sobre o assunto até que outro fato tornou-se recorrente: pacientes que, aparentemente, demonstravam múltiplas personalidades, sem vínculos com vidas passadas. “Muitos deles’, relata ela, ‘se queixavam, com efeito, de ‘ter alguém dentro deles’. Outros confidenciavam que esse ‘alguém’ dentro deles minava a resolução de fazer regime, parar de fumar, beber, etc. Tais pacientes, falavam muito abertamente de seus conflitos, porque presumiam estar falando de duas partes diferentes da sua personalidade, em guerra dentro deles mesmos”. Com base em pesquisas feitas, passou a considerar a possibilidade de se tratar de ‘possessão’, como definido pela Igreja Católica. As evidencias reunidas a levaram a concluir afirmativamente sobre essa possibilidade. Nova fase, então, se abre em sua atividade clínica. Ignorava a visão do Espiritismo da questão até 1985, quando proferindo palestras no Primeiro Congresso de Terapias Alternativas, realizado em São Paulo, foi convidada a conhecer as atividades desenvolvidas pela Federação Espírita do Estado de São Paulo mobilizando centenas de médiuns de todas as camadas sociais e profissões, analfabetos e universitários, dedicados ao tratamento semanal gratuíto de perto de quinze mil pacientes. Seguindo sua própria metodologia, prosseguiu colecionando registros de pacientes envolvidos na atuação de entidades extrafísicas, ou seja, pessoas que morreram fisicamente para nossa Dimensão. O extenso repertório de informações que foi reunindo ao longo dos anos, permitiu-lhe concluir sobre a razão porque pessoas já mortas permanecem atadas ao plano material, em vez de completar a transição para o Mundo Espiritual. Dentre elas, podemos destacar: Ignorância, confusão, medo – especialmente o de ir para o inferno como apregoado pela religião dominante no lado Ocidental da Terra -, apegos obsessivos a pessoas ou lugares vivos, inclinações pelas drogas, álcool, fumo, comida e sexo. Observou ainda que “um sentido despropositado de negócios não concluídos também compele amiúde os Espíritos a ficarem no Mundo Físico, enquanto outros se quedam determinados a vingar-se”.  Constatou também através de pacientes hipnotizados, que algumas das entidades que os influenciavam estavam tão convencidas durante a própria existência encerrada, de que não havia nada depois da morte que se recusavam a ver membros da família ou guias espirituais que os vinham buscar, enquanto outros se achavam tão confusas que não perceberam que estavam mortas, particularmente os suicidas. A confusão era também comum entre pessoas mortas súbita e inesperadamente, as quais permaneciam onde haviam morrido durante horas, meses, e, em alguns casos, até anos. As incríveis vivências da Dra Fiore registradas no livro POSSESSÃO ESPIRITUAL (pensamento, 1987), mostram que os Espíritos do Senhor, como revelado no trecho introdutório do livro O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, por vários meios, seguem trabalhando na direção da Nova Era, a ERA DO ESPÍRITO que inspirará o pensamento da Humanidade do Mundo de Regeneração.



