Os estudos desenvolvidos por Allan Kardec sobre a relação
fluidos / pensamento / saúde disponibilizam um manancial de informações
que vão sendo acessadas paulatinamente por pesquisadores interessados na
Verdade que há por trás de todos os efeitos observados em nossa realidade
objetiva. Tais resultados, contudo, com raríssimas exceções, foram e continuam sendo ignorados pela comunidade científica, como aconteceu com outras propostas
dentro do campo do chamado VITALISMO como o magnetismo
mesmeriano, a homeopatia, as essenciais florais, enfim, todas alternativas
para restauração da saúde humana. A visão ou modelo MECANICISTA prevaleceu por mais de um século, cumprindo o
importante papel de aprofundamento do conhecimento sobre o corpo humano em suas
estruturas mais complexas. Os interesses econômicos da indústria farmacêutica
neutralizam a maior parte dos esboços de reação. A busca, todavia, continua.
Apesar disso, contribuições atuais, mesmo do meio acadêmico, são
desconsideradas. Uma delas resulta das pesquisas de um biólogo americano
chamado Bruce H. Lipton que no seu
livro BIOLOGIA DA CRENÇA
(butterfly), apresenta o resultado de suas experiências laboratoriais confirmando que a mente e os pensamentos tem
influência direta na atividade celular do corpo físico Relatando nos
primeiros quatro capítulos, como e porque avançou na direção de investigações mais
profundas sobre o mecanismo celular, no 5, justifica suas conclusões, dedicando
algumas páginas aos efeitos Placebo e Nocebo na obtenção de resultados ainda não
bem compreendidos pela ciência sem a consideração da influência mental. Além de
Kardec, entretanto, uma outra contribuição resgatava e introduzia na cultura
ocidental conhecimentos milenares dominados pelo mundo oriental. Essa
afirmativa pode ser comprovada através de um livro publicado pela primeira vez
em 1906, nos Estados Unidos da América do Norte. Título: A CIÊNCIA DA CURA PSÍQUICA escrita pelo Yogui Ramacharaka. O mais
fascinante da história é que esse nome na verdade é um pseudônimo adotado pelo
americano William Walker Atkinson um advogado, comerciante editor e
escritor nascido em Baltimore, Maryland em 1862 e desencarnado 69 anos depois
em Los Angeles, na Califórnia. Depois de ter se curado de uma série de
complicações derivadas da dedicação excessiva ao trabalho, através de praticas
absorvidas no Movimento Novo Pensamento que eclodiu em seu País no final do
século 19, enfatizando crenças metafísicas referentes aos efeitos do pensamento
positivo, lei de atração, cura, força vital, que todas as doenças se originam
da mente e que o pensamento certo tem um efeito regenerador. Atkinson, na década de
1890, se interessou pelo Hinduísmo e depois de 1900, dedicou um grande esforço
para a difusão da Yoga e do Ocultismo no Ocidente, através de livros e
periódicos. Nesse sentido, ocultou-se em seis pseudônimos, produzindo mais de
100 livros, muitos dos quais, referência até hoje. Você deve estar se
perguntando o que tem a ver essa mini-biografia com o as considerações
iniciais. Bem, “ocidentalizando” os milenares conhecimentos da sabedoria Hindu,
Atkinson
apurou que “o corpo físico é constituído de ‘pequenas vidas’ ou 'vidas celulares',
tendo cada célula uma ação independente, além da ação da comunidade celular”.
Essa pequenas “vidas” são realmente “mentes de um certo grau de desenvolvimento,
que é suficiente para torna-las capazes de desempenhar a sua tarefa. Estes
pedaços de mente, são subordinados ao controle da Mente Instintiva do
indivíduo, e obedecem prontamente às ordens provenientes desta fonte, como
igualmente às do intelecto. Estas mentes celulares manifestam uma notável
adaptação às suas tarefas especiais”. Descobre que “cada uma destas células do
corpo, por mais humilde que seja a sua função, possui um instintivo
conhecimento do que é necessário para a vida do organismo, e para a sua vida
própria. Elas tomam alimento, e reproduzem-se aumentando em volume, depois se
bipartindo. Parecem ter memória, e também de outro modo manifestam ação mental”.
Destaca que “estas células são ‘entes vivos’, dotados de ação mental”, “achando-se
nos órgãos, tecidos, músculos, e em todas as partes do corpo, formando as
chamadas comunidades de células, onde parece que suas mentes se combinam, não
deixando, entretanto, de executar cada célula sua ação mental independente”.
Essa visão, Atkinson ou Ramacharaka absorveu dos
conhecimentos acessados no ancestral Hinduísmo que, até onde se sabe, não
dispunha dos sofisticados equipamentos utilizados pelo biólogo Lipton
no século 20 para observações e experimentos que o levaram às mesmas
conclusões. O que pensar disso?
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