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domingo, 9 de novembro de 2014

EUTANÁSIA: DOIS CASOS SUGESTIVOS E UM APELO

Se a vida continua quais seriam os efeitos ao submetido à eutanásia? Ante decisões tomadas sob o efeito da visão imediatista resultado em leis a partir de uma visão parcial da realidade dominante em nosso Plano Existencial,  destacamos para nossas reflexões, dois casos contidos nos sugestivos relatos do repassado pelo Espírito André Luiz – como se sabe médico em nossa Dimensão em sua encarnação mais recente -, através do médium Chico Xavier.  O primeiro caso é apresentado no livro NOSSO LAR (1943; feb). Refere-se a um senhor internado no Pavilhão 5 do Hospital Espiritual onde  o autor se integra como cooperador, descrito como um velho com fisionomia desagradável, olhar duro, cabeleira desgrenhada, rugas profundas, lábios retraídos, inspirando mais piedade que simpatia. Recebe a visita de uma filha também desencarnada sem uma palavra de ternura para ela que o saudou carinhosa. Semelhava-se a uma fera humana enjaulada pelo olhar, evidenciando aspereza e revolta, por ter sido vítima de eutanásia praticada por um filho médico ambicionando a herança a ser por ele deixada,  o que resultou na intensa vibração de ódio pelo vitimado, revelando-se profundamente perturbado mental e emocionalmente. O segundo caso é narrado em OBREIROS DA VIDA ETERNA (1946, feb) e, diferentemente do primeiro, foi integralmente testemunhado por André Luiz. Envolve paciente terminal de um processo cancerígeno já alastrado por todo seu corpo, segundo avaliação descrita pelo autor. Homem de fé, o enfermo, cujo nome era Cavalcante, acumulara muitos méritos pela dedicação às ações em nome da caridade inspirada na escola de fé por ele abraçada fazendo-o merecedor da assistência de equipe espiritual presente no local. Embora real, mas, parecendo surreal, André Luiz comenta que “o ambiente da enfermaria em que era mantido estava repleto de cenas deploráveis, com diversas entidades inferiores retidas pelos próprios doentes, em grande viciação da mente, postados em vários leitos, impingindo-lhes padecimentos atrozes, sugando-lhes vampirescamente preciosas forças, bem como atormentando e perseguindo-os”. Depois de mais de quatro dias de acompanhamento pela equipe de técnicos espirituais especializados em processos de liberação do corpo espiritual do físico, o responsável deliberou fossem desatados os laços que o retinham à esfera física. Influenciado através dos canais intuitivos, o doente solicitou a presença de sacerdote a fim de ouvi-lo em confissão, o qual abreviou ao máximo o contato, em virtude das emanações desagradáveis que se desprendiam do corpo do pobre homem, incentivando o médico que o assistia à prática da eutanásia por este cogitada. Embora no Plano Espiritual o trabalho de desligamento se aproximasse do final, a providência que se tornou impraticável, pois o médico ministrou-lhe a chamada “injeção compassiva”, levando em poucos instantes o moribundo a “calar-se, inteiriçado-se-lhe os membros, imobilizando sua máscara facial, fazendo-lhe vítreos os olhos móveis”. O responsável pelo trabalho que se operava no Plano Invisível, comentou, todavia, que “a carga fulminante da medicação de descanso, por atuar diretamente em todo o sistema nervoso, replica-se nos centros do organismo perispiritual. Cavalcante permanece, agora, colado a trilhões de células neutralizadas, dormentes, invadido, ele mesmo, de estranho torpor que o impossibilita de dar qualquer resposta ao nosso esforço. Provavelmente, só poderemos libertá-lo depois de decorridas mais de doze horas”, tempo efetivamente calculado por André Luiz em vinte horas, após serviço muito laborioso. Finalizando repetimos apelo de André Luiz no capítulo sete de SEXO E DESTINO (1963; feb): -“Felizes da Terra! Quando passardes ao pé dos leitos de quantos atravessam prolongada agonia, afastai do pensamento a ideia de lhes acelerardes a morte!... Ladeando esses corpos amarrotados e por trás dessas bocas mudas, benfeitores do Plano Espiritual articulam providências, executam encargos nobilitantes, pronunciam orações ou estendem braços amigos! Ignorais, por agora, o valor de alguns minutos de reconsideração para o viajor que aspira a examinar os caminhos percorridos, antes do regresso ao aconchego do lar. Se não vos sentis capacitados a oferecer-lhes uma frase de consolação ou o socorro de uma prece, afastai-vos e deixai-os em paz!...(...) Companheiros do mundo, que ainda trazeis a visão limitada aos arcabouços da carne, por amor aos vossos sentimentos mais caros, dai consolo e silêncio, simpatia e veneração aos que se abeiram do túmulo! Eles não são as múmias torturadas que os vossos olhos contemplam, destinadas à lousa que a poeira carcome.. São filhos do Céu, preparando o retorno à Pátria, prestes a transpor o rio da Verdade, a cujas margens, um dia, também vós chegareis!..

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