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terça-feira, 30 de setembro de 2014
FARÃO PRODÍGIOS
domingo, 28 de setembro de 2014
SEDUÇÃO FACILITADA PELA CONDIÇÃO EVOLUTIVA
- “Muitas vezes, os
próprios Espíritos que escolhemos para determinados labores terrestres não
resistem à sedução do dinheiro e da autoridade. Sentem-se traídos em suas
próprias forças e se entregam, sem resistência, ao inimigo oculto que lhes
envenena o coração”. O comentário incluído no importante livro BRASIL,
CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO do Espírito Humberto de Campos,
através do médium Chico Xavier, nos auxilia a entender em parte,
a razão pela qual grandes personagens do mundo político e social se distanciam
dos deveres que a posição ostentada lhes deveria impor . O fato em
questão envolvia na segunda metade do século 18, personalidade ligada à Coroa
Portuguesa responsável por decisão que resultou na extinção de importante
trabalho social conhecido como Missões desenvolvido no sul do Brasil, levando
Espíritos desencarnados ligados à causa a questionar Ismael,
líder espiritual da nação brasileira, sobre a drástica decisão. A propósito, riqueza, inteligência,
beleza e autoridade, como explicado ao Espírito André Luiz
quando de sua visita ao Instituto da Reencarnação ligado à Colônia Nosso Lar, são
difíceis desafios a serem vencidos pelos que reencarnam tendo como meta vencer
tais provas, como podemos concluir lendo o capítulo doze do livro MISSIONÁRIOS
DA LUZ do Espírito André Luiz, através de Chico Xavier.
A história da Humanidade registra ascensões espantosas somente explicáveis por
ascendentes espirituais, como de Napoleão Bonaparte que, de
figura comum, quase inexpressiva no exercito francês, tornou-se Imperador do
País ao qual servia. “Um predestinado”, dirão alguns, contudo, a
sucessão dos fatos que marcou tal acesso, nos leva a crer ter sido pela
interferência e influência de um poder invisível e superior. O caso, por
exemplo, da camponesa analfabeta Joana d’Arc que ainda nem bem
alcançara a vida adulta, tornou-se líder do exercito francês na luta contra o
domínio inglês, na Guerra dos Cem Anos, inspirada e induzida por aqueles que, dos
bastidores da evolução cuidavam do desenvolvimento das matrizes genéticas
necessárias para o renascimento, séculos depois, dos Espíritos responsáveis
pelo Iluminismo, conforme revelação de Chico Xavier, no livro CHICO
DE FRANCISCO de Adelino Silveira. Detalhes
como estes nos convidam a refletir numa possível orientação da evolução da
Humanidade presente no planeta Terra, emanar de outros Planos de Vida.
Observando a extraordinária descrição contida no primeiro capítulo do Evangelho
do Apóstolo João percebe-se pistas importantes. No versículo três,
em se referindo a Jesus, diz que “todas as coisas foram
feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez”, tendo frisado
no anterior que “Ele estava no princípio com Deus”, dirimindo
dúvidas sobre Jesus e Deus serem os mesmos. Mais à
frente no versículo 10, anota que “estava no mundo, o mundo foi feito por
ele, e o mundo não o conheceu”. O “mundo” a que se refere
deve ser a Terra que se “feito por ele”, portanto, antes do
Planeta começar há quatro bilhões e meio de anos a formar-se fisicamente em
nossa Dimensão, o coloca num outro Plano existencial, ou se preferirmos,
Universo Paralelo. No substancial livro A CAMINHO DA LUZ (feb,1938) do
Espírito Emmanuel, recebido mediunicamente nos primeiros lances
da chamada Segunda Guerra Mundial, essas cogitações encontram respaldo quando o
Benfeitor Espiritual revela resumidamente do ponto de vista do Mundo Espiritual
a evolução planetária e de seus habitantes desde os fenômenos que culminaram em
sua formação. Nos dados por ele coligidos está explicitada a presença de Jesus
como membro àquela época de uma Comunidade de Espíritos Puros, perante
os quais assumiu a responsabilidade de orientar e conduzir uma legião de
Espíritos capazes de operar a construção de mais uma habitação entre “as
muitas moradas da Casa do nosso Pai”. Como, de acordo com
a lógica “nada nasce do nada”, bilhões de anos foram necessários
para que a espécie humana se viabilizasse no Planeta há apenas duzentos mil anos.
Como perante o relógio do Cosmos “um século é um relâmpago na Eternidade”
de acordo com afirmação do Espírito da Verdade n’ O LIVRO DOS
ESPÍRITOS, os milênios que se seguiram testemunharam as transições de Mundo
Primitivo para de Expiação e Provas e, no tempo presente, para de Regeneração. Improvável, absurdo,
besteira? Pode
ser. Mas pode ser também que essas reflexões estejam rompendo os limites da “letra
que mata”, desvendando o “espírito que vivifica”. Para
concluir, o argumento com que iniciamos essa postagem completa-se com o
seguinte comentário: -“Deixai aos déspotas da Terra a liberdade de agir
sob o império da sua prepotência. Por mais que operem dentro de suas
possibilidades no Plano Físico, a vitória pertencerá sempre a Jesus”.
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
BASTIDORES
A dúvida paira nas cogitações
de muitas pessoas: como será o trabalho que afirmam acontece nas atividades
públicas desenvolvidas nos Centros Espíritas? Haverá realmente a presença de
desencarnados em busca de socorro como ocorre aos encarnados? A resposta
naturalmente somente pode ser dada por detentores de apuradas faculdades
mediúnicas de clarividência ou que através da psicofonia ou da psicografia, se
propõe a fazê-lo. É o caso de que nos serviremos em alguns “flashes”. O relato pertence
ao competente Espírito identificado como André Luiz, através do médium Chico
Xavier: -“Eram quase vinte horas, quando estacamos `afrente de sóbrio edifício,
ladeado por vários veículos. Muita gente ia e vinha. Desencarnados, em grande
número, congregavam-se no recinto e fora dele. Vigilantes de nosso Plano
estendiam-se, atenciosos, impedindo o acesso de Espíritos impenitentes ou
escarnecedores. Variados grupos de pessoas ganhavam ingresso à intimidade da
casa, mas no pórtico experimentavam a separação de certos Espíritos que as
seguiam, Espíritos que não eram simples curiosos ou sofredores, mas
blasfemadores e renitentes no mal. Esse casos, porém, constituíam exceção,
porque em maioria o séquito de irmãos desencanados se formava de gente agoniada
e enferma, tão necessitada de socorro fraterno como os doentes e aflitos que
passavam a acompanhar. Entramos. Grande mesa, ao centro da sala, encontrava-se
rodeada de largo cordão luminoso, de isolamento. Em derredor, reservava-se
ampla área, onde se acomodavam quantos careciam de assistência, encarnados ou
não, área essa que se mostrava igualmente protegida por faixas de defesa
magnética, sob o cuidado cauteloso de guardas pertencentes à nossa Esfera de
ação. À frente, na parte oposta à entrada, vários Benfeitores Espirituais
conferenciavam entre si e, junto deles, respeitável senhora (médium encarnada)
ouvia, prestimosa, diversos pacientes”. Depois de algumas observações em
torno das apreensões da sensitiva, a narrativa prossegue: -“A médium aquietou-se. Passou a
conversar naturalmente com os frequentadores da casa. Aqui, alguém desejava
socorro para o coração atormentado ou pedia cooperação em benefício de parentes
menos felizes. Ali, supliciava-se concurso fraterno para doentes em desespero,
mais além, surgiam requisições de trabalho assistencial (...). Pouco
depois, a médium senta-se ao lado do diretor da reunião que após pronunciar
sentida prece, leu texto edificante de livro doutrinário, acompanhado por breve
anotação evangélica, em cuja escolha preponderou a influência do dirigente espiritual sobre o orientador (encarnado) da casa. Da
leitura global, distinguia-se a paciência por tema vivo. E, realmente, a assembleia, examinada no
todo, mostrava-se flagelada de problemas inquietantes, reclamando a chave da
conformação para alcançar o reequilíbrio. Dezenas e dezenas de pessoas
aglomeravam-se, em derredor da mesa, exibindo atribulações e dificuldades.
