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domingo, 5 de janeiro de 2014

Sexo E Espiritismo


Quando da psicografia do livro NO MUNDO MAIOR (feb,1947), o médium Chico Xavier, para que criasse menos resistência na recepção das informações repassadas do Plano Invisível através do Espírito André Luiz, revela ter sido levado em desdobramento natural do sono físico, a conhecer  “imensa cidade espiritual, situada numa região do Umbral, extremamente inferior e bastante próxima da Crosta planetária. Estranha pelo seu aspecto desarmônico e antiestético, pelas manifestações de luxúria, degradação de costumes e sensualidade dos seus habitantes, exibidas em todos os logradouros públicos, ruas, praças. Governada por Entidades mentalmente vigorosas, embora negativas em termos de ética e sentimento humanos, conduzindo seus tutelados através de um poder tipo sugestão hipnótica, inclusive após seus habitantes terem reencarnado. Pelas ruas, desfilavam multidões compostas de entidades que se esmeravam em exibições de natureza pornográfica, erótica e debochada. Os líderes desfilavam em andores ou tronos sobre carros alegóricos, cujos formatos imitavam os órgãos sexuais masculinos e femininos. A euforia observada devia-se a ser uma “festa de despedida” de grande grupo que havia sido informado que de maneira inderrogável, estavam destinados a reingresso próximo na esfera carnal da Terra”.  Embora expressiva parte do capítulo a que se refere sua visita tenha sido suprimido, comentou com alguns amigos próximos o acontecimento que, por sua vez, permaneceu ignorado do grande público até que um dos que ouviram o relato comentou o fato com o Dr. Hernani Guimaraes Andrade muitas décadas depois. Refletindo sobre a “festa de despedida” citada, o valoroso pesquisador fez uma associação com a realidade vivida pela Humanidade a partir de 1966, quando, entre outros eventos, o chamado movimento Hippie começou a fomentar o exercício da sexualidade de uma forma descompromissada, ganharam as bancas de revistas e jornais as publicações eróticas, surgiram os filmes pornôs, o marketing passou a explorar a sensualidade para vender de roupas a carros, de cigarros a bebidas. Fazendo um calculo simples, concluiu que aqueles Espíritos que se despediam na madrugada citada, seriam os responsáveis pelos comportamentos libertários do final do século 20, início do 21. Comentando o assunto do sexo desregrado  com um grupo que o visitava certa noite/madrugada em Uberaba(MG), Chico Xavier disse que “durante séculos as manifestações sexuais estiveram reprimidas dentro de um círculo muito restrito por alguns que tinham interesse na repressão de suas expressões e anseios, o que foi possível até determinado tempo, redundando atualmente esses séculos de repressão psicológica muito rígida no rompimento dessas barreiras, numa libertação que ultrapassou os limites deste círculo mais amplo, num terreno de extremismos sempre perigosos e potencialmente causadores de grandes males fase que irá perdurar por uns 200 anos ou mais”, depoimento reproduzido pelo jornalista Fernando Worm no seu livro A PONTE (lake). Rotulado como pecado pela grande escola religiosa que dominou o pensamento da Humanidade durante séculos, o sexo é visto como uma condição natural – e, necessária -  no que tange à ao princípio inteligente individualizado, a partir de determinado ponto de sua caminhada evolutiva. Começa a pronunciar-se de forma mais objetiva quando se iniciam os ensaios na fase dos vertebrados quando é identificado como instinto sexual. Na etapa humana, segundo André Luiz, “o instinto sexual não é apenas agente de reprodução, mas reconstituinte de forças espirituais, pela qual as criaturas encarnadas ou desencarnadas se alimentam mutuamente, na permuta de raios psíquico-magnéticos necessários ao seu progresso”. Explica que “Espíritos desencarnados, a partir dos de evolução mediana, entendem que o sexo é categorizado por atributo como a inteligência, o sentimento, o raciocínio entre outras faculdades”, acrescentando que “quanto mais se eleva a criatura mais se capacita de que o sexo demanda discernimento pelas responsabilidades que acarreta”, e, que “qualquer ligação sexual instalada no campo emotivo, engendra sistemas de compensação vibratória, e o parceiro que lesa outro, até o ponto em que suscitou os desastres morais consequentes, passa a responder por dívida justa”. Pondera ainda que “todo desmando sexual danificando consciências reclama corrigenda, tanto quanto qualquer abuso do raciocínio”.


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