Falecido aos 52 anos na cidade de São Paulo, Lourenço
Prado de Almeida e Silva, foi autor de vários livros de conteúdo muito
importante e apreciado pelos estudiosos do pensamento como agente de
manifestação e comunicação entre os seres vivos, especialmente o humanos. Um de
seus maiores sucessos literários intitula-se ALEGRIA E TRIUNFO (pensamento),
no qual apresenta verdadeiras receitas contra angústia, medo, incerteza,
insegurança entre outros embaraços que acabam resultando num atraso de vida. Na verdade, uma espécie de O SEGREDO, escrito na primeira metade
do século 20. Já aos 17 anos, filiava-se
ao Círculo Esotérico da Comunhão do
Pensamento, traduzindo - oculto pelo pseudônimo Rosabis Camaysar - a obra
DOGMA
E RITUAL DA ALTA MAGIA do consagrado autor Eliphas Levi. Pouco mais
de nove anos após sua morte, ao final da reunião da noite de 25 de novembro de
1954, o Espírito Lourenço Prado se fez presente através do médium Chico
Xavier, expressando sua visão ampliada sobre a questão sobre a qual tão
bem abordou em sua recente passagem por nossa Dimensão. Inicia sua mensagem
dizendo que “depois da morte física, empolgante é o quadro de surpresas que se nos
descortina à visão, contudo, para nós, cultores do Espiritualismo, uma das
maiores dentre todas é a confirmação do poder mental como força criadora e renovadora,
em todas as linhas do Universo”. Afirma que “o Céu como domicílio espacial da
beleza, existe realmente, porque não podemos imaginar o Paraiso erguido sobre
um pântano, todavia, acima de tudo, o Céu é a faixa de pensamentos glorificados
a que nos ajustamos, com todas as criaturas de nosso degrau evolutivo”.
Acrescenta que “o Inferno, como sítio de sofrimento expiatório, igualmente não pode ser
contestado, porque não será justo idear a existência do charco num templo vivo,
mas, acima de qualquer noção de lugar, o Inferno é a rede de pensamentos
torturados, em que nos deixamos prender, com todos aqueles que nos comungam os
problemas ou as aflições de baixo nível”. Considera que “é
preciso acordar para as realidades do mentalismo, a fim de nos desembaraçarmos
dos grilhões do pretérito, criando um amanhã que não seja reflexo condicionado
do ontem”. Explica que “a Lei concede-nos, em nome de Deus, na
atualidade, o patrimônio de revelações do moderno Espiritualismo para
aprendermos a pensar, ajudando a mente do mundo nesse mesmo sentido. O
pensamento reside na base de todas as nossas manifestações. Evoluímos no curso
das correntes mentais, assim como os peixes se desenvolvem nas correntes
marinhas. Refletimos, por isso, todas as inteligências que se afinam conosco no
mesmo tom. Na alegria ou na dor, no equilíbrio ou no desequilíbrio, agimos com
todos os Espíritos, encarnados ou desencarnados, que, em nossa vizinhança, se
nos agregam ao modo de sentir e ser”. Destaca que “saúde é o pensamento em harmonia
com a lei de Deus. Doença é o processo de retificá-lo, corrigindo erros e
abusos perpetrados por nós mesmos, ontem ou hoje, diante dela. Obsessão é a
ideia fixa em situações deprimentes, provocando, em nosso desfavor, os eflúvios
enfermiços das almas que se fixaram nas mesmas situações. Tentação é a força
viciada que exteriorizamos, atraindo a escura influência que nos inclina aos
desfiladeiros do mal, porque toda sintonia que nos inclina aos desfiladeiros do
mal, porque toda sintonia com a ignorância, ou com a perversidade, começa
invariavelmente da perversidade ou da ignorância que acalentamos conosco”.
Pondera que “um prato de brilhantes não estimulará a fome natural de um cavalo, mas
excitará a cobiça do homem, cujos pensamentos estejam desvairados até o crime.
Lembremo-nos, assim, da necessidade de pensar irrepreensivelmente,
educando-nos, de maneira a avançarmos para diante, errando menos. A matéria,
que nos obedece ao impulso mental, é o conjunto das vidas inferiores que vibram
e sentem, a serviço das vidas superiores que vibram, sentem e pensam. O
pensamento raciocinado é a maior conquista que já alcançamos na Terra.
Procuremos, desse modo, aperfeiçoar nossa mente e sublimá-la, através do estudo
e do trabalho que nos enobreçam a vida. Felicidade, pois, é o pensamento
correto. Infortúnio é o pensamento deformado. Um santuário terrestre é o fruto
mental do arquiteto que o idealizou, com a cooperação dos servidores que lhe
assinalaram as ideias”. Finaliza dizendo que “o Mundo Novo que estamos
aguardando é construção divina, mentalizada por Cristo, na exaltação da
Humanidade. Trabalhadores que somos, contratados por nosso Divino Mestre,
saibamos pensar com ele para com ele vencermos”.
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