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domingo, 26 de outubro de 2014

ESTÁ ESCRITO, POUCOS SABEM, PRESTAM ATENÇÃO OU ACREDITAM

Salva do esquecimento, no pequeno acervo das Cartas do Apóstolo Paulo de Tarso recuperado por Jerônimo para compor o Novo Testamento, por volta de meados do século 4, encontramos numa das epístolas aos Efésios que “não temos de lutar contra a carne e o sangue, mas sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas e as hostes espirituais da maldade, nas próprias regiões celestes”. Quase 20 séculos se passaram, e, o Espírito conhecido como André Luiz, através do médium Chico Xavier, no livro LIBERTAÇÃO (1949, feb), reproduz parte de uma palestra proferida por entidade espiritual chamada Flácus dando-nos conta que “um reino Espiritual, dividido e atormentado, cerca a experiência humana, em todas as direções, intentando dilatar o domínio permanente da tirania da força”. Explica que “frustrados em suas aspirações de vaidoso domínio no domicílio celestial, homens e mulheres de todos os climas e de todas as Civilizações, depois da morte, esbarram nessa região em que se prolongam as atividades terrenas e elegem o instinto de soberania sobre a Terra por única felicidade digna do impulso de conquistar. Rebelados filhos da Providência, tentam desacreditar a grandeza divina estimulando o poder autocrático da inteligência insubmissa e orgulhosa e buscam preservar os círculos terrestres para a dilatação indefinida do ódio e da revolta, da vaidade e da criminalidade, como se o Planeta, em sua expressão inferior, lhes fosse paraíso único, ainda não integralmente submetido a seus caprichos, em vista da permanente discórdia reinante entre eles mesmos. É que, confinados ao berço escabroso da ignorância em que o medo e a maldade, com inquietudes e perseguições recíprocas, lhes consomem as forças e lhes inutilizam o tempo, não se apercebem da situação dolorosa em que se acham”. Acrescenta que “organizam-se em vastas colônias de ódio e miséria moral, disputando, entre si, a dominação da Terra. Conservam, igualmente, quanto ocorre a nós mesmos, largos e valiosos patrimônios intelectuais e, anjos decaídos da Ciência, buscam, acima de tudo, a perversão dos processos Divinos que orientam a evolução Planetária. Mentes cristalizadas na rebeldia, tentam solapar, em vão, a Sabedoria Eterna, criando quistos de vida inferior, na organização terrestre, entrincheiradas nas paixões escuras que lhes vergastam as consciências. Conhecem inumeráveis recursos de perturbar e ferir, obscurecer e aniquilar”. Sem duvidar da veracidade das informações, alguém indagou porque os Planos Superiores não suprimem tal quadro, ouvindo como resposta: -“Não será o mesmo que interrogar pela tardança de nossa própria adesão ao Reino Divino? Sente-se o meu amigo suficientemente iluminado para negar o lado sombrio da própria individualidade? Libertou-se de todas as tentações que lhe fluem dos escaninhos misteriosos da luta interna? Não admite que o orbe possua os seus círculos de luz e trevas, qual acontece a nós mesmos nos recessos do coração? (...). Estejamos convencidos de que se o diamante é lapidado pelo diamante, o mau só pode ser corrigido pelo mau. Funciona a Justiça, através da injustiça aparente, até que o amor nasça e redima os que se condenaram a longas e dolorosas sentenças diante da Boa Lei. Homens perversos, calculistas, delituosos e inconsequentes são vigiados por gênios da mesma natureza, que se afinam com as tendências de que são portadores”. Pondera que “realmente, nunca faltou proteção do Céu contra os tormentos que as almas endurecidas e ingratas semearam na Terra e os numes guardiães não se despreocupam dos tutelados; no entanto, seria ilógico e absurdo designar um anjo para custodiar criminosos. Os homens encarnados, de maneira geral, permanecem cercados pelas escuras e degradantes irradiações de entidades imperfeitas e indecisas, quanto eles próprios, criaturas que lhes são invisíveis ao olhar, mas que lhes partilham a residência. Em outras palavras, “grandes políticos e veneráveis condutores nunca se ausentaram do mundo”. Revela que esses Espíritos “integram, tão somente, a coletividade das criaturas humanas desencarnadas, misturando-se à multidão terrestre, exercendo atuação singular sobre inúmeros lares e administrações tendo como interesse fundamental, a conservação do mundo ofuscado e distraído, à força da ignorância defendida e do egoísmo recalcado, adiando-se o Reino de Deus, entre os homens indefinidamente”. Assim se explicam muitos comportamentos sociais coletivos e individuais de agressividade, injustiças, ódios entre facções religiosas, políticas, raciais, etc. O Benfeitor e Espiritual diz ainda: -“Permanecemos diante de um mundo civilizado na superfície, que reclama não só a presença daqueles que ensinam o Bem, mas principalmente daqueles que o praticam. (...). Certamente por isso é que perante o juiz, em Jerusalém, Jesus exclamou: -“Por agora, o meu Reino não é daqui”.


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