A
obra BRASIL CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO
EVANGELHO, assinada pelo Espírito do escritor Humberto de Campos,
através do médium Chico Xavier, publicada em 1938, em meio a um dos vários
conturbados momentos da política brasileira, revela-nos aspectos interessantes
sobre os registros acessados por ele no Mundo Espiritual. Um deles confirma a
informação recolhida junto aos Espíritos que auxiliaram Allan Kardec na
elaboração d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS,
segundo a qual o que observamos nessa realidade em que nos movimentamos por
alguns anos constitui-se num prolongamento da observada nas outras Dimensões do
Universo, ou como afirmado pelo físico Marcelo Gleiser na obra CRIAÇÃO IMPERFEITA (record,1910), “segundo
a Teoria das Supercordas, “mesmo que as dimensões do espaço sejam
imperceptíveis, são elas que determinam a realidade física em que vivemos”.
Pelo que se depreende
do livro do cronista brasileiro, a opção pelo Brasil que acabaria por ser
descoberto pouco mais de um século após a reunião de avaliação sobre o estado
geral dos povos influenciados pela mensagem trazida por Jesus no início da
denominada Era Cristã, constitui-se apenas numa questão do que poderíamos
chamar de logística, assim como as bases da escola fundada na Judeia
transferiu-se para Roma, no século IV. Dentre as inusitada informações
revelações incluídas no livro, merecem reflexão: “Cada nação, como cada
indivíduo, tem sua tarefa a desempenhar no concerto dos povos e, todas têm seus
ascendentes no Mundo Invisível de onde recebem a seiva espiritual necessária à
sua formação e conservação”. Outra,
nos ajuda a entender, até certo ponto, a
proliferação da corrupção no poder: “Muitas vezes, os próprios Espíritos
que escolhemos para determinados labores terrestres não resistem à sedução do
dinheiro e da autoridade. Sentem-se traídos em suas próprias forças e se
entregam, sem resistência, ao inimigo oculto que lhes envenena o coração.
Deixai aos déspotas da Terra a liberdade de agir sob o império da sua prepotência.
Por mais que operem dentro de suas possibilidades no Plano Físico, a vitória
pertencerá sempre a Jesus”. Demonstrando que sob o ponto de Vista da
Espiritualidade, não existem obstáculos intransponíveis quando se tem um
objetivo maior e que algumas ações demandam certo tempo para se consumar, o
livro revela: “Planificações espirituais nos bastidores da evolução, convertem
o minúsculo Portugal, em berço de grandes navegadores da Antiguidade
presentes entre o povo Fenício, para que as grandes navegações, descobrissem na
busca de rota marítima para as Índias, no Oceano Atlântico, as terras a serem
incorporadas aos domínios dos povos português e espanhol, dando início à
materialização dos programas delineados na reunião de um século antes. Para cuidar do País que se formava, Jesus designa o Espírito Ismael (raiz do povo árabe)
como responsável pela construção da Pátria do seu ensinamento”. Outro ponto
interessante é o seguinte: “Deliberada a expansão das áreas habitáveis, o elemento indígena foi chamado a colaborar na edificação da pátria nova; almas bem aventuradas pelas suas
renúncias se corporificaram nas costas da África flagelada e oprimida e, juntas
a outros Espíritos em prova, formaram a falange abnegada que veio escrever na
Terra de Santa Cruz, com os seus sacrifícios e com seus sofrimentos, um dos
mais belos poemas da raça negra em favor da Humanidade”. Fala das lutas
nos bastidores da invisibilidade para manter a unidade do território
compreendido pelo Brasil, enquanto a América espanhola se fragmentou em
vários pequenos países. Revela que com a Proclamação da
República, o Brasil atinge a sua maioridade coletiva. Tal episódio é de alta significação,
pois, como informa, “uma nação que alcança sua maioridade é a responsável
legítima e direta por todos os atos comuns que pratica no concerto dos povos do
Planeta. Com isso, “separam-se o organismo político do Brasil dos
alvitres pertinentes e constantes do Mundo Espiritual, visto que à maneira dos
indivíduos, as pátrias tem, igualmente, direito à mais ampla liberdade de ação,
uma vez atingido o plano dos raciocínios próprios, ficando o Brasil político
entregue à responsabilidade própria. Se
admitirmos o Espiritismo como a revivescência do Cristianismo, apresentando uma
visão moderna e substancial da sobrevivência após a morte, da reencarnação, da influência e comunicação
através da mediunidade, da justiça expressa na Lei de Causa e Efeito,
e que em nenhum outro País sua mensagem e obras sociais nascidas da sua
inspiração se mostra tão vigorosa e atuante, é difícil
não admitir ser o Brasil a Pátria do Evangelho nessa fase que se abre para o
futuro da Humanidade.
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