Quando da psicografia do livro NO MUNDO MAIOR (feb,1947), o médium Chico Xavier, para que criasse menos resistência na recepção das
informações repassadas do Plano Invisível através do Espírito André Luiz, revela ter sido levado em desdobramento
natural do sono físico, a conhecer “imensa
cidade espiritual, situada numa região do Umbral, extremamente inferior e
bastante próxima da Crosta planetária. Estranha pelo seu aspecto desarmônico e
antiestético, pelas manifestações de luxúria, degradação de costumes e
sensualidade dos seus habitantes, exibidas em todos os logradouros públicos,
ruas, praças. Governada por Entidades mentalmente vigorosas, embora negativas
em termos de ética e sentimento humanos, conduzindo seus tutelados através de
um poder tipo sugestão hipnótica, inclusive após seus habitantes terem
reencarnado. Pelas ruas, desfilavam multidões compostas de entidades que se
esmeravam em exibições de natureza pornográfica, erótica e debochada. Os
líderes desfilavam em andores ou tronos sobre carros alegóricos, cujos formatos
imitavam os órgãos sexuais masculinos e femininos. A euforia observada devia-se
a ser uma “festa de despedida” de grande grupo que havia sido informado que de
maneira inderrogável, estavam destinados a reingresso próximo na esfera carnal
da Terra”. Embora expressiva
parte do capítulo a que se refere sua visita tenha sido suprimido, comentou com
alguns amigos próximos o acontecimento que, por sua vez, permaneceu ignorado do
grande público até que um dos que ouviram o relato comentou o fato com o Dr. Hernani
Guimaraes Andrade muitas décadas depois. Refletindo sobre a “festa
de despedida” citada, o valoroso pesquisador fez uma associação com a
realidade vivida pela Humanidade a partir de 1966, quando, entre outros
eventos, o chamado movimento Hippie começou a fomentar o exercício da sexualidade
de uma forma descompromissada, ganharam as bancas de revistas e jornais as
publicações eróticas, surgiram os filmes pornôs, o marketing passou a explorar
a sensualidade para vender de roupas a carros, de cigarros a bebidas. Fazendo
um calculo simples, concluiu que aqueles Espíritos que se despediam na
madrugada citada, seriam os responsáveis pelos comportamentos libertários do
final do século 20, início do 21. Comentando o assunto do sexo desregrado com um grupo que o visitava certa
noite/madrugada em Uberaba(MG), Chico
Xavier disse que “durante séculos as manifestações sexuais
estiveram reprimidas dentro de um círculo muito restrito por alguns que tinham
interesse na repressão de suas expressões e anseios, o que foi possível até
determinado tempo, redundando atualmente esses séculos de repressão psicológica
muito rígida no rompimento dessas barreiras, numa libertação que ultrapassou os
limites deste círculo mais amplo, num terreno de extremismos sempre perigosos e
potencialmente causadores de grandes males fase que irá perdurar por uns 200
anos ou mais”, depoimento reproduzido pelo jornalista Fernando Worm no seu livro A PONTE
(lake). Rotulado como pecado pela grande escola religiosa que dominou o
pensamento da Humanidade durante séculos, o sexo é visto como uma condição
natural – e, necessária - no que tange à
ao princípio inteligente individualizado, a partir de determinado ponto de sua
caminhada evolutiva. Começa a pronunciar-se de forma mais objetiva quando se
iniciam os ensaios na fase dos vertebrados quando é identificado como instinto
sexual. Na etapa humana, segundo André
Luiz, “o instinto sexual não é apenas agente de reprodução, mas reconstituinte de forças
espirituais, pela qual as criaturas encarnadas ou desencarnadas se
alimentam mutuamente, na permuta de raios psíquico-magnéticos necessários ao
seu progresso”. Explica que “Espíritos desencarnados, a partir dos de
evolução mediana, entendem que o sexo é categorizado por atributo como a
inteligência, o sentimento, o raciocínio entre outras faculdades”,
acrescentando que “quanto mais se eleva a criatura mais se capacita de que o sexo demanda
discernimento pelas responsabilidades que acarreta”, e, que “qualquer
ligação sexual instalada no campo emotivo, engendra sistemas de compensação
vibratória, e o parceiro que lesa outro, até o ponto em que suscitou os
desastres morais consequentes, passa a responder por dívida justa”. Pondera
ainda que “todo desmando sexual danificando consciências reclama corrigenda,
tanto quanto qualquer abuso do raciocínio”.
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