faça sua pesquisa

quinta-feira, 20 de março de 2014

Contrasenso



Os maiores embaraços para a expansão da Doutrina Espírita procedem da atuação daqueles que reencarnam, prometendo servi-lo, seja através da mediunidade direta ou da mediunidade indireta, no campo da inspiração e da inteligência, e se transviam nas seduções da esfera física, convertendo-se em médiuns autênticos das regiões inferiores, de vez que não negam as verdades do Espiritismo, mas estão prontos a ridicularizá-las, através de escritos sarcásticos ou da arte histriônica, junto dos quais encontramos as demonstrações fenomênicas improdutivas, as histórias fantásticas, o anedotário deprimente e os filmes de terror”. A opinião foi colhida pelo Espírito André Luiz no dia 20 de agosto de 1965, na cidade de Paris, França, junto ao Espírito Gabriel Dellane, quando da passagem por lá dos médiuns Chico Xavier e Waldo Vieira, em viagem de intercâmbio de ideias espírita/espiritualistas, promovida e patrocinada por admiradores dos dois. E, embora ignorado por muitos – apesar de óbvio -, revela: -“ Os milhões de Espíritos inferiores que cercam a Humanidade possuem seus médiuns. Impossível negar”. Transcorridos praticamente 50 anos, evidencia-se o acerto do comentário de Dellane, com o agravante que os providos de condições para a divulgação do Espiritismo, omitem-se de falar abertamente sobre ele, preocupados em não incomodar ou afastar simpatizantes de outras escolas religiosas. Parece não perceberem que o Consolador não veio para os sãos,  mas, para os doentes. Desconhecem que, quando da organização do excelente LIVRO DA ESPERANÇA (cec), o Espírito Emmanuel, psicografado por Chico Xavier para saudar o primeiro centenário da publicação d’ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, comentando na mensagem IDEIA ESPÍRITA (cap 68), trecho do item 4, do Capítulo XX, – “Ide, pois e levai a palavra Divina; aos grandes que a desprezarão, aos eruditos que exigirão provas, aos pequenos e simples que a aceitarão; porque principalmente entre os mártires do trabalho, nas provações terrenas, encontrareis fervor e fé” -, enfatiza no último paragrafo: -“ O mundo tem sede de raciocínio, em torno da imortalidade da alma, do intercâmbio espiritual, da reencarnação, da morte física, dos valores mediúnicos, da desobsessão, das incógnitas da mente, dos enigmas da dor e, sobretudo, ao redor das Leis Divinas a funcionarem, exatas, na consciência de cada um”, concluindo: -“Para que obtenhamos solução a semelhantes problemas, urge saibamos trabalhar pela difusão da ideia espírita, na construção da Era Nova, irradiando a com todos os recursos lícitos ao nosso alcance, com base no veiculo do exemplo”. Desnecessário dizer o quanto, nestes tempos de contínua elevação dos índices de suicídio por motivos banais; de tanta inversão de valores; corrupção; de extrema violência e crueldade nas ruas, nos lares, nas cidades, nos países; comportamentos insuflados por noticiários, filmes, séries, o quanto o conhecimento do Espiritismo é necessário. Até para, quem sabe, inspirar revisões nas estruturas desgastadas e ultrapassadas das religiões tradicionais, que, entre seus pregadores, conta com milhares de reencarnacionistas, conhecedores do intercâmbio mediúnico e da influência espiritual, numa visão mais atual que as da pura negação pela justificativa das ações demoníacas. Tal argumento só impressiona mentes de intelecto acanhado, prisioneiros por isto mesmo da “fé cega”, que tanto atraso e prejuízo têm causado na Humanidade terrena. O momento não comporta vacilações, mas ações objetivas na propagação das ideias espíritas. Certamente os que se acham comprometidos com a difusão do Espiritismo, nas tribunas, nas variadas formas de mídia, não se encontram investidos destes papeis casualmente, como intuitiva e intimamente reconhecem. Atendem a programas e oportunidades solicitadas antes de reencarnarem, especialmente para se reabilitarem perante as Leis Cósmicas por fracassadas experiências de outrora.  O Espiritismo é Jesus de volta, ensinando todas as coisas, nos lembrando de tudo que havia dito (João,14:26) ao tempo de Roma dos Cezares. Talvez precisemos lembrar da advertência tão citada em exposições e palestras públicas, atribuídas a Jesus, presente no Evangelho de Lucas, capítulo 9, versículos 25/26: - Que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo? Porque, qualquer que de mim se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do Homem”. Em outras palavras: -“Muito se pedirá a quem muito foi dado”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário