A mediunidade - recurso que
nos tem possibilitado conhecer e estudar a vida no Mundo Espiritual -, ao longo
do século 20, através de diferentes médiuns, revelou que nos Universos
Paralelos ligados ao Planeta Terra, existem extraordinários mecanismos que, ao
longo do tempo, vem se materializando em nossa Dimensão. Assim se deu com
sistemas de defesa – petardos e barreiras magnéticas, lança choques, redes
luminosas de defesa, etc -, descritos em obras do Espírito André Luiz, psicografada
por Chico
Xavier, como OBREIROS DA VIDA
ETERNA (feb,1946) ou circuitos fechados de televisão do Hospital Maria de
Nazareth da obra do escritor Camilo Castelo Branco, MEMÓRIAS DE UM SUICIDA (feb,1942) pela
médium Yvonne do Amaral Pereira, entre outros. No não menos revelador
livro A VIDA ALÉM DO VÉU (feb,1920),
que relata as experiências vividas pelo Reverendo inglês George Dale Owen, entre 23 de
setembro e 31 de outubro de 1913, escrevendo durante o estado alterado
de consciência em que entrava 24 palavras por minuto, encontramos
no material obtido no sábado, 11 de outubro, a descrição de uma
vivência que assemelha às holografia possíveis hoje. No nosso Plano, os
hologramas foram concebidos teoricamente em 1948, contudo, viabilizados nos
anos 60, após a invenção do laser. A Holografia é um método de registro “integral”
de informação com relevo e profundidade. Vejamos o que conta o Espírito da mãe de Owen,
em incursão por mais uma área da região em que residia no Plano invisível aos
nossos olhos: -“Conduziram-nos a uma sacada, ao lado de um espaço circular. Era um
tanto saliente e podíamos ver tudo de uma vez. Fomos, então, avisados de que
seria feita uma pequena demonstração em nosso proveito a fim de que, pudéssemos
formar ideia do uso que podiam ter esses objetos. Sentamo-nos à espera e,
afinal, uma névoa azul principiou a encher o espaço central. Em seguida, um
raio de luz percorreu toda a extensão do salão e pousou no globo que
representava a Terra. Parecia que o Globo absorvia o raio que o contornava e se
tonava luminoso; depois de certo tempo, tendo o raio sido retirado, notámos que
o globo brilhava como que internamente. Em seguida, outro raio lhe foi
projetado em cima, mais intenso e de cor diversa, e o globo vagarosamente
abandonou o pedestal, ou pino, ou o que quer que lhe servia de apoio, e
principiou a flutuar, afastado da parede. Ao aproximar-se do centro, penetrou a
névoa azul e, logo em seguida, ao seu contato, transformou-se em uma grande
esfera, brilhando com luz própria e flutuando no espaço cerúleo. Era belíssimo.
Vagarosa, muito vagarosamente, revolvia-se sobre seu eixo, evidentemente do
mesmo modo que a Terra, e pudemos ver os Oceanos e continentes. Esses eram
reproduções planas como as dos globos terrestres usados na Terra. Com o giro,
porém, principiaram a mostrar aspecto diferente. As montanhas e os morros
começaram a destacar-se, as águas a arfar e a encrespar-se; pouco depois,
notámos minúsculas reproduções das cidades e mesmo os pormenores das suas
construções. Ainda mais circunstanciado se tornou o modelo da Terra, até que
vimos os seus próprios habitantes; em primeiro lugar, as multidões, e em
seguida os indivíduos. Ser-lhes-á difícil compreender como, em um globo de
talvez vinte oito a trinta metros de diâmetro, pudemos perceber homens e
animais. Faz parte, porém, da ciência deste instituto poder mostrar as coisas
discriminada e individualmente. Cada vez mais distintas se tornavam essas
maravilhosas cenas e, ao circular o Globo, vimos homens se moverem nas cidades
e trabalharem nos campos. Observámos os grandes espaços das campinas, dos
desertos e das florestas, e os animais vagando neles. Ao girar vagaroso globo,
notámos os oceanos e os mares, alguns plácidos, outros agitados e enfurecidos,
e um navio de onde em onde. E toda a vida da Terra passou ante nossos olhos.
Examinávamos estas cenas durante muito tempo, e o nosso amigo, que pertencia a
esse estabelecimento, falou-nos de onde estava, para o lugar onde nos achávamos
sentados, que o que observávamos era a Terra no seu estado atual. Se o
desejássemos, mostrar-nos-ia o retro progresso das épocas desde a idade atual
até o princípio como ser inteligente.(...). Devo aqui parar para explicar um
assunto que leio no seu cérebro. O recinto não estava às escuras; havia luz por
toda parte. O Globo, porém, brilhava com tal intensidade que, sem sensação
desagradável de espécie alguma, obscurecia tudo que estava fora da nuvem azul(...).
Depressa, o cenário principiou a mudar na superfície da Esfera em rotação e,
fomos transportados através de milhares de anos da vida terrestre”. A
descrição prossegue oferecendo dados instigantes para os estudiosos das
questões espirituais.
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