O impacto da notícia
consterna todos que dela tomam conhecimento: quatro pessoas de uma
mesma família atingidas fatalmente por um raio enquanto desfrutavam de momentos
de refazimento e lazer em praia do litoral de São Paulo. Caso semelhante,
resultou em mensagem seis anos depois da morte de Paulo Augusto Signore, um
jovem de 22 anos, que passava alguns dias de férias com a família na mesma
cidade, Praia Grande, a 72 quilômetros da capital paulista. Era o dia 16 de
janeiro de 1977, por volta do meio dia e o rapaz jogava uma partida de futebol
com alguns desconhecidos que se agruparam para uma das mais apreciadas
modalidades esportivas em praias brasileiras. Poucos minutos após sua mãe chama-lo
para almoçar, algumas nuvens que se formaram sobre a região deram o sinal da
sua violência com a precipitação de um raio fulminante também para quatro
dos participantes da chamada “pelada”.
Paulinho
– como carinhosamente o tratavam os familiares – era técnico em Contabilidade e
preparava-se para o vestibular de Economia.
Um dos três filhos do casal Maria de Lourdes e Orlando
Signore, com sua ausência impôs atroz sofrimento aos familiares mais
próximos. Buscando conforto nas mensagens recebidas publicamente pelo médium Chico
Xavier, em Uberaba, MG, seis anos e meio após a desencarnação de Paulinho,
receberam a primeira carta do filho, na
madrugada de 17 de junho de 1983, data
que ficou marcada para sempre na
memória daqueles desolados pais, que tiveram a certeza de que a morte não
existe, representando uma separação momentânea para o posterior reencontro
futuro no Plano Verdadeiro da Vida. Rememorando os dramáticos momentos Paulinho
relata como atravessou a surpreendente experiência: -“Isso foi há tanto tempo e ao
vê-la aqui ao meu lado tudo parece haver acontecido ontem. Estou a ouvi-la
convocando a gente para o almoço. O céu está levemente nublado. A praia é um
ninho de bênçãos. O mar está lindo, assemelhando-se a um grande espelho móvel.
Os companheiros e eu brincávamos com a bola e pedi em voz alta para que o
almoço me esperasse. De repente, lembro-me com segurança, fomos surpreendidos
pelo clarão de um relâmpago e com o clarão surgiu um chicote de fogo que nos
fulminou os quatro. Onde o tempo para raciocinar? Impossível. Se houve tumulto
ou gritaria, de nada me recordo, porque tombei inconsciente. Ignoro quanto
tempo despendi naquela queda de força com absoluta impossibilidade de manejar
meus próprios pensamentos”... Pouco
adiante, conta: -“Sei que me debati, entre a penumbra e a luz, entre a alucinação e a
consciência de mim mesmo, por vários dias. Senti-me sob tratamento hospitalar,
qual se fosse um asilado comum em casa de emergência. Muitos amigos apareceram,
mas não reconheci nenhum, até que um deles me rogou atenção para identificá-lo
por vovô Angelo e, desde então, encontrei um ponto de referência para
reconhecer-me, ao modo de um viajante perdido que surpreende uma estaca,
através da qual consegue fazer a revisão do próprio caminho”. Institutos consagrados à recuperação
da transferência inesperada para a Dimensão Espiritual, bem como, a presença de
familiares que nos antecedem na mesma viagem, são recorrentes nas mensagens
recebidas por Chico Xavier. Mais à frente, acrescenta: -“Os dias se sucederam a outros
dias, até que pude revê-la junto ao Papai Orlando, à Regina e ao Carlos Augusto”. Segundo o Espiritismo, mais que supomos
os reencontros com entes queridos, seja nas visitas que nos fazem no estado de
vigília, sem que percebamos ou nos chamados sonhos, são comuns. Noutro momento, Paulinho observa: -“Por
aqui, estudo reencarnação e estou começando a entender o motivo pelo qual os
companheiros e eu fomos fulminados e, mais tarde, espero a possibilidade de
examinarmos o meu caso”. A
visão oferecida pela Doutrina Espírita sobre a reencarnação e sua conexão com a
Lei de Causa e Efeito, é a chave para entendermos os “porquês” das
experiências inexplicáveis por outros meios.
O Espiritismo afirma que “quando chega a hora da morte, seja por um
flagelo ou por uma causa comum não se pode escapar a ela”. Vítimas de
doenças degenerativas, acidentes de trânsito, atropelamento, balas perdidas,
homicídios, suicídios, quedas de aeronaves de pequeno e grande porte são alguns
dos exemplos das cartas psicografadas pelo médium Chico Xavier, perante
dezenas de pessoas, nas dependências dos Centros em que trabalhou na cidade de
Uberaba, Minas Gerais. (as íntegras da mensagem de Paulinho e de outros
Espíritos poderão ser lidas no livro NOVAMENTE
EM CASA, publicado pelo GEEM, de São Bernardo do Campo, SP)
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