Estranhas formas-pensamento surgiam de grupo a grupo, denunciando-lhes a
posição mental. Aqui, dardos de preocupação, estiletes de
amargura, nevoeiros de lagrimas... Acolá, obsessores enquistados no desânimo ou
no desespero, entre agressivos propósitos de vingança, agravados pelo temor do
desconhecido. Desencarnados em grande número suspiram pelo céu, enquanto outros
receavam o inferno, desajustados pela falsa educação religiosa recolhida no
Plano terrestre. Vários amigos espirituais, junto aos componentes da mesa
diretora, passaram a ajuda-los na predicação doutrinária, com bases no ponto evangélico
da noite, espalhando, através de comentários bem feitos, estímulos e consolos
(...). Não faltavam quadros impressionantes de Espíritos perseguidores, que procuravam hipnotizar as
próprias vítimas, precipitando-as no sono provocado, para que não tomassem conhecimento das mensagens
transformadoras, ali veiculadas pelo verbo construtivo. Muitos médiuns
funcionavam no recinto, todavia observávamos que a citada no início, era o
centro da confiança de todos e objeto de todas as atenções (...). Junto dela,
em oração, foram colocadas numerosas tiras de papel. Eram requerimentos,
anseios e súplicas do povo, recorrendo à proteção do Além, nas aflições e
aperturas da existência. Cada folha era um petitório agoniado, um apelo
comovedor. Entre a médium e seu mentor, destacava-se agora extensa faixa elástica de luz
azul e, Amigos Espirituais, prestos na
solidariedade cristã, nela entravam e, um a um, tomavam o braço da sensitiva,
depois de lhe influenciarem os centros corticais, atendendo, tanto quanto
possível, aos problemas ali expostos. Antes, porém, de começarem o trabalho de
resposta às questões formuladas, um grande espelho fluídico foi situado junto da
médium, por
trabalhadores espirituais da instituição e, na face dele, com espantosa
rapidez, cada pessoa ausente, nomeada nas
petições da noite, surgia ante o exame dos Benfeitores
que, à distância, contemplavam-lhe a imagem, recolhiam-lhe os pensamentos
e especificavam-lhe as necessidades, oferecendo a solução possível aos pedidos
feitos”. Evidentemente a generalização não é possível,
todavia, a descrição inserida no livro NOS
DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE (feb,1954), nos dá uma ideia da intensa mobilização
peculiar aos bastidores de uma reunião espírita.
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
ANIMAIS E MEDIUNIDADE
Há quem diga ter testemunhado
fenômenos inusitados envolvendo animais de estimação. Manifestação de Erasto,
um dos integrantes de equipe responsável pelas bases do Espiritismo, obtida na Sociedade Espírita de Paris, e,
inserida por Allan Kardec na edição de agosto de 1861 da REVISTA ESPÍRITA reflete sobre o tema,
oferecendo elementos importantes para nossas análises. O Orientador Espiritual,
parte da argumentação de um fervoroso seguidor da Doutrina nascente
que defendia ser possível mediunizar aves e outros animais, deles se servindo
em comunicações com a espécie humana, justificando sua tese nos fatos
observados à época, “envolvendo a matéria inerte, ou seja, uma mesa, uma cadeira, um piano”.
Em sua mensagem escreve Erasto: -“Para começar, convenhamos bem
nossos fatos. Que é um médium? É o Ser, o indivíduo que serve de traço de união
aos Espíritos, a fim de que estes facilmente possam comunicar-se com os homens,
Espíritos encarnados. Por consequência, sem médium nada de comunicações tangíveis,
mentais, escritas, físicas, nem de qualquer outra espécie. Há um princípio –
disto tenho certeza – que é admitido por todos os Espíritos: é que os
semelhantes agem com e como os seus semelhantes. Ora, quais são os semelhantes
dos Espíritos, senão os Espíritos, encarnados ou não? Será preciso repeti-lo
incessantemente? Ora, repetirei ainda: -Vosso
Perispírito e o nosso são tirados do mesmo meio, são de natureza idêntica; numa
palavra, são semelhantes. Possuem uma propriedade de assimilação mais ou menos
desenvolvida, de imantação mais ou menos vigorosa, que nos permite, Espíritos e
encarnados, nos pormos em contato pronta e facilmente(...). Foi dito: Os
Espíritos mediunizam e fazem mover a matéria inerte, cadeiras, mesas, pianos.
Fazem mover, sim; mas não mediunizam! Porque, ainda uma vez, sem médium não se podem produzir esses fenômenos. Que há de extraordinário que, auxiliados
por um ou vários médiuns, façamos mover a matéria inerte, passiva, que,
justamente em razão de sua passividade, de sua inércia, é própria, para sofrer
os movimentos e os impulsos que lhes desejamos imprimir? Por isto necessitamos
de médiuns, é positivo. Mas não é necessário que o médium esteja presente ou
consciente, porque podemos agir com os elementos que nos fornece, mau grado seu
e fora de sua presença, sobretudo nos casos de tangibilidade e transporte.
Nosso envoltório fluídico, mais imponderável e sutil que o mais sutil e
imponderável dos vossos gases, unindo-se, casando-se, combinando-se com o
envoltório fluídico, mais animalizado do médium, e cuja propriedade de expansão
e de penetrabilidade e inapercebida por vossos sentidos grosseiros e quase
inexplicável para vós, nos permite mover os móveis e, mesmo, os quebrar em
locais desabitados. Certamente os Espíritos podem tornar-se visíveis e
tangíveis pelos animais, muitas vezes tomados de súbito por tal pavor, que vos
parece infundado, e é causado pela vista de um ou vários desses Espíritos mal
intencionados para com os indivíduos presentes ou para com os donos desses
animais. Muitas vezes encontrais cavalos que não querem avançar nem recuar ou
que empacam ante um obstáculo imaginário. Ora, tende a certeza de que o
imaginário obstáculo é, às vezes, um Espírito, ou m grupo de Espíritos que se
divertem impedindo o avanço (...). Mas, repito, não mediunizamos diretamente
nem os animais, nem a matéria inerte. Sempre nos é preciso o concurso,
consciente ou inconsciente, de um médium humano, porque nos é necessária a
união de fluidos similares, o que não encontramos nos animais, nem na matéria
bruta (...). Assentado isto, reconheço perfeitamente que nos animais existem
aptidões diversas; que certos sentimentos humanos neles se desenvolvem; que são
sensíveis e reconhecidos, vingativos e odientos, conforme se atue bem ou mal
sobre eles. É que Deus, que nada faz incompleto, deus aos animais, companheiros
ou servos do homem, qualidades de sociabilidade, que faltam inteiramente aos
animais selvagens, que habitam as solidões. Resumindo: os fatos mediúnicos não
se podem manifestar sem o concurso consciente ou inconsciente do médium; e só
entre os encarnados, Espíritos como nós, é que podemos encontrar os que nos
podem servir de médiuns. Quanto “a educar cães, aves ou outros animais para
fazerem tais ou quais exercícios, é assunto vosso e não nosso”. Em nota
complementar, Allan Kardec comenta que “tendo observado muito atentamente
experiências feitas com aves, às quais se atribuía a faculdade mediúnica,
reconheceu nelas os processos de prestidigitação, as quais dão a ilusão ao
espectador que se contenta com a aparência, sem perscrutar o fundo (...). O que
mais se deve admirar em tais experiências é a arte, a paciência que foi preciso
desenvolver para educar esses animais, tornando-os dóceis e atentos”.
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
ESPIRITUALIDADE E FAMÍLIA
O grande líder budista Dalai Lama
define Espiritualidade como “aquilo que produz no Ser humano uma
mudança interior”. Trata-se de uma conquista do Ser na sua caminhada
evolutiva. Como o homem não nasce um “ produto acabado”, vai
sofrendo as influências do meio, às quais reage conforme sua realidade
interior, sofrendo quedas e se erguendo durante grande parte de sua vida
física. O aprendizado seja pela força das circunstâncias, seja pelas decisões
conscientes, é constante. Oportuno, portanto, referências. Quando emanadas de
quem lidou grande parte de sua vida com a problemática humana, mais respeito
merece. Daí a razão de buscarmos opiniões do grande médium Chico Xavier.
Recolhemos da vasta obra construída com suas opiniões, sete corriqueiros temas
relacionados à família para nossas análises e reflexões: 1 – LAR –
“Sem a família organizada caminharíamos para a selva e isso não tem razão
de ser. A família terá de fazer grandes aberturas, porque estamos aí com os
anticoncepcionais, com os problemas psicológicos, com os conflitos da mente,
com as exigências afetivas de várias nuances (...). A família precisa abrir
novas pistas de compreensão para que os componentes dela possam viver em regime
de respeito recíproco, com os problemas de que são portadores, sem a agressão
que tantas vezes se verifica, contra criaturas que sofrem aflitivos problemas
dentro da constituição psicológica diferente da maioria”. 2 – CASAMENTO - “-União de almas simpáticas é uma raridade sobre a Terra. Quase
todos estamos vinculados aos nossos compromissos de existências anteriores. Com
o passar do tempo, o casal que descobre entre si certas diferenças não deve se
assustar; é natural que assim seja. Se não houver amor, que pelo menos haja
respeito. Tenho visto muitos casamentos se desfazerem por causa do extremo
egoísmo dos cônjuges, que não se dispõe a um mínimo de sacrifício e de
renúncia. Ora, estamos ainda muito longe do amor com que devemos nos consagrar uns aos outros, mas
nada nos impede de começar a exercitar a paciência, o perdão, o silêncio... Se
“um não revidasse quando fosse ofendido pelo outro, teríamos um número
infinitamente menor de separações conjugais”. 3 – ESFRIAMENTO NO INTERESSE AFETIVO APÓS O NASCIMENTO DOS FILHOS - “Grande número de enlaces na Terra obedece a
determinações de resgates, escolhidas pelos próprios cônjuges, antes do
renascimento no berço físico. E aqueles amigos que serão filhos do casal,
muitas vezes, agindo no Além, transformam, ou melhor, omitem as dificuldades
prováveis do casamento em perspectiva para que os cônjuges se aproximem
afetuosamente um do outro, segundo os preceitos das Leis Divinas e formem o
lar, desfazendo dentro dele determinadas dificuldades das existências
anteriores em motivos de amor e compreensão maior.. O “namoro e o noivado,
em muitas ocasiões, estão presididos pelos Espíritos que serão filhos do casal”.
4 – LIMITAÇÃO DOS FILHOS - “-Temos a obrigação de examinar este assunto com
muito respeito à vida e, consequentemente a Deus, em nossos deveres de uns para
com os outros, para não cairmos em qualquer calamidade de omissão ou de
deserção de encargos assumidos”. 5 –
PATERNIDADE/MATERNIDADE -
“-Temos a obrigação de examinar este assunto com muito respeito à vida e,
consequentemente a Deus, em nossos deveres de uns para com os outros, para não
cairmos em qualquer calamidade de omissão ou de deserção de encargos
assumidos”. 6 - EDUCAÇÃO DOS FILHOS - “- Se não encontrarmos criaturas que nos
concedam amor e segurança, paz e ordem, será muito difícil o proveito da nova
reencarnação que estejamos encetando. A Educação não é um processo que possa
ser levado a efeito quando a criatura já adquiriu hábitos. Aquilo que se
precisa aprender começa aos 6 meses de idade. Toda criança deve ser educada no
trabalho. Trabalhei desde pequeno e, não fosse por semelhante providência, com
certeza eu teria me perdido”. 7 – FILHO
ESPECIAL - “A criança
excepcional, em regra geral, é o suicida reencarnado depois de suicídio
recente, porque a pessoa quando pensa que se liquida, está apenas estragando ou
perdendo a roupa de que a Providência Divina permite que se sirva durante a
existência, que é o corpo físico(...) Volta à Terra com os remanescentes que
levou daqui mesmo, após o suicídio(...) Sentem e ouvem, registram e sabem de
que modo estão sendo tratadas; ela são profundamente lúcidas na intimidade do
próprio Ser. A criança especial vem somente com aqueles que são capazes de
amá-la e ajuda-la a passar aquele transe temporário de treze, vinte, trinta
anos, pois geralmente os excepcionais desencarnam muito cedo(...). Os filhos
excepcionais são confiados somente às grandes mulheres que tem capacidade de
amar até o Infinito”.
•
sábado, 20 de setembro de 2014
PORQUE ESTÁ TUDO CERTO
quinta-feira, 18 de setembro de 2014
ESPIRITUALIDADE E A ALTA INCIDÊNCIA DA MORTE DE JOVENS
Já nos anos 80 do
século XX, as estatísticas mostravam um crescimento vertiginoso de mortes de
jovens de forma natural ou acidental, precipitando familiares, sobretudo mães e
pais, no abismo da dor e sofrimento moral nunca imaginado na “zona
de conforto” em que viviam. Uma avaliação da evolução desses índices de
lá para cá, revelará um aumento exponencial de tais casos. Claro que o
exercício do livre arbítrio continua a produzir vítimas a todo instante neste
Planeta, revelado pelo Espiritismo como situado na faixa das Expiações e
Provas, impondo de forma inexorável – embora gradual – os efeitos daquilo que
causamos com nossas ações, motivadas, invariavelmente, por anseios de projeção
ou exploração no meio em que as criaturas se acham inseridas. Naturalmente
associada à evolução das densidades demográficas observadas nos diferentes
continentes, o fato é que o Espiritismo acrescenta dado sugestivo na análise
desses acontecimentos. Uma mensagem psicografada pelo médium Chico Xavier
confirma isso. Na verdade era a segunda recebida de um jovem – Luiz Roberto
Estuqui Jr -, desencarnado em 4 de janeiro de 1984, num acidente nas
imediações de Araraquara (SP), a caminho de São José do Rio Preto (SP),
localidade em que residia. A primeira carta, psicografada na reunião publica de
24 de fevereiro, apenas 50 dias após sua trágica morte, revela aspectos
curiosos, embora óbvios: quem morre não aceita facilmente o abandono dos
projetos perseguidos; o chamado corpo espiritual ou períspirito é submetido a
tratamentos específicos; familiares desencarnados há mais tempo geralmente
assistem o recém-chegado para numa faixa menor de tempo se readaptar à vida de
que se afastou um dia para reencarnar. No caso de Luiz Roberto, um dos seus
acompanhantes foi um tio – Fausto João Estuqui – vitima de
fatal acidente de avião nas imediações de Votuporanga (SP), oito anos antes.
Foi através dele que o jovem comunicante obteve a resposta procurada por
muitos, notadamente os que são surpreendidos pelas perdas de entes queridos. E
não só esclarece a dúvida acalentada por tantos, como oferece em seguida seu
próprio exemplo para os que querem refletir. Relata Luiz Robert em sua carta
de 15 de setembro de 1984: - “O tio Joaozinho, a quem levo as suas
perquirições para estudo, e por entender melhor a vida, me respondeu que, por
amigos daqui, veio a saber que milhões de pessoas estão passando pela
desencarnação no tempo áureo da existência, porque nos achamos numa fase de
muitas mudanças na Terra. E aqueles Espíritos retardatários em caminho, quando
induzidos a considerar a extensão das próprias dívidas, aceitam a prova da
desencarnação mais cedo do que o tempo razoável para a partida, e são atendidos
com a separação de pais e afetos outros, no período em que mais desejariam
continuar vivendo, em razão do tempo que perderam com frivolidades nas vidas
que usufruíram. São muitos os companheiros que se retiram da Terra,
compulsoriamente, das comodidades humanas em que repousavam, de modo a
rematarem o resgate de certos débitos que os obrigavam a sofrer no âmago da
própria consciência”. Atendo-se ao caso, do próprio informante, Luiz
Roberto escreveu: -“Ele mesmo, o tio Joãozinho, me explicou que
tendo pedido exames para saber o motivo pelo qual perdeu o corpo numa queda de
avião, foi conduzido, por Menores competentes, junto dos quais pôde ver, num
processo de regressão, as causas da desencarnação violenta pelo qual foi
obrigado a alcançar. Disse-me que conseguiu observar cenas tristes de que fora
protagonista, há mais de trezentos anos, nas quais se via na posição de algoz
de vasta comunidade humana, atirando pessoas em poços de tamanho descomunal,
por motivos sem maior importância. Assim, ele precipitou muita gente do alto de
montes ásperos e empedrados, com o objetivo de conquistar destaque nas posições
da finança e do poder. As faltas cometidas permaneceram impunes, por ausência
de autoridades nas localidades de sua atuação, mas, perante a Justiça Divina,
os disparates levados a efeito foram assinalados para resgate em tempo
oportuno. Desse modo, o tio afirmou que tendo arrasado a vida de muita gente,
do ápice de montanhas alcantiladas e espinhosas, conseguiu liberar-se com a
angústia por ele sofrida na queda da máquina que o resguardava. Disse-me que a
morte o liberava de pagamentos quase inexequíveis, já que devia unicamente o remate de débitos contraídos, considerava o acidente aéreo
uma solução benigna para ele que se vê agora, sem a mácula de culpa alguma”. Evidencia-se desta forma as sutilezas da Lei de Causa e Efeito,
administrando os processos evolutivos dos habitantes da Terra.
terça-feira, 16 de setembro de 2014
UMA EXPLICAÇÃO PLAUSÍVEL
Artigo publicado por jornal
inglês especializado em assuntos médicos foi tema da reunião da Sociedade
Espírita de Paris de 9 de outubro de 1868 por sua originalidade,
resultando em matéria inserida na edição de novembro da REVISTA ESPÍRITA . Enfocava o caso de uma menina
que, sem ter pronunciado palavras até os três anos, começou com os habituais
“papai” e “mamãe”, e, quando se aproximou dos quatro, a língua se desatou de
repente, falando a partir daí com toda a facilidade e volubilidade de sua
idade. Um problema apenas se observava: nenhuma das palavras era em inglês, tampouco
tinham relação com a corruptela de palavras de que se servem as crianças que
brincam com ela. Sem ter jamais ouvido francês, incluía no seu singular
idioma, diversos termos do mesmo. Os pais, desolados, insistiam em ensinar-lhe
o inglês, inclusive afastando-a de crianças de sua idade, pondo-a em contato
com gente idosa, falando o idioma pátrio e ignorando seu comportamento. Em
contato com pessoas que não tinha o hábito de ver, punha-se a ensinar-lhes sua
língua, o que, por sinal, já havia feito com um irmão mais velho que ela
dezoito meses. Debatido o fato entre os participantes da reunião da Sociedade,
manifestou-se através de um médium um Espírito de nome Nivard observando que “fatos
surpreendentes ocorreram em todos os tempos, em todas as épocas, causando
admiração aos homens, mas tinham similares ou parecidos. Isto certamente não os explicava, mas eram vistos com menos surpresa. Este de que se trata é,
talvez, único no seu gênero. A explicação que se pode dar nem é mais fácil, nem
mais difícil que as outras, mas sua singularidade é chocante: eis o essencial”.
E prossegue:“-Quanto à causa, vou tentar vô-la dizer: o Espírito encarnado no corpo
dessa menina conheceu a língua, ou antes, as línguas que fala, pois faz uma
mistura. Não obstante a mistura é feita conscientemente e constitui uma língua,
cujas diversas expressões são tomadas das que esse Espírito conheceu em outras
encarnações. Em sua última existência ele tinha tido a ideia de criar uma
língua universal, a fim de permitir aos homens de todas as nações entender-se e
assim aumentar a facilidade das relações e o progresso humano. Para esse efeito
ele tinha começado a compor essa língua, que constituía fragmentos de várias
que conhecia e mais gostava. A língua inglesa lhe era desconhecida; tinha
ouvido ingleses falar, mas achava sua língua desagradável e a detestava. Uma
vez no Plano Espiritual, o objetivo que se tinha proposto em vida aí continuou;
pôs-se à tarefa e compôs um vocabulário que lhe é particular. Encarnou-se entre
os ingleses, com o desprezo que tinha por sua língua, e com a determinação bem
firme de não a falar. Tomou pose de um corpo, cujo organismo flexível lhe
permite manter a palavra. Os laços que o prendem a esse corpo são bastante
elásticos, para o manter num estado de semi-desprendimento, que lhe deixa a
lembrança bastante distinta de seu passado, e o mantém em sua resolução. Por
outro lado, é ajudado, e o mantém em sua resolução. Por ouro lado, é ajudado
por seu guia espiritual, que vela para que o fenômeno tenha lugar com
regularidade e perseverança, a fim de chamar a atenção dos homens. Aliás, o
Espírito encarnado estava consentindo na produção do fato. Ao mesmo tempo em
que demonstra o desprezo pela língua inglesa, cumpre a missão de provocar as
pesquisas psicológicas”. Comentando a mensagem, Allan Kardec acrescenta:
-“Se
a explicação não pode ser demonstrada, ao menos tem por si a racionalidade e a
probabilidade. Um inglês que não admite o princípio da pluralidade das
existências e que não tinha conhecimento da comunicação acima, arrastado pela
lógica irresistível, disse, falando desse caso, que ele não poderia explicar
senão pela reencarnação, se fosse certo a gente reviver na Terra. Eis, pois, um
fenômeno que, por sua estranheza, cativando a atenção, provoca a ideia da
reencarnação, como a única razão plausível que se lhe possa dar. Antes que este
princípio estivesse na ordem do dia, ter-se-ia simplesmente achado o caso
bizarro e, sem duvida, em tempos ainda mais remotos, teriam olhado essa menina
como enfeitiçada. Nós nem mesmo diríamos que hoje não fosse esta a opinião de
certas pessoas. O que não é menos digno de nota é que este fato se produz
precisamente num País ainda refratário à ideia da reencarnação, mas que será
arrastado pela força das coisas”.
domingo, 14 de setembro de 2014
TATUAGENS E 'PIERCINGS' - REFLEXÃO RACIONAL E SIMPLES
O Espiritismo revela que o Espírito em grande parte de sua caminhada evolutiva se reveste de um corpo sutil denominado por Allan Kardec períspirito. Na verdade, o mesmo corpo espiritual citado por Paulo de Tarso em suas cartas ou corpo astral das tradições hindus. Segundo a Doutrina Espírita, não apenas mero veículo de manifestação, mas, intermediário de impressões do Espírito e do corpo físico através de complexo de comunicação que se serve do sistema endócrino no corpo físico e os chamados centros de força - ou chackras -, no perispirito. Serve para a constatação da individualidade do Espírito sem o corpo material, fazendo dele um Ser distinto dos outros, como explicado n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS. Acrescentando informações sobre as linhas morfológicas dos desencarnados, o Espírito André Luiz informa no livro EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS (1958, feb), serem “comumente aquelas que trouxeram do mundo, a evoluírem, contudo, constantemente para melhor apresentação, toda vez que esse conjunto social se demore em esfera de sentimentos elevados”. Acrescenta que “a forma individual em si obedece ao reflexo mental dominante”, visto que “fora do arcabouço físico, a mente se exterioriza no veículo espiritual com admirável precisão de controle espontâneo sobre as células sutis que o constituem”. Ressalva que “se o progresso mental não é positivamente acentuado, mantém a personalidade desencarnada, nos planos inferiores, por tempo indefinível, a plástica que lhe era própria entre os homens, sofrendo nos planos relativamente superiores, processos de metamorfose, mais lentos ou mais rápidos, conforme suas disposições íntimas”. Exemplifica citando o “caso da alma desenleada do envoltório físico transferida para a moradia espiritual, em adiantada senectude, a qual gastará algum tempo para desfazer-se dos sinais de ancianidade corpórea, desejosa de remoçar o próprio aspecto, que deverá esperar o auxílio do tempo - caso da maioria esmagadora de Espíritos desencarnados -, por não disporem ainda de bastante aperfeiçoamento moral e intelectual, condição imprescindível para revelar o poder plástico sobre as células que lhes entretecem o instrumento de manifestação”. Sabemos através de Allan Kardec que “conforme o Espírito for mais ou menos puro e liberto das atrações materiais, o meio em que estiver, o aspecto das coisas, as sensações que experimentar, as percepções que possuir, determinará não apenas infinitas possibilidades de seu estado feliz ou infeliz no Plano Espiritual situando-o em diferentes moradas, não localizadas nem circunscritas”, sabe-se hoje, agrupadas segundo os impositivos da afinidade, consoante a onda mental ou frequência vibratória, em que se encontram, conforme