domingo, 7 de dezembro de 2014

O CORPO É UM INVÓLUCRO

Adicionar legenda
Madrugada de 24 de agosto de 1572, Paris, França. Os sinos de uma das catedrais da cidade anunciam o início de um dos mais tristes episódios escritos pela intolerância religiosa: a matança de seguidores do protestantismo, chamados pejorativamente de huguenotes. Autorizados pelo Rei Carlos IX, influenciado e pressionado por sua mãe Catarina de Médicis, cerca de dois mil na capital francesa, a princípio, e, nos próximos dias, estimados setenta mil por todo País. Noite de 25 de maio de 1860, recinto da Sociedade Espírita de Paris. Allan Kardec lê para os participantes da reunião realizada naquele dia, correspondência de assinante da REVISTA ESPÍRITA registrando “curioso relato a ele feito por um amigo a quem perguntara em carta, a opinião sobre a presença ou não, junto a nós, das almas que amamos, e, sua convicção de que nossas almas mudam de envoltório muito rapidamente após a morte. Oficial da Marinha francesa, navegava a trabalho em algum lugar do mundo, quando respondeu a missiva recebida, afirmando não ter lido nada a respeito o que faria quando de seu retorno, revela, contudo, que desde quando tinha sete anos, começou a experimentar a convicção de ter sido assassinado durante os massacres da Noite de São Bartolomeu, embora não tivesse lido qualquer coisa a respeito. Guardava na memória detalhes desta cena sangrenta que jamais desapareceram. Desde a infância, via-se como um rapaz de vinte anos, rico, participando em um duelo, no qual foi morto. Sobre as ligações entre os que se amam, relatou uma experiência na qual encontrando a quilômetros de Lima, Peru, após vinte e cinco dias de viagem, despertou em lágrimas, com verdadeira dor no coração, sentindo-se possuído por profunda tristeza, fato registrado em seu diário. Àquela hora, saberia depois, seu irmão tinha sido atingido por um ataque de apoplexia, que comprometeu gravemente sua vida. Confrontando, posteriormente, dia e hora, tudo exato”. A exemplo de outros experimentos envolvendo pessoas vivas - ou encarnadas -, Allan Kardec cogitou de evocá-lo, sendo prevenido da impossibilidade à vista de seu trabalho, considerando não estar, talvez, num momento propício, desperto em função de suas atividades se realizarem em variados fuso-horários. Sugeriram chamassem seu anjo da guarda, o qual diria se poderiam evocar seu protegido. Assim foi feito e nas doze perguntas feitas, apurou-se: 1- Realmente a evocação de seu protegido era inviável no momento, por vivenciar uma inquietude moral que o impedia de repousar fisicamente; 2 – Estava em terra; 3- Suas tormentosas lembranças eram verdadeiras, uma intuição real; 4- Realmente era um caso raro, presente nas suas visões, um pouco pelo gênero de morte que o impressionou fortemente naquela vida; 5- Não tivera outras existências depois daquela; 6- Morreu com uns trinta anos, era ligado à casa de Coligny, chamara-se Gaston Vincent, fora um simples soldado, morrera no cruzamento de Bucy; 7- Ainda não recebera cartas posteriores do amigo que levantara o problema; 8- Continuava atualmente seu anjo da guarda, função exercida naquela vida também. Em nota complementar à matéria publicada no número de julho de 1860, Allan Kardec observa: - “Céticos, antes gozadores que sérios, poderiam dizer que o anjo da guarda o guardou mal e perguntar por que não desviou a mão que o feriu. Posto que tal pergunta mereça apenas uma resposta, talvez algumas palavras a respeito fossem úteis. Para começar diremos que, se o morrer pertence à natureza humana, nenhum anjo da guarda tem o poder de opor-se ao curso das leis da Natureza. Do contrário, razão não haveria para que não impedissem a morte natural, tanto quanto a acidental. Em segundo lugar, estando o momento e o gênero de morte no destino de cada um, é preciso que se cumpra o destino. Diremos, por fim, que os Espíritos não encaram a morte como nós: a verdadeira vida é a do Espírito, da qual as várias existências corpóreas não passam de episódios. O corpo é um invólucro que o Espírito reveste momentaneamente e deixa como uma roupa usada ou “rasgada”. Pouco importa, pois, que se morra um pouco mais cedo ou tarde, de uma ou de outra maneira, pois que, em definitivo, sempre é preciso chegar à morte, que longe de prejudicar o Espírito, pode ser-lhe útil, conforme a maneira porque se realiza. É o prisioneiro que deixa a prisão temporária pela liberdade eterna. Pode ser que o fim trágico de Gaston Vincent lhe tenha sido útil, como Espírito, o que o seu anjo da guarda compreende melhor que ele, porque um só vê o presente, ao passo que o outro vê o futuro. Espíritos retirados deste mundo por uma morte prematura, na flor da idade, por vezes, nos responderam que era um favor de Deus, que assim os havia preservado dos males aos quais, sem isto, estariam expostos”.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

