Definida por Allan
Kardec na
REVISTA ESPÍRITA de
outubro
de 1858 como
“a ação quase permanente de um Espírito que leva a
pessoa a ser solicitada por uma necessidade incessante de agir desta ou daquela
maneira e de fazer isto ou aquilo”, a obsessão segue produzindo vítimas como no século 20, no
qual foi considerada por vários Espíritos como sendo o maior dos seus males.
Nada mais natural já que na questão 459 d’
O LIVRO DOS ESPÍRITOS, a
resposta obtida sobre a influência dos Espíritos sobre nossos pensamentos e
atos que dá conta ser ela “
maior do cremos, porque, frequentemente, são eles
que nos dirigem”. O Espírito
Emmanuel, através do médium
Chico Xavier, escreveu na obra
PENSAMENTO E VIDA (feb,1958) que
a
“obsessão é o equilíbrio de forças inferiores, retratando-se entre si” , acrescentando
que
“não há, obsessão unilateral, nutrindo-se toda ocorrência desta
espécie à base de intercâmbio mais ou menos completo”. No excelente
PAINEIS
DA OBSESSÃO (1983), do Espírito
Manuel Philomeno de Miranda,
através do médium
Divaldo Pereira Franco, encontramos que “
A
obsessão é clamorosa enfermidade social que domina o moderno pensamento”, e
n’ O SÉTIMO SELO (Espírito Irmão Virgílio/Waldemar De Marchi) que “
a onda vibratória negativa que
envolve a Humanidade se apresenta em camadas diferenciadas pelo diapasão
específico de cada sentimento que se irradia e se alimenta das mentes de
encarnados e desencarnados”, que ele explica da seguinte forma:
-“Todos os que nutrem sentimentos negativos (inveja, ódio, etc),
irradiam uma onda mental específica para sentimento correspondente, que
encontra sintonia em todas as mentes que irradiam o mesmo sentimento, tanto
encarnados quanto desencarnados”. A obsessão simples, não requer
vínculos remotos do desencarnado com o encarnado. O aprofundamento de
conhecimentos a respeito, levam-nos a concluir que a obsessão pode ser de dois
tipos
individual ou
coletiva,
manifestando-se de duas formas:
consciente ou
inconsciente. No
caso de existirem vínculos pregressos entre os envolvidos, o processo pode
evoluir para outros dois níveis::
1- Fascinação –
uma espécie de ilusão produzida, ora pela ação direta de um Espírito
estranho, ora por seus raciocínios capciosos; e esta ilusão produz um logro
sobre as coisas morais, falseia o julgamento e leva a tomar-se o mal pelo Bem
e
2- Subjugação (ou
possessão) –
Ligação moral que
paralisa a vontade de quem a sofre, impelindo a pessoa às mais desarrazoadas
ações e, por vezes, às mais contrárias ao seu próprio interesse. As
condições necessárias para a influência espiritual perturbadora é a situação do
Espírito desencarnado derivada
de
dependências desenvolvidas
enquanto encarnado. Como fatores indutores principais poderiam ser citados:
substancias
aditivas (álcool,drogas, etc);
comportamentos emocionais (trocas de
energias);
comportamentos sensoriais (sexo, alimentação);
desejo
de vingança por divergências originadas em vidas anteriores (lesões
afetivas, prejuízos);
ações coletivas objetivando disseminar a desordem
(familiar e social) dificultando a evolução planetária. Alguns indícios são:
1
- Desestruturação Familiar; 2
- Descontentamento e Desencanto
resultantes de críticas sofridas ou feitas;
3 - Ânsia dissimulada pelo poder;
4
- Encantamento e Deslumbramento por
si mesmo;
5 - Atração e Fixação em temas ligados à sexualidade
desequilibrada ( sexo promíscuo, fora do casamento, na mente de pessoas
pervertidas, desejo de prazer custe o que custar, etc);
6- Agressividade
descontrolada no trânsito, em casa, no trabalho;
7- Interesse anormal
por minúcias de crimes bárbaros, violências passionais;
8 - Crescimento
incessante do
consumo de álcool, drogas, sexo descompromissado, liberação
dos sentidos primitivos;
9- Vulgarização pela televisão dos
costumes através de programas com fachadas de populares, exaltando valores
supérfluos, liberalidade sexual, importância do sucesso a qualquer custo, o
despropósito dos bons princípios, a astúcia para levar vantagem em tudo o
enaltecimento das futilidades e dos falsos heróis. Na base da instalação do
processo, poderiamos dizer que “
a mente pode ser comparada a espelho
vivo, que reflete as imagens que procura”; que
“a obsessão em qualquer tipo pelo
qual se expresse, está profundamente vinculada aos processos mentais em que se
baseiam os interesses da criatura” e, por fim, que
“o pensamento
é a base de tudo, alavanca de ligação para o Bem e para o mal”. Concluindo,
seja como
antídoto ou como
remédio, acatemos a
seguinte
prescrição: usemos na garantia de nossa higiene
mento-psíquica, os
antissépticos do Evangelho como sustentáculo
de nossa saúde espiritual -
bondade para com todos;- trabalho incansável
no bem;- otimismo operante; - dever irrepreensivelmente cumprido; sinceridade; - boa-vontade; -
esquecimento integral das ofensas recebidas; e, - fraternidade simples e pura”
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