explicações do Espírito Abel Gomes, através do médium Chico Xavier, que aduz “existirem milhões de Espíritos, apaixonados pela forma, que se obstinam em colônias, por muito tempo, até que abalos afetivos ou conscienciais os constranjam à frente ou ao renascimento no campo físico já que cada mente vive na Dimensão com que se harmonize”. Tais comentários tornam compreensíveis imagens oferecidas pelo Espírito Luiz Sérgio no livro MAIS ALÉM DO MEU OLHAR (2001, recanto), psicografado pela médium Irene Pacheco Machado, relatadas no capítulo seis descrevendo incursão pelo Vale dos Tatuados, situado em faixas espirituais sombrias existentes ao redor do Planeta Terra. Cita contato com jovem desencarnado ostentando uma “tatuagem de Jesus, com lenço amarrado na boca, amordaçado para que não o convertesse”, dizendo ser visitante frequente do Plano físico por “gostar demais de ficar intuindo caras que fazem tatuagens, para que sejam mais criativos”. Viu jovens mulheres com o corpo todo marcado por tatuagens, uma das quais não adepta dos “piercings” que considerava uma agressão ao corpo, indicando alguém que morreu de “câncer na língua, tantos “piercings” colocou nela”. Descreve cenas impactantes do que vê acompanhando a equipe em transito por aquele quase surreal Vale, tendo sua atenção atraída, em dado instante, para “várias mulheres com “piercings” nos lugares mais estranhos, exibidos em meio a gargalhadas, tendo a língua caída até o busto, pelo peso dos adornos nela implantadas quando encarnadas”. Afastando-se daquele cenário dantesco, foi seguro pelas pernas por jovem implorando lhe fosse removida de seu corpo perispiritual tatuagem em que se via a figura de Satanás batendo no Cristo, imagem, segundo ela, escolhida para chamar a atenção do grupo em que se enturmara, o que lhe valeu a liderança do mesmo. Ponderando sobre o assunto, Luiz Sérgio lembra que “antes a tatuagem era usada somente por presidiários e marinheiros, tornou-se modismo, pelo desejo de muitos Espíritos de agredir a sociedade, por sinal, em sua maioria, oriundos de lares desajustados”. Por representar opção assumida no exercício consciente do livre arbítrio, e no uso da mente na definição das imagens gravadas no próprio corpo, entende-se por que após a morte, tais inscrições conservam-se no corpo espiritual.
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
NINGUÉM FOGE DE SI MESMO
Falando sobre diferentes
estados da alma no Mundo Espiritual no comentário com que abre o capítulo três
d’ O
EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Allan Kardec explica que “as
diferentes moradas na casa do Pai referidas por Jesus são os mundos que
circulam no espaço infinito, oferecendo aos Espíritos desencarnados estações
apropriadas ao seu adiantamento”. Salienta, contudo, que “independente
da diversidade dos mundos, essas palavras podem também ser interpretadas pelo
estado feliz ou infeliz dos Espíritos no Mundo Espiritual. Conforme for ele
mais ou menos puro e liberto das atrações materiais, o meio em que estiver, o
aspecto das coisas, as sensações que experimentar, as percepções que possuir
tudo isso varia ao infinito. Enquanto uns, por exemplo, não podem afastar-se do
meio em que viveram, outros se elevam e percorrem o espaço e os mundos(...).
Essas também são, portanto, diferentes moradas, embora não localizadas nem
circunscritas”. Apesar de essas ponderações terem sido escritas há mais
de cento e cinquenta anos, de certa maneira, vem sendo cogitadas atualmente por
estudiosos da Física Quântica através dos Universos Paralelos propostos pela
Teoria da Supercordas, chegando a afirmar que “mesmo que as dimensões ocultas
do espaço sejam imperceptíveis, são elas que determinam a realidade física em
que vivemos”. O Espiritismo, por sinal demonstra através de milhares de
depoimentos e exemplos que para essa realidade voltaremos, pois dela viemos.
Tantas vezes quanto for necessário para atingirmos melhores níveis de evolução
espiritual. Tudo isso pela lentidão com que trabalhamos conscientemente para
nos livrarmos dos “efeitos” daquilo que “causamos” nas ações deliberadamente
assumidas, intencionalmente ou não. E na saída constataremos que “cada
qual, como acontece no nascimento, tem a sua porta adequada para ausentar-se do
Plano Físico”, como explica o Espírito Abel Gomes, em mensagem
psicografada pelo médium Chico Xavier, inserida no livro FALANDO Á TERRA (feb,1951). Segundo
ele, “as
inteligências no Plano Espiritual se agrupam segundo os impositivos da
afinidade, vale dizer, consoante a onda mental, ou frequência vibratória, em
que se encontram”. Em outras palavras, “cada tipo de mente vive na
dimensão com que se harmonize”, em “organizações que obedecem à
densidade mental dos seres que as compõem”. Ilustrando seu texto com
alguns exemplos, conta num deles que “algumas entidades presas ao remorso por
delitos praticados, improvisam, elas mesmas, com as faculdades criadoras da
imaginação, os instrumentos de castigo, dos quais se sentem merecedoras, como antigo sertanejo do interior de Minas Gerais, que impunha serviço sacrificial
aos seus empregados de campo, mais por ambição de lucro fácil na exploração
intensiva da terra que por amor ao trabalho, deixou recheados cofres aos filhos
e netos; mas, transportado à esfera imediata e ouvindo grande número de vozes
que o acusavam, tomou-se de tão grande arrependimento e de tão viva compunção,
que plasmou, ele mesmo, uma enxada gigantesca, agrilhoando-a às próprias mãos,
com a qual atravessou longos anos de serviço, em comunhão com Espíritos
primitivos da Natureza, punindo-se e aprendendo o preço do abuso na autoridade”.
Outro envolve “orgulhosa dama, que conheceu pessoalmente e a quem humilde e nobre
família deve a morte de nobre mulher, vitimada pela calunia, que em desencarnando e
conhecendo a extensão do mal que causara, adquiriu para si o suplício da
vítima, por intermédio do remorso profundo em que se mergulhou, estacionando
por mais de dois lustros em sofrimento indescritível”. Lembra também o caso de
“velho
conhecido que assassinou certo companheiro de luta, em deplorável momento de
insânia, e, não obstante ver-se livre da justiça humana, que o restituiu à
liberdade, experimentou longo martírio da consciência dilacerada,
entregando-se, por mais de quatro decênios, à caridade com trabalho ativo para
bem do próximo. Com semelhante procedimento, granjeou a admiração e o carinho
de vários Benfeitores da Espiritualidade Superior, que o acolheram, solícitos,
quando afastado da experiência física, situando-o em lugar respeitável, a fim
de que pudesse prosseguir na obra retificadora. Pelos fios da amizade e da
colaboração que soube tecer, em volta do coração, para solucionar o seu caso,
conseguiu recursos para ir no encalço da vítima, que a insubmissão havia
desterrado para fundo despenhadeiro de trevas e animalidade. Não se fez dela
reconhecido, de pronto, de modo a lhe não perturbar os sentimentos,
auxiliando-a a assumir posição de simpatia necessária à receptividade dos
benefícios de que era portador; e, após lutar intensivamente pela sua
transformação moral, em favor do necessário alçamento, voltará às lides da
carne, a fim de recebê-la nos braços como filho". Enfim, como vemos, no caminho do
progresso espiritual, os efeitos correm sempre atrás das causas.