DÚVIDA DE MUITOS

Deus, Jeová, Alá, Supremo Arquiteto do Universo, Consciência Cósmica são palavras utilizadas para identificar uma única coisa: o Criador. Para não dificultar as coisas um dos maiores líderes espirituais conhecidos sugeriu chama-lo apenas Pai. Numa das edições da REVISTA ESPÍRITA, ano 1864, Allan Kardec escreveu: O Espírito no início de sua fase humana, estupido e bruto, sente a centelha divina em si, pois, adora um Deus, que materializa conforme sua materialidade”. Refletindo sobre o assunto sob esse prisma, conclui-se qual a razão de existirem tantas escolas religiosas na sociedade humana. Condicionados ao processo evolutivo, natural os homens irem criando sistemas a partir da própria percepção das possíveis explicações sobre a origem de tudo, visto cada um refletir o mundo conforme sua capacidade de entendimento. Desse modo, tudo está certo, constituindo-se as diferentes visões da Divindade, apenas degraus de acesso a uma compreensão cada vez mais aprofundada e ampla do tema. Na edição de maio de 1861, da REVISTA ESPÍRITA, numa nota de rodapé, Allan Kardec inclui uma observação em que procura responder duas questões naturais entre os que consideram a ideia de Deus uma grande mentira. A primeira delas: Como os Espíritos novos que Deus cria, e que se destinam a um dia tornar-se Espíritos puros, depois de terem passado pela peneira de uma porção de existências e provas, saem tão imperfeitos das mãos do Criador, que é a fonte de toda perfeição e não se melhoram gradativamente senão se afastando da origem- “Digamos para começar que a solução pode ser deduzida facilmente do que está dito, com desenvolvimento, n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, sobre a progressão dos Espíritos, questões 114 e seguintes. Teremos pouco a acrescentar. Os Espíritos saem das mãos do Criador simples e ignorantes, mas nem são bons, nem maus, pois do contrário, desde a sua origem, Deus teria votado uns ao Bem e à felicidade, e outros ao mal e à desgraça, o que nem concordaria com a sua bondade, nem com a sua justiça. No momento de sua criação, os Espíritos não são imperfeitos senão do ponto de vista de desenvolvimento intelectual e moral, como a criança ao nascer, como o germe contido no grão da árvore. Mas não são maus por natureza. Ao mesmo tempo que neles se desenvolve a razão, o livre arbítrio, em virtude do qual escolhem, uns, o bom caminho, outros, o mau, faz que uns cheguem ao objetivo mais cedo que outros. Mas todos, sem exceção, devem passar pelas vicissitudes da vida corpórea, a fim de adquirir experiência e ter o mérito da luta. Ora, nessa luta uns triunfam , outros sucumbem; mas os vencidos podem sempre erguer-se e resgatar as suas derrotas. Esta questão levanta outra, mais grave, que várias vezes nos foi apresentada. É a seguinte: Deus, que tudo sabe, o passado, o presente e o futuro, deve saber que tal Espírito tomará o mau caminho, sucumbirá e será infeliz. Neste caso, por que o criou? Sim. Certamente Deus sabe muito bem a linha que seguirá um Espírito, do contrário não teria a ciência soberana; se o mau caminho a que se atira o Espírito devesse fatalmente conduzi-lo a uma eternidade absoluta de penas e sofrimentos; se, porque tivesse falido lhe fosse para sempre vedado reabilitar-se, a objeção acima teria uma força de lógica incontestável e talvez aí estivesse o mais poderoso argumento contra a dogma dos suplícios eternos; porque, neste caso, impossível é sair do dilema: ou Deus não conhece a sorte reservada à sua criatura e então não tem a soberana ciência; se a conhece, então a criou para ser eternamente infeliz e, então, não tem Soberana Bondade. Com a Doutrina Espírita, tudo concorda perfeitamente, e não há contradição: Deus sabe que um Espírito tomará um mau caminho; conhece todos os perigos de que está este semeado, mas, também, sabe que dele sairá e que apenas terá um atraso; e, na sua bondade e para lhe facilitar, multiplica em sua rota as advertências salutares, dos quais infelizmente nem sempre se aproveita. É a história de dois viajantes que querem chegar a uma bela região onde viverão felizes. Um sabe evitar os obstáculos, as tentações, que o fariam parar no caminho; o outro, por imprudência, choca-se nos mesmo obstáculo, dá quedas que o atrasam, mas chegará por sua vez. Se, em caminho, pessoas caridosas o previnem dos perigos que corre e, se por presunção, não as escuta, não será mais repreensível”.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

