O Espiritismo ampliando nossos conhecimentos
sobre as Leis que nos orientam a Evolução oferece ideias e respostas originais
para analisarmos os fatos diante dos quais nos sentimos, muitas vezes,
estarrecidos. Nesse contexto, a racionalidade com que Allan Kardec
avalia certas questões serve de parâmetros para nossas reflexões. Ante essa
constatação, simulamos uma entrevista para aproveitar alguns dos interessantes
raciocínios desenvolvidos pelo responsável pela transformação do pensamento e
informações de um seleto grupo de Espíritos nas OBRAS BÁSICAS da
revolucionária Doutrina Espírita. Confirme como em apenas sete perguntas, encontramos
respostas para uma série de dúvidas. 1- Como entendermos
o que é a Humanidade? Allan Kardec - “A
Humanidade se compõem de personalidades que constituem as existências
individuais, e de gerações que constituem as existências coletivas. Ambas
caminham para o progresso, por fases variadas de provas que são, assim,
individuais para as pessoas e coletivas para as gerações. Do mesmo modo que,
para o encarnado, cada existência é um passo à frente, cada geração marca uma
etapa de progresso para o conjunto; é esse progresso do conjunto que é
irresistível, e arrasta as massas, ao mesmo tempo, que modifica e transforma em
instrumento de regeneração os erros e preconceitos de um passado chamado a
desaparecer. Ora, como as gerações são compostas de indivíduos que já viveram
nas gerações precedentes, o progresso das gerações é, assim, a resultante do
progresso dos indivíduos. 2-
Como entender tanta dor no mundo? Allan Kardec - A responsabilidade das faltas individuais ou
coletivas, as da vida privada e da vida pública, dá a razão de certos fatos ainda
pouco compreendidos, e mostra, de maneira mais precisa, a solidariedade que
liga os seres uns aos outros, e as gerações entre si”. 3- Os Espíritos reencarnam onde querem? Allan Kardec - “Frequentemente, renascem na mesma família, ou pelo
menos os membros de uma mesma família renascem juntos para nela constituírem
uma nova, numa outra posição social, a fim de estreitarem laços de afeição, ou
repararem erros recíprocos. Pelas considerações de uma ordem mais geral, frequentemente,
se renasce no mesmo meio, na mesma nação, na mesma raça, seja por simpatia,
seja para continuar, com os elementos já elaborados, os estudos feitos, se
aperfeiçoar, prosseguir trabalhos começados, que a brevidade da vida, ou as
circunstancias, não permitiram terminar. Essa reencarnação no mesmo meio é a
causa do caráter distintivo entre povos e raças; tudo melhorando(...)até que o
progresso os haja transformado completamente”. 4- O que leva a criatura humana a tantos comprometimentos ante as
leis de DEUS ? Allan
Kardec - “Não se pode duvidar de que haja famílias, cidades, nações,
raças culpadas, porque, dominadas pelos instintos do orgulho, do egoísmo, da
ambição, da cupidez, caminham em má senda e fazem coletivamente o que um
indivíduo faz isoladamente; uma família se enriquece às expensas de outra
família; um povo subjuga outro povo, e leva-lhe a desolação e a ruína; uma raça
que aniquilar outra raça. Eis porque há famílias, povos e raças sobre os quais
cai a pena de talião”. 5- A criatura
humana consegue fugir de si mesma, ou seja, das consequências de suas
transgressões à lei de DEUS? Allan Kardec - “Quem matou pela
espada perecerá pela espada”, disse o Cristo. Estas palavras podem ser
traduzidas assim: Aquele que derramou sangue verá seu sangue derramado; aquele
que passeou a tocha do incêndio em casa de outrem, verá a tocha do incêndio
passear em sua casa; aquele que despojou, seja despojado; aquele que subjugou e
maltratou o fraco, será fraco, subjugado e maltratado, por sua vez, quer seja
um indivíduo, um nação ou uma raça, porque os membros de uma individualidade
coletiva são associados do Bem como do mal que se faz em comum”. 6- Como
considerar verdade as associações efeito/causa cogitadas pelo Espiritismo? Allan
Kardec - A experiência e a observação dos fatos da vida diária fornecem
provas físicas e de uma demonstração quase matemática. 7- Se não é possível
obter provas mais concretas, como aceitar esses exemplos? Allan
Kardec - É absolutamente necessário ver uma coisa para nela crer? Vendo
os efeitos, não se pode ter a certeza material da causa? Fora da
experimentação, o único caminho legítimo que se abre, a essa procura, consiste
em remontar do efeito à causa. A justiça nos oferece um exemplo muito notável
desse princípio, quando se aplica em descobrir os indícios dos meios que
serviram para a consumação de um crime, as intenções que contribuem para a
culpabilidade do malfeitor.
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