- “A Humanidade parece preferir a
condição de eterna criança. Faz e desfaz os patrimônios da Civilização, como se
brincasse com bonecas”, repetiu o
Espírito André Luiz o comentário de Alfredo, Administrador de um dos
Postos de Socorro do Campo da Paz, nos relatos contidos no livro OS MENSAGEIROS, segundo da série
transmitida através do médium Chico Xavier. A sequência começara
um ano antes com a publicação de NOSSO
LAR, contando as impressões e surpresas de um médico da nossa Dimensão após
sua morte. Como o calendário confirma, tudo acontecendo em pleno andamento da
denominada Segunda Grande Guerra Mundial, numa quase desconhecida localidade a
alguns quilômetros da capital do estado de Minas Gerais, chamada Pedro Leopoldo.
As observações do anfitrião que acolhia a equipe liderada por Aniceto
que se dirigia para tarefas na chamada Crosta, reportadas por André
Luiz no seu segundo livro revela outros detalhes interessantes como a
conveniência dos viajantes pernoitarem no Posto diante do “registro de aparelhos ali
existentes prenunciando a aproximação de grande tempestade magnética”.
Explica que “sangrentas batalhas (1943) estão sendo travadas na superfície do
Globo. Os que não se encontram nas linhas de fogo, permanecem nas linhas da
palavra e do pensamento. Quem não luta nas ações bélicas, está no combate das
ideias, comentando a situação. Reduzido número de homens e mulheres continuam
cultivando a espiritualidade superior. É natural, portanto, que se
intensifiquem, ao longo da Crosta, espessas nuvens de resíduos mentais dos
encarnados invigilantes, multiplicando as tormentas destruidoras”. Fala
sobre o trabalho pesado desenvolvido por inúmeros companheiros espirituais para
que “tormentas
magnéticas, invisíveis ao olhar humano, não disseminem vibrações mortíferas, a
se traduzirem pela dilatação de penúrias da guerra e por epidemias sem conta”.
Acrescenta dado não cogitado nos compêndios sobre a vida na Terra: -“As
Colônias Espirituais da Europa, mormente as de nosso nível, estão sofrendo
amargamente para atenderem às necessidades gerais. Já começamos a receber
grandes massas de desencarnados, em consequência dos bombardeios. “Nosso Lar”,
pela missão que lhe cabe, ainda não pode imaginar todo o esforço que o conflito
mundial vem exigindo da nossa colaboração nas Esferas mais baixas. Os Postos de
Socorro de várias Colônias, ligadas a nós, estão superlotados de europeus
desencarnados violentamente (...). Aos terríveis bombardeios na Inglaterra,
Holanda, Bélgica e França, sucedem-se outros de menor extensão. Depois de
reiteradas assembleias dos nossos Mentores Espirituais, resolveu-se
providenciar a remoção de, pelo menos, cinquenta por cento dos desencarnados na guerra
em curso, para os
nossos núcleos americanos”.
Indagado sobre a razão da não manutenção dos desencarnados dessa espécie nas
regiões do conflito, explicou que “instrutores mais elevados consideraram que
essas aglomerações seriam fatais à coletividade dos Espíritos encarnados. Determinariam focos pestilenciais de origem
transcendente, com resultados imprevisíveis”. Ressalta, porém, que “muitos dos que perdem o corpo
nas zonas assoladas não conseguem subtrair-se ao campo da angústia; mas,
quantos ofereçam possibilidades de transferência (...), são retirados dali, sem
perda de tempo, para que seus pensamentos atormentados não pesem em demasia nas
fontes vitais das regiões sacrificadas”. Sobre as barreiras
idiomáticas, esclarece que “para cada grupo de cinquenta infelizes, as
Colônias do Velho Mundo fornecem um enfermeiro-instrutor, com que nos possamos
entender de modo mais direto”. Destaca que “embalde voltarão os países do
mundo aos massacres recíprocos. O erro de uma Nação influirá em todas, como o gemido de um homem perturbaria o
contentamento de milhões. A neutralidade é um mito, o insulamento uma ficção do
orgulho político. A Humanidade terrestre é uma família de Deus, como bilhões de
outras famílias planetárias no Universo Infinito. Em vão a guerra desfechará
desencarnações em massa. Esses mesmos mortos pesarão na economia espiritual da
Terra. Enquanto houver discórdia entre nós, pagaremos doloroso preço em suor e
lágrimas. A guerra fascina a mentalidade de todos os povos, inclusive de grande
núcleo das Esferas invisíveis. Quem não empunha as armas destruidoras,
dificilmente se afastará do verbo destruidor, no campo da palavra ou da ideia.
Mas, todos nós pagaremos tributo. É da Lei Divina, que nos entendamos e nos amemos
uns aos outros. Todos sofreremos os resultados do esquecimento da Lei, mas cada um será responsabilizado, de perto, pela
cota de discórdia que haja trazido à família mundial ”. A propósito André
Luiz, no conteúdo do seu primeiro livro, informava que “nos
primeiros dias de setembro de 1939, “Nosso Lar” sofreu, igualmente, o choque
por que passaram diversas Colônias Espirituais, ligadas à Civilização americana,
pela guerra europeia, tão destruidora nos círculos da carne, quão perturbadora no plano do
Espírito”, anotando importante observação
de um Espírito chamado Salústio: - “Infelizes dos povos que se
embriaguem com o vinho do mal; ainda que consigam vitórias temporárias, elas
servirão somente para lhes agravar a ruína, acentuando-lhes as derrotas fatais.
Quando um País toma a iniciativa da guerra, encabeça a desordem da Casa do Pai,
e pagará um preço terrível ”.
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