REVELAÇÃO SURPREENDENTE

- “Há, pois, emigrações e imigrações coletivas de um mundo para outro, donde resulta a introdução, na população de um deles, de elementos inteiramente novos. NOVAS RAÇAS DE ESPÍRITOS, vindo se misturar às existentes, constituem novas raças de homens”. A surpreendente revelação pode ser conferida no item 37, capítulo XI, do livro A GÊNESE, o ultimo publicado por Allan Kardec. Acrescenta que “como os Espíritos nunca mais perdem o que adquiriram, consigo trazem sempre a inteligência e a intuição dos seus conhecimentos, o que faz que imprimam o caráter que lhes é peculiar à raça corpórea que vem animar”. Validando sua argumentação, pondera que “de acordo com o ensino dos Espíritos, foi uma dessas grandes emigrações, ou, se quiserem, uma dessas colônias de Espíritos, vinda de outra Esfera, que deu origem à raça simbolizada na pessoa de Adão e, por essa razão, chamada raça adâmica. Quando ela aqui chegou, a Terra já estava povoada desde tempos imemoriais, como a América, quando aí chegaram os europeus”. Segundo ele, “mais adiantada do que as que tinham precedido neste planeta, a raça adâmica é, com efeito, a mais inteligente, a que impele ao progresso todas as outras. A Gênese (Mosaica) nô-la mostra, desde seus primórdios, industriosa, apta às artes e às ciências, sem haver passado aqui pela infância espiritual, o que não se dá com as raças primitivas, mas concorda com a opinião de que ela se compunha de Espíritos que já tinham progredido bastante”. Ressalta, contudo, que “a raça adâmica apresenta todos os caracteres de uma raça proscrita. Os Espíritos que a integram foram exilados para a Terra, já povoada, mas de homens primitivos, imersos na ignorância, que aqueles tiveram por missão fazer progredir, levando-lhes as luzes de uma inteligência desenvolvida”. Observa que “sua superioridade intelectual prova que o mundo donde vieram os Espíritos que a compõem era mais adiantado do que a Terra. Havendo entrado esse mundo numa nova fase de progresso e não tendo tais Espíritos querido, pela sua obstinação, colocar-se à altura desse progresso, lá estariam deslocados e constituiriam um obstáculo à marcha providencial das coisas. Foram, em consequência, desterrados de lá e substituídos por outros que isso mereceram”. Como o “Espírito, ainda que numa posição inferior, nada perde do que adquiriu; seu desenvolvimento moral e intelectual é o mesmo, qualquer que seja o meio onde se ache colocado (...), os Espíritos da raça adâmica, uma vez transferidos para a terra do exílio, não se despojaram instantaneamente do seu orgulho e de seus maus instintos”. Quase um século depois, em 1956, solicitado em entrevista a opinar sobre polêmica obra mediúnica publicada na época, o Espírito Emmanuel, através do médium Chico Xavier, adiciona interessantes informações não incluídas no seu livro A CAMINHO DA LUZ (1938, feb). Explica que “a Terra, em sua constituição física, propriamente considerada, possui grandes períodos determinados de repouso e atividade, calculados em 260 mil anos; que nos de atividade, 60 a 64 mil anos, são empregados na reorganização da vida, surgindo em seguida, o desenvolvimento de grandes raças, enfeixando assuntos e serviços que dizem respeito à evolução do Espírito, nelas abrigado”. Prossegue dizendo que, sequencialmente, “temos grandes transformações de 28 em 28 mil anos que, no caso da Terra, foram marcados sucessivamente por duas grandes raças, cujos traços se perderam, pelo seu primitivismo. Logo em seguida, podemos considerar a grande raça Lemuriana, portadora de uma inteligência mais avançada, detentora de valores mais altos, nos domínios do Espírito”. Escolas iniciaticas, consideram que a Oceania e algumas ilhas japonesas (ver no Google, Ilha de Yanaguni), são remanescentes desse continente. Os próximos 28 mil anos, seriam marcados pela presença da raça Atlante, que podem ser considerados como grade ciclo de serviço, interrompidos pela submersão das ultimas ilhas que guardavam remanescentes desta civilização, mais ou menos, 9 a 10 mil anos antes da Grécia de Sócrates. Apesar disso, observa que nos achamos “nos últimos períodos dessa grande raça”. Oito anos depois, em 1964, o Espírito André Luiz, através dos médiuns Chico Xavier e Waldo Vieira, entrevistado pelos editores do ANUÁRIO ESPÍRITA (ide) confirma que “Espíritos originários de outras plagas costumam estagiar na Terra em encarnações de exercício evolutivo, a fim de colaborarem na educação da Humanidade e criaturas inferiores costuma aí sofrer curtos ou longos períodos de exílio das elevadas comunidades a que pertencem, pela cultura e sentimento, porquanto, a queda moral de alguém tanto se verifica na Terra quanto em outros domicílios do Universo”.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