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
COISAS BEM DIFERENTES
O Espiritismo detém o mérito não só de ter definido e explicado a mediunidade, mas, de ter revelado no lado Ocidental da Terra que todas as criaturas humanas são médiuns, o que as torna passíveis de sofrer influências do Mundo Espiritual, em maior ou menor intensidade. Apesar das tentativas de desenvolver classificações próprias da imensa variedade de sensitivos e paranormais, a Metapsíquica do médico do fisiologista Charles Richet e a Parapsicologia do pesquisador Joseph Banks Rhine, o trabalho de Allan Kardec continua válido e referência aos estudiosos, sobretudo através d’ O LIVRO DOS MÉDIUNS. O século XX, de forma mais exuberante no Brasil, expôs o trabalho de médiuns extraordinários em várias frentes de atuação da Espiritualidade, combatendo a acentuada evolução do materialismo, na verdade procurando evidenciar a realidade da sobrevivência após a morte do corpo físico. De forma ostensiva na poesia; na literatura; nas demonstrações propiciadas por Espíritos de célebres pintores; compositores clássicos; nas confortadoras manifestações de criaturas separadas de entes queridos de forma abrupta; nas impactantes cirurgias invasivas levadas a efeito em vários países latinos. Ignorante por vezes, mal intencionada outras, a imprensa associa muitos dos fenômenos dos diferentes tipos citados ao Espiritismo. Ocorre que a mediunidade é tão neutra quanto a inteligência. Tanto é médium o individuo moralmente equilibrado quanto o não. Em artigo reproduzido na REVISTA ESPIRITA de outubro de 1867, Allan Kardec tece interessantes comentários sobre aspecto observado em muitos casos impactantes no campo das curas, em que podemos incluir desde Arigó, no Brasil e Tony Agpoa, nas Filipinas, até os produzidos pela maioria dos médiuns da atualidade. Pergunta: -“Porque esta faculdade hoje se desenvolve quase que exclusivamente nos ignorantes, em vez de nos homens de ciência? Pela razão muito simples que, até agora, os homens de ciência a repelem. Quando a aceitarem, vê-la-ão desenvolver-se entre si, como entre os outros. Aquele que hoje a possuísse iria proclamá-la? Não: ocultá-la-ia com o maior cuidado. Desde que ela é inútil em suas mãos, porque lha dar? Seria o mesmo que dar um violão a um homem que não sabe ou não quer tocar. A este estado de coisas junta-se outro motivo capital. Dando aos ignorantes o dom de curar males que os sábios não podem curar, é para provar a estes que nem tudo sabem, e que há leis naturais além das que a ciência reconhece. Quanto maior a distância entre a ignorância e o saber, mais evidente é o fato. Quando se produz naquele que nada sabe, é uma prova certa de que ali em nada participou o saber humano. Mas como a ciência não pode ser um atributo da matéria, o conhecimento do mal e dos remédios por intuição, como a faculdade de vidência, só podem ser atributos do Espírito. Elas provam no homem a existência do Ser espiritual, dotado de percepções independentes dos órgãos corporais e, muitas vezes, de conhecimento adquiridos anteriormente, numa precedente existência. Esses fenômenos tem pois, ao mesmo tempo, a consequência de serem úteis à Humanidade, e de provar a existência do princípio espiritual”. Argumentos de Clélie Duplantier, uma das sóbrias entidades habitualmente presente nas reuniões da Sociedade Espírita de Paris, em mensagem psicografada pelo médium Sr Deliens, em 23 de fevereiro de 1867, merecem reflexão: -“Quanto àquele que é apenas médium, sendo instrumento, pode ser mais ou menos defeituoso, e os atos que se operam por seu intermédio de modo algum o impedem de ser imperfeito, egoísta, orgulhoso e fanático. Membro da grande família humana, ao mesmo título que a generalidade, participa de todas as suas fraquezas. Lembrai-vos destas palavras de Jesus: “Não são os que tem saúde que precisam de médico”. Então há que ver um sinal de bondade da Providência, nessas faculdades que se desenvolvem em meios e em pessoas imperfeitas. É um meio de lhes dar a fé que, mais cedo ou mais tarde, conduzirá ao Bem; se não for hoje, será amanhã; são sementes que não estão perdidas, porque vós, Espíritas sabeis que nada se perde para o Espírito. Se não é raro, em naturezas moral e fisicamente mais abruptas, encontrar faculdades transcendentes, isto se deve a que essas individualidades, tendo pouca ou nenhuma vontade pessoal, limitam-se a deixar agir a influência que as dirige. Poder-se-ia dizer que agem por instinto, ao passo que uma inteligência mais desenvolvida, querendo se dar conta da causa que a põe em movimento, por vezes colocar-se-ia em condições que não permitiriam uma realização tão fácil dos desígnios providenciais. Por mais bizarros e inexplicáveis que sejam os efeitos que se produzem aos vossos olhos, estudai-os atentamente”. Como se vê, Espiritismo, médiuns e fenômenos são coisas bem diferentes, competindo ao primeiro apenas facilitar a análise e interpretação do segundo e terceiro ou orientar seu exercício.
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
RELATIVIDADE DA IDEIA DE DEUS
- “O Espírito no início
de sua fase humana, estupido e bruto, sente a centelha divina em si, pois,
adora um Deus, que materializa conforme sua materialidade”, escreveu
Allan Kardec em uma de suas ponderadas análises contidas na
edição de fevereiro de 1864 da REVISTA ESPÍRITA. Noutra oportunidade,
comentou que “a vida humana é uma escola de aperfeiçoamento espiritual e
uma série de provas. Por isso é que o Espírito deve conhecer todas as condições
sociais e, em cada uma delas, aplicar-se em cumprir a vontade divina”. Nesse
contexto, vão surgindo as religiões, organizações humanas que, apesar de
resultarem quase sempre de revelações espirituais, institucionalizam tais
pensamentos que geralmente se desvirtuam e desfiguram pela ambição dos receptores
e administradores da nossa Dimensão. Num planeta como a Terra, classificado
como de Expiação e Provas em mensagem mediúnica assinada pelo
Espírito que nas convenções da escola religiosa que serviu é identificado como Santo
Agostinho, considerando a condição evolutiva predominante, “a reencarnação determina sempre, procriação e alimentação,
isto é, necessidades da matéria a satisfazer e, assim, entraves para o
Espírito”, submetendo as
individualidades a provas como “o poder e a riqueza, como a pobreza e a
humildade”, que durante várias vidas sucessivas resultam em expiações conhecidas
como dores, idiotismo, demência, etc, pelo mal cometido em vida anterior”. O sentimento e pensamento religioso, vai,
portanto, refletindo sempre nossa condição evolutiva. Daí a sua persistência
após a chegada ao Mundo Espiritual após a morte. No interessante trabalho
intitulado CARTAS DE UMA MORTA (lake,1935),segundo livro com produções
psicográficas de Chico Xavier, a entidade Maria João de
Deus que, entre outras atividades desenvolvidas em nosso Plano foi mãe
do médium em meio aos nove filhos a que deu a luz, revela que “são
inúmeras as congregações de Espíritos mais apegados às ilusões da Terra que através
de muitas organizações se dedicam à salvaguarda de seus ideais religiosos na
primeira esfera existente no orbe terráqueo. A Igreja romana, por exemplo, tem
aí conventos, irmandades, que defendem seus pontos de vista, e, assim de facção
em facção, pode-se compreender a imensidade da luta dos trabalhadores da
Verdade. Nas colônias de antigos remanescentes da África,” - conta ela –
“vim conhecer costumes esquisitos, como bailados estranhos, ao som de
músicas bizarras que me deram a impressão de fandangos, tão da preferência dos
escravos no Brasil”. Décadas depois, em meio ao acervo constituído das milhares
de cartas/mensagens psicografadas publicamente em reuniões na cidade de Uberaba
(MG), perante público procedente de várias partes do País, ostentando
diferentes níveis intelectuais, evidencia-se isso. Na assinada pelo jovem Roberto
Muskat, filho de família ligada às tradições do Judaísmo, desencarnado
aos 19 anos, pouco tempo após seu retorno ao Plano Espiritual, recordando suas
primeiras impressões, relata ter participado no educandário-hospital em que
convalescia de cerimonias cultivadas pelos seguidores de sua religião. Outro
detalhe importante é que o abrigo se encontra em “Erets Israel, ou Terra
do Renascimento, cuja beleza é indescritível”. Já Helio Ossamu
Daikura, carinhosamente apelidado Tiaminho, integrante de
família de Budistas, desencarnado em acidente de transito aos 5 anos, segundo o
Espírito Bezerra de Menezes em bilhete psicografado aos pais, esteve
“abrigado em Templo dirigido pelo Reverendo Sinnet, grande missionário do
Bem, na revelação Budista”. Já a artista Clara Nunes,
desencarnada trinta dias após se submeter a cirurgia considerada simples que
lhe impôs o coma e a desencarnação por reação alérgica a anestésico a ela
ministrado, relatou em carta psicografada à irmã ter acordado “num barco engalanado de flores, seguido de outras embarcações, nas
quais muitos irmãos entoavam hinos que me eram estranhos. Hinos em que o amor
por Iemanjá era a tônica de todas as palavras. Os amigos que me seguiam falavam
de libertação e vitória. Muito pouco a pouco, me conscientizei e passei da euforia
ao pranto da saudade, porque a memória despertava para a vida na retaguarda(...).
