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sábado, 24 de maio de 2014

APENAS MUDARAM DE PLANO EXISTÊNCIAL

Vitimas de ações daqueles que veem na violência uma forma de obter de forma fácil o que muitos conquistam nas lutas e dificuldades de cada dia, se serviram de Chico Xavier para confirmar aos familiares mergulhados no desespero, e na dor da separação compulsória, que continuam vivos, em outra Dimensão. Atestados, obtidos em reuniões públicas, ante o olhar ansioso, angustiado, sofrido de dezenas de pessoas que, intimamente, alimentavam a expectativa que uma das cartas mediúnicas, recebidas naquelas reuniões se dirigisse a elas. Textos, invariavelmente, permeados por ricos detalhes, nomes, apelidos somente do conhecimento dos familiares a que se destinavam, geralmente, sem ter tido contato prévio com o médium. Do riquíssimo acervo construído ao longo de quase três décadas, destacamos alguns para reflexão: CASO 1- C. G., 45 anos, advogado, casado, cinco filhos, alvejado durante assalto próximo de sua residência, quando retornava de instituição bancária, morrendo ao dar entrada em Hospital para onde foi levado. DEPOIMENTO: -“Estive consciente, embora plenamente anulado, até o Hospital São Caetano. Quando me vi cercado por médicos e enfermeiros, um homem chegou, de leve, até onde me achava estirado e se aproximou de meus ouvidos, dizendo: -“Filho, não tenha medo!. Jesus não nos abandona. Não se aflija com a agressão de que foi vítima! Descanse o seu pensamento que a dor esfacela e pense na Bondade de Deus! Entregue a esposa e os filhos à Misericórdia de Divina e repouse”. Quem me falava assim no tom que não posso esquecer? Ele respondeu-me: -“Estamos juntos. Sou o seu pai Mário que volta a você para transportá-lo comigo!”. Ao ouvir aquelas palavras as lágrimas brotaram dos meus olhos e procurei a tranquilidade na oração última. Então, senti que, enquanto ali se preocupavam com o meu corpo ensanguentado pelo tiro que me alcançara, meu pai estava comigo auxiliando-me a confiar em Deus. Uma bênção de paz me desceu ao coração e entreguei-me aos braços de meu pai, que se fazia acompanhado de outros amigos. Retiraram-me do corpo devagarinho, como se ele houvesse voltado a ser criança. Colocou-me de pé e abraçou-me como se eu estivesse nos dias da primeira infância e, tão pacificado me vi, que entrei num sono calmante para mim naquela hora incompreensível”. (do livro DÁDIVAS ESPIRITUAIS, ideal). CASO 2 J. R. A., 62 anos, motorista de táxi, casado, 10 filhos, morto a golpes de faca, por passageiros que lhe solicitaram os levasse de Apucarana a Campo Mourão, cidades paranaenses, tendo seu corpo sido ocultado em plantação de soja à beira da estrada. DEPOIMENTO: - “Lembro-me que um golpe me retirou qualquer faculdade de reação. Orei, reclamando vocês todos, esposa querida e filhos meus!. Sabia, porém, que havia soado a hora, a hora que ninguém espera e sempre chega.. Tentei pedir clemência e dizer que entregava tudo, mas me poupassem a vida, no entanto, a voz não saia mais. Notei que mãos vigorosas me deitavam numa plantação que me oferecia repouso(...). Adormeci pensando na família, e procurando esquecer qualquer sentimento que me azedasse as ideias(...). A princípio, fui conduzido para um hospital, em que o amigo espiritual Dr Leocádio me prestou imensos serviços”.. (do livro VITÓRIA, ide). CASO 3E. R. R. P., 26 anos, comerciante, noivo, baleado durante tentativa de assalto a seu estabelecimento. DEPOIMENTO: -“O que me aconteceu a princípio, para nós todos, foi algo inesperado e terrível. Achava-me com a alegria do Ano Novo, trabalhando em Itapema, longe de imaginar que seria alvejado por bagatela. Quando me vi sob o fogo da arma disparada, caí num torvelinho de ideias desencontradas (...). Lutei para não dormir naquela hora difícil, ansiando prosseguir no comando de meu corpo, mas todo o esforço se fazia inútil. Por fim, entrei num desmaio como se meus pensamentos fossem uma vela acesa que se apagava de repente... Quis pensar em reagir, mas no fundo de meu coração, qual se alguém me quisesse refletindo em Jesus nos momentos que me precediam o repouso, me falava um voz que parecia vir de mim mesmo: -“Filho, pense em Jesus, perdão para nós todos, ódio nunca” (...). Dormi profundamente e não tive qualquer contato com a realidade de tudo, quanto se seguia aquela agressão (...). Quanto tempo perdurou aquele torpor imprevisto não sei. Lembro-me de haver acordado num aposento de hospital, que me fazia supor numa internação em algum pronto socorro da Terra mesmo. Acordei sentindo muita agitação e não sabia se era dor ou angústia, porque os quadros ao redor não me tranquilizavam, apesar do cuidado carinhoso que se mantinha no recinto”(do livro  RETORNARAM CONTANDO, ide). 

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