A LEI DE QUE NINGUÉM CONSEGUE FUGIR

Na atualidade, multiplicam-se em toda sociedade humana casos de transtornos comportamentais, surgidos, por vezes, na experiência de indivíduos de vida aparentemente normal. Resgatando e adequando ao entendimento possível de muitas pessoas aspectos da Lei de Causa e Efeito, o Espiritismo vai colecionando exemplos capazes de explicar dramas inimaginados e inesperados na vida dos nele envolvidos. Apesar disso, profissionais da saúde mental, os maiores interessados no assunto, ignoram ou desdenham as possíveis possibilidades para entender as origens dos quadros por eles analisados. Naturalmente, quando a visão da interpretação espírita desses  fenômenos, tiverem sido dissipadas pela força do raciocínio lógico, a comunidade científica contará com poderoso para terapias ou práticas que conduzam à solução definitiva das enfermidades.  Para sua avaliação, destacamos quatro, exemplos do que falamos.  CASO 1 - EFEITO - Mulher, casada, quatro filhos. Toda sua vida foi inimiga acirrada do pai, pessoa socialmente considerada simples, humilde e que sempre a tratou com carinho e bondade, tendo ele tudo feito para reverter tal situação. Ante a aproximação dos dois, notava-se o olhar carregado de ódio da mulher, transtornada pela repulsa e desprezo, com palavras incisivas e duras para o pai, comprazendo-se visivelmente com os tormentos morais estampados no rosto do mesmo. CAUSA - Ações praticadas 120 anos antes, em pequena vila de nome Pedra Grande, em Portugal. Na época, a senhora de hoje, estava encarnada na condição masculina, negociava vinhos, era casado e tinha filhos. Aventureiro, precipitou em quedas morais várias mulheres e jovens, chegando a ser pai de muitos filhos naturais não reconhecidos.  Entretendo relações comerciais com um negociante, veio a seduzir a filha deste, a  induzindo à prostituição e levando-a ao suicídio. Seu sogro que o auxiliava bastante, tendo sido quem o criara, sabedor dessa aventura, não desejando mais que sua filha suportasse os contínuos escândalos e sofresse mais desgostos, expulsou-o de casa. Fugiu, para nunca mais voltar. Agora, reencarnou como mulher. Seu pai atual era o antigo sogro. Seu marido, o noivo da moça que seduzira e levara ao suicídio e, esta, por sua vez, renasceu como uma de suas filhas. (NRM) CASO 2  - EFEITO - Jovem, treze anos, diagnosticado como portador de idiotia, caracterizada pela nulidade de faculdades intelectuais, alimentado com dificuldade pelos pais que não reconhecia, apresentando desenvolvimento físico reduzido. CAUSA - Encarnação duzentos anos antes, em que fez da “devassidão” seu estilo de vida, gerando desarmonias de toda ordem à sua essência espiritual, impondo-lhe as restrições observadas na existência presente, de curta duração para que alcance o equilíbrio de que se distanciou. Afirmou ver e sentir de forma lúcida o que se passa a seu redor, apesar dos impedimentos de se comunicar pelo corpo limitado a que se acha preso “como uma ave por uma pata”. (CI) CASO 3 EFEITO - Mulher que, 15 dias após o casamento, passou a sonhar com um vulto masculino que a amarrava totalmente, enrolando-a fortemente em cordas, dos ombros aos tornozelos. Impressionada pela repetência de tais sonhos, passou a experimentar terríveis angústias e crises de medo e, embora medicada por profissional especializado, o mal evoluir, passando a viver retesada, braços colados ao corpo endurecidos, como se cordas invisíveis lhe tolhessem os movimentos. Afirmava estar enrolada pelas ditas cordas; dificilmente se sentando; arrastando os pés ao caminhar, como se tivesse os tornozelos atados; necessitando que alguém lhe colocasse os alimentos à boca e  três ou mais pessoas para higienizá-la. CAUSA - Obsessão exercida pela sugestão hipnótica por Espírito visto como jovem elegantemente trajado à moda do século 19, a ela ligada por vingança causada por ter sido vitima de adultério por ela praticado em existência anterior, o qual não soubera perdoar, interpretando o casamento  atual como nova traição, submetendo-a à sua obstinada e dominadora influência que a levou a terminar seus dias em estabelecimento espírita dedicado à Saúde Mental. CASO 4 – EFEITO - Homem idade avançada, morador de rua, renitente em aceitar ou buscar acomodação que o poupasse do desconforto da friagem da noite ou a dureza dos pisos duros em que acomodava ao relento, em calçadas, bancos de jardim ou alpendres de construções que lhe permitisse se ajeitar. CAUSA - Ações em existência anterior em que na condição de cruel fazendeiro expulsara impiedosamente muitas famílias de suas terras, deixando-as ao relento, sem rumo, levando-o a enfrentar, após seu desencarne, perturbador complexo de culpa que não lhe permite alojar-se em lugar nenhum. (ICX)