Os barcos se abeiravam de certa praia encantadoramente enfeitada de verde nas
plantas bravas que a guarneciam. Quando o barco que me conduzia ancorou
suavemente, uma entidade de grande porte se dirigiu a mim, com paternal bondade,
e me convidou a pisar na terra firme”. Como se vê, a natureza realmente
não dá saltos. Diante disso,
consegue-se entender a ponderação de Allan Kardec segundo a qual, “a
facilidade com que certas pessoas aceitam as ideias espíritas; das quais,
parece, tem intuição, indica que pertencem ao segundo período”, ou seja, aquele em
que o Ser começa a se desprender das preocupações eminentemente sensórias e
perseguir as conquistas intelectuais.
sábado, 6 de setembro de 2014
DUROS DE CORAÇÃO
Procedimentos terapêuticos como
Constelação
Familiar desenvolvido pelo alemão Bert Hellinger demonstram o acerto da
revelação apresentada pelo Espiritismo ainda no século 19 sobre o fato de que “um indivíduo
renasce na mesma família, ou, pelo menos, os membros de uma família renascem
juntos para constituir uma família nova noutra posição social, a fim de
apertarem os laços de afeição entre si, ou reparar agravos recíprocos”.
Por sinal, a informação de Allan Kardec, vai além, dizendo que "embora compromissos assumidos por famílias, não são resgatados por
descendentes, visto que ninguém paga pelos erros de outrem", reencarnando
no mesmo grupo familiar, o infrator ressurge como, por exemplo, bisneto de si
mesmo, no sentido de retificar insensatas ações. O desconhecimento dessa visão da família
resulta, porém, em muitos fracassos nos programas evolutivos cumpridos em nossa
Dimensão, bem como, na morosidade com que o Ser avança mais alguns passos no
caminho do progresso espiritual. Prova disso nos é oferecida no excelente livro
FILHOS DA DOR (inteLitera, 2010), do
professor, Mestre em Direito Penal e Delegado de Polícia Vilson
Disposti, que sensibilizado pelos casos que observava no exercício de suas atividades em prol da garantia de Lei, fundou uma instituição
denominada Casa do Caminho Ave Cristo, na cidade de Birigui, interior de São Paulo. A obra prefaciada pelo médium Divaldo
Pereira Franco, constitui-se num dos mais bem escritos trabalhos a
respeito de um dos avassaladores e crescentes problemas – na verdade, um
sintoma -, enfrentado pela sociedade contemporânea: a dependência química.
Expõem ser sua origem não só repercussão do modelo familiar
vivenciado por parte da sociedade desde o final do século XX, mas, também da
dureza de corações nele reunidos. Isso fica patente, sobretudo, nos exemplos selecionados pra ilustrar os argumentos do inspirado e experiente escritor.
Num deles, “os pais de um rapaz de 25 anos, que lutavam para afastar o filho da dependência,
crendo que a retirada do mesmo do meio social em que vivia solucionaria o
problema, decidiram enviá-lo a outro país, e tendo adotado as providências
necessárias, inclusive do emprego garantido, às vésperas da viagem, viram o
filho desaparecer por duas semanas com o dinheiro reservado e o único carro da
família, após o que o impediram de entrar em casa, decidindo que deveria ser excluído
da família, o que o levou a morar na rua, disputando com outros viciados, a
guarda de carros estacionados, e, mesmo convencido por amigos a internar-se no
Centro Ave Cristo, abandonou a terapia, preferindo a condição de morador de
rua, recusando-se a qualquer tratamento”. Noutro, repete a resposta de
um dos assistidos da instituição que “indagado se saberia dizer o que o teria
levado às drogas explicou ter sofrido muito com a separação de seus pais, que
seu genitor constitui nova família, não lhe dando mais atenção, limitando-se ao
pagamento obrigatório da pensão alimentícia. Executivo de uma das maiores
construtoras do país, quando comunicado de sua dependência química aos 15 anos,
ignorou, pedindo para não ser aborrecido com esse assunto, dizendo que "só vai
para a droga quem quer". A razão de ter procurado a clínica era sair das drogas
para mostrar a ele, ser capaz, na esperança que o pai ainda sinta orgulho dele”.
Três meses após a internação demonstrando evidentes sinais de sua recuperação,
questionado sobre o que de tristeza em seu semblante, desabafou dizendo de sua
ansiedade por uma carta ou ligação telefônica de seu pai, infelizmente
frustrada, indagando se ele havia feito contato com a clínica. Efetivamente, procurado,
agradecendo a tentativa de ampará-lo, o genitor declarou ser o filho maior
de idade, nada mais podendo fazer por ele. Quanto à mãe, às vésperas da
liberação do moço dos oito meses do bem sucedido tratamento, antecipando-se à
manifestação do filho em tenso diálogo que mantinham, declarou: - “Desejaria
deixar claro uma coisa: eu não vou abrir mão da minha cervejinha diária. Em
minha geladeira, sempre guardo algumas de reserva e agora esse menino vem com
essa conversa de que tem medo de não se segurar por causa disso. Assim, ele não
poderá voltar a morar comigo”. Como dito pelo psicanalista Eduardo
Kalina, várias vezes citado pelo Dr Vilson Disposti, “o
desejo tóxico é induzido socialmente, para diminuir as ansiedades geradas pelas
frustrações afetivas”. O livro é permeado por outros impactantes exemplos,
constituindo-se em importante instrumento de avaliação do grave problema
social, para, não só no seu enfrentamento, mas quem sabe também sua prevenção.
quinta-feira, 4 de setembro de 2014
INFLUÊNCIAS INCESSANTES
Falando sobre a existência do
Mundo Invisível, Allan Kardec afirma que o Espiritismo “prova sua existência por fatos
patentes, irrecusáveis, como o microscópio provou a existência do mundo dos
infinitamente pequenos. Tendo, pois, demonstrado que o Mundo Invisível nos
envolve, que é essencialmente inteligente, pois se compõe das almas dos homens
que viveram, concebe-se facilmente que possa representar um papel ativo no
mundo visível e produza fenômenos de uma ordem particular”. Adiciona
mais dizendo que “o Espiritismo não só demonstra a sua existência, mas o apresenta sob
um aspecto tão lógico que não há lugar para a dúvida de quem quer que se dê ao
trabalho de estuda-lo conscienciosamente”. Desenvolvendo raciocínios para
explicar a influência exercida sobre o Plano dos Encarnados, ou seja, deste em
que momentaneamente estamos vivendo, Allan Kardec escreveu na REVISTA ESPÍRITA de dezembro
de 1862 : - “O primeiro ponto que importa bem se compenetrar, é da natureza dos Espíritos,
do ponto de vista moral. Não sendo os Espíritos senão as almas dos homens, e
não sendo bons todos os homens, não é racional admitir-se que o Espírito de um
perverso de súbito se transforme. Do contrário seria desnecessário o castigo na
vida futura. A experiência confirma esta teoria ou, melhor dito, a teoria é
fruto da experiência. Com efeito, mostram-nos as relações com o Mundo
Invisível, ao lado de Espíritos sublimes de sabedoria e de conhecimento, outros
ignóbeis, ainda com todos os vícios e paixões da Humanidade. Após a morte, a
alma de um homem de Bem será um bom Espírito; do mesmo modo, encarnando-se, um
bom Espírito será um homem de Bem. Pela mesma razão, ao morrer, um homem
perverso dará um Espírito perverso ao Mundo Invisível. E, assim enquanto o
Espírito não se houver depurado ou experimentado o desejo de se melhorar.
Porque, uma vez entrado na via do progresso, pouco a pouco se despoja de seus
maus instintos: eleva-se gradativamente na hierarquia dos Espíritos, até
atingir a perfeição, acessível a todos, pois Deus não pode ter criado seres
eternamente votados ao mal e à infelicidade. Assim, os Mundos Visível e
Invisível se penetram e alternam incessantemente; se assim podemos dizer,
alimentam-se mutuamente; ou melhor dito, esses dois mundos na realidade
constituem um só, em dois estados diferentes. Essa consideração é muito
importante para melhor compreender-se a identidade entre ambos existente. Sendo
a Terra um mundo inferior, isto é, pouco adiantado, resulta que a imensa
maioria dos Espíritos que a povoam, tanto no estado errante, quanto encarnados,
deve compor-se de Espíritos imperfeitos, que fazem mais mal que bem. Daí a
predominância do mal na Terra. Ora, sendo a Terra, ao mesmo tempo, um mundo de
expiação, é o contato do mal que torna os homens infelizes, pois se todos os
homens fossem bons, todos seriam felizes. É um estado ainda não alcançado por
nosso Globo; e é para tal estado que Deus que conduzi-lo. Todas as tribulações
aqui experimentadas pelos homens de Bem, quer da parte dos homens, quer da dos
Espíritos, são consequências deste estado de inferioridade. Poder-se-ia dizer
que a Terra é a Botany-Bay dos mundos: aí se encontram a selvageria primitiva e
a civilização, a criminalidade e a expiação. É, pois, necessário imaginar-se o
Mundo Invisível como formando uma população inumerável, compacta, por assim
dizer, envolvendo a Terra e se agitando no espaço. É uma espécie de atmosfera
moral, da qual os Espíritos encarnados ocupam a parte inferior, onde se agitam
como num vaso. Ora, assim como o ar das partes baixas é pesado e malsão, esse
ar moral é também malsão, porque corrompido pelas emanações dos Espíritos
impuros. Para resistir a isso são necessários temperamentos morais dotados de
grande vigor. Digamos, entre parênteses, que tal estado de coisas é inerente
aos mundos inferiores. Mas estes seguem a Lei do Progresso e, atingindo a idade
precisa, Deus os saneia, deles expulsando os Espíritos imperfeitos, que não
mais se reencarnam e são substituídos por outros mais adiantados, que farão
reinar a felicidade, a justiça e a paz. É uma revolução deste gênero que no
momento se prepara(...). Assim, facilmente nos damos conta da natureza das
impressões que recebemos, conforme o meio onde nos encontramos. Se uma reunião
for composta de pessoas de maus sentimentos, estas enchem o ar ambiente do
fluido impregnado de seus pensamentos. Daí, para as almas boas, um mal estar
moral análogo ao mal estar físico causado pelas exalações podres: a alma fica
asfixiada. Se, ao contrário, as pessoas tiverem intenções puras, encontramo-nos
em sua atmosfera como se num ar vivificante e salubre. Naturalmente o efeito
será o mesmo num ambiente cheio de Espíritos, conforme sejam bons ou maus”.
terça-feira, 2 de setembro de 2014
REENCARNAÇÃO CONFIRMADA
Cinco anos foi o tempo
necessário para que voltasse a reencarnar o jovem Ronaldo Gomes Barroso
após ter interrompido a existência anterior através do suicídio aos 28 anos,
ingerindo uma mistura de guaraná e formicida. Isso fica demonstrado em pesquisa
conduzida pelo Engenheiro Hernani Guimarães Andrade na década
de 70 do século XX e incluída na excelente obra REENCARNAÇÃO NO BRASIL (1988, clarim) em que reúne oito dos casos
criteriosamente estudados por ele através do IBPP - Instituto Brasileiro de
Pesquisas Biofísicas. O interesse do Dr Hernani – como era
chamado – pelos temas paranormais começou quando tinha entre 16/17 anos,
durante uma reunião entre amigos na casa de um espírita convicto chamado Francisco
de Paula Domingues, por volta de 1930. Paralelamente às lutas
necessárias à sua formação superior, o casamento e a manutenção da família,
tornou-se um pesquisador do vasto assunto, publicando no final dos anos 50, a
ousada TEORIA CORPUSCULAR DO ESPÍRITO
e, ao longo dos anos que se seguiram, diversos livros documentando o resultado
de suas investigações, observações e conclusões sobre o que ele chama de PSI-QUÂNTICO, A MATÉRIA PSI, POLTERGEIST, entre outras instigantes proposições.
Sobre o caso referido no início, servindo-se de
criteriosa metodologia, cercou os fatos apurados de garantias que restringem a
possibilidade de dúvidas sobre sua autenticidade, aliás, como as demais do
livro em que está narrado. Parte de uma família de nove irmãos, noivo, estimado
pelos amigos a morte provocada de Ronaldo não se justificava, pois,
não havia razões conhecidas para tal atitude. Anos depois, todavia, Martha, sua
irmã mais velha, motivada por recorrente sonho em que “se via em uma carruagem que
seguia rápida em meio a uma tempestade reconhecendo Ronaldo apavorado correndo
no meio do temporal gritando enquanto caiam os raios” buscou auxílio em
Centro Espírita, testemunhando manifestação mediúnica, em que Espírito do rapaz
dirigindo-se a ela e ao cunhado - aos quais era muito ligado -, revelou ter
sido induzido ao gesto radical por influência de um Espírito obsessor, dizendo
também que queria voltar, razão pela qual pedia ajuda a ambos pelos laços afetivos
que os unia. A coleta de dados mostrou uma série de fatores envolvendo o caso: 1- Após o quarto filho, o
médico fez a chamada ligação de trompas – provavelmente não bem feita - para poupar
Dona Martha
de mais um parto difícil e arriscado. 2 - Ela contava 39 anos
quando foi confirmada a gravidez cogitada em revelação espiritual no Centro
Espírita frequentado. 3 – Na comunicação ocorrida antes de saber-se gravida, o
casal ouviu que Ronaldo renasceria num corpo feminino e teria um corpo sadio,
dissipando os temores de dos futuros pais que consideravam o fato do envenenamento
na vida passada. 4 – A entidade responsável pela revelação disse também
que quem sofreria as consequências seria a futura mãe que efetivamente durante
a gestação ficava com a boca em carne viva pelas feridas que se formavam,
sentindo-se como que roída por dentro, com tremores, como se estivesse
morrendo, retornando à normalidade em meio a orações que eram feitas. 5- No oitavo mês de gestação,
após uma queda resultante da perda dos sentidos, Dona Martha deixou de sentir o
feto, recuperando seus sinais de vida após ingerir chá de uma erva de nome “funcho”,
atendendo orientação espiritual. Quanto ao reencarnante, entre outros,
apurou-se: 1- Chamada Jacira, nasceu mulher, pesando 5 quilos,
sadia, sem defeito algum. 2- Revelou-se uma criança precoce, aprendendo andar aos
nove meses, pronunciando algumas frases aos dez; aos onze fazendo algumas
referências à encarnação anterior, inquirindo a mãe acerca da dualidade do seu
relacionamento familiar, estranhando o parentesco com os tios, que foram irmãos
de Ronaldo, com a própria avó que lhe fora mãe e com Dona Martha, irmã de
outrora. 3-
As referências a fatos da vida passada tornaram-se mais frequentes após os 18
meses, crescendo de intensidade até os quatro anos, mais ou menos,
extinguindo-se na puberdade. 4- Desde pequena, manifestava aversão a liquidos de
coloração vermelha, relacionando-os com veneno. 5 – Desde um ano, Jacira evitava a fotografia da
personalidade anterior, mostrando desagrado ao ver o cartão de lembrança da
missa de Sétimo Dia referente à morte de Ronaldo. 6- Quando tinha um ano e meio, lembrava-se de certa
ocasião em que como Ronaldo, uma vaca chamada Morena investiu contra ele e os irmãos,
obrigando um deles, o João, a acudi-los, atirando-os
apressadamente para dentro de uma casa. 7- Quando tinha dois anos e meio recordava-se de quando
seu Tio João – irmão mais velho de Ronaldo – caiu dentro de um açude.
Muitas outras informações foram reunidas e cruzadas no sentido evidenciando a
veracidade desse caso de reencarnação do Espírito identificado como Ronaldo/Jacira.
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