Segundo divulgado por alguns veículos da mídia
brasileira, a revista científica EXPLORE, editada na Holanda,
publicou em sua edição de setembro de 2014, estudo desenvolvido pelo núcleo de
Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora
(NUPES-UFJF) em parceria com o Departamento de Psiquiatria da Universidade de São
Paulo (USP), que analisa e comprova veracidade de cartas psicografadas por Chico
Xavier. Na pesquisa feita, foram analisadas ao todo treze cartas atribuídas a Jair Presente, morto em
1974, na cidade de Americana (SP). A história que tornou Jair Presente conhecido além dos
limites de sua atuação em Campinas, a cem quilômetros da capital paulista
começou a ser escrita precisamente no dia 3 de fevereiro de 1974. Na
manhã daquele dia, três amigos, alterando o programa idealizado na véspera,
deslocaram-se trinta quilômetros do pesqueiro em que pernoitaram para a Lagoa
Azul, a fim de desfrutarem de alguns momentos da manhã ensolarada de verão. Os
planos, porém, foram frustrados, pois, um deles, Jair Presente, acabou
tendo sua vida interrompida, aparentemente, por afogamento. No auge dos seus 25
anos, Jair era um jovem dinâmico, aluno do 4° ano de Engenharia
Mecânica na UNICAMP, sua opção após ter sido aprovado em três faculdades:
Politécnica, Itajubá e a própria UNICAMP. Um dos dois filhos do casal Josefina
e José
Presente, Jair deixou imenso vazio no seio da família, na qual era motivo
de muito orgulho por ser alegre, jovial e dedicado a múltiplas atividades,
dividindo seu tempo de estudante dedicado com o trabalho para o sustento do
lar, lecionando em várias escolas da cidade em que residia. Interrompendo sua
aposentadoria, seu pai retornou as atividades de vendedor de frutas na banca
que tinha numa praça da conhecida cidade, onde um cliente o fez ciente da
existência e do trabalho de Chico Xavier, levando-o com a esposa
e filha ao encontro do médium, esperançoso de obter algum esclarecimento e
conforto ante o ocorrido. Era o dia 15 de março, apenas quarenta e dois dias
depois da ocorrência e Jair, ainda demonstrando certa perturbação, escreve a
primeira carta aos entes amados. Nesta primeira mensagem, algumas informações
importantes merecem destaque. A certo trecho, diz ele: -“Não estou em situação infeliz,
mas sofro muito com a atitude de casa. Auxiliem-me. É tudo, por agora, o que
lhes posso dizer. Tenho a mente nublada. Consigo entender muito pouco aquilo
que se passa em torno de mim. As lágrimas dos meus queridos me prendem”. Jair naturalmente encontra-se sob o
efeito da perturbação derivada da sua brusca transferência para o Plano
Espiritual. Como se vê sua condição é
agravada pela atitude de revolta, inconformação e desespero dos familiares mais
próximos que não conseguiam aceitar a perda do filho e irmão, por ignorarem que são mudanças apenas
vibratórias e momentâneas. Mais adiante, pondera: -“É muita coisa para observar,
entretanto, não posso ainda. Creio apenas que perder o corpo mais pesado não é
desvencilhar-se do peso de nossas emoções e pensamentos, quando nossos
pensamentos e emoções jazem nas sombras da angústia”. Acertada a colocação de Jair. O peso
que deixamos é apenas o do corpo, pois o das emoções e pensamentos prossegue
animando o espírito que, por sinal, se precipita para níveis ou Dimensões
espirituais compatíveis com seu estado mental por ocasião do desencarne. Como
ponderou um Benfeitor Espiritual, não basta desencarnar o corpo, é preciso
desencarnar os pensamentos. Noutro momento, revela e alerta: -“As
vozes de casa chegam ao meu coração e, como se continuássemos juntos, vejo-os
no quarto, guardando-me as lembranças como se devesse chegar a qualquer
instante. E o meu pensamento não sai de onde me prendem. Agradeço, sim, o amor
em suas lágrimas. Agradeço o carinho em suas preces, mas venho pedir-lhes para
viverem. Viverem! E viverem felizes, porque assim também serei feliz”. Normalmente, os que ficam na retaguarda
do Plano Material se iludem supondo que o culto aos pertences do desencarnado é
capaz de suprir-lhes as carências energéticas, naturalmente resolvidas na
convivência diária. É o amor apego, difícil
de corrigir, até porque geralmente não se tem a noção da relatividade da
existência. Observe-se a força irresistível dos pensamentos que interliga
mentes e corações. Diz Jair: “o meu pensamento não sai
de onde me prendem” e “vejo-os no
quarto, guardando-me as lembranças”.
A integra desta e outras cartas analisadas pelo estudo publicado, poderão ser
lidas no livro JOVENS NO ALÉM,
publicado pelo Grupo Espírita Emmanuel, de São Bernardo do Campo
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