Transformado pelas poderosas
sugestões da propaganda e do marketing do século XX, em símbolo de “status”,
o hábito de fumar tornou-se um dos vícios responsáveis por altos índices de
mortalidade por câncer e doenças coronarianas. Um verdadeiro problema de saúde
publica segundo estudos da OMS – Organização Mundial de Saúde, custando
incalculável fortuna de recursos aos órgãos governamentais competentes, mesmo
em países onde a propaganda através dos órgãos de comunicação de massa está
proibida. Um vício de difícil erradicação, pois seu consumo começa na faixa de
idade conhecida como juventude. Sendo, segundo o Espiritismo, uma dependência
desenvolvida a nível espiritual, tendo o corpo físico apenas como veículo de
sua satisfação, reverter o quadro depende de vontade firme, persistência e de
efetiva conscientização do portador da mesma, já que, como informa a Espiritualidade
a Allan
Kardec n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS,
“há
muitas pessoas que dizem ‘eu quero’; mas, a vontade não está senão nos lábios;
elas querem, mas estão contentes que assim seja. Quando se crê não poder vencer
suas paixões, é que o Espírito nelas se compraz em consequência de sua
inferioridade”. O jornalista Fernando Worm procurou ouvir sobre o
tema, o Espírito Emmanuel através do médium Chico Xavier, em interessante e
esclarecedora entrevista preservada no livro JANELA PARA A VIDA. Dentre as reveladoras informações oferecidas
pelo Benfeitor Espiritual, encontra-se a de que, após a morte, “o
problema da dependência continua até que a impregnação dos agentes tóxicos nos
tecidos sutis do corpo espiritual ceda lugar à normalidade do envoltório
perispirítico, o que, na maioria das vezes, tem a duração do tempo
correspondente ao tempo em que o hábito perdurou na existência do fumante.
Quando a vontade do interessado não está suficientemente desenvolvida para
arredar de si o costume inconveniente, o tratamento dele, no Mundo Espiritual,
ainda exige quotas diárias de sucedâneos dos cigarros comuns terrestres, cuja
administração ao paciente diminui gradativamente, até que ele consiga viver sem
qualquer dependência do fumo”. Ampliando nosso entendimento sobre o estado
do desencarnado dependente, diz que “as sensações do fumante inveterado, no Mais
Além, são naturalmente as da angustiosa sede de recursos tóxicos a que se
habituou no Plano Físico, de tal modo obsedante que as melhores lições e
surpresas da Vida Maior lhe passam desapercebidas, até que se lhe normalizem as
percepções”. A propósito dos tratamentos no Plano Espiritual para os
dependentes em geral, afirma que “perduram pelo tempo em que nossa vontade não
se mostre tão ativa e decidida, quanto necessário, para a liberação precisa, de
vez que nos planos extra-físicos, nas vizinhanças da Terra propriamente dita,
as reincidências ocorrem com irmãos numerosos que ainda se acomodam com a
indecisão e a insegurança”. Sobre os que alegam não poder deixar de
fumar por considerarem o cigarro uma companhia contra a solidão, pondera que “o
melhor dissolvente da solidão é o trabalho em favor do próximo, através do qual
se forma, de imediato, uma família espiritual em torno do servidor” e,
a propósito da questão da hereditariedade conforme a vemos na Terra interligar
dependentes, esclarece que “muitas vezes os filhos ou netos de fumantes
e dispsônamos inveterados, são aqueles mesmos Espíritos afins que já fumavam ou
usavam agentes alcoólicos em companhia deles mesmos, antes do retorno à
reencarnação, o que explica o porque de muitas crianças apresentarem desde
muito cedo, tendências compulsivas para o fumo ou para o álcool, reclamando
trabalho persistente e amoroso de reeducação”. Indagado sobre se a fome
de nicotina e derivados do fumo, costuma ser mais compulsiva que a dependência
orgânica dos viciados em narcóticos, explica que “ambos os tipos de dependência se
equiparam na feição compulsiva com que se apresentam, cabendo a observação de
que “o fumo prejudica, de modo especial, apenas ao seu consumidor, quando os
narcóticos de variada natureza são suscetíveis de induzir seus usuários a
perigosas alucinações que, por vezes,, lhes situam a mente em graves delitos,
comprometendo a vida comunitária”. Para finalizar, reproduzimos
sugestão do médium Chico Xavier a uma senhora que lhe solicitou uma orientação que a auxiliasse a deixar o vício do cigarro:
-“ Tomar o medicamento homeopático Calladium na 5ª dinamização, 3 gotas, 5
vezes ao dia. –“O remédio igualmente auxiliará a proceder a
mais rápida liberação da vontade de fumar”, acrescentando, porém, que “este
desejo tem que ser firme e valioso, pois na natureza nada se faz com violências
e até os vícios tem que ser tratados com respeito e educação, para poderem ser
mais facilmente debelados”.
Podemos, com certeza, estender esses valiosos comentários a todas nossas dependências, incluindo as morais.
ResponderExcluir