Lembra daquela vez em que
você, em meio a um sentimento de angústia e aflição diante de fatos que lhe
marcavam a vida, abriu um livro com conteúdo espiritual e o texto lido parecia
lhe oferecer o conforto ou o esclarecimento de que se sentia necessitado? Mera coincidência foi a primeira conclusão
que lhe ocorreu. Algumas passagens envolvendo personagens dos livros escritos
pelo Espírito André Luiz, através do médium Chico Xavier mostram que
não foi o que você deduziu. Na obra OS
MENSAGEIROS (capítulo 35,1944,feb), por exemplo, o autor reporta-se a
curiosa reunião por ele testemunhada juntamente com numerosos desencarnados no
modesto lar de Dona Isabel, pobre viúva e seus três filhos – duas moças e um
rapazinho. Pratica mantida regularmente pela família, consistia na leitura e
reflexão sobre o tema sugerido pelo Novo
Testamento. Descrevendo a dinâmica estabelecida, André Luiz diz que, a
certa altura, após uma das meninas ter lido notícia de jornal leigo reportando
o suicídio de jovem em bairro distante, Dona Isabel, abriu o livro sagrado, “como
se estivesse procedendo ao acaso, mas, em verdade, eu via que Isidoro (marido
desencarnado), do nosso Plano, intervinha na operação, ajudando a focalizar o assunto
da noite”. No OBREIROS DA VIDA
ETERNA ( capítulo 11,1946, feb), relata a visita ao lar de uma senhora
ligada à Igreja Presbiteriana, acamada por doença cardíaca, onde a mesma,
intuída pelo Instrutor Jerônimo, solicita a uma de sua filhas lhe pegasse a Bíblia. Após assumir posição para a
leitura, segurou firme o livro e, sem que percebesse o Benfeitor Espiritual
Jerônimo ajudou-a a abri-lo, em determinada parte cujo conteúdo lhe infundisse
bom ânimo. Na mesma obra,
capítulo 16, visitando o lar de Fábio, outro candidato a
desencarnação próxima, narra pequena reunião familiar à beira do leito em que o
rapaz se mantinha acomodado por imposição da enfermidade que o consumia, e, abrindo
o Novo Testamento, sem que notasse, foi
auxiliado pelo pai (já
desencarnado) encontrando versículo condizente com suas necessidades no momento. No ENTRE A
TERRA E O CÉU (capítulo 31,1954, feb), André Luiz fala sobre pequena
reunião de estudo evangélico no lar de Antonina, entre ela, os filhos, e um visitante convidado, Sr Mário
Silva, que, solicitado, ao abrir
o volume do Novo Testamento colocado
em suas mãos, sem que notasse também foi influenciado pelo Espírito Clarêncio para a
descoberta do texto adequado.
Assistindo a uma reunião mediúnica descrita no capítulo 16 do NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE (1954,
FEB), conta que após a prece de abertura, foi lido um texto edificante de livro
doutrinário, em cuja
escolha preponderou a influência do Espírito Gabriel sobre o orientador da casa. Por fim, no capítulo 20, acompanhando visita ao lar
de lar de Anésia, observou que uma simples prece proferida por ela,
atraiu vários desencarnados sofredores carentes de entendimento pela ligação
com as preocupações materiais, como solicitando medicação. Observa André
Luiz que, após a oração, “ao abrir precioso livro de meditações
evangélicas, acreditando agir ao acaso, encontra um tema, na verdade escolhido
pela Amiga Espiritual Teonília, que lhe vigiava bondosa os movimentos, notando,
com surpresa que o texto se reportava à necessidade de trabalho e perdão”.
A resposta à questão 459 d’ O LIVRO DOS
ESPÍRITOS, contudo, esclarece que “os Espíritos influenciam em nossos
pensamentos e atos mais que imaginamos, invariavelmente, nos conduzindo”.
Pelos exemplos aqui agrupados, fica evidenciado que não existem mesmo acasos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário